quinta-feira, julho 06, 2006

O MILAGRE DE N.SRA. DO CARMO


O MILAGRE DE NOSSA SENHORA DO CARMO

Por volta de dezembro de 1930, aproximadamente, um senhor de meia idade, solteiro, era sócio de um casal em um estabelecimento comercial. Como o vínculo comercial e pessoal era muito forte, ele praticamente fazia parte da família, morando na mesma casa. A mulher do sócio é quem cuidava de sua alimentação e vestes. Viviam em um relacionamento fraternal. Assim foi por muitos anos.
Um dia, sabe-se lá como, ele descobriu que o casal desviava dinheiro da sociedade. Seu transtorno foi enorme. O desejo de vingança foi atiçado. Embarcou em um trem da então Companhia Paulista e dirigiu-se para São Paulo, seu propósito era adquirir uma arma e exterminar o sócio que o havia enganado. No centro de São Paulo havia diversas casas que comercializavam armas. Era dia 24 de dezembro, o centro fervilhava de pessoas realizando compras. Alguma força superior o levou a antes de adquirir o instrumento de vingança a entrar na Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Podemos até supor que seja para pedir perdão antecipado do crime que iria cometer. Ao sair da Igreja um vendedor de bilhetes de loteria ofereceu-lhe o bilhete de Natal, que correria naquela tarde. Por fé, ou para livrar-se do bilheteiro, acabou comprando.
Naquela tarde, o incrível aconteceu. Ele ganhou o prêmio maior. Uma fortuna.
Motivado pela bolada ganha, abandonou o plano de assassinar o sócio.
Resolveu construir o primeiro e mais belo sobrado acima da linha do trem , no Bairro da Paulista.
Preocupou-se em deixar um grande terraço, para os futuros bailes que ele ali realizou.
O sobrado existe até hoje.
Lenda urbana ou realidade?

terça-feira, junho 27, 2006

NOTE E ANOTE

Petrolíferas


A Petrobras e a Petronas, da Malásia, pretendem comprar uma grande parcela da gigante petrolífera russa Rosneft, que planeja vender ações de US$ 11 bilhões em julho. (03/07/06)


Falecimento
Cidão, irmão de Abílio Diniz que comanda o Pao-de-Açucar,faleceu no domingo, 25/6, Alcides dos Santos Diniz. Cidão, como era chamado, tornou-se muito conhecido quando resolveu se desvincular do Grupo Pão-de-Açúcar. Um dos melhores jogadores de pólo do Brasil, viu-se envolvido também em muitas polêmicas. Deixa os filhos Luiz Felipe, Ana Paola, Ana Carolina e Alcides. A missa de 7º dia será celebrada às 11h na Igreja Nossa Senhora do Brasil, em SP.



Empregado doméstico
A Câmara dos Deputados aprovou ontem à noite a conversão em lei da MP 224 que tornou obrigatório para os patrões o recolhimento do FGTS em favor do empregado doméstico. A MP, que já passou pelo Senado, segue agora para sanção presidencial.


Arcelor-Mittal
A siderúrgica européia Arcelor anunciou a fusão com a líder do setor e sua maior rival, a companhia de capital indiano Mittal Steel, após cinco meses de negociação.

sábado, junho 17, 2006

Capistrano de Abreu

Capistranode Abreu recusou ocupar a cadeira número um da Academia Brasileira de Letras, com o argumento de que tão pouco fora convidado para o mundo dos vivos, neste estava incomodado... quanto mais do imortais! Mas foi Capistrano de Abreu quem indicou o amigo Machado de Assis para sua cadeira na Academia, alimentando o ódio do Rui Barbosa.
Esse não perdia uma mordomia na Europa. Inimigo declarado de Capistrano depois que queimou a história da escravatura brasileira com a desculpa de não querer que os brasileiros tomassem conhecimento de tanta vergonha! E depois que descobriu, Rui enganava dizendo saber alemão.

Não sabia, a língua dos pensadores, segundo Capistrano.Logo depois sua biblioteca pegou fogo, culparam os cigarros que ele fumava. Foi convidado a participar da elaboração da Carta Magna da República e escreveu a célebre colaboração à constituição : ´Artigo 1º - De agora em diante todo brasileiro está obrigado a ter o dever de ter vergonha na cara. Parágrafo 1º e único - Revogam-se as disposições em contrário.

´ Até hoje esperamos seu cumprimento.Ateu praticante, Capistrano passou a reclamar de ser sogro de Jesus, depois que sua filha Honorina entrou no convento das Carmelitas e adotou o nome de Maria José de Jesus. Hoje é forte candidata a primeira santa genuinamente brasileira.Há folclore maldito, tentativas de desmoralizá-lo.

Capistrano, nunca foi chicoteado pelo pai, e por isso, fugido para o Rio de Janeiro. O fato real, é que o escritor José de Alencar pessoalmente falou com seu pai, o major Jerônimo de Abreu, convidando Capistrano a ir ao Rio de Janeiro. Convencido facilmente pelo importante convite de Alencar, o major vendeu o mais caro dos seus escravos para custear a estada do filho na então capital federal. Também não é verdade que Capistrano nunca mais retornou ao Ceará.

Voltou sim e na companhia de José do Patrocínio para cobrir pela imprensa, a libertação dos escravos na sua terra da luz.O que matou Capistrano além da fumaça dos cigarros e dos incêndios foi o fato de terem extinto sua cadeira de professor no colégio Pedro II (dizem que por influência de Rui Barbosa) a cadeira de História do Brasil ministrada por ele, passou a ser subalterna à cadeira de História Universal.

Isto sim, terminou com ele, junto com a perda do querido filho Abril, que apressou sua vontade de voltar ao Ceará, que a morte impediu.Tão pouco Capistrano era avesso à água. O Columinjuba onde nasceu é ainda hoje uma das maiores concentrações de açudes do Ceará, e seus cangapés ainda hoje são comentados. Na verdade ele desprezava as roupas da moda. Era displicente com as futilidades da vida, a pompa das cerimônias e hierarquias burocráticas.

Ao contrário de certos ´almofadinhas´. Mas, higiene pessoal era sagrada para ele. Há muita injustiça, histórica e pessoal sobre Capistrano de Abreu que precisa ser reparada. Já dois anos antes de sua morte emitiu correspondência articulando apressar sua volta ao Ceará, tendo Columinjuba como prioridade, pedia com freqüência notícias sobre parentes do vizinho Sítio Saco Verde, chegou a mandar a seu irmão Sebastião de Abreu os primeiros livros do que restou de sua biblioteca.

Do Columinjuba nunca deixou de receber as redes e os molhos de pimenta que adorava. O grande cearense armava para voltar à terra da luz. Ao chegar ao Rio de Janeiro aos 21 anos e apresentado por José de Alencar à intelectualidade carioca provocou tanto frisson que passou a autointitular-se João Ninguém.

No fim da vida fazendo estudos genealógicos, estava descobrindo ser descendente direto de ninguém nada menos que Pero Coelho de Souza, o Capitão-Mor que voltou à terra de Iracema. Pretendia fazer pesquisa ´in loco´ sobre sua ascendência.No estudo das lendas descobertas por Capistrano, descobrimos que os primeiros nautas que aqui aportaram iniciando a civilização cabeça chata são náufragos do continente perdido de Atlântida e o que corrobora com isso são as incontáveis inscrições fenícias deixadas nos monólitos do Quixadá. Além do célebre texto de Euclídes da Cunha: ´o sertanejo é antes de tudo um forte.´

domingo, maio 07, 2006

O piracicabano Paulo Justo Bueno Moretti novamente foi premiado com o 1º lugar















Histórico do concurso

Aconteceu no dia 30 de Abril de 2006 no memorial do Imigrante em São Paulo o V Concurso de Ferreomodelismo promovido pela SBF (Sociedade Brasileira de Ferreomodelismo)
Com mais de uma centena de concorrentes de todo Brasil, o evento foi um sucesso com um público aproximado de 4500 pessoas e o piracicabano Paulo Justo Bueno Moretti novamente foi premiado com o 1º lugar na categoria Estrutura Sênior , e 2º lugar na categoria Diorama Sênior, representando piracicabanos anais do ferreomodelismo brasileiro.Receberam troféus os dois melhores trabalhos de cada subcategoria, escolhidos pela Comissão Julgadora composta por cinco juízes, como sempre selecionados entre os colegas conhecedores de ferrovias e de ferreomodelismo.








Ferreomodelistas de São Paulo, com sede inicialmente à Rua das Palmeiras, região central da cidade, traçaram os objetivos principais dessa associação, que desde então não parou mais de crescer ao longo desses anos, possuindo hoje a maior maquete na escala HO (1:87) da América do Sul. O Ferreomodelismo é a arte de reproduzir em miniatura ambientes, cenários e elementos do mundo ferroviário. Nesses primeiros tempos, como os modelos geralmente eram construídos de forma artesanal por mestres relojoeiros ou artesãos especializados, geralmente para famílias abastadas, os tipos de soluções encontradas para a movimentação dos trens eram os mais diversos possíveis, indo de complicados esquemas de corda ou vapor até os perigosos modelos movidos à eletricidade direta da tomada, ou seja, 110 ou 220 volts, o que eletrocutou certamente mais de um candidato a maquinista mirim. Aos poucos, com o desenvolvimento de novas máquinas, tecnologias e ferramentas, os produtos manufaturados começaram a ser fabricados em série com uma certa qualidade e o Ferreomodelismo não foi diferente, de forma que o seu desenvolvimento verdadeiramente comercial iniciou-se em Nuremberg, na Alemanha, em 1859 na fábrica "Marklin".
Se contarmos o tempo passado desde o início, teremos 49 anos de prática contínua e exclusiva de ferreomodelismo ou 44 anos desde a fundação da Fábrica de Brinquedos Frateschi, ou 35 anos de Frateschi, exclusiva pelo e para o ferreomodelismo verde-amarelo.

segunda-feira, maio 01, 2006

Flagrantes do Primeiro Encontro de Piracicaba

Paulinho Moretti e seu pai, admirando o resultado final de tanto trabalho...












O SORTEADO: GERALDO ZARATIN GERALDO RECEBE SEU PRÊMIO

terça-feira, março 28, 2006

by Nassif




Informação geográfica inédita!

Existe e é bem português. Fica, na ilha de S. Miguel nos Açores.
Na Ilha de São Miguel, arquipélago dos Açores, terra portuguesa com certeza, uma surpresa e tanto!!!
Ao lado de Paupique e Selada, na Serra da Tronqueira, fica o lugar de que você tanto falou, mas pensou que não existisse ...

sábado, março 18, 2006

BAR DO JEGUE

A simpatia de Leonel Gomes dos Reis, que também é músico dos melhores, atrai a freguesia para o seu original Bar do Jegue. Alí na Rua José Pinto de Almeida, 1431 em Piracicaba.

quarta-feira, março 15, 2006

Cacareco agora é Excelência


Cacareco agora é Excelência O Cruzeiro - 24 de outubro de 1959
Dos 540 candidatos que “ofereceram suas vidas em holocausto ao bem-estar público” concorrendo às 45 cadeiras da Câmara Munipal de São Paulo, sòmente um - Cacareco - conseguiu empolgar, de maneira espetacularmente inédita o eleitorado paulistano. Sem prometer nada (êle não pode prometer: não sabe nem falar), sem partido politíco definido - sua legenda poderia ser objeto de confusões: PC (Partido Cacareco) e alguém ainda acabaria sem visto de saída para países da banda de cá do mundo - enfim, com sua candidatura lançada sòmente alguns dias antes do pleito, sua eleição está garantida. A soma de seus votos é um recorde nas eleições municipais de São Paulo, pois Cacareco, sozinho, totaliza muito mais do que a legenda mais poderosa. A média do seu eleitorado mantém-se firme, com 20 a 30 votos por urna, em todos os bairros, do mais pobre ao mais rico. Aliás, o fenômeno político encarnado por Cacareco é algo que sòmente poderia ser explicado por algum sujeito muito entendido em dialética: sua candidatura ganhou corpo no seio da massa, de maneira espontânea, conquistou o restinho da classe média que ainda não morreu de fome e atingiu as mais altas camadas da burguesia. Ainda assim, tudo foi tentado contra êle: as “forças ocultas que tentam combater as correntes populares” investiram, pelos jornais, rádios e TV, numa campanha ruidosa, com o objetivo precípuo de evitar o ingresso do “elemento perigoso ao regime” na versão paulista da Gaiola de Ouro. Tal campanha ficou sem resposta. Cacareco não tinha acesso às fontes de divulgação. Em compensação, êle também não se aborreceu: continuou sua vidinha de “playboy” pobre (o tal que não joga damas de nenhum andar, mas come e dorme e não faz nada). O seu comitê eleitoral continuou funcionando no Jardim Zoológico de São Paulo, e Cacareco sòmente se desnorteou quando um dos seus mais ferrenhos oponentes dedicou todo um editorial à sua candidatura, no jornal mais conservador da capital paulista. Depois Cacareco se zangou quando foi intentada (e conseguida) uma solução extralegal e antidemocrática para sua candidatura: a altura dos acontecimentos em que eleitor do Cacareco se portava como torcedor do Santos F. C. - peito estufado e ar de “já ganhou” - as “forças ocultas” conseguiram que o candidato popular fôsse “exilado”, dois dias antes da eleição, para o Rio de Janeiro. O “golpe” consumou-se na calada da noite, mas a coisa não foi tão calada assim: sem mais aquela, enfiaram-no num caminhão. Aí, sim, êle se danou. Ficou perigoso. Não só para o regime, mas (e principalmente) para quem estava por perto. Mas o “Povo” e as “Classes Oprimidas” foram magnificamente à forra e concederam, aproximadamente, cem mil votos a Cacareco. Êsse movimento orginal surgiu, agora se sabe, num bairro dos mais populosos de S. Paulo: Osasco. Êsse bairro crescera e desejava agora a sua autonomia. Um típico caso de gigantismo. Houve um legítimo movimento em prol da emancipação de Osasco. Com a proximidade das eleições paulistas, já subiam a 300 os candidatos do famoso bairro. Acontece que o Supremo Tribunal repudiou as pretensões dos cidadãos de Osasco. Daí a reação original: 100 mil cédulas foram impressas e tôdas com o nome do popular “Cacareco”, como candidato. Afirma-se agora que o movimento da gente de Osasco atingiu outras ruas e outros bairros. Virou candidatura nacional. Com isso, Cacareco virou “excelência”. Pode ser que êle não chegue a tomar posse, mas se transformou no vereador que mais come (sem aspas) no mundo. E quando Cacareco voltar do “exílio”, o PC (Partico do Cacareco, repetimos) “terá reservada para êle não uma simples vereança, mas uma cadeira de deputado”.
Cacareco agora é Excelência
Cacareco, um pacato rinoceronte, virou candidato de um bairro paulista que cresceu demais: Osasco. A história de uma autonomia (negada) e as 100.000 células para vereador.
Texto de NEIL FERREIRA Fotos de GEORGE TOROK(Do Bureau de “O Cruzeiro” em São Paulo)

O Cruzeiro on line é um trabalho de preservação histórica do site Memória Viva

sexta-feira, março 10, 2006

ESTAÇÃO DA PAULISTA

A estação de Piracicaba Paulista foi aberta em 1922, depois de mais de vinte anos de espera e promessas de chegada do ramal da Cia. Paulista à cidade, em terreno doado pelo sr. João Baptista da Rocha Conceição, dono da fazenda Algodoal, a nordeste da cidade, e que por causa dela se havia metido dez anos antes em uma briga jurídica com a Prefeitura por causa da construção do matadouro Modelo em terras de sua fazenda. O nome da estação tinha a terminação Paulista para diferenciá-la da estação da Sorocabana, situada a não mais de dois quilômetros dali, no centro da cidade. As linhas da Paulista e da Sorocabana não se encontravam; apenas se cruzavam (a da CP passando sobre uma ponte sobre a linha da EFS) um pouco antes de chegar à estação nova. A arquitetura da estação era a mesma da de Jaú, construída poucos anos antes no ramal de Jaú, da mesma CP. Como esta, Piracicaba Paulista era a estação terminal do ramal. Após a supressão dos trens de passageiros do ramal, em 1976, a estação ainda seguiu aberta até cerca de 1990, mas, com a supressão quase total dos cargueiros na linha, acabou sendo fechada. Atualmente está abandonada, e a linha idem. (Fontes: relatórios da Cia. Paulista; "Síntese Urbana (1822-1930)", de Marli T. G. Perecin, Piracicaba, SP).
Embora idealizado desde o fim do século XIX para ligar Limeira a Piracicaba, somente em 1916 o ramal de Piracicaba começou a ser construído pela Cia. Paulista, mas saindo de Recanto, estaçãozinha logo após Nova Odessa. Em 1917 chegou a Santa Bárbara para aí estacionar até 1922, quando se o prolongou até a estação terminal de Piracicaba Paulista. O ramal tinha bitola larga e não se ligava com o ramal do mesmo nome, da Sorocabana, cruzando-se na entrada da cidade em desnível. Em 1922, tencionava-se o prolongamento até Bauru, idéia abandonada em 1925 por causa das dificuldades das serras no caminho. Apesar disso, em 1969 voltou a se falar na ligação Piracicaba-Torrinha, que também não saiu. Em 1976, o tráfego de passageiros foi suprimido, e nos anos 90, o ramal foi abandonado.


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