sexta-feira, maio 25, 2012

MARIA SOLANGE PUGLIELLI

PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
Sábado 26 de maio de 2012
Entrevista: Publicada aos sábados no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
      ENTREVISTADA: MARIA SOLANGE PUGLIELLI
“O DL é uma experiência transformadora. Um treinamento vivencial, intenso, envolvente e dinâmico. Permite o desenvolvimento pessoal e profissional. Dá o controle emocional, auto-estima, confiança, segurança, motivação, capacidade de trabalhar com equipes e liderá-las. O treinamento é realizado em um ambiente próprio para vivenciar e tirar proveito positivo das quatro emoções: medo, raiva, tristeza e alegria para que elas possam ajudar na conquista dos seus objetivos.” Esse é um pequeno trecho veiculado no Jornal Dois Irmãos, do município gaúcho do mesmo nome. Em meio a um cipoal de cursos de treinamento, onde cada um deles procura valorizar seus pontos fortes há uma intensa corrida do ser humano por reconhecimento e capacitação. Empresas procuram capacitar seus funcionários, aplicam fortunas no seu aprimoramento técnico, milhares de horas são gastas com palestras, toneladas de papel fazem parte de luxuosos manuais, muitos acompanhados com a mídia do momento. Houve a época em que se davam palestras intermináveis e ao final o concluinte do curso ganhava uma bolsa com até algumas dezenas de fitas cassete. Hoje a mídia está mais compacta com o DVD. Muitos palestrantes lotaram auditórios. Em tempos de globalização a humanidade parece estar em busca constante de uma fórmula milagrosa, uma área de conforto constante, longe dos “graves problemas dos nossos tempos”. Uma quimera que sempre povoou o pensamento humano. Desafios sempre existiram e enquanto houver vida sobre a terra eles serão constantes. Ferramentas para trabalhar com esses desafios é que fazem a diferença. Isso pode ocorrer com empresas, com indivíduos, com núcleos familiares. Maria Solange Puglielli nascida a 29 de fevereiro de 1960, na cidade de São Paulo, é primogênita de quatro filhos. Fez seus estudos na Escola Estadual Pedro Alexandrino (Criador do Lar dos Velhinhos de Piracicaba), e na Escola Estadual Professor Rafael de Moraes Lima, é formada em Artes Plásticas. Solange é mãe de dois filhos, Tiago com 27 anos e Diogo com 25 anos. Foi diretora de esgrima, ginástica olímpica e diretora social no Clube Regatas Tietê. O Tietê fazia muitas festas, entre elas a tradicional do Preto e Vermelho. Tinha um carnaval muito forte no Tietê. É casada em segundas núpcias com Humberto Douglas Leão.

Você participou de desfiles de carnaval?

Desfilei quando o Corinthians foi Campeão Brasileiro pela primeira vez, em 16 de dezembro de 1990, nós tínhamos uma turma muito grande do Clube de Regatas Tietê que saia desfilando no Corinthians. Desfilei na Avenida Tiradentes e outra vez no Sambódromo.

Qual é a sua atividade atual?

Nunca imaginei que pudesse exercer uma profissão que me desse tanta satisfação pessoal e isso encontrei trabalhando com treinamento emocional. Meu marido tem uma empresa em São Paulo, um cliente comentou com outro que tinha feito um treinamento espetacular, o Douglas, meu marido, tinha que fazer esse treinamento. O outro cliente achou que eu deveria fazer. Escutei meu nome, sai da sala onde estava e fui procurar entender o que estavam conversando. Ele disse que não tinha como contar como era esse treinamento, mas a sua expressão facial, seu olhar, estavam radiantes. Sou muito curiosa, ele não podia contar como era, mas disse que era muito bom. Logo pensei: “Se é bom quero para mim!”. Na sexta-feira seguinte eu estava em Atibaia, no hotel onde seria o treinamento. Desde muito pequena assumi responsabilidades acima da minha faixa etária, somado ao fato de ser muito pequena e magra, logo percebi que tinha que falar mais alto do que os outros eu tinha que gritar muito era assim que eu ganhava a atenção das pessoas. Eu resolvia tudo na briga mesmo. Um comportamento nada recomendável. Esse comportamento sempre me atrapalhou muito, eu ganhava as coisas no grito. O treinamento me ajudou muito, descobri que poderia ser diferente. Ajudou-me a perceber que eu tinha meus valores e que poderia usar outra forma de explicar para a pessoa que aquilo não era satisfatório para os dois lados.

Após participar do seu primeiro treinamento como surgiu a sua ligação com essa equipe?

Quando a porta abriu e entrei, vi tantas pessoas bem, são aquelas denominadas de “padrinhos”, estão levando alguém, eram pessoas muito felizes, na hora pensei: “Eu nasci para ser feliz!” Encontrei pessoas que não queriam saber onde eu trabalhava quem era meu marido, quais eram as minhas posses. Elas estavam ali para dar carinho e serem felizes. Pensei: “Meu Deus que lindo isso aqui!”. Na hora decidi que ia trabalhar ali. Encontrei o que não havia achado em toda a minha vida. Foi um treinamento intenso, você não vai para passar um fim de semana em um hotel se divertindo. São 34 horas de treinamento, que trabalha com emoções. É o seu encontro com você mesmo, irá saber o porquê da sua forma de agir. Todo trabalho é direcionado para que você se conheça plenamente. Têm uma dinâmica de alegria, de soltar a criança livre, se divertir. Tudo dentro da maior ordem e respeito.

Você está falando de adulto brincar?

Colocamos musica alta, vamos dançar, vamos brincar. A alegria de curto prazo também gera problemas. Aquela alegria em que você pensa: “Amanhã vou ter certeza de que vou me arrepender disso.” E muita gente vive caindo em alegria de curto prazo.

O ser humano procura preencher suas lacunas com atitudes aparentemente corretas, mas de conseqüência doloridas?

Principalmente dentro de uma alegria de curto prazo ele se empolga. Sente-se na obrigação de mostrar que tem muitos amigos, as vezes ultrapassam seus limites querendo provar algo para alguém. O ser humano não descobriu que não precisa provar nada para ninguém.

A nossa sociedade vive de tentativas de mostrar a capacidade individual?

Acredito que sim. Não existe essa necessidade. O individuo está sempre querendo provar alguma coisa para alguém, com isso ele deixa seus valores, sua essência em segundo plano, a pessoa perde seu rumo.

Está mais acentuada a consideração das pessoas pelos valores materiais que possuem e não pelo que são?

Acaba sendo dessa forma. Essa necessidade de provar tem seu inicio na infância. Meu brinquedo é mais bonito. A minha mãe gosta mais de mim. Porque alguns jovens começam a fumar tão cedo? Porque em uma roda de amigos ele passa a ser considerado adulto. Principalmente algumas décadas passadas fumar significava ter status. “- Ah! Ele bebe! Que legal!”. Copiamos os exemplos.

Como você vê as “uniões estáveis”?

Conheço uniões estáveis fantásticas, maravilhosas, que estão juntos ha mais de 20 anos e se dão muito bem. E conheço casamentos onde foi tudo bonitinho, certinho, casamento lindo, mas que já nasceu morno, sem futuro. As pessoas acabam tomando atitudes para provar ou fugir de alguma coisa. Está todo mundo casando, eu vou casar também. Simplesmente casa, se não der certo separa. Casamento é para viver feliz para sempre. Ainda hoje, muita gente casa para sair de casa. O ser humano está sempre querendo fugir de alguma coisa.

E aqueles casos em que a pessoa fica residindo com os pais, muitas vezes o indivíduo já é quarentão e nem pensa em criar seu próprio espaço?

Ele está na verdadeira e legitima zona de conforto. Papai está aqui, não tenho que me preocupar, chego em casa, minha mãe já organizou tudo para mim. Tenho tudo na hora certa, dá trabalho sair da zona de conforto.

A disputa dentro do mercado profissional está cada vez mais acirrada, o indivíduo tem que acumular constantemente conhecimento técnico em detrimento da relação emocional?

Ai entra o que chamamos de QA (Quociente de Adversidade), QE (Quociente Emocional) e QI (Quociente de inteligência). Quando somos admitidos em uma empresa o QI é demonstrado, quais são as minhas habilidades, capacidade, grau de conhecimento específico. Principalmente nos cargos mais altos surgem adversidades, como trabalho isso? Se o individuo não estiver equilibrado para aquele momento irá proceder de forma errônea. Perde o controle, agride a si mesmo. Pode ser áspero com subordinados. Passa a gerar um desconforto muito grande na empresa e principalmente para si mesmo.
Pessoas que trabalham sob muita pressão buscam válvulas de escape. O esporte é uma dessas válvulas e age de forma positiva. Mas existem outras que são negativas. Como está o equilíbrio emocional nos dias atuais?
Quando convidamos alguém para fazer um treinamento emocional à resposta muitas vezes é: “Ah! Eu não preciso disso! Eu estou bem demais!” São pessoas que tem medo de se olharem no espelho, ver quem ela é de verdade. Ela se acostumou tanto com a imagem que passa para os outros que se esquece de ver quem realmente ela é.
Quantas pessoas você já teve a oportunidade de treinar?
Até o momento aproximadamente 10.000 pessoas.

Algum usuário de droga química?

Principalmente jovens, só que dentro do curso ninguém o identifica como portador dessa doença. Ele pode fazer o treinamento, conquanto que assuma o compromisso de que não irá fazer uso de qualquer tipo de droga. Somos em 14 pessoas ministrando o curso, além de uma estrutura de apoio, estamos 24 horas por dia tomando conta de todo mundo. Se a pessoa tentar fazer uso de algum produto vetado durante o treinamento ( droga, álcool ) ela é retirada do treinamento. Depende só da vontade da pessoa em querer mudar.

Qual é o maior problema do ser humano hoje?

É o seu controle emocional, cujo desequilíbrio faz o individuo se apoiar em drogas, bebidas. Tem um caso muito interessante, um jovem cujo pai era alcoólatra, e em determinado momento esse jovem desabafou com um senhor muito mais idoso, dizendo que o seu pai tinha se separado da sua mãe por causa da bebida. O senhor começou a chorar, dizendo: “Estou aqui porque bebo muito, e estou acabando com o meu casamento por causa da bebida”. Outro caso, um padre estava fazendo o curso, ele ministra missa em Aparecida do Norte. Uma senhora contou fora do período do curso, quando chamou esse moço, sem sequer imaginar que era padre, e disse-lhe que tinha algo apertando seu coração, precisava contar, mas que só um padre teria condições de ouvi-la. Desesperada ela acabou revelando a esse moço o que a magoava tanto. Ele calmamente a escutou, ao término disse-lhe: “Filha, você está absolvida, eu sou padre!”.

Como você vê esse universo de cursos de treinamento?

Como em toda atividade, existem excelentes profissionais assim como existem aqueles que deixam a desejar. Acredito que todo treinamento acrescenta algo ao indivíduo. De 80% a 90% dos treinamentos que temos em São Paulo saíram de dentro do INEXH que já existe há 15 anos. Temos uma grande preocupação em nosso trabalho porque estamos trabalhando com seres humanos, onde cada um tem sua particularidade, suas dores, seus traumas. Os maiores traumas têm sua origem na infância.

Estamos nos referindo a pessoas adultas que tiveram traumas na infância, essas pessoas não cresceram?

Só que os traumas crescem juntos. Não existe emoção boa ou ruim, o nosso cérebro, nosso inconsciente registra por grau de emoção. Nosso cérebro registra tudo, sem exceção. Comportamos de certa forma porque em algum momento esse comportamento foi útil.

Qual é a importância da emoção na vida do ser humano?

É fisiológica. Ela tem a função orgânica. A raiva serve para destruir, o medo é fruto do desconhecido, quando eu desconheço, paro, formulo uma estratégia, se aparecer uma serpente no meu caminho, eu não sei se ela é venenosa, que ação tomarei com relação a essa situação? O medo serve para isso. A tristeza serve para fazer a pessoa pensar. Ela faz a pessoa refletir, o que está fazendo com a sua vida, como pode melhorar. Se as pessoas conhecessem um pouco mais sobre as suas emoções elas teriam mais habilidades para lidar com a vida.

O Brasil é o maior consumidor mundial de um determinado ansiolítico (calmante), usado pelos brasileiros como elixir contra as pressões banais do dia a dia: insônia, prazos, conflitos em relacionamentos. Isso significa que estamos cada vez mais estressados?

Uma pessoa do nosso círculo de amigos estava fazendo tratamento com medicamentos pesados, ela tinha síndrome de pânico. Começou tomando um remédio para dormir, foi aumentando sua ansiedade e a medicação foi a cada dia ficando mais forte. Com síndrome do pânico. Graças à vontade dele de mudar ele decidiu fazer o treinamento no DL. No seu conceito o máximo que poderia acontecer seria perder um final de semana. Ele não conseguia dirigir seu próprio veículo, tinha medo de passar mal, estar dirigindo e morrer. Isso o levou a andar quase sempre de taxi. Não entrava em transporte coletivo, como metrô, ônibus. Após sair do DL foi reduzindo a medicação, já há dois anos não toma remédios, a uns 5 meses atrás ele foi nos visitar, já tinha feito viagens de ônibus pelo Brasil, sem contar sua superação com relação a andar de transportes coletivos. Na ocasião em que foi nos visitar estava voltando de uma viagem á China, permanecendo um elevado número de horas dentro de um avião. Algo antes impensável para quem não ficava em ambiente fechado.

Como os psiquiatras se manifestam com relação a esse treinamento?

Os psiquiatras gostam do DL. Muitos psicólogos também. Quando um paciente vai fazer um treinamento, o seu médico psiquiatra tem que autorizar por escrito, mencionar quais remédios ele usa, ele não pode parar de tomar essa medicação. Nós vamos trabalhar o seu comportamento. Muitos psicólogos dizem aos seus pacientes: “Estamos fazendo um tratamento há oito anos, vai fazer um treinamento de caráter emocional que você irá resolver seu problema”. Todo DL tem uns 10 a 15 psicólogos também fazendo treinamento. Pastores fazem o DL, assim como médicos, políticos, eu mesma já convidei e levei três prefeitos. Entre os muitos esportistas que fizeram o DL em Atibaia, posso citar grandes nomes do vôlei masculino como Tande, Giovani, Bernardinho, e outros. Uma capitã da policia militar, da Academia do Barro Branco, fez o DL, levou seu comandante, com isso muitos militares foram fazendo o DL. Formulamos um treinamento com fundamentos idênticos ao DL e que eles passaram a aplicar em suas instruções. Pessoalmente eu não vejo com simpatia o treinamento que é dado pelo superior ao seu subordinado. Em minha opinião deve haver uma dissociação. Quando se harmoniza o ser tudo em sua volta fica harmônico. Para trabalhar o ser tem que tirá-lo da sua zona de conforto. Dissociar de patrão, superior, pai e filho. Marido e mulher nós pedimos que não façam o treinamento na mesma data.

Após passar esse treinamento de 34 horas, na semana seguinte a pessoa estará sentindo-se muito bem. Isso continua?

É interessante que escutamos as pessoas que vão para o treinamento dizerem que vão á tantas palestras, lêem muito, após dois ou três dias acabam esquecendo, deixando de lado. Quando você faz um treinamento no DL você aprende na emoção, tudo que se aprende com a emoção é para sempre. O seu cérebro, seu sistema todo quando percebe que teve um ganho com isso, ele não retrocede. Nenhum sistema gosta de perder. No DL você começa a reforçar comportamentos adequados.

Há uma tendência da pessoa gravar o que é ruim e desprezar o que é bom?

Nesse caso o que a pessoa aprendeu de negativo por emoção foi muito forte, permanece registrado. Uma emoção que machuca com certeza ficará registrada. Ninguém esquece um acidente de carro, a emoção foi muito forte. Há uma preparação para viver momento de alegria, uma festa, um casamento, o nascimento de um filho, tudo isso é preparado. O INEXH tem uma grade de mais trinta cursos e treinamentos, todos com muita programação neurolingüística. A programação neurolingüistica ajuda a buscar excelência em tudo que você faz. Atualmente o Brasil tem o maior conhecimento em neurolingüistica, a mais avançada do mundo. O Brasil é bom em muita coisa, temos um médico, ainda jovem, que é recordista mundial em transplante de fígado. Em odontologia somos os melhores do mundo.

Você acredita que dentro dessa linha de trabalho está fazendo mudanças na vida de muitas pessoas?

Acredito, eu vejo isso acontecer todos os dias. As pessoas estão cheias de cascas, colocam muitos escudos. Aprendemos a fazer isso desde pequenos. É lindo ver como isso acontece durante o treinamento, o treinando não percebe, mas na primeira dinâmica sai um pequeno escudo, a medida que são realizadas outras dinamicas as pessoas vão retirando seus escudos. No domingo as pessoas estão totalmente diferentes do que eram quando iniciaram o treinamento. Há uma grande mudança de comportamento, uma nova vida.

Existe alguma relação com religião?

Nenhuma. O treinamento não envolve crenças religiosas, visões políticas. É tratado como ciência. Usamos uma capacidade muito pequena do nosso cérebro de forma consciente. Uma enorme parte do cérebro é formada pelo inconsciente. Não utilizamos 5% da capacidade cerebral. O restante fica tentando nos proteger e guardar tudo, o que ocorre em nossa vida está registrado em nosso cérebro.

O que é renascimento?

Através de técnicas de respiração, é levado um volume maior de oxigênio até o cérebro. Não há nenhum tipo de indução, apenas o uso de técnicas de respiração. As memórias da pessoa surgem, inclusive do período pré parto. Não ha riscos ou danos, a pessoa sairá sentindo-se revitalizada. Ficam 14 pessoas monitorando o andamento do processo, caso surja algum movimento diferente há a intervenção apropriada a situação.

Filhos não devem culpar os pais pelos problemas que ocorreram em suas vidas?

Freud segue essa linha, onde tudo é culpa do pai,da mãe, do tio, do avô. Nós damos ferramentas para que a pessoa entenda que a criação da mãe dela foi pior do que a dela. Se ela nãao sabia dar carinho foi porque ela não recebeu carinho. Ninguém dá o que não tem. Uma pessoa completamente analfabeta pode ensinar outro a escrever? Você dá o que você tem.

Como a pessoa pode entrar em contato com você?

Pelo e-mail solpuglielli@hotmail.com ou pelos telefones (011) 99383716. (011) 2959 4594.







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