terça-feira, julho 11, 2006

RANDALL JULIANO

Conheci Randall Juliano pela televisão, quando ele ainda fazia o Programa “Astros do Disco” na década de 1960.Mais tarde fez muito sucesso com “Quem Sabe, Sabe!” na TV Cultura. Nunca imaginei que ele seria meu professor por dois anos seguidos. Houve uma empatia mútua. Da relação de professor e aluno nasceu, uma amizade sincera. Mudei-me para Piracicaba, mas mantivemos um contato constante. Hoje, recebi a notícia do seu falecimento. Imediatamente liguei para a sua casa. Uma de suas filhas, disse-me, que ele deitou-se para descansar um pouco. Enquanto sua esposa e suas filhas cuidavam dos seus afazeres. Uma delas, ao passar pelo quarto achou que a respiração do pai não estava como de costume. Foram verificar. Ele tinha morrido, praticamente durante o sono, na noite de 09 de julho de 2006. Nos últimos anos Randall era a imagem do sofrimento e dor. Embora conservasse a lembrança dos traços do galã que tinha sido, um verdadeiro astro, era de estatura alta, imponente. Mas sentia-se amargurado. Com o que ele nunca me disse. Apesar das longas conversas que tivemos. Imagino que tenha sido com as avaliações erradas que havia feito da natureza humana. Passei a admirar o esforço e a dignidade com que ele lutava. Astros do Disco foi uma super produção de gala da Record, apresentada por Randall Juliano, Idalina de Oliveira e outras apresentadoras colaboradoras. Esse programa introduziu o troféu Chico Viola, para premiação das músicas mais executadas durante o ano. Astros do Disco se iniciou nos anos 50 e se estendeu pela década de 60. Como locutor na Jovem Pan conquistou muitos ouvintes. Na última vez que falei com ele, o seu humor procurava superar todas as dificuldades. Ele então me disse: - Nassif, estou preparando dois livros sobre a verdadeira história da televisão brasileira, só que farei o lançamento de avião! Para que não me matem! Demos muita risada. Se algum dia Randall errou, podemos lembrar da célebre frase: "Quem não for pecador, atire a primeira pedra", já disse o próprio Jesus. Posso sem sombra de dúvida dizer que conheci em Randall um homem triste e injustiçado. Amargurado. Decepcionado com a volatilidade da fama e dos amigos que se apresentam e somem com a velocidade da luz, conforme brilha a estrela do ídolo. Os fariseus de plantão estão sempre dispostos a servir quando percebem que as migalhas que sobrarem estarão disponíveis. Randall Juliano, em seu momento de profunda dor deu aos seus alunos a melhor das aulas: o exemplo da coragem ! Lamento sua perda. Sobra aos familiares a dor da sua ausência. Hoje a noite tem mais um astro brilhando nos céus: Randall Juliano Mattosinho!
João Umberto Nassif - e-mail: joao.nassif@ig.com.br.

quinta-feira, julho 06, 2006

O MILAGRE DE N.SRA. DO CARMO


O MILAGRE DE NOSSA SENHORA DO CARMO

Por volta de dezembro de 1930, aproximadamente, um senhor de meia idade, solteiro, era sócio de um casal em um estabelecimento comercial. Como o vínculo comercial e pessoal era muito forte, ele praticamente fazia parte da família, morando na mesma casa. A mulher do sócio é quem cuidava de sua alimentação e vestes. Viviam em um relacionamento fraternal. Assim foi por muitos anos.
Um dia, sabe-se lá como, ele descobriu que o casal desviava dinheiro da sociedade. Seu transtorno foi enorme. O desejo de vingança foi atiçado. Embarcou em um trem da então Companhia Paulista e dirigiu-se para São Paulo, seu propósito era adquirir uma arma e exterminar o sócio que o havia enganado. No centro de São Paulo havia diversas casas que comercializavam armas. Era dia 24 de dezembro, o centro fervilhava de pessoas realizando compras. Alguma força superior o levou a antes de adquirir o instrumento de vingança a entrar na Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Podemos até supor que seja para pedir perdão antecipado do crime que iria cometer. Ao sair da Igreja um vendedor de bilhetes de loteria ofereceu-lhe o bilhete de Natal, que correria naquela tarde. Por fé, ou para livrar-se do bilheteiro, acabou comprando.
Naquela tarde, o incrível aconteceu. Ele ganhou o prêmio maior. Uma fortuna.
Motivado pela bolada ganha, abandonou o plano de assassinar o sócio.
Resolveu construir o primeiro e mais belo sobrado acima da linha do trem , no Bairro da Paulista.
Preocupou-se em deixar um grande terraço, para os futuros bailes que ele ali realizou.
O sobrado existe até hoje.
Lenda urbana ou realidade?

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