quarta-feira, novembro 05, 2008

APLAUSOS INESPERADOS


Alguém me contou, não tive a oportunidade de fotografar o fato. O falecido Prefeito Luciano Guidotti, cuja memória é perpetuada pelos piracicabanos, foi um executivo muito dinâmico. Realizou obras de impacto na cidade. Mas também zelou por pequenos detalhes. Uma das suas manifestações de apreço aos sepultados no Cemitério da Saudade era de deixar o mesmo impecável para a visita que ocorria em grande número de familiares no Dia de Finados. Além de uma faxina rigorosa, pintava os muros, em ambas as faces, dentro e fora. Isso ás vezes exigia um esforço extra da equipe encarregada de realizar a exaustiva tarefa. Não raro, na véspera continuavam a trabalhar noite adentro até o raiar do sol. Sabiam que o Prefeito Guidotti iria fazer a vistoria pessoalmente. E também sabiam que apesar de ser um homem de um coração muito bondoso era também de pulso firme e falava o que pensava sem rodeios. Despertava um misto de grande admiração e respeito muito próximo ao temor. Exaustos, os funcionários estavam do lado de dentro do cemitério, concluindo os trabalhos para que dali algumas horas o cemitério passasse a receber os visitantes. A cidade era despertada por volta das 6 horas com o toque da alvorada, pela banda de música, justamente em frente ao cemitério, naquele dia de finados. É necessário que a banda realize um aquecimento dos instrumentos. Cada músico aquece, afina, enfim dedica-se a deixar o instrumento que vai utilizar em condições ideais de uso. O pessoal que fazia a faxina do cemitério aproximou-se do muro para ver o que estava acontecendo. E de lá ficaram algum tempo apreciando, aqueles uniformes com botões dourados. Os instrumentos musicais reluzentes. Com isso vários músicos foram se agregando, tocando trechos, muito mais para a afinação. Sem perceberem a presença dos operários observando-os. Acabaram tocando um pequeno trecho de uma música. Isso antes de raiar o dia. Ao final da “apresentação” os operários que estavam acompanhando de dentro do muro do cemitério aplaudiram calorosamente. Pegos de surpresa, ainda escuro, dizem que foi uma debandada geral dos músicos. Em ritmo acelerado. Coisa de Piracicaba!




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A TURMA DO RELÓGIO

Foto by J.U.Nassif

Praça José Bonifácio, centro de Piracicaba. Diz a lenda que há algumas décadas havia um grupo de conhecidos, em sua maior parte aposentados, que se reuniam todos os dias nessa praça. Alí ficavam a contar causos, comentar as notícias do dia, até chegar a hora de ir para casa almoçar. Como havia uma série de bancos para sentarem-se, escolhiam aquele em que o sol não atingia. Com o passar das horas, em determinado momento, os raios de sol acabavam penetrando entre os galhos das árvores. Então todos levantavam-se e sentavam-se em outro banco na sombra. Esse ritual tinha a mesma periodicidade dos ponteiros do relógio da catedral.
Com o tempo para saber aproxidamente as horas era só olhar em que banco eles estavam sentados! Línguas afiadíssimas passaram a chamar esses respeitáveis senhores de "A Turma do Relógio". Coisas de Piracicaba!



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BOLO DA VOVÓ


Foto by J.U.Nassif

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