quinta-feira, dezembro 04, 2008

Especulação no mercado imobiliário de Dubai – o começo do fim
Cecília Bicca Paetzelt - Advogada brasileira residindo em Dubai


Nos Emirados Árabes Unidos, pequeno país do Oriente Médio que tem maravilhado o mundo todo com um inigualável crescimento econômico e obras faraônicas, existe um sintoma generalizado e contagioso chamado otimismo. A crise financeira assola o mundo e nos Emirados o clima era, há até bem pouco tempo, o de que "eu não tenho nada a ver com isso". Não que o otimismo seja algo para se envergonhar ou desprezar; ao contrário, pois é evidente que as pessoas de visão, os líderes e empreendedores estão mais para integrarem a turma dos otimistas do que dos pessimistas.
Entretanto, recentemente, os líderes políticos e empresários de Dubai, um dos emirados do país que mais cresce no mundo, começaram a dar o braço a torcer, admitindo publicamente que o momento econômico é de desaceleração, adiando projetos e cancelando outros. Ilustrando esse cenário, centenas de pessoas perdem empregos diariamente, em geral estrangeiros, principalmente nas áreas bancária e imobiliária.
O mercado imobiliário em Dubai estava tão aquecido nos últimos anos, que a profissão de corretor de imóveis era mais atrativa do que a de advogado ou médico. Muitos fizeram fortuna com comissões fáceis e polpudas, aproveitando-se do momento intenso de especulação em imóveis, gentilmente chamada de "investimento imobiliário" no mercado local.
O mecanismo em que consiste a especulação em Dubai é muito simples. O investidor adquire um imóvel na planta e efetua um pagamento inicial de 10% a 15%, dependendo das condições oferecidas pelo empreendedor. Em seguida, coloca o imóvel à venda no mercado de revenda ou mercado secundário. O imóvel é revendido pelo preço original acrescido de um prêmio ("premium"), ou seja, o segundo comprador paga o valor original, o prêmio, taxa de transferência e comissão de venda. O prêmio é o lucro dos especuladores. As situações podem variar, podendo o primeiro comprador pagar mais parcelas antes de colocar o imóvel à venda. O prêmio não é um valor fixo, variando de acordo com as condições do mercado e valorização do móvel. Estima-se entre 10 ou 25%, ou até mais. Uma situação hipotética seria a de um investidor que adquire um imóvel no valor de US$ 1,000,000 e paga US$ 100,000 de entrada. Após um curto período, revende o imóvel, recebendo do comprador o valor já pago mais um prêmio de 20%, equivalente a US$ 200,000. Negócio da China ? Não, negócio de Dubai.
Esse tipo de especulação inflacionou o mercado imobiliário de Dubai nos últimos anos e beneficiou investidores, empreendedores e corretores de imóveis. As autoridades governamentais, a par de todo o processo, posicionou-se inerte e despreocupada. Vale lembrar que muitos grandes empreendedores imobiliários do país pertencem ao governo, parcial ou totalmente. Porém, obviamente o sistema acima já não funciona como antes.
O mercado imobiliário, atualmente paralisado, sofre as conseqüências da crise econômica mundial. Preços caíram e especuladores tentam vender seus imóveis na planta a qualquer preço. Muitos não têm fundos para continuar os pagamentos dos imóveis ou das hipotecas contraídas, infringindo contratos com empreendedores.




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ESTUDO DA ESALQ RECEBE PRÊMIO BOLSA FAMÍLIA
Artigos premiados participarão de missão de estudos internacional

Em cerimônia realizada em Brasília, em 25 de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, entregaram os prêmios de Gestão e de Estudos sobre o Bolsa Família. Entre os 37 artigos de autores brasileiros e estrangeiros inscritos, um estudo da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), conquistou a segunda classificação do “1º Prêmio Nacional de Estudos sobre o Bolsa Família”.

Ana Lúcia Kassouf, docente do departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES) e pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da ESALQ, em parceria com o professor da Paul Glewwe, da Universidade de Minnesota, analisaram oito anos do censo escolar brasileiro - de 1998 a 2005 - com o objetivo de mensurar o impacto do Programa Bolsa Família no rendimento escolar de estudantes no País. A comparação foi feita entre escolas públicas de ensino fundamental com alunos recebendo o apoio do Bolsa Família e escolas sem alunos recebendo o benefício, em diferentes períodos.

Conforme estudo dos pesquisadores, o Programa aumentou as matrículas de 1ª a 4ª série em 17%, e de 5ª a 8ª série em 20%. As taxas de abandono diminuíram em 2% nas escolas de 1ª a 4ª série, e em 1,2% nas de 5ª a 8ª série. O Bolsa Família teria também aumentado as taxas de aprovação em cerca de 3% de 1ª a 4ª série, e em 1% de 5ª a 8ª série.

A primeira colocação ficou para o trabalho “Relaciones directas o mediadas? Participación ciudadana y control social en el programa Bolsa Família”, de Felipe J. Hevia, de Ciesas/México, enquanto que o estudo “Análise do impacto do Programa Bolsa Família na oferta de trabalho dos homens e mulheres”, de Clarissa Gondim Teixeira, da UFMG/Cedeplar, obteve a terceira classificação.

Com esses resultados, os pesquisadores premiados participarão de uma missão de estudos internacional com o propósito de conhecer uma das seguintes experiências de programas de transferência condicionada de renda. São eles o “Programa Oportunidades”, executado pelo governo do México; “Programa Chile Solidário”, executado pelo governo do Chile; ou “Programa Famílias em Ação”, executado pelo governo da Colômbia. Ana Lúcia Kassouf optou pelo Programa Chile Solidário e terá sua viagem custeada pelo Ministério do Desenvolvimento Social.

“O prêmio mostra o comprometimento do governo com a melhoria da gestão do Programa Bolsa Família que vem mostrando bons resultados na redução da pobreza e desigualdade de renda e, agora, na melhoria dos indicadores educacionais. Receber esse prêmio significa um reconhecimento da qualidade da pesquisa desenvolvida na ESALQ. Hoje, por meio desse estudo, tenho a oportunidade de ir ao Chile para conhecer de perto o Programa de Transferência Condicionada - Chile Solidário - o que é muito
importante, pois atualmente o Chile é um exemplo em gestão de programas sociais, tendo conseguido ganhos significativos na melhoria da qualidade de vida da sua população”, declara a pesquisadora.




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O NOME DE DEUS EM VÃO
Idi Amin Dada, o cabo que tornou marechal de Uganda, ditador sanguinário, dizia ao povo que falava com Deus nos sonhos. Um dia, um jornalista faz a inquietante pergunta : "o senhor tem com freqüência esses sonhos ? Conversa muito com Deus ?" Lacônico, o cara de pau responde : "Só quando necessário".



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O QUE É IMPRENSA ?
Lord Chesterton, em 1912, definiu assim a imprensa : "a arte de dizer que Lord Jones morreu a quem nunca soube que Lord Jones existiu".

Com o tempo, o conceito evoluiu. Vejam o que se comenta.
Passou a ser o ofício de dizer, a todos indistintamente, que Lord Jones disse tudo o que Lord Jones disse,
ou dizer que Lord Jones disse o que Lord Jones nunca disse,
ou não dizer que Lord Jones disse o que Lord Jones realmente disse
ou, ainda, fazer de conta que nunca existiu um Lord Jones
para um público cada vez mais informado.



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