segunda-feira, julho 13, 2009

Sobrenomes usados por cristãos novos processados pela Inquisição


O que toda essa história tem a ver com você?
Estima-se que cerca de um décimo (1/10), da população brasileira seja de descendentes de judeus cristãos-novos - alguns historiadores afirmam que na verdade essa proporção é de 35%. Isso equivale, na menor das estimativas, a 17 milhões de pessoas. Segue-se uma lista retirada do livro "As raízes judaicas no Brasil", de Flávio Mendes de Carvalho, com os sobrenomes de cristãos-novos, brasileiros ou residentes no Brasil, condenados pela Inquisição nos séc. XVII e XVIII e que constam nos arquivos da Torre do Tombo em Lisboa. A sua família pode estar citada aqui. É bom lembrar que os judeus, por ocasião da conversão forçada e para esconder suas raízes e evitar a perseguição, adotaram muitos sobrenomes de cristãos-velhos. Assim o fato de um sobrenome estar na lista não nos garante dizer que todas as pessoas que o carregam são descendentes dos cristãos-novos. Por outro lado, o fato de outro sobrenome não estar, não quer dizer que não seja de origem judaica, posto que a pesquisa de Flávio Mendes não abrangeu todo o período de atuação da Inquisição e ainda que muitas famílias conseguiram manter-se em segredo. Na obra do historiador, também descendente de cristãos-novos, constam os nomes e na maioria das vezes a naturalidade, o parentesco e residência dos judaizantes - termo como eram chamados os conversos descobertos praticando o judaísmo. Há vários casos em que muitos dos membros de uma mesma família foram condenados e torturados para delatar a sua própria gente.

Nota sobre os nomes de árvore como sobrenome judaico
Corre pelo Brasil uma certa crença de que todos os sobrenomes com nomes de planta e de animais são sobrenomes de cristãos-novos. Isso é um mito porque muitos desses nomes são bastante antigos e usados igualmente por famílias cristãs-velhas. Ainda há, como pode ser visto na lista, diversos outros tipos de sobrenomes também adotados pelas famílias de conversos, como os de origem geográfica (p. ex. Toledo, Évora), os de alcunha (p. ex. Moreno, Bueno), os de profissões (p. ex. Ferreira), os derivados de nomes de pessoas (p. ex. Henriques, Fernandes), entre outros.
AAbreu Abrunhosa Affonseca Affonso Aguiar Ayres Alam Alberto Albuquerque Alfaro Almeida Alonso Alvade Alvarado Alvarenga Álvares/Alvarez Alvelos Alveres Alves Alvim Alvorada Alvres Amado Amaral Andrada Andrade Anta Antonio Antunes Araujo Arrabaca Arroyo Arroja Aspalhão Assumção Athayde Ávila Avis Azeda Azeitado Azeredo Azevedo
B
Bacelar Balão Balboa Balieyro Baltiero Bandes Baptista Barata Barbalha Barboza /Barbosa Bareda Barrajas Barreira Baretta Baretto Barros Bastos Bautista Beirão Belinque Belmonte Bello Bentes Bernal Bernardes Bezzera Bicudo Bispo Bivar Boccoro Boned Bonsucesso Borges Borralho Botelho Bragança Brandão Bravo Brites Brito Brum Bueno Bulhão C
Cabaco Cabral Cabreira Cáceres Caetano Calassa Caldas Caldeira Caldeyrão Callado Camacho Câmara Camejo Caminha Campo Campos Candeas Capote Cárceres Cardozo/Cardoso Carlos Carneiro Carranca Carnide Carreira Carrilho Carrollo Carvalho Casado Casqueiro Cásseres Castenheda Castanho Castelo Castelo Branco Castelhano Castilho Castro Cazado Cazales Ceya Céspedes Chacla Chacon Chaves Chito Cid Cobilhos Coche Coelho Collaço Contreiras Cordeiro Corgenaga Coronel Correa Cortez Corujo Costa Coutinho Couto Covilhã Crasto Cruz CunhaDDamas Daniel Datto Delgado Devet Diamante Dias Diniz Dionisio Dique Doria Dorta Dourado Drago Duarte Duraes
EEliate Escobar Espadilha Espinhosa Espinoza Esteves Évora
FFaísca Falcão Faria Farinha Faro Farto Fatexa Febos Feijão Feijó Fernandes Ferrão Ferraz Ferreira Ferro Fialho Fidalgo Figueira Figueiredo Figueiro Figueiroa Flores Fogaça Fonseca Fontes Forro Fraga Fragozo Franca Francês Francisco Franco Freire Freitas Froes/Frois Furtado GGabriel Gago Galante Galego Galeno Gallo Galvão Gama Gamboa Gancoso Ganso Garcia Gasto Gavilão Gil Godinho Godins Goes Gomes Gonçalves Gouvea Gracia Gradis Gramacho Guadalupe Guedes Gueybara Gueiros Guerra Guerreiro Gusmão Guterres
H/I Henriques Homem Idanha Iscol Isidro Jordão Jorge Jubim Julião LLafaia Lago Laguna Lamy Lara Lassa Leal Leão Ledesma Leitão Leite Lemos Lima Liz Lobo Lopes Loucão Loureiro Lourenço Louzada Lucena Luiz Luna Luzarte MMacedo Machado Machuca Madeira Madureira Magalhães Maia Maioral Maj Maldonado Malheiro Manem Manganes Manhanas Manoel Manzona Marçal Marques Martins Mascarenhas Mattos Matoso Medalha Medeiros Medina Melão Mello Mendanha Mendes Mendonça Menezes Mesquita Mezas Milão Miles Miranda Moeda Mogadouro Mogo Molina Monforte Monguinho Moniz Monsanto Montearroyo Monteiro Montes Montezinhos Moraes Morales Morão Morato Moreas Moreira Moreno Motta Moura Mouzinho Munhoz NNabo Nagera Navarro Negrão Neves Nicolao Nobre Nogueira Noronha Novaes Nunes OOliva Olivares Oliveira Oróbio PPacham/Pachão/Paixão Pacheco Paes Paiva Palancho Palhano Pantoja Pardo Paredes Parra Páscoa Passos Paz Pedrozo Pegado Peinado Penalvo Penha Penso Penteado Peralta Perdigão Pereira Peres Pessoa Pestana Picanço Pilar Pimentel Pina Pineda Pinhão Pinheiro Pinto Pires Pisco Pissarro Piteyra Pizarro Pombeiro Ponte Porto Pouzado Prado Preto Proença QQuadros Quaresma Queiroz Quental RRabelo Rabocha Raphael Ramalho Ramires Ramos Rangel Raposo Rasquete Rebello Rego Reis Rezende Ribeiro Rios Robles Rocha Rodriguez Roldão Romão Romeiro Rosário Rosa Rosas Rozado Ruivo Ruiz SSa Salvador Samora Sampaio Samuda Sanches Sandoval Santarém Santiago Santos Saraiva Sarilho Saro Sarzedas Seixas Sena Semedo Sequeira Seralvo Serpa Serqueira Serra Serrano Serrão Serveira Silva Silveira Simão Simões Soares Siqueira Sodenha Sodré Soeyro Sueyro Soeiro Sola Solis Sondo Soutto Souza
T/U Tagarro Tareu Tavares Taveira Teixeira Telles Thomas Toloza Torres Torrones Tota Tourinho Tovar Trigillos Trigueiros Trindade Uchôa V/X/ZValladolid Vale Valle Valença Valente Vareda Vargas Vasconcellos Vasques Vaz Veiga Veyga Velasco Velez Vellez Velho Veloso Vergueiro Viana Vicente Viegas Vieyra Viera Vigo Vilhalva Vilhegas Vilhena Villa Villalão Villa-Lobos Villanova Villar Villa Real Villella Vilela Vizeu Xavier Ximinez Zuriaga

Sobrenomes latinos estão entre os dez mais comuns nos EUA

Dois sobrenomes de origem hispânica --García e Rodríguez-- aparecem pela primeira vez na lista dos dez mais comuns nos Estados Unidos, segundo um estudo publicado pelo Censo americano.Os sobrenomes ocupam, respectivamente, as posições de número oito e nove na pesquisa, acima de nomes típicos norte-americanos, como Wilson, que ficou com a décima posição. Os resultados confirmam a crescente influência da comunidade hispânica nos EUA.O levantamento foi feito com base nos dados do censo de 2000, que ouviu 270 milhões de americanos. Além de García e Rodríguez, outros cinco sobrenomes hispânicos estão na lista dos 30 mais comuns: Martínez, Hernández, López, González e Pérez.Os sobrenomes hispânicos representam cerca de 12% da amostra analisada pelo estudo.Segundo os autores do estudo, o objetivo do levantamento é "proporcionar uma melhor compreensão da distribuição dos sobrenomes na população e dar uma idéia da relação entre o sobrenome e certas características demográficas como sexo e etnia".O levantamento oferece alguns dados sobre a relação entre sobrenome e etnia. O estudo revela, por exemplo, que 90% das pessoas com sobrenome Washington são de etnia negra. Já 96% dos Schmitts e Kruegers são brancos e 59% dos Huang, Cho e Li são de origem asiática.Segundo os resultados da análise, os Estados Unidos têm seis milhões de sobrenomes, dos quais 151 mil são levados por mais de cem americanos. Ainda de acordo com a pesquisa, há quatro milhões de sobrenomes que pertencem a apenas uma pessoa.O sobrenome mais comum nos Estados Unidos continua sendo Smith. São 2,3 milhões de pessoas que levam este sobrenome nos EUA.
("BOL - FolhaOnline - Mundo")

Leite Moça

À princípio utilizado como bebida (reconstituído com água), o leite condensado podia ser armazenado por muito tempo, o que era importante em períodos de escassez. Somente durante a Segunda Guerra Mundial donas de casa passaram a utilizá-lo em doces e sobremesas. O leite condensado começou a ser importado pelo Brasil em 1890 e era uma alternativa ao leite fresco, cujo abastecimento era problemático. O produto da The Nestlé and Anglo Swiss Condensed Milk Company era vendido nas drogarias e, inicialmente, seu nome era Milkmaid. Mas a jovem da embalagem, uma camponesa suíça do século XIX, inspirou os compradores, que pediam o "leite da moça".Quando a Nestlé abriu sua primeira fábrica no país, em 1921, na cidade de Araras (SP) e começou a produzir o produto, optou pelo nome criado espontaneamente.

O juiz Sérgio Divino Carvalho, da 12ª vara cível de Goiânia, determinou à Universidade Católica de Goiás - UCG - que efetue a matrícula da estudante Marcela de Oliveira Rady, de apenas 15 anos, no curso de Direito, embora não tenha concluído o 2º grau. A garota, representada pelo advogado Edilberto de Castro Dias, atualmente cursa o 3º ano do ensino médio. Ao conceder a liminar, Sérgio Divino lembrou que o pedido é baseado no artigo 208 da CF/88 que - assim como os artigo 54 do ECA (lei 8.069/90 - ) e 4º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei 9.394/96 - ) - garante que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um. "A aprovação da requerente no vestibular da instituição de ensino superior demonstra, de forma inequívoca, a sua capacidade devendo, portanto, ser facilitado o seu acesso ao ensino superior", avaliou, citando a fumaça do bom direito (fumus boni iuris) como um dos requisitos para deferir o pedido. O juiz argumentou também que, de acordo com a lei 9.394/96, a classificação em qualquer série ou etapa, com exceção do ensino fundamental, pode se dar independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada. O juiz Sérgio Divino Carvalho, da 12ª vara cível de Goiânia, determinou à Universidade Católica de Goiás - UCG - que efetue a matrícula da estudante Marcela de Oliveira Rady, de apenas 15 anos, no curso de Direito, embora não tenha concluído o 2º grau. A garota, representada pelo advogado Edilberto de Castro Dias, atualmente cursa o 3º ano do ensino médio. Ao conceder a liminar, Sérgio Divino lembrou que o pedido é baseado no artigo 208 da CF/88 que - assim como os artigo 54 do ECA (lei 8.069/90 - ) e 4º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei 9.394/96 - ) - garante que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um.


Sabão Omo

O sabão em pó Omo foi criado pelo grupo inglês Unilever na década de 1930. Seu nome é a abreviatura da expressão "Old Mother Owl" ("Velha Mãe Coruja"). Na primeira embalagem, havia uma coruja estilizada. As letras "o" eram seus olhos, enquanto o "m" formava o nariz e o bico. A marca de sabão em pó foi lançada no Brasil em 1957.

SHOW RECOMENDADO


Caneta Bic

Marcel Bich, depois de trabalhar em uma empresa de tintas durante a Segunda Guerra Mundial .Em 1949 ele comprou uma pequena fábrica de canetas esferográficas. As canetas vazavam tinta e sujavam os dedos, mas faziam sucesso, e Bich decidiu investir no produto. Procurou seu inventor, Ladislao "Laszlo" Biro, comprou a patente e iniciou a fabricação da caneta Bic, cujo modelo é praticamente o mesmo até hoje. Atualmente, são vendidas 10 milhões de canetas por dia. A novidade chegou ao Brasil em 1961, e, durante algum tempo, era proibido assinar documentos e cheques com esferográficas. Mesmo assim, a Bic vendeu 3,6 milhões de unidades em seu primeiro ano no país.

Alunas da ESALQ ganham bolsas para estudar na Europa

A Universidade de São Paulo (USP) e o Grupo Santander possuem um acordo de cooperação que oferece bolsas de estudo em universidades da América Latina, Portugal e Espanha. A edição 2009 do Programa de Mobilidade Internacional do Santander, que inclui ‘Bolsas Luso-Brasileiras’ e ‘Bolsas de Países Ibéricos’, contemplou duas graduandas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ). As alunas, que optaram por estudar em Portugal, partirão para a Europa em agosto.
Natália Zancan, aluna do 3º ano do curso de Ciências Econômicas, seguirá para a Universidade do Porto. A estudante, que aqui vem desenvolvendo na iniciação científica uma pesquisa sobre biodiesel, se entusiasma com oportunidade da permanência por seis meses na Europa. “Pretendo aperfeiçoar meus conhecimentos, ganhar uma visão diferente do mundo. Acho que pode ser interessante dar seqüência aos estudos na área de agroenergia, uma vez que na Europa as pesquisas relacionadas ao tema vem ganhando espaço”.
Valquíria Prezotto Ximenes, também aluna do 3º ano do curso de Ciências Econômicas, tem como destino a Universidade de Coimbra (Portugal). Nas disciplinas a cursar, a estudante aprofundará conhecimentos em economia internacional, marketing e teorias do crescimento. “Eu venho desenvolvendo pesquisas na área de economia internacional, com ênfase em barreiras fitossanitárias e ter contato com esta temática em nível global será uma ótima oportunidade”.
Na USP este programa é coordenado pela Pró-reitoria de Graduação, com apoio da Comissão de Cooperação Internacional (CCInt) e na ESALQ, pela Comissão de Atividades Internacionais (CAInt) por meio da Seção de Atividades Internacionais (SCAInt), com apoio da Comissão de Graduação.
O Programa de Mobilidade Internacional
Fora lançado um edital oferecendo 45 bolsas para toda a Universidade e os alunos interessados enviaram histórico escolar, carta de interesse, plano de estudos com as matérias pretendidas e universidade de destino. A permanência nas instituições de ensino superior estrangeiras é de seis meses, para tanto, cada aluno ganha uma bolsa de 600 Euros mensais e mais mil Euros para a passagem. A USP vem empreendendo esforços no sentido de aprofundar a internacionalização de suas ações, aspecto considerado de suma importância na formação do corpo discente e também docente, bem como na produção e divulgação de conhecimentos. O objetivo do programa é possibilitar aos alunos de graduação, regularmente matriculados, cursar disciplinas de graduação em instituições estrangeiras de ensino superior, durante o período de até um semestre.

sábado, julho 11, 2009

SERINGUEIRAS PLANTADAS EM 1954 - NA REGIÃO CENTRAL DE PIRACICABA






















LAURINDO BERTINATTO



PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS

JOÃO UMBERTO NASSIF Jornalista e Radialista

joaonassif@gmail.com
Sábado 11 de julho de 2009
Entrevista: Publicada aos sábados no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana

As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
http://www.tribunatp.com.br/
http://www.teleresponde.com.br/



ENTREVISTADO : LAURINDO BERTINATTO


Quem passa pela Rua Luiz de Queiroz admira as colossais árvores que dominam com sua imensidão o espaço da praça ali existente, popularmente conhecida como Praça da Boyes. Sentado em um banco, embaixo das seringueiras, Laurindo Bertinatto distrai-se com a movimentação da rua. Homem e natureza completam-se. Naquela rua ele nasceu, trabalhou, conheceu sua esposa, constituiu a sua família. As suas raízes e as da seringueira estão naquele pedaço de chão. Bem próximo, existe uma construção do século XIX, uma das realizações de Luiz Vicente de Souza Queiroz, conhecida como “Solar”, ou “Palacete Luiz de Queiroz”, hospedou figuras ilustres que passaram pela cidade, entre tantos, Joseph Rudyard Kipling escritor britânico, nascido em Bombaim, na Índia, Prêmio Nobel de Literatura. Próximas ao Salto do Rio Piracicaba, tanto a fábrica como a residência foram vendidas á Companhia Boyes, passando a casa ser conhecida como “Palacete Boyes”. O Rio Piracicaba, a chamada Casa do Povoador, o Palacete, a Fábrica Boyes, o antigo parque infantil que cedeu espaço para a construção do Hotel Municipal, a Chácara Lara Campos, do falecido Conde Rodolpho de Lara Campos, onde hoje está o Clube de Campo de Piracicaba, o Engenho Central, com suas locomotivas próprias, projetadas pelo genial João Botene, o trem da Sorocabana, o bonde da Vila Rezende, é nesse cenário que Laurindo nasceu, cresceu e desfruta a vida com muito boa disposição. Nascido em 22 de agosto de 1930.
O senhor é piracicabano?
Sou piracicabano da gema, filho de Carlos Bertinatto e Ema Oian Bertinatto. Nasci em uma casa situada próxima á Ponte do Mirante, a denominação popular para a Ponte Irmãos Rebouças. Meu pai tinha um barzinho na esquina da Rua Saldanha Marinho com a Rua Luiz de Queiroz, o prédio existe até hoje, havia um jardim com um parque na época, parte da área foi utilizada para a construção do Hotel Municipal. O produto que era mais comercializado no barzinho era peixe frito, os pescadores pescavam no Rio Piracicaba, forneciam ao meu pai, que os vendia. Eu tinha cinco a seis irmãs, elas ajudavam na cozinha. A casa e o bar era de propriedade do Sr. Marino Mantoni, pai do Mário Mantoni.
Quantos filhos seus pais tiveram?
Nove filhos. Eu sou o penúltimo dos nove filhos.
Na época em que o senhor era criança a Rua Luiz de Queiroz era terra nua?
Era sim, na época passava boiada por aqui, iam para o matadouro. Eu tinha uns treze anos de idade, tínhamos que fechar as portas do bar, senão corria o risco do boi entrar. Quando “estourava” a boiada, os bois iam para todos os lados. Na Fábrica Boyes não havia alambrado, era comum cair boi no córrego da Boyes. Os boiadeiros laçavam e davam um jeito de puxar o boi para fora da água.
Não existia a Avenida Renato Wagner?
O leito carroçável continuava depois da ponte, no sentido bairro-centro. Existia uma casa de fabricar farinha, era de propriedade de um senhor de sobrenome Eiras.
O parquinho infantil ficava onde?
No local ocupado pelo hotel, tinha brinquedos como balança, gira-gira. O jardim era grande, ia da Rua Luiz de Queiroz até a Rua Tiradentes, quando moleque eu ia caçar passarinho lá. Era uma vegetação fechada.
O Rio Piracicaba tinha muito peixe?
Tinha os peixes: dourado, mandi, corimbatá, lambari, cascudo, era uma beleza o rio. Na época onde hoje é o mirante havia só uma casinha, onde ficava um senhor tomando conta. De lá se avistava o rio e via os peixes nadando, brilhando no sol. Vi muito pescador pegar peixes grandes, até dourado de 18 quilos.
O senhor pescava?
Ás vezes ia pescar, gostava de pescar mandi Eu nasci na beira do rio, mas não aprendi a nadar. Via a criançada nadar, alguns tiravam as roupas deixavam na beira do rio, algum outro moleque escondia a roupa deles! Isso eu cheguei a ver. Não havia a Avenida Beira-Rio. O terreno que fazia parte do Palacete Boyes ia até a beira do Rio Piracicaba. Depois foi desapropriada a parte onde fizeram a Avenida Beira Rio.
O senhor estudou em que escola?
Estudei no Grupo Moraes Barros. Lembro-me de um professor chamado Perpétuo. Tive aula com a Professora Odila Lopes Fagundes, esposa do Sr. Virgilio Fagundes, proprietário de uma fábrica de cordas.
Qual é o nome da sua esposa?
Vilma Gaiad Bertinatto, ela é tia do jornalista e radialista Carlos Eduardo Gaiad.
Na Rua Luiz de Queiroz, existiam casas de funcionários da Boyes?
Existia sim. Onde hoje há um terreno vazio havia uma casa na esquina e duas casas ao lado. Eram casas dos mestres. Lembro-me do Sr. Domingos Oss, Oswaldo Novaes que era motorista da companhia, bem na esquina havia um senhor que morava na parte superior e embaixo havia um salão grande, o José Renzi, mais conhecido como Tico Renzi, tinha ali o seu gabinetinho de dentista.
O senhor é católico?
Sou. Fiz a minha primeira comunhão quando tinha treze anos de idade aqui na Igreja Nossa Senhora Aparecida. Essa igreja é bem antiga.
Com que idade o senhor começou a trabalhar?
Eu ajudava o meu pai a partir dos meus dez anos de idade. Lavava os copos, servia os clientes. Por volta de 1937 meu pai adquiriu o imóvel onde montamos outro bar. Eu acredito que antigamente deve ter sido um imóvel só, que por ser muito grande foi desmembrado. A nossa família toda veio morar aqui.
O senhor chegou a trabalhar na Boyes?
Com dezesseis anos de idade comecei a trabalhar na Boyes, onde permaneci por uns dois anos. Trabalhava na preparação de fios para colocar nos caixões. Havia o horário das 5 horas da manhã até as 13 horas e 30 minutos, outra turma entrava ás 13 horas e 30 minutos e saía ás 10 horas da noite. O horário era alternado semanalmente. Havia uma terceira turma das 10 horas da noite até as 5 horas da manhã. A fábrica funcionava dia e noite, só parava aos domingos. Fabricava tecido de algodão, e muita sacaria para açúcar, ela que fornecia os sacos para açúcar para o Engenho Central. Não vencia produzir. Na época diziam que era o melhor produto do mercado, chegou a ter quase 2.000 funcionários. Para almoçar eu só atravessava o jardim e vinha comer em casa. Naquele tempo nem jardim existia, eram pés de maravilha, eles tinham dois metros de altura, faziam o carreador e saiam no bosque, às pessoas chamavam de bosque a mata que havia atrás do Palacete Boyes, havia uma passagem da Rua Luiz de Queiroz para a beira do Rio Piracicaba. Essas seringueiras que hoje estão enormes, eu vi plantar. Reformaram tudo, eu vi plantarem o jardim inteiro, isso foi no ano de 1954. Essas seringueiras têm 55 anos. Na Rua do Porto havia pouca coisa, era mais o pessoal que tirava areia do Rio Piracicaba. Com um batelão tiravam areia do rio e colocavam á margem do rio, era usada em construções. Já existia o Largo do Pescador, e também o bar que fica na esquina. Onde hoje é a Arapuca do Hélio, ficava a olaria do Pecorari. Tinha mais para frente uma olaria que fazia telhas, cheguei a comprar telhas deles.
O senhor saiu da Boyes e veio trabalhar no bar?
O meu pai ficou doente, meu cunhado assumiu o bar, eu vim para ajudá-lo. Na época fazíamos sorvetes de massa e de palito. Sorvete de massa havia o corinto, era leite com açúcar e uva passa. Fazíamos sorvete de ameixa, milho verde, morango tudo natural. De palito havia o de groselha, coco queimado, limão, coco.
Trabalhei na Companhia de Força e Luz um ano, ficava no prédio que existe até hoje, ao lado da catedral. Eu trabalhava como leiturista, entregava avisos.
Aonde o senhor ia passear?
Nessa época eu era moço, ia passear na Praça José Bonifácio, quadrar o jardim.
Foi lá que o senhor conheceu sua esposa?
Ela trabalhava na Boyes também. Ela vinha com as amigas para tomar sorvete. E foi assim que a conheci. Casamos em 1954, casamos na catedral. Em 1953 eu comprei o bar do meu cunhado, permaneci até 1983, são 30 anos!
Onde fica a famosa Rua do Sabão?
É a rua logo abaixo, a Antonio Correa Barbosa, ela sai do escritório da Boyes até a prefeitura. Mesmo com calçada em tempo de chuva as pessoas escorregavam nela, porque ela tinha inclinação acentuada. Pelo menos é o que falavam.
Quem abastecia o comércio do senhor com pães?
Era a Padaria Brasileira, que ficava na Rua Alferes José Caetano, 701, de propriedade do Sr. José Yeda. Comprava bolachas da Júpiter, que ficava ao lado da igreja Bom Jesus. Tinha outra fábrica de bolachas, a Cacique. Doces eu comprava do Martini. Balas eu adquiria do Nechar, da Atlante. Vendia muita lingüiça do Airton Mondini. Eu ia buscar lingüiça na Saldanha Marinho, logo após onde existiu o Posto Oásis. A casa bonita da esquina pertencia ao Ulisses Rodrigues, ele era dono de um ferro-velho.
O senhor além de bebidas quentes, refrigerantes, vendia muita cerveja?
Barbaridade como vendia! Naquele tempo praticamente só existia meu bar por aqui. No Natal e no Ano Novo vendia 50 dúzias de cerveja. Deixava no freezer, geladeira, em tambor com gelo. Ia até o Jorge Maluf que tinha uma fábrica de gelo em frente ao Cine Broadway, na Rua São José, comprava barras de gelo, quebrava bem quebradinha, colocava um pano em cima, no outro dia estava mais gelada do que na geladeira.
O senhor chegou a conhecer o Terêncio Galesi?
Meu pai foi funcionário dele. O Terêncio Galesi tinha um depósito de açúcar, naquele mesmo local, na Rua Prudente de Moraes, onde hoje funciona o HSBC. Meu pai era bem jovem quando começou a trabalhar lá, e permaneceu por bastante tempo.
O senhor conheceu o Conde Rodolpho de Lara Campos?
Conheci! Nós íamos com o meu pai buscar laranja, a chácara começava aqui na Ponte do Mirante e ia até no Asilo (Lar dos Velhinhos). Abrangia onde está onde hoje é o Clube de Campo. Já existia um caminho na direção onde hoje é a Avenida Torquato Leitão. Do lado direito de quem sobe a avenida, era a Chácara do Basaglia. Nós também íamos buscar muita laranja lá. Onde tinha o Estádio Roberto Gomes Pedrosa era a chácara do Pedro Ricco.
O senhor é quinzista?
E como sou! Eu não saia de lá! Joguei bastante futebol. O nome do meu bar era Estrela Dalva, e o nome do clube que eu jogava era também Estrela Dalva. Nós mandávamos os jogos no campo da Vila Boyes. Eu jogava como centro-avante, o Hermes era goleiro, Nelson Renzi irmão do Tico Renzi, jogava de beque central, Marino Dal Pogetto, Hélio Spolidório, centro-médio, o Rubens Costa, médio-esquerdo.
Qual era a cor do uniforme?
A camisa era branca com uma Estrela Dalva no peito, e o calção era azul. Chuteira era daquelas bem simples, mas tinha.
Quem lavava o uniforme do time?
Minha irmã! Acabava o jogo, enfiava no saco e trazia o uniforme do time inteiro. Não tinha máquina de lavar, era no tanque mesmo. Passava, guardava e no dia de jogo levava.
O time pagava alguma coisa para os jogadores?
O jogador pagava para jogar. O Campo da Vila Boyes ficava ao lado do Clube de Campo, no começo da Rua Dona Eugênia. Depois foi loteado.
Como era a Vila Boyes?
Era tudo mato. A Boyes mandou fazer 108 casas, quem construiu foram os pedreiros da Boyes. Na época os operários da empresa foram morar lá, e pelo que eu sei não pagavam nada pela moradia. Era um orgulho pertencer á Boyes.
O senhor chegou a freqüentar o Teatro Santo Estevão?
Fui, gostava muito das companhias de comédia, assisti Procópio Ferreira, cantores como Carlos Galhardo, Orlando Silva, Nelson Gonçalves.
Conheceu o médico Dr. Samuel Neves?
Conheci, era um homem muito bom, não cobrava nada dos pobres. Conheci Dr. Cera, Dr. João José Correa. A Santa Casa ficava na Rua José Pinto de Almeida.
Conheceu Nhô Lica?
Conheci, eu trabalhava na Força e Luz, ele vinha com um saco cheio de pedras e jogava em cima do balcão. Ele queria vender as pedras, imaginava que eram diamantes, pedras preciosas.
O senhor ia para Rio das Pedras de trem?
Quando eu me casei, a minha sogra Dona Cristina Gaiad mudou-se para Rio das Pedras, eu ia visitá-la de trem, isso aos domingos, a locomotiva era a Maria Fumaça.
Algumas pessoas conhecidas na cidade visitavam o Bar Estrela Dalva?
O Comendador Humberto D`Abronzo, o Salgot, Bento Dias Gonzaga, Francisco Antonio Coelho.
O senhor jogou em Jundiaí?
Nós combinamos um jogo, e foi o time todo de trem pela Companhia Paulista, para jogar futebol em Jundiaí. O Alan Perches do Nascimento era o presidente do nosso clube.
Quem eram os maiores times adversários do Estrela Dalva?
O Jaraguá Futebol Clube, o MAF. O nome MAF são as iniciais do presidente do time, Manoel Ambrosio Filho, que cheguei a conhecer.



quinta-feira, julho 09, 2009

Nomes mais comuns na terra do Rio Grande do Sul (RS)
Esta pesquisa foi realizada em 1988, com a permissão da Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (PROCERGS), em que o autor (Luis Roque Klering) atuava como analista de sistemas, tendo acesso a grandes bancos de dados. Foi realizada em horas vagas, do autor e do equipamento de grande porte utilizado (envolvendo, na época, cerca de 200 horas de processamento de dados). O estudo utilizou como recurso a técnica da "pesquisa fonética*", e foi apresentado no I Seminário Nacional de Informática nas Ciências Sociais, patrocinado pela IBM, realizado na cidade de Recife-PE, entre os dias 7 e 9 de dezembro de 1988.
Na época, ocorreu grande interesse pela pesquisa, em nível regional e nacional. Mesmo transcorridos 12 anos desde sua realização, os dados permanecem bastante interessantes, atuais e úteis, que permitem conhecer um pouco melhor esta terra gaúcha; a recuperação dos resultados permite reavivar (ou rememorar) respostas para uma questão sempre candente, nas rodas de conversas (e de chimarrão): quais são os nomes mais comuns das pessoas do Rio Grande (do Sul)?
No transcorrer da sua história, uma sociedade vai registrando seu legado de cultura em obras físicas, como monumentos e edificações; em padrões de comportamento (no lar, nos espaços públicos, e nas organizações privadas e públicas); em linguagens, mitos, ritos; assim como em crenças (valores) e pressupostos mais consolidados e profundos, tidos como certos para cada época e lugar.
O costume de atribuir nomes a nascidos em famílias carrega, ou vem carregado, com vestígios desta herança ou cultura de um povo, numa época e lugar. Os nomes carregam influências sociais, culturais, religiosas e outras, dos próprios artífices da história.
Para estimar os nomes mais comuns existentes em 1988 no Estado do Rio Grande do Sul, a pesquisa utilizou uma amostra de 951.645 pessoas (10,72% da população total), fazendo ajustes, entre a amostra e a população, nos parâmetros de sexo e idade.
Dentre os sobrenomes de origem alemã, os mais comuns são: Schmidt, Becker, Wagner, Müller, Schneider, Weber, Klein, Scherer, Hoffmann, Rech, Schmitz, Kuhn, Mallmann, Diehl, Ritter, Bohn, Ruschel, Stein, Simon, Braun, Ludwig, Hoff, Jung, Finkler e Sperb.
Dentre os sobrenomes de origem italiana, os mais comuns são: Rossi, Ferrari, Medina, Basso, Piccolli, Zanella, Farina, Molina, Zanetti, Rossatto, Bolzan, Favero, Campello, Grazziottin, Carli.
O nome completo mais comum no RS é "João Carlos dos Santos", estimando-se existirem cerca de 242 pessoas com esse nome.
A atribuição de nomes, no decorrer do tempo, ocorre na forma de ondas; por exemplo, os nomes de família (Maria, Antônio, José e outros) eram muito usados em meados da década de 50 (do século passado), a reboque de movimentos religiosos comuns na época. O nome "Luiz" teve seu período áureo no início da década de 60, quando os movimentos relacionados à juventude estavam "na onda". Nomes de apóstolos (Lucas, Marcos, Mateus e outros) foram muito usados nas décadas de 70 e 80, a reboque do caráter mais evangelizador da Igreja Católica. Na década de 80, começaram a ser utilizados para mulheres nomes que eram de homens, como Bruna, Fernanda, Paula, Luiza e outros, acompanhando a idéia de maior autonomia e capacidade das mulheres.
Alguns nomes tiveram prestígio e queda bastante rápidos, como Everaldo no final da década de 60; Ieda, em meados da década de 60; Jocasta, no final da década de 80. O nome Roberto Carlos foi muito usado na década de 60 (curva ou onda maior), tendo depois outras recorrências (curvas ou ondas menores) de utilização.

MMDC ou MMDCA?


O dia 23 de maio é lembrado pela morte de quatro jovens paulistas -

Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia,Dráusio Marcondes de Souza e Antonio Américo de Camargo Andrade - em choque com a polícia numa manifestação no centro de São Paulo, no ano de 1932. Os jovens protestavam contra o governo instalado em 30.
As iniciais dos nomes dos quatro estudantes - MMDC - passaram a ser o símbolo da luta de São Paulo por uma Constituição. O movimento que teve início com a morte dos quatro estudantes eclodiu finalmente no dia 9 de julho (leia mais no final da matéria) numa rebelião armada que passou para a História com o nome de Revolução Constitucionalista de 32.
No mesmo evento, que causou a morte dos quatro estudantes, um outro jovem, Orlando Alvarenga, também foi baleado, mas faleceu meses depois, ficando fora da sigla MMDC. Segundo textos históricos, ele faleceu exatamente dois dias após o então governador Pedro de Toledo ter assinado um decreto oficializando a sigla MMDC como símbolo da Revolução Constitucionalista de 32.
De lá para cá, a sigla sempre provocou discussões em torno da inclusão ou não da letra
"A", representando o estudante Alvarenga. Em 2002, por meio do Decreto nº 46.718, o governo do Estado de SP criou o Colar "Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos" para homenagear o estudante e outros heróis.

Carreira: Escuta esta história



Nascida entre editorias policiais, muitos jornalistas da década de 1970 e 1980 iniciaram a carreira na rádio-escuta. Hoje, apesar de não ser mais tão tradicional e de não representar o primeiro contato da maioria dos jornalistas com a redação, o rádio-escuta evoluiu, não perdeu seu valor e representa uma verdadeira central de informações e pautas. Veja a seguir algumas histórias curiosas recolhidas por esses profissionais.
Wiliam Thomazzi Salasar foi rádio-escuta da a Central Informativa Associada, agência de notícias dos Diários Associados no início de sua carreira na década de 1970. Foi a primeira vez que Salasar botou os pés em uma redação. Hoje, é superintendente de comunicação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em sua época como rádio-escuta, as principais notícias eram relacionadas a crimes, assaltos e outros temas da editoria policial. Em meio a tantos acontecimentos, um foi marcante para Salasar: "Uma realmente marcante foi o incêndio do Andraus em 1972. O primeiro grande incêndio em São Paulo. Os repórteres mandando a lista das pessoas mortas do IML e parentes dessas pessoas ligavam pra gente em busca de notícias. Eu tinha acabado de receber uma lista de mais vítimas confirmadas e assim que desliguei o telefone tocou de novo e a mulher perguntou de um nome que estava na minha frente. Eu não consegui responder e a pessoa começou a chorar, eu fiquei desnorteado, desliguei o telefone e não consegui voltar a trabalhar na hora. Isso foi muito marcante."
Ermelinda Rita está no Sistema Globo de Rádio há 23 anos. Entrou na emissora como estagiária em 1986. Hoje, é repórter da CBN e apesar de toda experiência profissional, nunca abandou a função de apuradora. Ermelinda conta que a função é muito interessante e chegam as mais diversas denúncias e solicitação de informações ao departamento. "Pedem muita informação para trabalho de escola, resolução de palavras cruzadas, tem de tudo." Veja a seguir duas histórias inusitadas que Ermelinda testemunhou em sua função de apuradora. "Teve um caso de uma senhora que esteve na caixa econômica federal que foi retirar a aposentadoria. Uma pessoa foi ajudá-la, mas era na verdade um ladrão que pegou todo o dinheiro da aposentada. O genro dela era ouvinte da rádio e ligou contando essa história. Descobrimos que a pessoa que a ajudou era amiga de um funcionário e a pessoa foi identificada e o dinheiro da senhora reavido. A senhora faz bem-casados e me mandou um monte como forma de agradecer. Teve também uma senhora que deu queixa do sequestro de um jabuti, o Kaká, que estava na família há 80 anos. Ela espalhou fotos do Kaká nos postes de luz do bairro e parece que o responsável pelo 'crime' foi um pedreiro que trabalhou na casa dela e teve divergências em relação ao pagamento. Recebemos uma denúncia de um morador dizendo que ouviu um homem negociando a venda de um jabuti. Até hoje o Kaká não apareceu."
José Armando Vanucci entrou na Jovem Pan como rádio-escuta há 19 anos. Atualmente é chefe de produção da rádio e acredita que todo jornalista deveria começar sua carreira na função. "A rádio-escuta é onde você pode mostrar seu talento", defende. Para exemplificar tal afirmação, Vanucci conta uma história de uma rádio-escuta que o marcou. "Houve um assalto no Rio de Janeiro com refém, eles entraram em uma agência bancária e renderam todo mundo que estava lá. A [funcionária na] rádio-escuta ouviu qual era a agência, conseguiu o telefone de lá e ligou. Todo mundo falou que ela era louca. O bandido atendeu e deu uma entrevista pra rádio. Colocamos o governador do Rio no ar também e foi super bacana."
"Não raro, a estátua virtual, a verdadeira estátua, está feita, restando apenas ao artista o trabalho material de um molde."
Euclides da Cunha
RONDON LEVA ESTUDANTES DA ESALQ À PARAÍSO DO SUL

Estudantes da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) dos cursos de Engenharia Agronômica (EA), Engenharia Florestal (EF), Ciências Econômicas (CE), Ciências dos Alimentos (CA), Ciências Biológicas (CB) e Gestão Ambiental (GA), que concluirão a graduação ainda este ano, participarão do Projeto Rondon - Operação Nordeste-Sul, no período de 10 a 26 de julho. Para esse programa, o grupo selecionado planejou um conjunto de atividades que visam ao crescimento socioeconômico de Paraíso do Sul (RS), município com cerca de 7.500 habitantes.

A missão desses alunos, que serão coordenados pelo professor Arquimedes Lavorenti, do departamento de Ciências Exatas (LCE) da ESALQ, será a de desenvolver ações básicas em tecnologia e produção, comunicação, meio ambiente e trabalho, após levantamento das necessidades da população. Para isso, o grupo contará com o apoio do prefeito municipal de Paraíso do Sul, bem como de lideranças locais.

A equipe da ESALQ é composta pelos alunos Alex Augusto Abreu Bovo (CB), Gabriela Maria Geerdink (EA), Lucas Milani Rodrigues (GA), Luiz Felipe de Castro Galizia (EF), Mayra Fernanda Silveira (CA) e Sabrina Marucci Rodrigues (CE), que a fim de afinarem bem o conjunto de idéias e propostas que levarão, reúnem-se semanalmente para desempenharem um bom papel diante daquela comunidade. Na verdade, já estão previstas reuniões com os Rotary Clubes de Paraíso do Sul e de mais três cidades vizinhas, além de palestras, oficinas e atividades de campo envolvendo escolas de ensino médio e fundamental.

Professor Lavorenti lembra que irão seis alunos de diferentes áreas para desempenharem as ações necessárias. “Nas reuniões que realizamos aqui, tentamos discutir como vamos abordar cada uma dessas quatro principais ações de trabalho propostas. Desde o início disse a eles que o sucesso depende de todos, porque todos irão para atingir um mesmo objetivo e eles estão bastante animados”.

O professor ressalta ainda que essa participação dos alunos é como se fosse um desfecho de um curso de graduação. “Eles irão enfrentar um problema na realidade, ficarão expostos e lá não terá caderno ou livro para consultar, apenas o conhecimento que eles adquiriram durante todo o ensino superior. Aqueles que estiverem melhor preparados vão se sair bem, porque tudo isso será um grande aprendizado. Não é uma questão de ter maior ou menor nota e sim de passar por uma experiência, cujo significado os alunos carregarão pela vida inteira”.

Finalizando a entrevista Lavorenti confessa estar muito animado. “Para mim também é uma experiência nova e acredito que será ótimo, pois estarei realizando um sonho, o sonho de participar do Projeto Rondon. Na minha época de estudante não fui selecionado e depois de muitos anos, com certeza, me sentirei feliz pela oportunidade”.

O Projeto
Criado em 11 de julho de 1967, sob coordenação do Ministério da Defesa e colaboração da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação – MEC, o Rondon, projeto de integração social, envolve atividades voluntárias de universitários e busca aproximar esses estudantes da realidade do País, além de contribuir, também, para o desenvolvimento de comunidades carentes. Desde sua criação, já realizou várias atividades de cidadania, bem-estar, desenvolvimento local, sustentável e de gestão pública. Saiba mais sobre o projeto em www.defesa.gov.br/projeto_rondon .

Paraíso do Sul
Município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localiza-se a uma latitude 29º40'07" sul e a uma longitude 53º08'56" oeste, estando a uma altitude de 108 metros. Possui uma área de 342,68 km². O início de sua colonização ocorreu por volta de 1857, com a chegada dos primeiros imigrantes alemães. Além dos alemães vieram, a partir de 1880, os primeiros italianos. Em 1940, Paraíso recebia o nome de Marupiara, que voltou a ser Paraíso do Sul em 1959, quando foram criados os distritos de Rincão da Porta e Vila Paraíso. Em 24 de abril de 1988, o resultado de um plebiscito mostrou a imensa vontade da população em emancipar o município. Dessa forma, em 12 de maio de 1988, foi criado o município de Paraíso do Sul, que uniu as duas localidades: Rincão da Porta e Vila Paraíso. A economia local é baseada, principalmente, na agricultura de diversos produtos, destacando-se o cultivo do arroz e do fumo.





Mensagens de agradecimento assinadas pelo ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho foram espalhadas por vários outdoors em Guarapuava, nesta quarta-feira.

A frase diz: "Agradeço a Deus pela vida e todos os que estão orando por mim".

Em sua primeira entrevista à imprensa, Carli Filho disse estar em um momento de reflexão, tentando descobrir qual a sua missão no mundo após ter sobrevivido a um choque a mais de 190 quilômetros por hora, segundo aponta um laudo da perícia encomendado pela família de uma das vitimas.




quarta-feira, julho 08, 2009

A frase certa na hora certa

Acordei com uma forte ressaca e do lado da cama tinha um copo d'água e duas aspirinas.

Olhei em volta e vi minha roupa passada e pendurada. O quarto estava em perfeita ordem. Havia um bilhete de minha mulher:

- Querido, deixei seu café pronto na cozinha. Fui ao supermercado. Bjs.

Desci e encontrei uma mesa cheia, café esperando por mim. Perguntei à minha filha:

- O que aconteceu ontem?

- Bem, Pai, você chegou às 3 da madrugada, completamente bêbado, vomitou no tapete da sala, quebrou móveis, urinou na cristaleira antes de chegar no quarto.

- E por que está tudo arrumado, café preparado, roupa passada, aspirinas para a ressaca e um bilhete amoroso da sua mãe?

- Bem, é que mamãe o arrastou até a cama e, quando ela estava tirando a sua calça, você gritou:


- NÃO FAÇA ISSO, MOÇA, EU SOU CASADO E AMO MINHA ESPOSA!!
"A vida resumida do homem é um capítulo instantâneo da vida de sua sociedade..."
Euclides da Cunha

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