terça-feira, agosto 07, 2007

IDADE MÍNIMA

"A matrícula nos cursos jurídicos exigia a idade mínima de quinze anos completos, e aprovação em língua francesa, gramática latina, retórica, filosofia racional e moral, e geometria."
Spencer Vampré
(in "Memórias para a Histórica da Academia de São Paulo",
SP, 1924, Vol. I, Saraiva e Cia Editores)

quarta-feira, agosto 01, 2007

MARCO ABREU


MARCO ABREU
A MÚSICA QUE EMBALA NOSSOS SONHOS...

PARA DEPRESSÃO LEVE OU PROFUNDA,
PARA DORES EM GERAL
DE CABEÇA, DE CALO, DE BOLSO, MALES DA CORCUNDA
UM TÔNICO FENOMENAL

SEM CONTRA INDICAÇÕES
MUITO INDICADO SE ESTIVER ACOMPANHADO
DE UMA SAUDADE QUALQUER
OU DE UMA LINDA MULHER

NÃO SE ACANHE, OUÇA POR DIA UMA HORA
DESSA MUSICA MARAVILHOSA
QUE SÓ O CORAÇÃO TOCA
SÓ A ALMA SENTE
ESSE REMÉDIO EFICIENTE DE MARCO DE ABREU!




EU VOU BEM, OBRIGADO...

Fazer um cd com choros do Abel Ferreira, sempre foi um sonho...
A clarineta, meu primeiro instrumento, me fez ouvir e admirar muito o Abel.
Conheço quase todos os seus discos, e esses choros foram escolhidos por uma afinidade com os solos, além de um que de nostálgico.
Me fez relembrar meus tempos de república em Tatuí, onde graças á dois amigos que dividiam comigo um quarto, fiquei ainda mais apaixonado pelo som do Abel.
Com certeza, não me atreveria a fazer um cd cover dele, mas sempre procuro fazer uma leitura próxima.
Dele gravei os ótimos, Haroldo no Choro, Chorinho do Bruno, Chorando Baixinho, Chorinho do Norte.
Poderia gravar outras também, já que gosto de toda a sua obra, mas gravei algumas sonoridades que tenho na cabeça, como o Pedacinhos de Céu (Waldir Azevedo), com Clarineta e Clarone, em duo com o meu afilhado e ” irmão Richard”.
Esse solo já tocamos há anos, e foi um arranjo do violonista Alessandro Penezzi.
O “Choro chorado pra Paulinho Nogueira” (Toquinho/P.Nogueira/V.Moraes) é outro clássico do choro moderno, e que eu pude explorar Clarone, Violoncelo, Clarineta/Sax-Alto, e a cozinha que sempre me acompanha Samuel G. Neto, André Grelha (piano), Marcos Vinicius de Moraes (violão/cavaco), Marcos Godoy (violão de 7 cordas), Rafael de Barros (cavaco/bandolim), Tito (pandeiro) e a participação especial de Lello Bittencourt (bateria). Violoncelo participação do meu amigo professor Raul Gobeth, e contrabaixo acústico Álvaro Damazzo, Luis Fernando Dutra, Andréia Maria de Almeida (Chorando Baixinho), Jacqueline de Oliveira (violinos em faixas alternadas), a flauta fica a encargo do flautista e professor Rafael Gobeth.
Tive a honra de ter a participação especial de: Cláudio Borici (piano), Fabiano Nunes e Silva (contrabaixo acústico), João Paulo Martins (violão), Eliezer Roberto da Silva (trompete e flugel horn), Elóy Porto Neto (trombone), no choro Ponto de Partida.
Procurei fazer alguns arranjos camerísticos (sem perder o balanço), procurando valorizar as canções escolhidas, e unir duas linguagens que costuma criar celeumas, o erudito e o popular.
Ouvindo os arranjos, cheguei a seguinte conclusão: bem vinda as diferenças, se é que as tem...
Elas se completam de tal forma, que o resultado só poderia ser esse.... (excelente).
Composições minhas: Eu vou bem, obrigado..., Quando a saudade aperta, Pisando Macio, Vera’s Bossa, Mais uma Bossa e Ponto de Partida (único arranjo com quinteto de metais).
Sou avesso á rótulos, pois isso limita a atuação do artista...
O choro eu vejo como um irmão do jazz, cada qual com seu sotaque, unindo duas Américas antagônicas.
As interpretações e intenções contidas neste cd, vem da minha influência e admiração por Benny Goodman, Art Pepper, Coleman Hawkins,Charlie Parker, Joe Lovano, Paquito D’Rivera, Phill Woods, John Coltrane, que por sua vez influenciaram meus favoritos brasileiros Severino Araújo, Luis Americano, K.Ximbinho Paulo Moura, Zé Bodega, Proveta, Paulo Sérgio Santos, Vinicius Dorim, Marcelo Martins...
Agradecimentos especiais aos meus amigos: João Paulo Martins (Estúdio Mr. Onda, que produziu, mixou e vestiu a camisa de 4 músicas que complementaram o cd), e ao meu amigo Arnóbio Costa (ASK Gravadora), que cedeu tempo e vontade, para que pudessem finalizar este trabalho.
Dedico este cd, ao meu amigo Bandória, clarinetista e também aos companheiros músicos do Clube do Choro de Piracicaba, e meus companheiros de Cd.
O título do Cd, é uma homenagem ao meu avô, que quando estava mal humorado, e as pessoas lhe perguntavam como vai, ele respondia: eu vou muito bem, ás minhas custas.
Como homem bem criado, eu respondo...
EU VOU BEM, OBRIGADO...

MARCO ABREU TALENTO RARO


"There's no social differences - till women come in."
(Não há diferenças sociais - enquanto as mulheres não entram em cena.)
H. G. Wells (1866-1946)

quinta-feira, julho 26, 2007

Hoje, 26 de julho, é comemorado o dia dos avós. É a devoção aos pais de Nossa Senhora, Sant'Ana e São Joaquim. Com efeito, o culto de Sant'Ana, mãe da Virgem Maria e avó de Jesus Cristo, remonta ao século VIII. Na Idade Média, seu culto se tornou popular. Em 1584, o Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant'Ana em 26 de Julho, tendo o Papa Leão XIII, em 1879, estendendo-o para toda a Igreja. Por fim, como São Joaquim era comemorado, inicialmente, em dia diverso ao de Sant'Ana, o Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria Santíssima. É, assim, o Dia dos Avós.

"Vater werden ist nicht schwer, Vater sein dagegen sehr."
(Tornar-se pai não é difícil, difícil é sê-lo.)
Wilhelm Busch (1832-1908)

domingo, julho 22, 2007

EM 1930 FORD 1929 FOI O PRIMEIRO CARRO MOVIDO A ÁLCCOL NO BRASIL

JOÃO BOTTENE

Entre 1.940 e 1.942 foram construídas em Piracicaba pelo brasileiro João Bottene, duas locomotivas a vapor inteiramente nacionais, na Usina de Açúcar Monte Alegre, de propriedade da família Morganti,

A primeira locomotiva, Nº 1 com o nome Fúlvio Morganti tinha bitola de 600mm e funcionou nessa usina por muitos anos no transporte de cana de açúcar, lenha, álcool, açúcar e outros.

Em 1961, foi vendida para a Cia. Brasileira de Cimento Portland Perús, recebendo o nº 18 onde trabalhou até os anos 70. Estando hoje aposentada em um galpão junto com outras locomotivas inativas, no Bairro de Gato Preto, na cidade de Cajamar – SP, estando com possibilidade de recuperação, embora mal conservada.

Primeira locomotiva construída no Brasil. De terno branco, seu construtor João Bottene
Segunda locomotiva construída no Brasil


A segunda locomotiva, nº 2 com o nome D. Joaninha, bitola 800mm funcionou na usina Tamoio, na região de Araraquara – SP, também de propriedade da família Morganti, no transporte de cana de açúcar por muitos anos e após este período foi transferida na Estrada de Ferro Cantareira.

Encontra-se hoje na Praça Quarto Centenário, em Guarulhos, na Grande São Paulo, estacionada em frente a uma réplica da Estação da Cantareira Transway, em bom estado de conservação.

Uma terceira locomotiva, foi projetada por João Bottene, em 1941, com dupla frente, movida por dois motores automotivos, transformados para consumir o álcool como combustível.

Também era utilizada no transporte de cana de açúcar e outros.

Um grande amigo deu a família Bottene a honra de publicar em seu site parte desta historia.

Locomotiva movida com dois motores automotivos, convertidos para consumir o álcool.


Também, em 1932, iniciou junto com seu amigo José Vizioli, professor da Escola de Agronomia de Piracicaba, inúmeros testes com adaptações de motores a gasolina para funcionarem com o Álcool. E que em 1932 alistou-se na Revolução Constitucionalista para transformar os motores dos automóveis e caminhões ao uso do Álcool como combustível.
Em 1940 voou em seu próprio avião um Piper Cub utilizando o álcool como combustível, com muito sucesso?
Este foi João Bottene, um Piracicabano nato!


JOÃO BOTTENE - O CONSTRUTOR DE LOCOMOTIVAS

Em 1.888, a família Bottene, imigrantes italianos, estabeleceu-se na cidade de Piracicaba, onde fundaram uma oficina mecânica onde eram fabricadas barcaças que trafegavam pelo rio Piracicaba, no transporte de lenha para a Usina Societê Sucrerie Brasiliene localizada nas margens do rio.

Nascido em 05 de Maio de 1892, João Bottene desde pequeno demonstrou interesse e facilidade de lidar com coisas mecânicas, tanto que aos 14 anos construiu um pequeno locomóvel para começar a entender as máquinas a vapor.

Em dezembro de 1926 leu em uma revista que o Brasil possuía 58 ferrovias, com milhares de quilômetros de trilhos implantados, sendo a maior delas a Rede da Leopoldina Railway Company.

Esta noticia despertou em João, a oportunidade de entrar neste ramo, e começou em sua oficina a reparação das locomotivas da Estrada de Ferro Sorocabana (1925 a 1930), tanto as pequenas como as gigantes, eram reformadas, saindo como novas.

Com a revolução de 1932, foram interrompidos os trabalhos por problemas políticos e a oficina Bottene & Filhos foi vendida para Pedro Morganti, proprietário da Usina Monte Alegre em Piracicaba.

Nesta época, José Vizioli e João Bottene já tinham descoberto o álcool como combustível e fizeram muitas experiências transformando os motores automotivos para o consumo. João já circulava com seu carro Ford 1929 convertido para uso do álcool.

Na revolução João alistou-se como voluntário para transformar os autos e caminhões do governo para o uso do álcool como combustível, criando o Combustível Constituição, uma mistura álcool e óleo de mamona como aditivo.

Foi uma pena não ter tido continuidade a evolução do álcool como combustível, sendo despertado apenas nestes últimos anos.

AS LOCOMOTIVAS:

Com a venda da Bottene & Filhos, João montou a oficina mecânica da Usina Monte Alegre, com seus maquinários e os ex-funcionários. Nesta oficina, em 1933 a 1942 foram fabricadas as primeiras locomotivas inteiramente brasileiras.

A primeira locomotiva nº 1 Fulvio Morganti em 1961 foi vendida para a Companhia Brasileira de Cimentos Portland Perus. Recebeu o nº 18.

Em 1970 foi restaurada conforme foto enviada pelo pesquisador da Estrada de Ferro Perus, senhor Nilson Rodrigues.

A segunda locomotiva nº 2 D. Joaninha trabalhou na Usina Tamoio de propriedade de Pedro Morganti, por muitos anos e depois foi vendida e hoje encontra-se na Praça 7 de Setembro em Guarulhos – São Paulo.

A terceira locomotiva Maria Helena foi construída com dois motores automotivos convertidos para uso do álcool como combustível e utilizada também para o transporte de cana de açúcar na Usina Monte Alegre.

Sobre as locomotivas a vapor construídas por João, as caldeiras foram fabricadas utilizando a solda elétrica com eletrodos Lincoln importados dos EUA, substituindo os arrebites de aço.

Este fato foi inédito para a época. João contratou os técnicos da fábrica de eletrodos Lincoln para fazer inspeção nas soldas, sendo todas aprovadas.

terça-feira, junho 26, 2007

Causo

Suicidem-me os senhores


Sessão do Congresso Constituinte, de 19 de novembro de 1890. Discute-se um artigo da futura Constituição, e César Zama, representante da Bahia, combate-o vigorosamente.
- Eu não dou o meu voto a essa disposição, - exclamava. - Houve um deputado que representava a minha província, o qual dizia...
E citando a frase do outro:
- Suicidem-me os senhores, porque, por minhas mãos, eu não me suicido!...

Não há alma sem corpo

"Não há alma sem corpo, que tantos corpos faça sem alma, como este purgatório a que chamais honra; onde muitas vezes os homens cuidam que a ganham, aí a perdem."

Camões

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