sexta-feira, agosto 18, 2017

JOÃO LUIS BISCALCHIM


PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado, 19 de agosto de 2017

Entrevista: Publicada aos sábados no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:

http://blognassif.blogspot.com/


http://www.teleresponde.com.br/
ENTREVISTADO: JOÃO LUIS BISCALCHIM


ESCOLA DE PAIS DO BRASIL – SECÇIONAL DE PIRACICABA



 

A velocidade de evolução da tecnologia é um fenômeno que nos surpreende: a gigante IBM, fabricante de supercomputadores investe pesado em pesquisas. Consta que é de sua autoria a frase: “Ligou, funcionou, está obsoleto!” Isto para explicar que ao acabar de fazer um novo produto com alta tecnologia já tem alguém com outro produto superior. As relações humanas não estão acompanhando a mesma velocidade da tecnológica. Isso está colocando o mundo de “cabeça para baixo”, ou seja, o homem está agindo como um cego sendo conduzido pelo carrossel tecnológico. Alguns visionários já previram, talvez até por intuição, que o comportamento humano tem que ser constantemente reformulado em uma velocidade  maior do que ocorreu no passado. Já estamos diante de uma realidade que exige essas mudanças o ponto básico é a educação e o ensino. A Escola de Pais do Brasil tem como objetivo ajudar pais no desenvolvimento global de seus filhos, é importante que escola e pais trabalhem em harmonia. É fato: quando os pais participam da vida escolar dos filhos, estes aprendem mais e melhor. A família tem um papel extremamente importante na construção do sucesso ou do fracasso escolar, à medida que funciona como um grupo afetivo responsável por grande parte da formação cultural e do estabelecimento dos projetos de vida e identidade dos alunos. A família é considerada como uma importante instituição de aprendizagem dos alunos, pois é nela que se dão as suas primeiras experiências e que constitui o capital cultural que lhes é transmitido. No inicio da década de 60 achavam-se os pais agoniados e sem perspectivas quanto a educação dos filhos. Também preocupados com essa problemática, por iniciativa de Madre Inês de Jesus, Provincial das Cônegas de Santo Agostinho, contando com o apoio do Padre Leonel Corbeil, Presidente da Associação dos Educandários Católicos e da Pedagoga Maria Junqueira Schmidt, reuniu-se com a finalidade de estruturar um movimento que pudesse ajudar os pais na difícil tarefa de educar os filhos.  Em 16 de outubro de 1963, partindo de um modelo existente na França, nascia a Escola de Pais do Brasil. Seus fundadores, embora católicos não subordinaram o movimento à sua Igreja e o tornaram aberto a todos os casais, independente da raça, condição social, credo religioso ou político.
 A Escola de Pais é uma instituição particular, voluntária e gratuita, que está aberta a todos os interessados na educação e orientação de jovens e crianças Tornou-se uma instituição a serviço da família. Aos poucos a Escola de Pais foi se expandindo, pelo interior do Estado de São Paulo e, ao mesmo tempo, por quase todo o território nacional. Hoje tem 71 Seccionais funcionando dentro do mesmo padrão.  É filiada à Fédération Internatíonal Pour L’Education des Parents, com sede em Paris e é participante da Federação Latino Americana de Escolas de Pais. O presidente da Seccional de Piracicaba da Escola de Pais do Brasil, João Luiz Biscalchim em sua entrevista forneceu mais detalhes. João Luis Biscalchim nasceu a 1 de janeiro de 1967, em Piracicaba, no bairro da Vila Rezende, são seus pais  João Biscalchim, instrutor da Escola SENAI, e Nilva Totti Biscalchim que  tiveram os filhos: Gisela, João Luis, Gilmara e Márcio. João Luis é casado com Lucimara Renno Biscalchim, são pais de quatro filhos: Ana, Beatriz, João Luis Júnior e Érica. João Luiz estudou do primário ao colegial na “Escola Estadual Sud Mennucci” ingressando em seguir na Escola de Engenharia de Piracicaba formando-se como engenheiro civil.

Atualmente o senhor é o presidente da Seccional de Piracicaba da Escola de Pais?

Eu  e minha esposa, para ser presidente tem que ser um casal. Ambos somos presidentes. O Casal presidente anterior foram o Dr. Plínio/Arlete Ribeiro Santos Filho. Aqui em Piracicaba a Escola de Pais foi fundada em 30 de novembro de 1984. Esse movimento surgiu na França nas décadas de 30 a 40. Muitas mães tinham que cuidar sozinhas de tudo, grande parcela dos homens foram mortos em combate. Diante das dificuldades, os pais reuniam-se para estabelecerem regras para educar os filhos diante da situação caótica. O que o grupo ia aprendendo passava aos novos casais que se juntaram a eles. Essa idéia começou a ser formatada e chegou ao modelo que temos hoje. Quem trouxe esse conceito para o Brasil foram a Madre Inês de Jesus e Padre Leonel Corbeil. Embora Paul-Eugène Charbonneau, o Padre Charbonneau, tenha dado todas as instruções, não foi quem trouxe o conceito ao nosso país.

Por que surgiu a necessidade dessa escola no Brasil ?

Até algumas décadas passadas o pai trabalhava e a mãe ficava em casa, convivendo por período integral de 24 horas com seus filhos. Ela sabia o que eles estavam fazendo. Atualmente, o pai e a mãe são obrigados a trabalhar. O filho fica com a babá, avó ou em uma creche. A mãe quando chega a sua casa não pode dar atenção ao filho, tem seus afazeres domésticos. O tempo que os pais têm hoje para se dedicaram na educação dos filhos é muito pequeno. Quando entramos para a Escola de Pais fazemos os Círculos de Debates, onde nos são passadas orientações a respeito da criança, desde o nascimento até o fim da adolescência.

Com que idade ocorre o término da adolescência?

Atualmente existe uma brincadeira que diz que “a adolescência termina aos 35 anos”, isso porque tem pessoas que com 30 anos ou mais continua morando com os pais. Oficialmente, conforme diretrizes da Organização Mundial da Saúde a adolescência termina aos 20 anos. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente estipula o término aos 18 anos.. Os critérios de avaliação dependem muito do individuo, do seu meio social.

Quantos voluntários existem hoje em Piracicaba trabalhando na Escola de Pais?

Todos são voluntários, formamos um grupo de 17 pessoas. Fazemos nossa reunião uma vez por semana na casa do Dr. Plínio, geralmente abordamos os aspectos administrativos da Escola.

O que é necessário para ser voluntário?

A vontade de participar! Damos o Circulo de Debates, para a pessoa ter uma noção do começo ao fim da adolescência. São sete círculos, sendo que cada um dura uma hora e meia, uma vez por semana. Aí é dado o básico. Fazemos uma vez por mês um curso de aprofundamento, toda última sexta feira de cada mês no Salão de Festas da Paróquia São Judas Tadeu. Quem desejar tornar-se voluntário pode ligar para os telefones 9 9144 8236 (Lucimara) ou 3421 2593 (Madalena). A Dra. Madalena Tricânico é uma das fundadoras da Seccional Piracicaba, faz 33 anos que ela está persistindo. O Sr. Aldo da Acqualax, o Sr. Warner Beranger e Dona Isabel, Dna. Maria Helena e o Sr. Pedro Basso também são fundadores, que ainda continuam conosco. O Dr. Plínio e Dna Arlete, entraram um ano depois. O  Sr. O Waldmiro/Cleonice estão aqui ha uns 15 anos, eu e minha esposa estamos ha 10 anos, os outros não me lembro quando ingressaram.

As aulas para os pais devem ser ministradas ao pai e a mãe da criança ou adolescente?

Eu aconselho para o casal assistir aos Círculos de Debates. Uma das diretrizes que todos os psicólogos adotam é que “os casais devem falar a mesma língua”, ou seja, estarem em sintonia. A dinâmica nos encontros, nos círculos, é dividida em 3 Móculos: o primeiro módulo  vai do zero ano até os cinco anos; o segundo módulo aborda as crianças do ensino fundamental, 6 que vai até 12 anos e o terceiro módulo abordado é sobre  Adolescência. Cada encontro aborda uma fase da criança.

Os pais que participam, são aqueles cujos filhos apresentam desvios de comportamento ou eles vão preventivamente?

A maioria eu acredito que vai preventivamente. Percebemos que mais pais poderiam participar e geralmente os que vão muitas vezes são os que menos precisam, já têm uma estrutura, uma base. Por exemplo, uma diretora de escola convida-nos para dar um Circulo de Debates em sua escola, supondo uma escola de 200 alunos, são 400 pais, o comparecimento é de menos de 10%, ou seja, participam uns 30 pais. Muitas vezes só a mãe comparece. A diretora geralmente quando nos convida é porque tem alguns alunos que estão dando problemas, justamente os pais desses alunos não comparecem.

Essa desagregação familiar o senhor reputa a que?

Acredito que estamos de frente a uma modernidade com a qual estamos aprendendo a trabalhar. Há um estudo na Inglaterra revelando que em média os pais conseguem dedicar sete minutos por dia na educação dos filhos. Só que a criança é uma esponja, tudo que estiver ao redor dela, ela absorve. Os pais não estão mais presentes para saber o que ela está aprendendo. A pergunta que faço aos casais é e as outras vinte e três horas e sete minutos quem é que está educando seu filho ou filha? É a televisão? O smartfone? O facebook? É o coleguinha da escola? O indivíduo transgressor?

A Escola de Pais está envolvida com alguma religião?

Somos apartidários, não temos vinculo religioso algum, a Igreja Católica nos dá muito apoio. Nós estamos preocupados com os filhos e não com a doutrina de cada pai. A falta de presença dos pais acarreta no filho a falta de afeto. Um exemplo típico é a de Suzane von Richthofen. Ela esperou a babá ir embora para deixar o namorado e o irmão dele entrarem e matarem os seus pais. A babá ela não iria deixar matar nunca. “Ela cuidou de mim, me tratou”. Essa é a situação que está aflingindo a classe de maior poder aquisitivo. Em contra partida na classe menos favorecida é a falta de estrutura da família que irá influenciar, um caso típico era da mãe que tinha cinco filhas de cinco pais diferentes. E não morava com nenhum deles. Nesse caso nenhum pai dá afeto, está presente. Isso é um desastre em termos de estrutura famíliar. A principal forma de educar um filho é pelo exemplo. Se o pai falar para o filho o que é correto e ele mesmo agir de forma errada, o filho passa a não acreditar mais no pai. Dentro de casa os filhos estão vendo o lado bom e os dfeitos. Na rua só irá ver o que é teoricamente coisa boa.

Com relação a liberalidade adquirida em relação a algumas decadas passadas como é colocada essa questão?

Cada família tem os seus princípios e os seus valores. Embasado nisso cada um educa os seus filhos na direção ao que julga certo e errado, bom ou ruim. A Escola de Pais vai alertar para como os pais irão transmitir os seus principios e valores, de forma que na sociedade saibam reconhecer quem ele é. De onde ele veio. Os filhos mais velhos são espelhos para os filhos menores. Casais que trazem filhos de outro casamento tem que haver um senso comum de como eles serão educados de forma equalitária.

Na separação de um casal a criança irá ficar sob a guarda de um dos conjuges, se em uma espécie de vingança ela instiga a ira da criança contra o pai ou mãe. Isso pode moldar o caráter da criança?

Isso tem um nome, é alienação parental. A criança passa a perder toda a referência do pai (ou mãe) que ela tinha. Esse tipo de situação causa traumas profundos. Temos que lembrar que não existe a figura do ex-pai e ex-mãe. E na separação ficar criticando o pai e ou a mãe para o filho traz muita insegurança e incerteza ao filho.

Existe alguma orientação diferenciada quando o casal tem uma criança adotiva?

Geralmente o excesso de carinho como forma de compensação torna uma criança mimada, e uma criança mimada será um adulto com problemas, particularmente nos dias atuais em que há muita competição. O que ela irá encontrar no mundo fora de casa não irá cair de “mão beijada” como dentro de casa. Ela fica meio perdida no mundo normal. Na Escola de Pais dizemos que amor tem que ser como remédio, se tomar demais faz mal, se faltar, não faz efeito. Tem que ser na dosagem certa.

E a questão de pais ausentes que “compram” o amor da criança com presentes?

Damos o exemplo daquele pai que chega a sua casa, quer o seu prato na mesa, janta, tem o chinelinho na cabeceira da cadeira do papai, o jornal do lado, ele senta, abre o jornal, assiste televisão, depois assiste jogo de Futebol, nem pergunta como foi o dia dos filhos, da esposa. Com certeza irá ter problema com os filhos no futuro.

Como os pais sabem a dosagem certa de amor carinho?

Não existe uma medida definida. Tem que ir experimentando, se a criança estiver muito dependente do pai, tem que começar a dar mais autonomia para ela. Se a criança estiver carente de carinho tem que dar mais atenção à ela. Cada criança é diferente, cada uma delas precisa de uma dosagem diferente. Toda a ação de chamar a atenção da criança, de esclarecer regras, de esclarecer comportamentos, de estabelecer limites, e outros tem de ser feita com carinho e amor.

Até algumas décadas passadas homem não carregava criança. É uma faceta cultural nossa que evoluiu também?

Por volta da década de 50, um pouco mais, a estrutura era patriarcal. Pai, mãe e os filhos, era uma subordinação verticalizada, o pai era aquela pessoa que estava entronada, todo mundo gravitava em torno dele. Hoje está uma estrutura familiar horizontalizada, pai, mãe e filhos no mesmo patamar. O envolvimento e participação efetiva dentro da estrutura familiar são maiores. A mãe trabalha fora de casa, não irá permanecer junto com a cozinheira, faxineira. Antes ficavam a mãe e a empregada, as duas cuidando das crianças. Hoje não existe mais essa disponibilidade de tempo por parte da mãe. No passado todas as famílias tinham os mesmos princípios. A educação dentro de cada família era muito semelhante. A criança saía para brincar na rua, o que valia na casa dela era a mesma coisa na casa de outra criança.  A hora de ir para casa, tomar banho, era a mesma hora. Eram princípios e valores iguais para todas as famílias. Atualmente se você olhar para um bairro mais tradicional verá que a forma de educar é uma, totalmente diferente da forma de educação que recebe um jovem de um bairro moderno. Se um jovem de um bairro moderno for namorar uma moça de um bairro em sua maioria conservador, irá ter uma diferença de hábitos e costumes.

A questão da violência a seu ver é em decorrência de uma legislação branda demais ou há também outros fatores?

Recentemente reunimos algumas seccionais para discutir esse tema. Por que há muitos jovens com tanto ódio? Relacionamos diversos fatores que contribuem para estar acontecendo esse comportamento. Não chegamos a uma conclusão final. Citamos o mundo virtual, as redes sociais, onde não há interação com as pessoas.  Alguns desses jovens em suas próprias palavras “estão pouco se lixando pelos outros”. A relação entre pessoas está ficando distante. Mais individualista. A falta de afeto dos pais com os filhos, entre os membros da família. O jantar em família, os almoços de fins de semana que reunia todos, já não existe mais. Há um grande número de fatores que faz com que a pessoa vá se distanciando.

A mídia tem mostrado diversos casos em que o individuo é mal sucedido na intenção de cometer algum tipo de crime, cercado pela polícia, ele impõe como condição para render-se a presença da mãe. Qual é a explicação para um homem nessas circunstâncias chamar pela mãe? 

Ele sente mais segurança com a Mãe! A relação entre mãe e filho ainda é forte. A relação entre filho e pai atualmente está bem fragmentada.

A evasão escolar pode em parte ser creditada a atração exercida pelo desvio de conduta sobre o adolescente, as facilidades de obter dinheiro rapidamente com  pouco esforço?

O adolescente está naquela fase em que tem que aparecer, “ser o cara”, no nível econômico menos abastado, onde as oportunidades são restritas, um ou outro consegue sobressair, nessas circunstâncias o mundo do crime é atrativo. Ele vê no meio da comunidade um conhecido ou amigo, com corrente grossa de ouro no pescoço, uma motocicleta potente, de origem duvidosa, mas é uma “motona” ou com um carrão (também de origem suspeita), mas é muito chique. Isso fascina o adolescente. O primeiro raciocínio natural é de que não irá conseguir estudar e ser doutor, ou se for vai demorar muito, vai ter que trabalhar sustentar a mãe, pagar a escola, energia elétrica, água, como não tem condições de chegar a esse mundo de estudo, faz a opção pelo caminho mais fácil.

Qual é a solução que se apresenta para uma situação dessas?

Acredito que o governo tem a responsabilidade de oferecer oportunidade á esses jovens.

A sociedade não deveria sair da sua zona de conforto e assumir sua parcela de contribuição?

Há uma série de entidades que cuidam do problema. As entidades poderiam prevenir antes de acontecer, uma delas é a Escola de Pais, preocupadas na formação de bons cidadãos, e não só tratar após o delito ter sido cometido. Infelizmente as associações que cuidam da prevenção são poucas e desconhecidas da maior parte da população.  Os possíveis voluntários membros da sociedade, estabilizados, estão pensando mais em si do que no próximo. Como iremos mobilizar o jovem que está entrando na idade adulta, sendo que o seu relacionamento com o próximo está cada dia mais distante?  No passado a influência que uns exerciam sobre os outros era idênticas, hoje as influências vem de milhares de fontes. Um exemplo comum, o adolescente vê na internet um ídolo seu, com um boné que custa R$ 1.000,00. Os garotos ficam alucinados para conseguir um boné daquele. Tudo o que o seu ídolo usa ele quer ter igual. A juventude é altamente influenciada por blogueiros, cantores e outros popstar.

Temos exemplos de países que há 40 anos eram paupérrimos e atualmente são riquíssimos, qual é o segredo?

O segredo do desenvolvimento de uma nação é a educação. Quanto mais bem educado o povo for, mais desenvolvida a nação será. A estrutura com Educação no Brasil está tão desgastada que nem os evolvidos acreditam mais nela. A desvalorização do professor também contribuiu para isso, é uma das profissões que mais perdeu reconhecimento. Temos que colocar a Educação como prioridade. Isso irá nos garantir um futuro melhor.

A Escola de Pais já realizou trabalhos com jovens desviantes?

Fizemos com os Pais de jovens da Fundação Casa. Íamos uma vez por mês para conversar com os pais dos internos naquela instituição. Fomos por 5 anos. Após a última rebelião a nova diretoria temerosa com esse acesso dos pais dentro da Fundação decidiu não fazer mais a parceria conosco. Posso afirmar que o trabalho que ali realizamos foi um dos que mais nos deu satisfação. Os pais que estavam lá já estavam com filho com problemas. Não tinha mais como os pais influenciarem aquele filho, mas todos os pais que estavam lá tinham outros filhos menores, irmãos do interno. Os pais então poderiam orientar esses filhos menores. Nós dávamos as ferramentas para os pais mudarem a história daquela criança. Esperamos que a qualquer momento a Fundação Casa volte a nos chamar.

Em que local situa-se a sede nacional da Escola de Pais do Brasil?

A sede é em São Paulo. Temos uma Diretoria Executiva Nacional, o atual presidente nosso é da Bahia é composta por Terezinha e Djalma Falcão. Temos um Conselho de Educadores formado por profissionais, psicólogos, pedagogos, ex-presidentes da escola, eles atualizam o Círculo de Debates. A relação de cada Estado com a Diretoria Nacional é feita pelo Representante Nacional. Em São Paulo é o casal Regina e Armando Gabriele. Depois temos uma Diretoria Regional, o Vicente de Santa Barbara D`Oeste representa a nossa regional. As cidades próximas a Piracicaba, que não tenha Escola de Pais, como Capivari, Saltinho, Santa Maria da Serra, São Pedro, Charqueada, nós fazemos o trabalho nessas cidades. Cada voluntário paga as suas despesas. Nós pagamos para trabalhar!

A Escola de Pais do Brasil através da Seccional de Piracicaba irá realizar uma palestra?

Nosso próximo evento será o XXII Seminário, que será no dia 31 de agosto de 2017, quinta feira, às 20:00 horas, no Salão de Festas da Paróquia São Judas Tadeu, entrada franca, para quem precisar damos certificado de participação, geralmente muitos alunos da UNIMEP, das Faculdades Anhanguera, assistem nossas palestras, assim como professores que usam o certificado da Escola de Pais em sua carreira profissional. O tema será “A (Des) Educação Sexual das Crianças”. O palestrante é o Dr. Paulo Sérgio Emerique que atua há mais de 40 anos na área da educação, é Pedagogo pela Universidade Mackenzie, Doutor em Psicologia pela USP, Professor, Orientador e Pesquisador das Universidades UNESP e UNIMEP. Fundador e Diretor da Escola de Educação Infantil “Bem-te-vi”.

 

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