segunda-feira, novembro 10, 2008

Geraldo de Andrade Ribeiro Júnior Foto by J.U.Nassif

PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS

A Tribuna Piracicabana
http://www.tribunatp.com.br/


Entrevista: Publicada no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:

http://www.tribunatp.com.br/

http://www.teleresponde.com.br/index.htm

Entrevistado: Geraldo de Andrade Ribeiro Júnior


Piracicaba é uma cidade em condições privilegiadas. Detém tecnologia de ponta no setor sucroalcooleiro. Além das empresas gigantes que operam na área mecânica e metalúrgica, voltadas á esse setor, existe inúmeras empresas de médio e pequeno porte, que se espalham pelo município gerando recursos para a cidade e região. Um grande leque de diversificado de atividades está se abrindo, com isso a cidade oferece uma gama enorme de produtos e serviços nos mais variados campos.
Essa abrangência permitirá com que a cidade futuramente não seja dependente de oscilações externas de um único segmento de mercado. O município tem reconhecidas características para fazer do turismo uma fonte de receita significativa. Está engatinhando nesse setor. Se a renda gerada pelo turismo é atraente, o nível do serviço prestado não admite nenhuma falha. Isso requer um alto grau de profissionalização, uma firme determinação nesse sentido. Se o turismo de massa ás vezes parece atraente, ao mesmo tempo pode ser de baixo retorno financeiro ao município, além de exigir uma infra-estrutura de grande porte. O turismo qualificado traz um número menor de pessoas, porém com maior disponibilidade financeira para usufruir o que a cidade oferece. Gastam mais enquanto permanecem na cidade. A chave para atrair esse turista chama-se cultura, que traz como subproduto a possibilidade do cidadão piracicabano ter acesso á um grau maior de conhecimento intelectual. São exemplos disso: a comemoração dos 100 anos da imigração japonesa, realizada na Estação da Paulista, onde o afluxo de turistas com bom poder aquisitivo foi enorme. A Paixão de Cristo é outro exemplo. Este ano houve lançamentos de livros, trazendo inclusive pessoas de outros estados brasileiros. Até um bispo do nordeste! Quando a Festa das Nações começou a ganhar características de mega evento, sabiamente foi repensada e voltou a sua origem. O Salão de Humor é outro magnífico exemplo de turismo cultural qualificado. Graças á iniciativa do Clube Filatélico e Numismático de Piracicaba, do Teatro Municipal através da sua diretoria, com o apoio dos Correios, além de muitos abnegados que anonimamente trabalharam para que esse evento ocorresse, Piracicaba passou a ser referência em mais uma área. Realizou a Primeira Exposição da América do Sul com selos de 1 Quadro. Para compreendermos melhor o que isso significa, entrevistamos o especialista no assunto, o juiz internacional, Prof. Dr. Geraldo de Andrade Ribeiro Júnior.
O senhor é natural de qual localidade?
Nasci na cidade de Franca, em 19 de julho de 1952. Resido há mais de trinta anos em São Paulo. Sou engenheiro civil. Sou Presidente da Federação Paulista que reúne 20 Clubes do Estado de São Paulo, Presidente da Associação Brasileira de Filatelia Temática.
Quando despertou o seu interesse pela filatelia?
Meu pai era filatelista, desde pequeno já tive contato com a filatelia. Há uma idéia pré-concebida de que o filho de filatelista não seja filatelista. Isso porque o pai impõe certas restrições ao acesso da criança aos selos. Um zelo para que o selo não seja estragado pela criança. Com isso o filho acaba pegando uma bronca daquilo. No meu caso meu pai permitia o meu acesso aos seus selos, com isso fui pegando o gosto pela área. No ano de 2009 estarei fazendo 50 anos de filatelia! A minha primeira exposição foi em 1959, esta aqui que estamos realizando em Piracicaba é a minha 138ª participação.
Como era a reação da mãe do senhor com relação ao fato do pai do senhor ser filatelista?
Toda mulher, não só na filatelia, mas em qualquer hobby, ela acha que o homem se dedica mais ao hobby dele do que á outras atividade. A mulher de uma forma geral tem ciúmes da atenção que o marido dá ao seu hobby. Qualquer coleção que é feita com paixão, qualidade, dedicação requer tempo, e o dia tem24 horas somente! Esse tempo é tirado do tempo de convívio com a família. Não é praticado no tempo em que o indivíduo está trabalhando. As mulheres têm um ciúme terrível desse tempo que dedicamos ao hobby. Elas devem entender que não estamos fazendo coisas erradas, estamos trabalhando com uma atividade cultural, salutar, e tudo isso dentro da nossa casa!
Qual é a importância da exposição realizada em Piracicaba?
Piracicaba tem uma longa tradição, mais de um século em filatelia. E já teve uma exposição nacional em 1967. Agora, 41 anos depois volta a ter uma exposição nacional Essa exposição é muito importante por abrir um novo espaço em filatelia. Essas coleções de 1 Quadro é uma nova porta de entrada para a filatelia.
O que é uma exposição de 1 Quadro?
Por regras pré-estabelecidas, uma coleção de selos tem que ter no mínimo 80 páginas no tamanho A-4, para que seja enquadrada como coleção. São no mínimo 5 painéis. Essa é a definição universal. Só que muita gente não conseguia montar os 5 painéis. Com isso ficava adiando a montagem por meses, anos. A exposição realizada em Piracicaba está abrindo a possibilidade de que o expositor participe com apenas 1 Quadro. É a Primeira Exposição Nacional de 1 Quadro realizada no Brasil.
Quantos expositores vieram com seu material para Piracicaba?
São 58 expositores, representando 8 estados brasileiros. Temos a participação de filatelistas do Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Distrito Federal, Ceará, Pernambuco e outros estados.
Essa exposição há uma carta de mais de quinhentos anos?
É uma carta do século XVI. Ela está em uma exposição de 1 Quadro de Cartas pré-filatélicas. A filatelia começou em 1840, quando a Inglaterra lançou o primeiro selo. Antes de 1840 é chamada de pré-filatelia. Desde que o mundo existe, o homem se comunica, quando inventaram o papel a comunicação passou a ser feita pelo papel. Já na Idade Média havia correio organizado, havia cartas.
No Brasil o correio começou a funcionar quando?
Simbolicamente a carta de Pero Vaz de Caminha é primeira carta escrita no Brasil. Como éramos colônia, as regras do correio de Portugal valiam para o Brasil. Em 1750, 1760, é que se tem correio organizado em Ouro Preto, Rio de Janeiro, São Paulo. Só no final do século XVIII que se teve uma organização de correio.
Qual é o primeiro selo oficial do Brasil?
É o famoso olho-de-boi. Ele é famoso por ser o primeiro, e recebe esse nome por parecer um olho de boi. Não é o mais caro, nem tão raro, mais é o mais famoso.
O que motiva a pessoa a ser filatelista?
Os psiquiatras afirmam categoricamente que colecionar é normal, salutar. Quem não coleciona alguma coisa tem algum problema! Isso são eles que dizem, eu apenas repito!
As mulheres, embora neguem peremptoriamente colecionam sapatos, roupas. O ato de colecionismo é normal, salutar. Os grandes acervos do mundo inteiro começaram com ajuntamento de coleções de pessoas. Todo grande museu começou com coleção que vieram de pessoas.
Existe o risco de ser compulsivo?
Toda a atividade humana pode oferecer esse risco. Existe o indivíduo compulsivo por sexo, o jogador compulsivo. Isso é uma condição do ser humano. Seja no colecionismo, no jogo, isso é uma característica própria do indivíduo. A filatelia não está imune a isso.
Existem casos quase folclóricos de colecionadores que realizam peripécias para conseguir o objeto do seu desejo?
Há pessoas que vende bens de sua propriedade para conseguir comprar determinado selo, envelope com um carimbo de uma cidade. Há outras pessoas que restringem suas despesas pessoais para adquirir determinada peça. Existe muito folclore também. Como pessoas que possuem uma pequena coleção de selos, freqüentam o meio filatélico, acham que aquela sua coleção tem um valor extraordinário. Dizem para a esposa que aquela coleção vale uma fortuna. Ele um dia falece, a viúva vai vender e descobre que a tão comentada coleção não vale mais do que 50 ou 100 reais! Na realidade o falecido vivia em uma ilusão de que a sua coleção valia uma fortuna, que ele era proprietário de uma magnífica amostra de peças raras. O colecionista, isso em todas as áreas, tem o habito de supervalorizar seus objetos de coleção. Sempre o nosso filho é o mais bonito!
O senhor exerce a função de juiz nas exposições, julgar coleções de amigos é uma situação bastante delicada?
Comecei muito cedo atuando como juiz, foi aos 26 anos de idade. Essa é a minha qüinquagésima exposição. Para ser jurado tem que ter conhecimento sobre o tipo de coleção que irá julgar, participa de um júri como jurado observador, aprovado pelos colegas, realiza provas. Sou jurado da Federação Paulista, Brasileira e Internacional. Vou julgar na Europa, Argentina, ou seja, onde houver necessidade.
Como é o colecionador europeu?
Colecionador é colecionador em qualquer parte do mundo. Na Europa há mais disciplina, mais profissionalismo. Há um calendário muito organizado. Aqui no Brasil não sabemos o calendário do ano que vem. Não é porque não queremos, mas é porque dependemos dos painéis do Correio. O grande apoio que o Correio nos dá são os painéis. O resto é por nossa conta. Com isso não sabemos se poderemos marcar exposição para março ou para agosto, isso por que não sabemos se o Correio emprestou para alguém nesse mês. Temos grandes dificuldades em ter a nossa organização aqui no Brasil.
Existe alguma subvenção para o colecionador na Europa?
Na Europa os correios subvencionam as federações. Por exemplo, a Federação Portuguesa tem um contrato de digamos 100 mil euros. Eles têm a obrigação de realizarem as exposições. Com esse dinheiro eles adquiriram um pequeno caminhão, compram os painéis, e saem fazendo exposições itinerantes. Em um ano realizam dezenas de exposições. Isso proporciona o desenvolvimento da filatelia. No Brasil, para marcarmos uma reunião com o Correio visando realizar uma exposição pode demandar meses para que essa reunião ocorra. Já fui julgar exposições na Rússia. Eles estão emergindo agora. Até o período em vigorava o regime anterior eles só podiam fazer coleções com selos da União Soviética. Não podiam realizar a troca de selos com outros países, era considerada uma corrupção ideológica. A China tem muitos colecionadores e está desenvolvendo e incentivando muito.
A filatelia é um bom negócio para o Correio?
O Correio paga frações de centavos para emitir um selo. Ao colocar á venda no balcão, o filatelista adquire aquele selo e o leva para casa. O correio está simplesmente vedo um papel estampado. Nesse caso ele não presta serviço. Se um cliente adquirir esse mesmo selo e postar uma carta para o interior do Amazonas, essa carta será manipulada em Piracicaba, irá para o centro de distribuição de Piracicaba, para o centro de triagem de Piracicaba. Seguirá em um caminhão com destino á São Paulo. Em São Paulo passará pela triagem e embarcada em um caminhão com destino ao aeroporto de Guarulhos. Colocada em um avião será entregue em Manaus, onde passará por uma triagem. Colocada em um barco, dali a uma semana será entregue ao destinatário no interior do Amazonas. Quanto custa isso para o correio? Muito mais do que o valor do selo! Incentivar em vender esse “papel” pintado chamado selo é uma atividade feita pelo Uruguai, Paraguai. O Brasil não incentiva essa atividade. O correio dá lucro em todos os países. N Brasil o lucro do Correio era cinco por cento do faturamento global. Um valor altamente significativo. Hoje é de um por cento, ou até menos. O Correio parou de investir na filatelia.
Com o advento da internet surgiu o e-mail, isso motivou a diminuição de correspondências?
A correspondência pessoal diminuiu. A comercial muitas vezes implica na remessa de documentos, que exige a remessa física dos mesmos. Por outro lado, a internet proporcionou o aumento das vendas pelo meio eletrônico, essas encomendas são enviadas pelo correio. Isso compensou, e muito. Os namorados mandam e-mails. Mas quando o namorado envia um presente isso é feito pelo correio.
Existe um caso famoso de um país que vivia da emissão de selos?
Não há limites para a picaretagem. Um indivíduo montou uma plataforma no oceano, utilizando metais e madeira. Lá ele criou uma “República”. Hasteou uma bandeira, e emitiu selos. Ele ia pouco á “República” dele. Os selos foram impressos por uma gráfica norte-americana. Após a emissão dos selos ele os vendeu em lojas especializadas. Isso foi em 1960, na ocasião surgiram muitos países novos na África. Não havia a internet, portanto era factível achar que o selo daquele “país” que ficava em uma plataforma em mar aberto, também pudesse ser um novo país! Com isso o criador dessa nação fictícia vendeu muito selo no mundo todo. O mais interessante, é que quando o Presidente Kennedy tomou posse o dono do “país-plataforma” mandou uma correspondência, em papel timbrado da sua “nação”. A Casa Branca recebeu milhares de cartas congratulando a posse do presidente. O protocolo enviou resposta a cada um agradecendo. Ao receber a carta de Washington, o proprietário do “país” a colocou em uma moldura e passou a afirmar que se os Estados Unidos o reconhecia como nação, quem iria ser contra a decisão da grande potencia? Institucionalizou-se a picaretagem!
Há também grupos de comerciantes de selos europeus que criam países fictícios na Ásia, determinadas ilhas. Eles colocam esses selos á venda em bancas de jornal. Desovam milhões de selos. Isso não é filatelia. Tem que ser selo emitido por um país reconhecido pela ONU.

PRÊMIO ESSO DE JORNALISMO 1962

Foto by Erno Schneider

O PRESIDENTE JÂNIO QUADROS NA CIDADE DE URUGUAIANA (RS) SURPREENDIDO POR UM RUÍDO SE VIRA NA DIREÇÃO DO MESMO. OS PÉS TOMAM UMA POSIÇÃO INUSITADA.





Free Counter



Jornal da Tarde 05 de novembro de 2008




Free Counter

domingo, novembro 09, 2008

Foto by J.U.Nassif

NA MEDIDA CERTA




Fotos J.U.Nassif

"Piece de Resistance"

Foto e degustação J.U.Nassif

BANHO DE SOL

Foto J.U.Nassif




Free Counter

Aleijadinho existiu?

Aleijadinho existiu? De acordo com o livro Aleijadinho e o aeroplano, de Guiomar de Grammont, a resposta é “não”. Aleijadinho não “existiu”. Quem existiu foi Antônio Francisco Lisboa, escultor pobre, que viveu em Vila Rica no século XVIII e teve uma vida muito mais prosaica do que a do mito consagrado na história. De acordo com Guiomar, existiram diversos “Aleijadinhos”, inventados à medida que se deu a construção nacionalista de uma imagem da “arte brasileira” em diferentes contextos, do século XVIII até hoje. Cada momento criou o seu Aleijadinho em diversos gêneros literários e científicos, segundo a autora, que é doutora em barroco mineiro e diretora do Instituto de Filosofia Artes e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto.“Aleijadinho tornou-se um monstro sagrado, espécie de Hefesto, deus coxo capaz de fabricar maravilhas, indefinidamente, em sua forja. Em minha opinião, a principal injustiça foi tomá-lo esse ser inumano, grotesco, deslocado do seu tempo. Grande parte das obras importantes do período levaria a assinatura de Aleijadinho, o que é inconcebível, uma inverdade histórica que desrespeita também a obra comprovadamente produzida pelo ateliê do talentoso artífice Antônio Francisco Lisboa. Seria necessário que o Aleijadinho tivesse tido dez vidas a mais para realizar tudo o que se lhe atribui”, explica Guiomar. Ao analisar os documentos reunidos sobre a história do artífice, a autora chega a conclusões absolutamente inéditas: não há prova de que Antônio Francisco Lisboa tenha sido filho de Manuel Francisco Lisboa ou de que ele tenha sido arquiteto, como afirmam os críticos que lhe atribuem o risco de diversas obras arquitetônicas, entre outros pontos polêmicos. Guiomar mostra como o mito foi reapropriado e tomado como evidência histórica, sem contestação, em diversos programas da história do pensamento sobre artes e letras no Brasil. Nos séculos XIX e XX, vários discursos interpretaram as obras atribuídas ao Aleijadinho a partir de noções raciais, ambientais, psicológicas, artísticas e políticas não existentes no tempo em que o personagem viveu.



Free Counter

quinta-feira, novembro 06, 2008

"Viu dois séculos de chicote a lacerar carne e outros dois séculos de lágrimas, de gemidos e lamentos os uivos de dor. E viu a América ir saindo dessa dor, como a pérola, filha do sofrimento do molusco, nasce na concha..."
Monteiro Lobato, in "O presidente negro"




Free Counter

quarta-feira, novembro 05, 2008

APLAUSOS INESPERADOS


Alguém me contou, não tive a oportunidade de fotografar o fato. O falecido Prefeito Luciano Guidotti, cuja memória é perpetuada pelos piracicabanos, foi um executivo muito dinâmico. Realizou obras de impacto na cidade. Mas também zelou por pequenos detalhes. Uma das suas manifestações de apreço aos sepultados no Cemitério da Saudade era de deixar o mesmo impecável para a visita que ocorria em grande número de familiares no Dia de Finados. Além de uma faxina rigorosa, pintava os muros, em ambas as faces, dentro e fora. Isso ás vezes exigia um esforço extra da equipe encarregada de realizar a exaustiva tarefa. Não raro, na véspera continuavam a trabalhar noite adentro até o raiar do sol. Sabiam que o Prefeito Guidotti iria fazer a vistoria pessoalmente. E também sabiam que apesar de ser um homem de um coração muito bondoso era também de pulso firme e falava o que pensava sem rodeios. Despertava um misto de grande admiração e respeito muito próximo ao temor. Exaustos, os funcionários estavam do lado de dentro do cemitério, concluindo os trabalhos para que dali algumas horas o cemitério passasse a receber os visitantes. A cidade era despertada por volta das 6 horas com o toque da alvorada, pela banda de música, justamente em frente ao cemitério, naquele dia de finados. É necessário que a banda realize um aquecimento dos instrumentos. Cada músico aquece, afina, enfim dedica-se a deixar o instrumento que vai utilizar em condições ideais de uso. O pessoal que fazia a faxina do cemitério aproximou-se do muro para ver o que estava acontecendo. E de lá ficaram algum tempo apreciando, aqueles uniformes com botões dourados. Os instrumentos musicais reluzentes. Com isso vários músicos foram se agregando, tocando trechos, muito mais para a afinação. Sem perceberem a presença dos operários observando-os. Acabaram tocando um pequeno trecho de uma música. Isso antes de raiar o dia. Ao final da “apresentação” os operários que estavam acompanhando de dentro do muro do cemitério aplaudiram calorosamente. Pegos de surpresa, ainda escuro, dizem que foi uma debandada geral dos músicos. Em ritmo acelerado. Coisa de Piracicaba!




Free Counter


A TURMA DO RELÓGIO

Foto by J.U.Nassif

Praça José Bonifácio, centro de Piracicaba. Diz a lenda que há algumas décadas havia um grupo de conhecidos, em sua maior parte aposentados, que se reuniam todos os dias nessa praça. Alí ficavam a contar causos, comentar as notícias do dia, até chegar a hora de ir para casa almoçar. Como havia uma série de bancos para sentarem-se, escolhiam aquele em que o sol não atingia. Com o passar das horas, em determinado momento, os raios de sol acabavam penetrando entre os galhos das árvores. Então todos levantavam-se e sentavam-se em outro banco na sombra. Esse ritual tinha a mesma periodicidade dos ponteiros do relógio da catedral.
Com o tempo para saber aproxidamente as horas era só olhar em que banco eles estavam sentados! Línguas afiadíssimas passaram a chamar esses respeitáveis senhores de "A Turma do Relógio". Coisas de Piracicaba!



Free Counter

BOLO DA VOVÓ


Foto by J.U.Nassif

segunda-feira, novembro 03, 2008

Hino Popular

Carxara de forfe
Carcanha de grilo
Asara de barata
Suvaco de cobra
Oreia de besoro
Paster de carne
Garrafão de pinga
Minduim torrado
Já que tá que fique
Treis veis cinco é ...
XV XV XV
Vitória !!!!



Free Counter
O XV de Novembro de Piracicaba foi fundado no dia 15 de novembro de 1913, oriundo de duas equipes da cidade que decidiram se unir para formar uma só agremiação. Esporte Clube Vergueirense e 12 de Outubro entraram em um acordo para se fundirem e convidaram o Capitão da Guarda Nacional Carlos Wingeter para presidir o novo clube. O capitão aceitou, mas com uma condição: que o nome da agremiação fosse dado em homenagem à Proclamação da República Confederativa do Brasil.

Seu primeiro título foi no ano seguinte a sua fundação, em 1914, quando conquistou uma competição amadora da cidade de Piracicaba, vencendo a Associação Esportiva Piracicaba por 3 a 2. Quatro anos depois o XV resolveu se afiliar a Associação Paulista de Esportes Atléticos e passou a disputar campeonatos pelo interior, onde conquistou os títulos de campeão regional em 1918 e vice-campeão em 1920.

Em 1931, o clube conseguiu conquistar seu primeiro título de maior expressão: Campeão do Interior. Na década seguinte, em 1948, o XV de Piracicaba alcançou mais uma vez uma conquista. Desta vez foi campeão da Segunda Divisão do Futebol Paulista (correspondente a atual Série A2), participando, a partir de 1949, da Primeira Divisão (atual A1), junto com os times grandes do Estado.

No mesmo ano também foi campeão do Torneio Início e no ano seguinte vice-campeão desta mesma competição, eliminando São Paulo e Palmeiras. Em 1952 e 1958 conseguiu seus melhores resultados até então ficando na quinta colocação da Primeira Divisão, atrás apenas de São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos.

Até 1965 a equipe mandava seus jogos no estádio "Roberto Gomes Pedrosa", que tinha capacidade para 10 mil pessoas. Entretanto, neste ano foi inaugurado o Estádio Barão de Serra Negra, com lotação total de 30 mil espectadores. Entretanto, não parece ter sido suficiente ter uma nova “casa”. O clube foi rebaixado para a Segunda Divisão Estadual.

Em 1966 foi vice-campeão da competição, mas em 1967 o XV conquistou novamente o acesso, sendo campeão do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Entre 1967 e 1968, o clube teve a Posse da Taça dos Invictos do jornal "A Gazeta Esportiva". No ano de 1969 conseguiu mais um título ao vencer o Torneio Brasil Central.

Sete anos se passaram e finalmente em 1976 o clube conseguiu sua maior conquista no cenário estadual: o vice-campeonato Paulista, perdendo para o Palmeiras. O resultado levou o clube a participar do Campeonato Brasileiro (Série A) em 1977, chegando à fase final da competição. Entretanto, terminou no oitavo lugar. O XV de Piracicaba também marcou presença no Nacional nos anos de 1978 e 1979.

Após participar três anos seguidos do Brasileiro, a equipe foi rebaixada no Campeonato Paulista em 1981, disputando nos anos de 1982 e 1983 a Segunda Divisão. Neste ano conseguiu mais um título, e conseqüentemente mais um acesso, voltando à Primeira Divisão.

No ano de 1990, a campanha no Campeonato Paulista classificou a equipe para a Copa do Brasil do ano seguinte. O time foi eliminado pelo Caxias (RS) na competição nacional. Cinco anos depois, em 1995, teve seu maior título em âmbito nacional, quando conquistou o Campeonato Brasileiro da Série C.
Na Série B de 1996, chegou entre os 16 melhores clubes do torneio e nos anos seguintes foi superando suas classificações. Em 1998 conseguiu alcançar a quinta posição, ficando próximo do acesso à Série A. Em 2002 disputou pela última vez a segunda divisão nacional, já que foi rebaixada à Serie C.


Hino Oficial
Hino criado por Anuar Kraide e Jorge Chaddad
Salve XV de Novembro
Glorioso esquadrão
Na vitória ou na derrota
Esta em nosso coração
No basquete e futebol
É motivo de vaidade
Pioneiro da lei do acesso
Engrandece nossa cidade
Vamos XV para frente
Outra vitória conquistar
Destemido e valente
Só nos pode orgulhar
Vamos XV para frente
Outra vitória conquistar
A torcida está presente
Para sempre incentivar



Free Counter

HINO E MÚSICA

Hino de Piracicaba
Composição: Newton de A. Mello

Piracicaba que eu adoro tanto,

Cheia de flores,
Cheia de encanto...
Ninguém compreende a grande dor que sente
O filho ausente a suspirar por ti!
Em outras plagas, que vale a sorte?
Prefiro a morte junto de ti.
Amo teus prados, os horizontes,
O céu e os montes que vejo aqui.
Piracicaba que eu adoro tanto,
Cheia de flores,Cheia de encanto...
Ninguém compreende a grande dor que sente
O filho ausente a suspirar por ti!
Só vejo estranhos, meu berço amado,
Tendo a teu lado o que perdi...
Pouco se importam com teu encanto,
Que eu amo tanto, dês que nasci...
Piracicaba que eu adoro tanto,
Cheia de flores,Cheia de encanto...
Ninguém compreende a grande dor que sente
O filho ausente a suspirar por ti!



Rio de lágrimas
(Tião Carreiro, Piraci e Lourival Santos)

O rio de Piracicaba
Vai jogar água prá fora
Quando chegar a água
Dos olhos de alguém que chora
Lá no bairro onde eu moro
Só existe uma nascente
A nascente dos meus olhos
Já brotou água corrente
Pertinho da minha casa
Já formou uma lagoa
Com lágrimas dos meus olhos
Por causa de uma pessoa
Eu quero apanhar uma rosa
Minha mão já não alcança
Eu choro desesperado
Igualzinho a uma criança
Duvido alguém que não chore
Pela dor de uma saudade
Eu quero ver quem não chora
Quando ama de verdade




Free Counter

RIO DE PIRACICABA


Fotos by J.U.Nassif

RIO DE PIRACICABA


Fotos by J.U.Nassif

NO TEMPO DA JARDINEIRA


sábado, novembro 01, 2008

DEVOLVERAM A NACIONALIDADE DO HOMEM...RAPIDINHO...

Europa
Sábado, 1 de novembro de 2008, 12h56 Atualizada às 15h19
Kaddafi monta tenda e grelha de churrasco no Kremlin
O líder da Líbia, Muammar Kaddafi, ergueu uma tenda em um jardim do Kremlin antes de iniciar conversas com líderes russos neste sábado. A tenda de estilo militar foi decorada com tecidos norte-africanos e conta com uma grelha de churrasco de metal, além de uma televisão grande, de tela plana.
Kaddafi deve se encontrar com o presidente russo, Dmitry Medvedev, e o primeiro-ministro Vladimir Putin para negociações que devem focar na venda de armas e o acesso de companhias de energia russas a projetos no Estado do norte da África.
O líder líbio, que nasceu em uma tenda de beduínos pastores em 1942, freqüentemente recebe visitantes estrangeiros em uma tenda próxima às ruínas de sua residência em Trípoli, que foi destruída em um bombardeio de aeronaves americanas em 1986.
Em uma visita a Paris no último ano para conversas com o presidente francês Nicolas Sarkozy, Kaddafi ergueu sua tenda no jardim da casa de visita presidencial.
Por sua vez, a Rússia está acostumada a se adaptar às excentricidades dos seus chefes de Estados visitantes. Em 2001, o Kremlin realizou uma grande operação logística para que o líder da Coréia do Norte, Kim Jong-Il, que segundo diplomatas tem aversão a viagens de avião, pudesse fazer uma viagem de nove dias até Moscou em seu trem blindado.




Free Counter

Postagem em destaque

      TÉO AZEVEDO E THAIS DE ALMEIDA DIAS     TÉO AZEVEDO E THAIS DE ALMEIDA DIAS       TÉO AZEVEDO E THAIS DE ALMEIDA DIAS             ...