domingo, novembro 16, 2008

TroopTube

Um ano e meio depois de restringir o acesso dos soldados ao YouTube e páginas similares, o Exército americano lançou um de compartilhamento de vídeos criado especialmente para eles. O TroopTube.




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Depois de virar piada na TV, Sarah Palin se transformou no centro de uma grande farsa na internet. Logo após o pleito que elegeu o democrata Barack Obama, no início de novembro, o canal conservador Fox News afirmou, com base em uma fonte anônima da campanha de John McCain, que a candidata a vice-presidência pelo Partido Republicano não sabia que a África era um continente. No início da semana, o âncora David Shuster, da MSNBC, desmascarou a fonte. "Tratava-se de Martin Eisenstadt, um assessor de McCain, que se identificou hoje como a fonte do vazamento", afirmou.
Há apenas um problema: Martin Eisenstadt não existe. Seu
blog existe, mas ele não – apesar de, no blog, ele negar que não exista. O think tank onde ele trabalharia, o Instituto Harding para Liberdade e Democracia, também não passa de um sítio de internet. Os vídeos onde ele aparece no YouTube são falsos.
Lição
Eisenstadt é uma farsa muito bem elaborada que vem sendo posta em prática há meses. A MSNBC, que rapidamente corrigiu o erro, não errou sozinha: a revista New Republic e o jornal Los Angeles Times foram alguns dos veículos que também caíram na armadilha. Agora, uma dupla de cineastas desconhecidos alega ter criado Martin Eisenstadt para ajudá-los a lançar um programa de TV baseado no personagem. Eitan Gorlin – que interpreta o assessor nos vídeos – e seu parceiro Dan Mirvish dizem que não são a fonte dos vazamentos sobre as gafes de Sarah Palin; apenas assumiram a responsabilidade para chamar a atenção.
Os dois culpam a mídia e, em especial, a blogosfera pela facilidade que tiveram em armar a farsa. "Com o ciclo de 24 horas das notícias, eles absorvem tudo o que conseguem achar pela frente", diz Mirvish. Jeremy Gaines, porta-voz da MSNBC, explicou que o erro da emissora ocorreu porque alguém da redação recebeu a história em uma mensagem de e-mail de um colega e achou que as informações haviam sido verificadas. "[O conteúdo da mensagem] Não havia sido avaliado", diz Gaines. "Não devia ter ido ao ar."
Mais do que os veículos tradicionais, as maiores vítimas de Eisenstadt foram os blogueiros, que caíram no conto das informações falsas apesar de alertas na própria internet sobre o suposto assessor – inclusive uma investigação online por parte de um blogueiro que tentou, a todo custo, desacreditá-lo.
Plano sofisticado
A farsa teve início no ano passado, com vídeos curtos sobre um manobrista de carros – que era a idéia original da dupla para o programa de TV. Em vídeos posteriores – que atraíram dezenas de milhares de visitas online, e pouca atenção da mídia –, o personagem aparecia dirigindo e soltando elogios sem sentido ao político republicano Rudolph Giuliani.
Quando Giuliani abandonou a corrida presidencial, o personagem foi transformado em Eisenstadt, uma paródia a comentaristas políticos nas emissoras de TV a cabo. Ele logo se tornou assessor de John McCain e ganhou um blog, atualizado com supostos comentários de dentro da campanha, e outros blogueiros começaram a reproduzir seu conteúdo. O Instituto Harding também foi inventado.
Gorlin e Mirvish ainda produziram um pequeno documentário "da BBC", em vídeos postados no YouTube, no qual Eisenstadt aparecia como convidado. Em julho, quando a campanha de McCain comparou Barack Obama à socialite Paris Hilton, o falso assessor afirmou em seu blog que o telefone estava "queimando" no escritório republicano, com ligações irritadas do avô de Paris. O blog político do Los Angeles Times estava entre os que morderam a isca e reproduziram a história, citando Eisenstadt e colocando um link para sua página.
O blogueiro William K. Wolfrum foi quem seguiu as mentiras de Eisenstadt pela internet e, por diversas vezes, derrubou suas alegações. Gorlin e Mirvish elogiam sua persistência, e dizem que a mídia tradicional poderia aprender umas lições com ele. "Como se já não houvesse desinformação demais nesta eleição, foi chocante ver tanto tempo perdido com coisas que não existiam", afirmou Wolfrum em entrevista. Mas como saber se o blogueiro realmente existe e não é, na verdade, parte da farsa? "É, esta é uma pergunta difícil", responde. Informações de Richard Pérez-Peña [The New York Times, 13/11/08].






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COLUNET - PIRACICABA ANO I NÚMERO 2


DOCENTE DO CENA É PREMIADO NO JAPÃO


Juntamente com pesquisadores de universidades do Japão, Venezuela, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Tailândia, República Checa, Alemanha e Reino Unido, Elias Ayres Guidetti Zagatto, docente do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA), foi homenageado em Nagoya (Japão), pela Japanese Association for Flow Injection Analysis, entidade responsável pela outorga do FIA Honor Award for Science.

De Nagoya, onde participou da 15th International Conference on Flow Injection Analysis and Related Techniques e do 25º aniversário da associação japonesa, no período de 28 de setembro a 3 outubro, Zagatto trouxe diploma e medalha de mérito científico, honrarias que são concedidas àqueles que se destacam pela atividade científica na área de fluxo.

Perguntado sobre sua recente conquista declara - “compartilho esse prêmio com colegas, funcionários, alunos e colaboradores do CENA que, de alguma forma, contribuíram para o desenvolvimento das pesquisas na área de automação em Química Analítica nestes últimos 25 anos”.

O pesquisador
Engenheiro Agrônomo pela Universidade de São Paulo (1971), mestre em Energia Nuclear na Agricultura pela Universidade de São Paulo (1974) e doutor em Química Analítica pela Universidade Estadual de Campinas (1981).

Atualmente é professor titular do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo e membro titular da Academia Brasileira de Ciências. Suas atividades de pesquisa contemplam principalmente o projeto e desenvolvimento de sistemas de análises químicas em fluxo, com aplicações nas áreas agronômica, ambiental, farmacêutica e industrial.





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Foto by J.U.Nassif ALEXANDRE SARKIS NEDER






PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS











Foto by J.U.Nassif FOTO PARCIAL DA FACHADA DA SBSL



A Tribuna Piracicabana
http://www.tribunatp.com.br/


Entrevista: Publicada no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:




http://www.tribunatp.com.br/

http://www.teleresponde.com.br/

Entrevistado: Alexandre Sarkis Neder



A Sociedade Beneficente Sírio-Libanesa de Piracicaba tem como lema “A União Faz a Força”, conforme cita o Prof. Dr. Elias Salum, em seu livro “Sua Gente E Sua História”, lançado em 2002, ano de comemoração do centenário dessa instituição. O jornalista e apresentador de televisão Alexandre Sarkis Neder é atualmente presidente da instituição. Com propósitos inovadores e arrojados, Alexandre Neder ao mesmo tempo em que preserva as memórias da SBSL, visualiza o presente e o futuro, inovando com a inclusão digital, ações sociais voltadas para a comunidade piracicabana, formulando projetos de obras de grande envergadura. O artista da televisão piracicabana é bastante conhecido do público, apresentando o Programa Neder Especial, desde 1999. O presidente Alexandre e seus diretores são depositários da credibilidade adquirida pela SBSL nesses mais de 100 anos de existência, que abriga entre seus associados muitos nomes de expressão local, nacional e até internacional. Uma responsabilidade e tanto!

Alexandre Neder você nasceu em Piracicaba?
Nasci em Piracicaba, no dia 30 de janeiro de 1969.
Qual é o nome dos seus pais?
Sou filho do Prof. Doutor Antonio Carlos Neder e da Professora Jamile Sarkis Neder.
Quando iniciou seus estudos?
Guardo até hoje a lembrança da minha primeira escola, a Escola Nova Recanto Infantil. Depois fui para o hoje denominado Colégio Salesiano Dom Bosco Assunção, depois fui para o Barão do Rio Branco e Colégio Piracicabano. Fiz o curso de jornalismo na Unimep. Sempre tive uma relação maior com a área central da cidade. Meus estudos foram feitos por aqui.
Como é realizar um programa na televisão?
O Programa Neder Especial teve o seu início ao surgir uma oportunidade junto á televisão local. Sempre tive vontade de realizar um programa de televisão. Em 1999 eu vinha de uma transição profissional, tinha terminado a minha etapa de oito anos no jornal O Democrata. Reuni um grupo de amigos, montamos uma pequena produtora e passamos a fazer o programa. É interessante observar que ao iniciar o projeto, temos como parâmetros um conceito pré-formulado. Ao colocar em execução esse projeto, há uma mudança no critério de quem executa o programa, há uma mudança no critério do programa. Em 1999 o Programa Neder Especial tinha um formato, hoje ele está bastante diferente, evoluiu, identificou-se com os anseios da cidade. O telespectador ao ligar a televisão procura um programa que seja do seu agrado. As críticas sempre foram muito importantes para realizarmos uma sintonia mais precisa com o público.
Qual é a linha do Programa Neder Especial?
Hoje a linha do programa tem algumas vertentes diferenciadas. No início o programa tinha um olhar jornalístico. Eram feitas entrevistas mais pesadas, entrevistas de fundo, que esmiuçavam o entrevistado. Ainda fazemos entrevistas dessa natureza, mas não é uma constante de todos os programas que apresentamos. Anteriormente eu via essa característica como sendo obrigatória para a apresentação do programa, uma pauta com conteúdo mais jornalístico. Alteramos esse conceito. Hoje abrimos para a cobertura de eventos, embora a formação como jornalista seja bem acentuada ao apresentarmos um entrevistado. Embora estejamos falando sobre a festa que está sendo realizada, acabamos formulando perguntas de cunho político, social ou econômico, com abrangemos assuntos que não se restringem apenas a festa em si. Realizamos também as entrevistas jornalísticas, feitas em estúdio ou externa. Há muita matéria relacionada com a área de saúde, um aspecto que considero muito importante para que seja abordado pelos meios de comunicação. Quando é aberto um espaço para o especialista comunicar-se é prestado um grande serviço á comunidade. Infelizmente para grande parte da população não há uma cultura de prevenção de doenças. Ao ver um profissional abordando certas características de determinada doença, o portador da mesma identifica-se pelos sintomas que são apresentados. Há a conscientização, ela então procura um médico. Esse sacerdócio do jornalismo deve ser mantido e levado á frente.
Quantos profissionais compõem a equipe que realiza o programa?
A equipe é composta por um número de seis pessoas permanentes: o apresentador, o editor, a pessoa que faz a pós-produção, cinegrafistas. Há ainda uma jornalista que é produtora, participa das formulações de pauta. Dependendo do evento que será realizado, do projeto editorial, existem programas que são bem diferenciados, nesses casos há a necessidade de agregarmos mais profissionais para realizarmos a contento a nossa tarefa. Com isso a nossa equipe de trabalho passa a ser uma parte da nossa família. É uma outra família. Muitas emoções são divididas pelo grupo, com isso um passa a fazer parte da história do outro.
Fazer televisão no interior é uma tarefa arrojada?
Acredito que fazer televisão no interior é uma missão além de arrojada também heróica. Não falo apenas por mim. As dificuldades são muito grandes. Quando alguém de um centro maior, como São Paulo, como por exemplo, a pessoa fica assustada com os preços que praticamos, são valores extremamente acessíveis. Desperta também a atenção do visitante a nossa criatividade para driblar dificuldades técnicas. Eu considero que no interior fazemos televisão inda de uma forma mais poética. Isso apesar de estarmos a cada dia aprimorando o nosso trabalho com o uso de equipamentos de ponta, agregando sempre as novas tecnologias.
Qual é o publico que você atinge hoje?
A TV Beira Rio tem uma abrangência muito grande na cidade. Primeiro pela tradição. Pelo fato de ser a primeira TV da cidade. Outro fator é que com o passar dos anos, consolidou-se como uma emissora de programação bastante diversificada. Tem um jornalismo atuante. Quando é feito um projeto de divulgação pelo anunciante são imediatamente lembrados de alguns veículos de comunicação, considerados básicos. A TV Beira Rio está entre esses veículos. É uma televisão de grande penetração. Principalmente por usar o sistema UHF de transmissão. Ela não está só na TV a cabo. O fato de estar sendo utilizado o sistema UHF fica mais difícil estabelecer um limite de até onde a televisão atinge. Isso é gostoso. Já tive a experiência de visitar bairros mais afastados do centro da cidade, e fiquei surpreso com o número de pessoas que assistem a TV, no caso, particularmente o nosso programa. Fatos que de início consideramos que não seriam tão importantes para determinadas regiões da cidade, nesses contatos percebemos o quanto eles eram valorizados pelos moradores locais. Há uma carência de informações locais. Hoje atingimos não só a classe formadora de opinião, mas principalmente estamos chegando a camadas mais populares. Isso não é um aspecto só do meu programa, mas da TV Beira Rio com sua grade de programação. Isso é conseqüência de um trabalho fundamentado em propostas de prestação de serviços e de uma grande variedade de programas que são apresentados.
Cada programa apresentado tem quanto tempo de duração?
Ele tem no mínimo uma hora de duração. Pode ultrapassar cinco ou dez minutos. Já tivemos programas especiais de até duas horas de duração.
É fundamental para a existência do programa que ele tenha patrocínio, como é tratada essa questão?
No início, quando comecei a fazer o programa o patrocínio funcionava de um jeito. Hoje tem outras características. Para lançar um produto são inúmeras as dificuldades. No início é muito difícil. Depois fica só difícil! O nosso patrocínio tem diversos formatos, como a vinheta de trinta segundos, que é um patrocínio mais tradicional, Fazemos o merchandise, onde destacamos um produto, uma empresa. A reportagem comercial tem uma grande aceitação por parte do lojista, do comerciante. Tem características informativas de cunho comercial. Com aspectos de informação jornalística e não de informe publicitário. É uma diferenciação que atingimos com anos de experiência.
Nos tempos de rádio, você narrou partidas de futebol?
Fui repórter de campo da Rádio Difusora de Piracicaba. Eu cobria sempre o adversário do XV de Novembro. O Roberto de Moraes cobria o XV. Isso foi na época em que o XV disputava o campeonato paulista da primeira divisão e o campeonato brasileiro da segunda divisão. A diversidade de jogadores de outras equipes obrigava a ter um lembrete do número da camisa do jogador e o seu nome. Isso enquanto ele está usando o uniforme. A entrevista feita no vestiário, com o atleta sem o número correspondente, exigia certo malabarismo, particularmente aqueles de clubes de localidades distantes, como por exemplo, de Belém do Pará. Nessa hora o repórter tinha que usar de muita habilidade para abordar o atleta com seu respectivo nome. Isso tudo sendo transmitido ao vivo. Em campo, o repórter podia ser abordado por torcedores, que da arquibancada exibiam os mais diversos tipos de comportamentos, inclusive agressivos. Principalmente aqueles torcedores embalados por ingestões de bebidas alcoólicas.
O ouvinte de uma transmissão pelo rádio nem sempre percebe o que de fato está ocorrendo no estúdio. A televisão é uma janela instantânea, onde tudo é perceptível, inclusive as falhas?
Na televisão o apresentador tem que ser mais objetivo e ao mesmo tempo não há espaço para mudar uma pergunta. No rádio há mais improviso. Na TV por causa da imagem é quase inexistente certo tio de improviso do qual o rádio se utiliza. Até certo ponto, na transmissão pela TV é possível consertar alguma falha, depois desse limite não há como. Isso na transmissão feita ao vivo.
Além das celebridades locais e regionais, você já entrevistou artistas de renome nacional?
Posso citar um caso muito curioso. Gravei uma entrevista com Cauby Peixoto no Hotel Antonio’s, em Piracicaba. Foi uma entrevista muito interessante. Um artista do quilate de Cauby Peixoto mostrou ser extremamente profissional, valorizando mais ainda sua imagem. A atenção que ele dedicou ás nossas perguntas, sem usar da sua condição de astro reconhecido para impor qualquer tipo de restrição ao teor e á duração da entrevista. Isso não é muito comum quando abordamos pessoas desse nível.
Você conseguiu desvendar o grande segredo de Cauby Peixoto, a sua idade?
Isso eu não consegui! Ele não conta para ninguém.
Além do Programa Neder Especial, uma outra atividade que você exerce é a presidência da Sociedade Sírio-Libanesa de Piracicaba?
Hoje eu exerço a minha atividade na televisão e a administração da Sociedade Beneficente Sírio- Libanesa. Assumimos no dia 24 de janeiro desse ano, com nossa diretoria. Felizmente estamos conseguindo cumprir a nossa programação. Estamos colocando novas propostas não só para o associado, mas também á serviço da cidade. Estamos fazendo com que a palavra que integra o nome da nossa sociedade, Beneficência, torne-se cada vez mais presente. Todos os eventos que realizamos esse ano tiveram um caráter social, beneficente. Além de ser uma entidade que congrega os sírios e libaneses de Piracicaba, tem que colaborar na construção de uma cidade mais justa e inclusiva.
Recentemente foi anunciado um projeto próprio da SBSL de inclusão digital?
É um projeto que temos muita alegria em realizá-lo. O nosso prédio é pequeno. Desde a gestão passada há a intenção de adquirir-se um novo local. Esperamos nessa gestão concretizarmos a aquisição de mais um prédio. O objetivo é realizar atividades com um número maior de pessoas, aumentarmos o atendimento. Nesse momento a nossa intenção é de deixar o prédio atual extremamente ocupado, e com caráter beneficente. Conseguimos dispor de um espaço onde construímos uma sala aparelhada com computadores, criamos ali o Centro de Inclusão Digital e Ensino Profissionalizante. Trabalhamos em parceria com algumas empresas da cidade e com professores de informática. A prioridade é o atendimento para os adolescentes da Casa do Bom Menino.
Esse centro pode ser usado pelo associado?
Um fato que chama a atenção é de termos pessoas com idades acima de 70, 80 anos, que descobriram a internet e estão mudando as suas vidas. Estão tendo um prazer a mais. Estão realizando a comunicação instantânea, com voz e imagem, com seus parentes do exterior. Isso contrasta com a realidade existente há algumas décadas, onde comunicar-se com um parente no exterior envolvia a espera de determinada hora do dia, e um custo bastante elevado.









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Fotos by J.U.Nassif PROFESSORAS CLEMÊNCIA PIZZIGATTI E JOANA FALANGHE

MIGUEL SALLES RECEBENDO TIA ZEZÉ E COMITIVA



MURAL








COLUNET- PIRACICABA








EDIÇÃO NÚMERO I








POR J.U.NASSIF
A PROFESSORA E ARTISTA PLÁSTICA CLEMÊNCIA PECORARI PIZZIGATTI reuniu uma centena de amigos em um alegre pic-nic realizado nas antigas dependências (hoje desocupadas) do Restaurante Mirante em Piracicaba. Com muitos comes e bebes, bom papo, foi uma tarde de muita alegria. O evento foi capitaneado pelo incansável MIGUEL SALLES, sempre com muita determinação no que se propõem a fazer. O PAINEL DO MIRANTE é um projeto de autoria de CLEMÊNCIA PIZZIGATTI. Os amigos foram até lá para recordar(muitos dos presentes participaram da confecção do mesmo).






sábado, novembro 15, 2008

Tropas alemãs bebem 1 mi de l de cerveja por ano

Tropas alemãs bebem 1 mi de l de cerveja por ano Fontes militares informaram que as tropas alemãs no Afeganistão receberam cerca de 1 milhão de litros de cerveja no ano passado, além de 70 mil litros de vinho e Sekt (um espumante germânico). Os dados foram divulgados neste sábado pelo jornal The Guardian. Os números chocaram o país, onde é cada vez mais difícil recrutar soldados. De acordo com o jornal, está seria uma das maneiras de mantê-los nas áreas de combate. Os números sugerem que os 3,6 mil soldados alemães no Afeganistão consumam 278 litros de cerveja cada por ano. As tropas britânicas são autorizadas a consumir apenas pequenas quantidades de álcool, enquanto as americanas são absolutamente proibidas de ingerir bebidas alcoólicas. O Ministério da Defesa alemão reagiu friamente à informação, dizendo que o consumo está dentro do permitido. Thomas Raabe, porta-voz do ministério, disse que as bebidas não são consumidas exclusivamente por soldados, mas também por polícia alemã, diplomatas e jornalistas.




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SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE



O Tricolor do Morumbi, como conhecemos hoje, nasceu em 1935, mas a paixão de um grupo de paulistanos pelo esporte vem de antes. Mais precisamente do último ano do século XIX, em 1900, quando foi fundado o Clube Atlético Paulistano.
O Paulistano era o "bicho-papão" do início do século. Jogar contra o time de Friedenreich era um orgulho, e o time ia freqüentemente ao interior atendendo a convites. Também foi a primeira equipe a fazer uma excursão à Europa, em 1925. Contudo, o clube não aceitava que seus jogadores se profissionalizassem, e resolveu acabar com o departamento de futebol para não abandonar a Liga amadora à qual pertencia.
E o que fazer com a paixão dos sócios aficionados por futebol? O mesmo problema tinha acabado com o futebol da Associação Atlética das Palmeiras (clube alvinegro que só tem o mesmo nome dos rivais do tricolor). E em 1930, nasceu o São Paulo da Floresta, com jogadores e as cores vermelha e branca vindos do Paulistano (cracaços como Araken, Friedenreich e Waldemar de Brito), e com o branco e o negro cedido pelo A.A. Palmeiras. Da união, também veio o nome: São Paulo da Floresta. O primeiro presidente do São Paulo da Floresta foi eleito pelos sócios: o dr. Edgard de Souza.
No mesmo ano, um vice-campeonato já dava sinais da glória destinada ao clube. E na temporada seguinte, chegaria o primeiro troféu, com Nestor (Joãozinho); Clodô e Barthô; Milton, Bino e Sasse; Luizinho, Siriri (Armandinho), Fried, Araken e Junqueirinha, e Rubens Salles de técnico. E em 1933, o São Paulo da Floresta bateria o Santos por 5 x 1 na primeira partida de futebol profissional do Brasil.
Só que devido a uma pendência financeira pela compra de uma sede na rua Conselheiro Crispiniano - um palacete chamado de Trocadero - o São Paulo da Floresta se complicou com dívidas e viu-se obrigado a procurar uma fusão com o Tietê, que determinou que não se usassem cores, uniformes e vários outros símbolos do São Paulo da Floresta. E no dia da extinção oficial do clube - 14 de maio de 1935 - o amor de alguns sócios pela entidade manteve-a viva criando o nosso São Paulo de hoje. Em 4 de junho daquele ano, nascia o Clube Atlético São Paulo, que em 16 de dezembro, passaria a ser o São Paulo Futebol Clube.
Manoel do Carmo Meca foi o primeiro presidente e os outros fundadores do Mais Querido foram: Cid Mattos Viana, Francisco Pereira Carneiro, Eólo Campos, Manoel Arruda Nascimento, Izidoro Narvais Caro, Francisco Ribeiro Carril, Porphírio da Paz, Eduardo Oliveira Pirajá, Frederico A G. Menzen, Francisco Bastos, Sebastião Gouvêa, Dorival Gomes dos Santos, Deocleciano Dantas de Freitas e Carlos A. Azevedo Salles Jr.

terça-feira, novembro 11, 2008

SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS




Palestra Itália(Palmeiras) fundado em 1914



A fundação do Palestra Itália
O Palestra Itália foi fundado em 26 de Agosto de 1914, por membros da colônia italiana da cidade de São Paulo, especialmente funcionários das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo. O intuito era de o clube unir todos os imigrantes italianos sob uma única bandeira e que, ao mesmo tempo, representasse o enorme contingente italiano já existente na cidade de São Paulo, no campeonato oficial de futebol.A formação de um clube de futebol foi simpático ao cônsul italiano, que via naquela nova entidade um meio de informar a todos italianos que agora havia uma só Itália, reunificada no final do século XIX. Os principais idealizadores da fundação do clube foram; Luigi Cervo, Luigi Marzo, Vicente Ragognetti e Ezequiel Simone (que foi designado seu primeiro presidente).Em 24 de Janeiro de 1915, o Palestra Itália disputa a primeira partida de futebol de sua história, e vence a equipe do Savóia, em Votorantim, por 2 a 0, com gols de Bianco e Alegretti. Logo nesta primeira partida, o Palestra Itália conquista seu primeiro troféu, a "Taça Savóia". No ano de 1916, o Palestra Itália consegue a vaga no campeonato paulista da APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos). A notícia da entrada do Palestra Itália no Campeonato Paulista oficial foi comemorada entusiasticamente pelos italianos e descendentes. A estréia no campeonato aconteceu no dia 13 de maio de 1916, no Estádio da Chácara da Floresta, contra a A.A Mackenzie College . O resultado desta primeira partida oficial foi empate por 1 a 1. Jogaram pelo Palestra: Fabrini; Grimaldi e Ricco; Fabbi II, Bianco e De Biase; Gobbato, Valle, Vescovini, Bernardini e Cestari. O gol palestrino foi marcado por Valle. Em 1917, a equipe se reforça, com alguns jogadores vindos do Ruggerone, clube do bairro da Lapa, e outros vindo do futebol do interior de São Paulo, e já no seu segundo campeonato, o Palestra Itália termina na segunda colocação.Neste campeonato acontece o primeiro confronto com aquele que se tornaria, ao longo da história, o seu maior rival, o Sport Club Corinthians Paulista. Na primeira partida desta história, o Palestra vence por 3 a 0 . Os três gols foram marcados pelo atacante Caetano Izzo. O ano de 1920 foi importantíssimo para a história Palestrina. O clube compra, por 500 contos de réis, o Estádio do Palestra Itália, incluindo todo o terreno da área social. Neste mesmo ano, conquista o seu primeiro título de campeão estadual, batendo o então poderoso Paulistano, por 2 a 1, em partida extra, já que ambos terminaram o campeonato com o mesmo número de pontos.



SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA











Corinthians fundado em1910



FUNDAÇÃO» Um grupo de homens de vida humilde - os pintores de casa Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira e César Nunes; o sapateiro Rafael Perrone; o motorista Anselmo Correia; o fundidor Alexandre Magnani, o macarroneiro Salvador Lopomo, o trabalhador braçal João da Silva e o alfaiate Antônio Nunes - decidiram fundar o seu próprio clube de futebol. No dia 01 de setembro, à altura do número 34 da Avenida dos Imigrantes (atual José Paulino), no Bom Retiro, eles se reuniram e redigiram o primeiro estatuto do clube. Faltava apenas financiamento para o sonho se realizar. Foi aí que Miguel Bataglia entrou em cena. Bataglia era um requintado alfaiate; aceitou participar e foi oficialmente nomeado o primeiro presidente.» O clube já tomava uma cara, mas faltava o nome. As idéias passaram por Santos Dummont, Carlos Gomes e até Guarani, mas nenhuma delas foi escolhida. Foi então que Joaquim Ambrósio sugeriu homenagear o famoso time inglês que fazia uma excursão pelo país: o Corinthian Casuals Football Club. O clube que se tornaria o mais querido do Brasil já tinha nome. A torcida e a imprensa chamavam a equipe de Corinthian’s Team. Assim, a letra "s" foi acrescentada ao nome, e o clube ganhou o elegante nome Corinthians. Os primeiros jogos» A estréia aconteceu dez dias após a fundação, em 10 de setembro de 1910. O adversário era o União da Lapa, uma respeitada equipe da várzea paulistana. Jogando fora de casa e esperando levar uma goleada, o Corinthians já mostrava que não estava para brincadeiras, e jogando com muita raça, acabou perdendo por apenas 1 a 0.» Foi apenas um deslize. Quatro dias depois, o Corinthians já mostraria que nasceu para vencer: 2 a 0 sobre o Estrela Polar. A honra do primeiro gol coube ao atacante Luís Fabi, que assim entrou para a história do clube. Depois disso, foram dois anos de invencibilidade.» Com os bons resultados e o crescimento da torcida - que desde sempre já se mostrava fiel e fanática - o Timão passou a pleitear uma vaga no Campeonato Paulista. A Liga Paulista resolveu conceder uma chance, mas o Corinthians teria que disputar uma eliminatória. Não deu outra: dois jogos, duas vitórias - 1 a 0 no Minas Gerais e 4 a 0 no São Paulo do Bexiga - e o passaporte carimbado para disputar o Paulistão.» Na primeira partida oficial, o Timão tropeçou no Germânia, perdendo por 3 a 1. Mas Joaquim Rodrigues escreveu seu nome na história do Corinthians como o autor do primeiro gol em partidas oficiais. O Coringão acabou seu primeiro Paulista em 4o. lugar.» Em 1914, começava a hegemonia: no segundo Campeonato Paulista que disputou, o Corinthians não deu chance para os adversários. Uma campanha arrasadora, com dez vitórias em dez jogos, 39 gols marcados e goleadas para todos os lados. Neco (12 gols) ainda se sagrou o artilheiro da competição.» Começava assim a história futebolistica do Sport Club Corinthians Paulista.





Programe-se desde já ! Feriados 2009 - Brasil
01/01/09 **quinta-feira** Confraternização Universal* *
20/01/09 **terça-feira** São Sebastião (RJ)* *
23/02/09 **segunda-feira** Carnaval* *
24/02/09 ** terça-feira** Carnaval* *
10/04/09 **sexta-feira** Paixão de Cristo* *
21/04/09 **terça-feira** Tiradentes* *
01/05/09 **sexta-feira** Dia do Trabalho* *
11/06/09 ** quinta-feira** Corpus Christi* *
09/07/09 **quinta-feira Revolução Constitucionalista (SP)
07/09/09 **segunda-feira** Independência do Brasil* *
12/10/09 **segunda-feira** Nossa Sra Aparecida - Padroeira do Brasil* *
02/11/09 **segunda-feira** Finados* *
15/11/09 domingo Proclamação da República* *
20/11/09 **sexta-feira ** Zumbi/Consciênciência Negra* *
25/12/09 **sexta-feira** Natal* *
Total: 13 Feriados (em dias úteis)* *
by ACB.

Charge do Correio Braziliense

LULA E OBAMA




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segunda-feira, novembro 10, 2008

Noedy Perecin
Foto by J.U.Nassif


PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS

A Tribuna Piracicabana
http://www.tribunatp.com.br/


Entrevista: Publicada no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:

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Entrevistado: NOEDY PERECIN


Utilizando a madeira como matéria prima, Noedy Perecin realiza verdadeiras obras de arte. Por muitos anos teve sua indústria trabalhando em larga escala, fabricando móveis, e peças que exigiam qualificação técnica na sua produção. Após aposentar-se, mostrou a sua verdadeira veia artística, realizando inclusive importantes obras de restauro em objetos de madeira. Em suas mãos a madeira torna-se dócil ao seu espírito criativo. Constituiu sua família, casando-se com a professora, pesquisadora e historiadora Dra. Marly Therezinha Germano Perecin com quem teve filhos. Noedy Perecin nasceu no dia primeiro de abril de 1934, estando hoje com 74 anos. Filho de Augusto Perecin, nascido em Rafard e Laudicéia Ferreira Perecin, natural de Itu.
O senhor é natural de Piracicaba?
Sou piracicabano. Nasci na Rua do Rosário, em frente á Escola Industrial. Aos seis anos de idade mudei-me para a Rua 13 de Maio, onde hoje está o prédio construído por Luciano Guidotti. Depois mudei para a Rua Voluntários de Piracicaba. Na época as ruas aqui eram ainda sem qualquer tipo de calçamento. Chão de terra. Tempo em que passava o bonde, havia o trem que ia para São Pedro, Santa Maria da Serra. Tomávamos o trem na estaçãozinha velha e ia até a Vila Rezende. Onde hoje é a Avenida Armando Salles, corria a céu aberto o Ribeirão Itapeva. Nós dávamos um pulinho lá para nadar, bebíamos a água do Itapeva! Para atravessar o córrego havia diversas pontes: nas ruas: Voluntários, 13 de Maio, Prudente de Moraes, Moraes Barros. Quando o Stolf montou a fábrica de cerveja foi construída a ponte da Rua XV de Novembro.
O senhor realizou seus estudos em que escola?
O grupo escolar eu fiz no Moraes Barros. Depois estudei no Colégio Piracicabano.
Em frente ao Grupo Escolar Moraes Barros havia uma fábrica de refrigerantes, o senhor a conheceu?
Conheci! Nós íamos até lá para assistir as garrafas estourarem! Na esquina das Ruas do Rosário e Voluntários havia uma vendinha onde tinha puxa-puxa, rapadura com coco, rapadura com amendoim coisinhas do tempo antigo. Era a vendinha do Bento Chulé.
Além do senhor seus pais tiveram mais filhos?
Tenho mais duas irmãs, Dionete Ferreira Perecin de Magalhães Gomes e Vera Lúcia Perecin Galesi.
Inicialmente onde a família do senhor estabeleceu as atividades comerciais?
Na Rua 13 de Maio, José Pinto de Almeida e Avenida Armando Salles de Oliveira. O nome da empresa era Irmãos Perecin, era constituída por quatro irmãos: meu pai e meus tios Afonso Perecin, Heitor Perecin, Ângelo Perecin. Meu tio Dionísio Perecin participou por um período muito breve, logo em seguida montou uma fábrica de rapadura no Bairro Areião. A fábrica Irmãos Perecin trabalhava com carpintaria e marcenaria, principalmente portas, janelas, carrocerias de caminhão. Eu entrei para a empresa como sócio, na época eu tinha 18 anos de idade. Com o tempo comprei a parte do meu pai. Um dos meus grandes clientes foi o Rizzolo da Coopersucar. Acabei conhecendo o Sr. Luiz Cantamessa, ele era sócio com o Sr. Antonio Girão em uma fábrica de cadeiras. O local onde ele tinha a sua fábrica havia sido vendido. Ele então passou a trabalhar junto a nossa indústria, que tinha uma área de terreno disponível, permanecendo por quatro anos. Nesse período montei uma serraria de toras. Comprava mato, derrubava as toras vinham para cá e eram processadas.
Quantos funcionários o senhor chegou a ter?
Contando todos inclusive aqueles que ficavam derrubando a madeira no mato, cheguei a ter 81 funcionários. Todos registrados. Isso eu digo com voz grossa. O empregado entrava, era registrado.
Em que local era retirada a madeira?
Derrubei toda a mata que formou a Barra Bonita. Foram 3 anos, havia 60 homens trabalhando. Eu ganhei a concorrência do governo para derrubar aquela área.
Que tipos de madeiras havia lá?
De tudo! Cedro, ipê, caviúna, cabriúva. Quando acabou a madeira, sobraram muitos galhos. O Vitório Polizel comprou tudo para fazer carvão. Ele fez carvão por mais de três anos.
Que tipo de carroceria de caminhão o senhor fazia?
Todos os tipos. O Walter Hans recebia um chassi Mercedes Bens por semana, vinha comigo fazia a carroceria, colocava uma segunda em cima, e ia para Brasília, onde vendia rapidamente tanto o caminhão completo como também a carroceria avulsa que ia em cima. Ele foi um grande cliente meu.
Aquele trabalho de entalhes na madeira da carroceria era um trabalho artesanal?
Era feito tudo com máquinas! Eu tinha 60 máquinas. Desengrossadeira de quatro faces, desengrossadeira simples, desempenadeira de comprimento de dois metros e oitenta centímetros, serras de fita de todos os tipos, respingadeira, tupias que fazem molduras, tinha uma serra Tissot que dava início á serra da tora. Comprei de Pedro Cobra uma serra francesa que tinha 10 laminas de alta rotação. Era como cortar um pão. Entrava o toco certinho e saiam treze tábuas, a maioria da madeira serrada nessa máquina era jequitibá. Passei a fabricar um outro tipo de porta, compensado com colméias dentro. O compensado vinha de uma empresa chamada Wagner de Joinville. Eu tinha prensa e montava essas portas. A colméia interna era feita com sobras de madeira.
Havia cupim nessa época?
Muito pouco. Quando era serrado ipê, não ficava um cupim no quarteirão! Isso ocorre com o ipê roxo. O ipê amarelo é bom para fazer o assoalho da carroceria. Depois eu passei a comprar o pinho de Pato Branco. Vinham aquelas carretas feitas com madeira: o caminhão, a tabua de pinho sobre quatro rodas. Vinha de FNM, o grande caminhão que corria até 50 quilômetros por hora! Dirigi bastante FNM. Em uma ocasião comprei um caminhão Leyland. Vendi para a Usina Costa Pinto, no tempo em que o Arnaldo Ricciardi era diretor. Trabalhei bastante para a usina, fiz muitos serviços lá. Construí muitos tonéis aproveitando o jequitibá, que é uma madeira muito boa para fazer tonel.
O senhor conheceu os tonéis do Del Nero?
Conheci! Ele era um amigão meu. Era o maior artista em tonel. Ele inclusive passou a fazer tonel para ser assentado em carroceria de caminhão. Para fazer um tonel não é necessário utilizar uma gota de cola. O Del Nero fez uma série de tonéis de canela-sassafrás (Ocotea odorífera), foi uma maravilha aquilo, tinha um aroma maravilhoso!
O senhor estudou no Dom Bosco?
Muitos anos depois de sair do colégio fui estudar química no Dom Bosco.
O senhor freqüentava cinema?
Freqüentava o Colonial, São José, Broadway, Politeama e depois veio o Palácio.
Na época era comum quadrar jardim?
Eu não quadrava, mas ficava em frente ao cinema Politeama. Freqüentava muito os bailinhos, que havia em diversos lugares. Na Sociedade Italiana era um dos locais onde eram realizados esses bailinhos. Foi lá que eu conheci a Marly.
Como foi a primeira impressão que o senhor teve dela?
Despertou a minha atenção quando vi aquela morena bonita, delicada. Veio o Edson Rochelle com o correio elegante. Eu então escrevi á ela, algo do tipo “Podemos nos conhecer?”. Era música ao vivo, daqueles bailinhos de formatura. Assim começou. No fim dos dias passei a freqüentar a Escola Normal onde ela estudava. Eu ia até lá só para acompanhá-la na saída das aulas.
Como o senhor e a Dra. Marly resolveram casar-se?
Foi assim, foi indo, até que um dia andando na Rua Governador Pedro de Toledo eu disse-lhe: “-Vamos casar?”. Ela respondeu: “-Vamos sim!” Só que tínhamos que ficar noivo primeiro. Na hora entramos na relojoaria Gatti e compramos essa aliança aqui. Descemos até a casa da Marly que ficava na Rua Moraes Barros, e dissemos ao pai e á mãe dela: “ Ficamos noivos e vamos casar.” Na hora pensei: “Estou morto!”. O meu sogro, Nestor Soares Germano era dentista e fiscal do governo, uma grande pessoa, mas muito bravo. Minha sogra era a Dona Djanira Ribeiro Germano.
O eles disseram na hora?
Nada. Nem responderam. Na época eu tinha 24 anos de idade, e a Marly 22. Ela já era professora, estava estudando na PUC em Campinas fazendo a faculdade. Depois de um bom tempo, seu Nestor chegou do cinema com a esposa, falamos: “Seu Nestor, no mês que vamos casar!”. Fiz os convites e dentro de um mês casamos. É uma recordação muito boa. Fomos passar a lua de mel em Santos. Eu só tinha conduções próprias para o trabalho, caminhões, caminhonetas. Não tinha automóvel. Alugamos um carro de praça. Lembro-me muito bem que levei sete mil cruzeiros e ainda sobrou dinheiro! Ficamos hospedados no Hotel Atlântico, permanecemos uns 10 dias, na época existia ainda o Parque Balneário.
A indústria do senhor passou a crescer?
Eu comprei a fábrica de cadeiras do Cantamessa, a produção passou de 20 cadeiras fabricadas por dia, para 200 cadeiras. E ainda uma carroceria de caminhão era fabricada todos os dias. Até propaganda no cinema passei a fazer! Mostrava como funcionava uma indústria no cinema. Cheguei a construir umas 20 rodas d'água.
Qual é o segredo para construir uma boa roda d'água?
Tem que ser feito um projeto antes de passar a produzi-la. Cheguei a fazer um curso de desenhista projetista na Escola Megatec. Um berço de água depende da rotação que for necessária. Eu tinha uma tabela que ganhei do Emílio Adamoli, ele construía lancha e mandava para Santos. Para a Boyes eu fiz muitas lançadeiras para tear. Para a Fábrica de Papéis São Paulo fiz carretéis compridos para enrolar papéis. Para o Virgilio Fagundes dono da fábrica de corda eu fiz uns rolos para enrolar corda de sisal. Quem fez as janelas do Edifício Rita Holland fui eu. Eu tinha a máquina que fazia o montante e em frente havia uma empresa que fazia o resto. O Luciano Guidotti encomendou todas as janelas e portas do prédio dele na Rua Treze de Maio.
O senhor chegou a construir botes?
Fiz uns 30. Fiz os barcos do Divino quando Nélio Ferraz era prefeito.
O senhor tem uma habilidade muito grande com a madeira?
Tenho. Eu pego um pedaço de madeira e consigo visualizar uma peça desse pedaço da madeira.
Para que serve o nó da madeira?
Só serve para fazer cachimbo, e requer uma máquina específica para esse fim. Uma madeira leve serve para fazer aeromodelos. Cheguei a fazer alguns. O embiruçu é metade do peso da madeira balsa. O pau d’álho por exemplo era uma madeira muita procurada. A madeira mais dura é a caviúna, para trabalhar com ela tem usar serrinha de serrar ferro. Não tem jeito de quebrar.
Como começou a paixão do senhor por avião?
Conheci um amigo por acaso: Lídio Duarte. Ele era professor de pilotagem de avião. O Aeroporto Morganti estava abandonado, com dois aviões velhos. Reunimos alguns amigos e fizemos uma diretoria. A proposta foi levada ao DAC. O Lino Morganti que era dono da área passou a escritura para o Aeroclube de Piracicaba. Até então o Aeroclube de Piracicaba funcionava em frente á Esalq. Fui a São Carlos com outro diretor e encontramos dois aviões arrebentados. O Lídio foi junto. Não havia gabarito para reconstruir os aviões. Conseguimos com o Aeroclube de Campinas o Gabarito para aqueles aviões. O nosso intermediário entre o Aeroclube e o DAC era o Tito Bottene, piloto do Dedini. Ele levou um dos aviões para o inspetor de São Paulo chamado Ercy César vistoriar, e o avião foi aprovado. Colocamos a Escola de Piloto para funcionar com um avião, era um Paulistinha. Reformamos o segundo. O Dedini deu todo o linho
Especial, para encapar o avião todo. A Mausa deu o Dope. Eram dadas 10 mãos de dope para impermeabilizar e afixar o revestimento do avião. Antonio Romano retificou cinco motores de aviões para nós, graciosamente. Com isso depois ele acabou retificando mais de 150 motores de outras cidades.


Geraldo de Andrade Ribeiro Júnior Foto by J.U.Nassif

PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS

A Tribuna Piracicabana
http://www.tribunatp.com.br/


Entrevista: Publicada no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:

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http://www.teleresponde.com.br/index.htm

Entrevistado: Geraldo de Andrade Ribeiro Júnior


Piracicaba é uma cidade em condições privilegiadas. Detém tecnologia de ponta no setor sucroalcooleiro. Além das empresas gigantes que operam na área mecânica e metalúrgica, voltadas á esse setor, existe inúmeras empresas de médio e pequeno porte, que se espalham pelo município gerando recursos para a cidade e região. Um grande leque de diversificado de atividades está se abrindo, com isso a cidade oferece uma gama enorme de produtos e serviços nos mais variados campos.
Essa abrangência permitirá com que a cidade futuramente não seja dependente de oscilações externas de um único segmento de mercado. O município tem reconhecidas características para fazer do turismo uma fonte de receita significativa. Está engatinhando nesse setor. Se a renda gerada pelo turismo é atraente, o nível do serviço prestado não admite nenhuma falha. Isso requer um alto grau de profissionalização, uma firme determinação nesse sentido. Se o turismo de massa ás vezes parece atraente, ao mesmo tempo pode ser de baixo retorno financeiro ao município, além de exigir uma infra-estrutura de grande porte. O turismo qualificado traz um número menor de pessoas, porém com maior disponibilidade financeira para usufruir o que a cidade oferece. Gastam mais enquanto permanecem na cidade. A chave para atrair esse turista chama-se cultura, que traz como subproduto a possibilidade do cidadão piracicabano ter acesso á um grau maior de conhecimento intelectual. São exemplos disso: a comemoração dos 100 anos da imigração japonesa, realizada na Estação da Paulista, onde o afluxo de turistas com bom poder aquisitivo foi enorme. A Paixão de Cristo é outro exemplo. Este ano houve lançamentos de livros, trazendo inclusive pessoas de outros estados brasileiros. Até um bispo do nordeste! Quando a Festa das Nações começou a ganhar características de mega evento, sabiamente foi repensada e voltou a sua origem. O Salão de Humor é outro magnífico exemplo de turismo cultural qualificado. Graças á iniciativa do Clube Filatélico e Numismático de Piracicaba, do Teatro Municipal através da sua diretoria, com o apoio dos Correios, além de muitos abnegados que anonimamente trabalharam para que esse evento ocorresse, Piracicaba passou a ser referência em mais uma área. Realizou a Primeira Exposição da América do Sul com selos de 1 Quadro. Para compreendermos melhor o que isso significa, entrevistamos o especialista no assunto, o juiz internacional, Prof. Dr. Geraldo de Andrade Ribeiro Júnior.
O senhor é natural de qual localidade?
Nasci na cidade de Franca, em 19 de julho de 1952. Resido há mais de trinta anos em São Paulo. Sou engenheiro civil. Sou Presidente da Federação Paulista que reúne 20 Clubes do Estado de São Paulo, Presidente da Associação Brasileira de Filatelia Temática.
Quando despertou o seu interesse pela filatelia?
Meu pai era filatelista, desde pequeno já tive contato com a filatelia. Há uma idéia pré-concebida de que o filho de filatelista não seja filatelista. Isso porque o pai impõe certas restrições ao acesso da criança aos selos. Um zelo para que o selo não seja estragado pela criança. Com isso o filho acaba pegando uma bronca daquilo. No meu caso meu pai permitia o meu acesso aos seus selos, com isso fui pegando o gosto pela área. No ano de 2009 estarei fazendo 50 anos de filatelia! A minha primeira exposição foi em 1959, esta aqui que estamos realizando em Piracicaba é a minha 138ª participação.
Como era a reação da mãe do senhor com relação ao fato do pai do senhor ser filatelista?
Toda mulher, não só na filatelia, mas em qualquer hobby, ela acha que o homem se dedica mais ao hobby dele do que á outras atividade. A mulher de uma forma geral tem ciúmes da atenção que o marido dá ao seu hobby. Qualquer coleção que é feita com paixão, qualidade, dedicação requer tempo, e o dia tem24 horas somente! Esse tempo é tirado do tempo de convívio com a família. Não é praticado no tempo em que o indivíduo está trabalhando. As mulheres têm um ciúme terrível desse tempo que dedicamos ao hobby. Elas devem entender que não estamos fazendo coisas erradas, estamos trabalhando com uma atividade cultural, salutar, e tudo isso dentro da nossa casa!
Qual é a importância da exposição realizada em Piracicaba?
Piracicaba tem uma longa tradição, mais de um século em filatelia. E já teve uma exposição nacional em 1967. Agora, 41 anos depois volta a ter uma exposição nacional Essa exposição é muito importante por abrir um novo espaço em filatelia. Essas coleções de 1 Quadro é uma nova porta de entrada para a filatelia.
O que é uma exposição de 1 Quadro?
Por regras pré-estabelecidas, uma coleção de selos tem que ter no mínimo 80 páginas no tamanho A-4, para que seja enquadrada como coleção. São no mínimo 5 painéis. Essa é a definição universal. Só que muita gente não conseguia montar os 5 painéis. Com isso ficava adiando a montagem por meses, anos. A exposição realizada em Piracicaba está abrindo a possibilidade de que o expositor participe com apenas 1 Quadro. É a Primeira Exposição Nacional de 1 Quadro realizada no Brasil.
Quantos expositores vieram com seu material para Piracicaba?
São 58 expositores, representando 8 estados brasileiros. Temos a participação de filatelistas do Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Distrito Federal, Ceará, Pernambuco e outros estados.
Essa exposição há uma carta de mais de quinhentos anos?
É uma carta do século XVI. Ela está em uma exposição de 1 Quadro de Cartas pré-filatélicas. A filatelia começou em 1840, quando a Inglaterra lançou o primeiro selo. Antes de 1840 é chamada de pré-filatelia. Desde que o mundo existe, o homem se comunica, quando inventaram o papel a comunicação passou a ser feita pelo papel. Já na Idade Média havia correio organizado, havia cartas.
No Brasil o correio começou a funcionar quando?
Simbolicamente a carta de Pero Vaz de Caminha é primeira carta escrita no Brasil. Como éramos colônia, as regras do correio de Portugal valiam para o Brasil. Em 1750, 1760, é que se tem correio organizado em Ouro Preto, Rio de Janeiro, São Paulo. Só no final do século XVIII que se teve uma organização de correio.
Qual é o primeiro selo oficial do Brasil?
É o famoso olho-de-boi. Ele é famoso por ser o primeiro, e recebe esse nome por parecer um olho de boi. Não é o mais caro, nem tão raro, mais é o mais famoso.
O que motiva a pessoa a ser filatelista?
Os psiquiatras afirmam categoricamente que colecionar é normal, salutar. Quem não coleciona alguma coisa tem algum problema! Isso são eles que dizem, eu apenas repito!
As mulheres, embora neguem peremptoriamente colecionam sapatos, roupas. O ato de colecionismo é normal, salutar. Os grandes acervos do mundo inteiro começaram com ajuntamento de coleções de pessoas. Todo grande museu começou com coleção que vieram de pessoas.
Existe o risco de ser compulsivo?
Toda a atividade humana pode oferecer esse risco. Existe o indivíduo compulsivo por sexo, o jogador compulsivo. Isso é uma condição do ser humano. Seja no colecionismo, no jogo, isso é uma característica própria do indivíduo. A filatelia não está imune a isso.
Existem casos quase folclóricos de colecionadores que realizam peripécias para conseguir o objeto do seu desejo?
Há pessoas que vende bens de sua propriedade para conseguir comprar determinado selo, envelope com um carimbo de uma cidade. Há outras pessoas que restringem suas despesas pessoais para adquirir determinada peça. Existe muito folclore também. Como pessoas que possuem uma pequena coleção de selos, freqüentam o meio filatélico, acham que aquela sua coleção tem um valor extraordinário. Dizem para a esposa que aquela coleção vale uma fortuna. Ele um dia falece, a viúva vai vender e descobre que a tão comentada coleção não vale mais do que 50 ou 100 reais! Na realidade o falecido vivia em uma ilusão de que a sua coleção valia uma fortuna, que ele era proprietário de uma magnífica amostra de peças raras. O colecionista, isso em todas as áreas, tem o habito de supervalorizar seus objetos de coleção. Sempre o nosso filho é o mais bonito!
O senhor exerce a função de juiz nas exposições, julgar coleções de amigos é uma situação bastante delicada?
Comecei muito cedo atuando como juiz, foi aos 26 anos de idade. Essa é a minha qüinquagésima exposição. Para ser jurado tem que ter conhecimento sobre o tipo de coleção que irá julgar, participa de um júri como jurado observador, aprovado pelos colegas, realiza provas. Sou jurado da Federação Paulista, Brasileira e Internacional. Vou julgar na Europa, Argentina, ou seja, onde houver necessidade.
Como é o colecionador europeu?
Colecionador é colecionador em qualquer parte do mundo. Na Europa há mais disciplina, mais profissionalismo. Há um calendário muito organizado. Aqui no Brasil não sabemos o calendário do ano que vem. Não é porque não queremos, mas é porque dependemos dos painéis do Correio. O grande apoio que o Correio nos dá são os painéis. O resto é por nossa conta. Com isso não sabemos se poderemos marcar exposição para março ou para agosto, isso por que não sabemos se o Correio emprestou para alguém nesse mês. Temos grandes dificuldades em ter a nossa organização aqui no Brasil.
Existe alguma subvenção para o colecionador na Europa?
Na Europa os correios subvencionam as federações. Por exemplo, a Federação Portuguesa tem um contrato de digamos 100 mil euros. Eles têm a obrigação de realizarem as exposições. Com esse dinheiro eles adquiriram um pequeno caminhão, compram os painéis, e saem fazendo exposições itinerantes. Em um ano realizam dezenas de exposições. Isso proporciona o desenvolvimento da filatelia. No Brasil, para marcarmos uma reunião com o Correio visando realizar uma exposição pode demandar meses para que essa reunião ocorra. Já fui julgar exposições na Rússia. Eles estão emergindo agora. Até o período em vigorava o regime anterior eles só podiam fazer coleções com selos da União Soviética. Não podiam realizar a troca de selos com outros países, era considerada uma corrupção ideológica. A China tem muitos colecionadores e está desenvolvendo e incentivando muito.
A filatelia é um bom negócio para o Correio?
O Correio paga frações de centavos para emitir um selo. Ao colocar á venda no balcão, o filatelista adquire aquele selo e o leva para casa. O correio está simplesmente vedo um papel estampado. Nesse caso ele não presta serviço. Se um cliente adquirir esse mesmo selo e postar uma carta para o interior do Amazonas, essa carta será manipulada em Piracicaba, irá para o centro de distribuição de Piracicaba, para o centro de triagem de Piracicaba. Seguirá em um caminhão com destino á São Paulo. Em São Paulo passará pela triagem e embarcada em um caminhão com destino ao aeroporto de Guarulhos. Colocada em um avião será entregue em Manaus, onde passará por uma triagem. Colocada em um barco, dali a uma semana será entregue ao destinatário no interior do Amazonas. Quanto custa isso para o correio? Muito mais do que o valor do selo! Incentivar em vender esse “papel” pintado chamado selo é uma atividade feita pelo Uruguai, Paraguai. O Brasil não incentiva essa atividade. O correio dá lucro em todos os países. N Brasil o lucro do Correio era cinco por cento do faturamento global. Um valor altamente significativo. Hoje é de um por cento, ou até menos. O Correio parou de investir na filatelia.
Com o advento da internet surgiu o e-mail, isso motivou a diminuição de correspondências?
A correspondência pessoal diminuiu. A comercial muitas vezes implica na remessa de documentos, que exige a remessa física dos mesmos. Por outro lado, a internet proporcionou o aumento das vendas pelo meio eletrônico, essas encomendas são enviadas pelo correio. Isso compensou, e muito. Os namorados mandam e-mails. Mas quando o namorado envia um presente isso é feito pelo correio.
Existe um caso famoso de um país que vivia da emissão de selos?
Não há limites para a picaretagem. Um indivíduo montou uma plataforma no oceano, utilizando metais e madeira. Lá ele criou uma “República”. Hasteou uma bandeira, e emitiu selos. Ele ia pouco á “República” dele. Os selos foram impressos por uma gráfica norte-americana. Após a emissão dos selos ele os vendeu em lojas especializadas. Isso foi em 1960, na ocasião surgiram muitos países novos na África. Não havia a internet, portanto era factível achar que o selo daquele “país” que ficava em uma plataforma em mar aberto, também pudesse ser um novo país! Com isso o criador dessa nação fictícia vendeu muito selo no mundo todo. O mais interessante, é que quando o Presidente Kennedy tomou posse o dono do “país-plataforma” mandou uma correspondência, em papel timbrado da sua “nação”. A Casa Branca recebeu milhares de cartas congratulando a posse do presidente. O protocolo enviou resposta a cada um agradecendo. Ao receber a carta de Washington, o proprietário do “país” a colocou em uma moldura e passou a afirmar que se os Estados Unidos o reconhecia como nação, quem iria ser contra a decisão da grande potencia? Institucionalizou-se a picaretagem!
Há também grupos de comerciantes de selos europeus que criam países fictícios na Ásia, determinadas ilhas. Eles colocam esses selos á venda em bancas de jornal. Desovam milhões de selos. Isso não é filatelia. Tem que ser selo emitido por um país reconhecido pela ONU.

PRÊMIO ESSO DE JORNALISMO 1962

Foto by Erno Schneider

O PRESIDENTE JÂNIO QUADROS NA CIDADE DE URUGUAIANA (RS) SURPREENDIDO POR UM RUÍDO SE VIRA NA DIREÇÃO DO MESMO. OS PÉS TOMAM UMA POSIÇÃO INUSITADA.





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Jornal da Tarde 05 de novembro de 2008




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domingo, novembro 09, 2008

Foto by J.U.Nassif

NA MEDIDA CERTA




Fotos J.U.Nassif

"Piece de Resistance"

Foto e degustação J.U.Nassif

BANHO DE SOL

Foto J.U.Nassif




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Aleijadinho existiu?

Aleijadinho existiu? De acordo com o livro Aleijadinho e o aeroplano, de Guiomar de Grammont, a resposta é “não”. Aleijadinho não “existiu”. Quem existiu foi Antônio Francisco Lisboa, escultor pobre, que viveu em Vila Rica no século XVIII e teve uma vida muito mais prosaica do que a do mito consagrado na história. De acordo com Guiomar, existiram diversos “Aleijadinhos”, inventados à medida que se deu a construção nacionalista de uma imagem da “arte brasileira” em diferentes contextos, do século XVIII até hoje. Cada momento criou o seu Aleijadinho em diversos gêneros literários e científicos, segundo a autora, que é doutora em barroco mineiro e diretora do Instituto de Filosofia Artes e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto.“Aleijadinho tornou-se um monstro sagrado, espécie de Hefesto, deus coxo capaz de fabricar maravilhas, indefinidamente, em sua forja. Em minha opinião, a principal injustiça foi tomá-lo esse ser inumano, grotesco, deslocado do seu tempo. Grande parte das obras importantes do período levaria a assinatura de Aleijadinho, o que é inconcebível, uma inverdade histórica que desrespeita também a obra comprovadamente produzida pelo ateliê do talentoso artífice Antônio Francisco Lisboa. Seria necessário que o Aleijadinho tivesse tido dez vidas a mais para realizar tudo o que se lhe atribui”, explica Guiomar. Ao analisar os documentos reunidos sobre a história do artífice, a autora chega a conclusões absolutamente inéditas: não há prova de que Antônio Francisco Lisboa tenha sido filho de Manuel Francisco Lisboa ou de que ele tenha sido arquiteto, como afirmam os críticos que lhe atribuem o risco de diversas obras arquitetônicas, entre outros pontos polêmicos. Guiomar mostra como o mito foi reapropriado e tomado como evidência histórica, sem contestação, em diversos programas da história do pensamento sobre artes e letras no Brasil. Nos séculos XIX e XX, vários discursos interpretaram as obras atribuídas ao Aleijadinho a partir de noções raciais, ambientais, psicológicas, artísticas e políticas não existentes no tempo em que o personagem viveu.



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