A distribuição de notas de baixa denominação e de moedas será ampliada para melhorar a qualidade do meio circulante e a disponibilidade de troco
Brasília – Com o objetivo de ampliar o volume e melhorar a qualidade das notas de R$ 2 e R$ 5 em circulação e também facilitar a distribuição de moedas metálicas, o Banco Central, durante o mês de setembro, vai fornecer às instituições financeiras cédulas e moedas por meio de trocas diretamente em suas dependências. Os bancos terão acesso a esse serviço, excepcionalmente sem custo, durante esse mês. As cédulas de R$ 2 e de R$ 5 são as que mais se desgastam, em função da intensa circulação. Em relação às moedas, o hábito de entesouramento da população faz com que, em algumas regiões brasileiras, os comerciantes reclamem da dificuldade para fornecer troco.
Aos comerciantes também será disponibilizado atendimento especial. A partir do dia 14/09, haverá, em todas as capitais do país, guichê de fornecimento de moedas e de notas de R$ 2 e R$ 5 em kits de R$ 100, de modo a facilitar e agilizar o atendimento. Os endereços serão divulgados no site do Banco Central. Essa medida visa a dar acesso a troco aos pequenos comerciantes. Os grandes comerciantes devem recorrer aos bancos comerciais que os atendem.
As solicitações de troca, por parte dos bancos, ao Banco Central devem ser feitas por telefone com, no mínimo, 48 horas de antecedência, quando serão informadas as quantidades de cédulas ou moedas demandadas. Em Porto Alegre e Salvador, onde não é possível realizar as operações diretamente no BC, as trocas serão efetivadas pelo Banco do Brasil. Para os bancos, a unidade mínima para fornecimento de cédulas será o maço, constituído por cem unidades de cédulas de R$ 2 e/ou R$ 5. No caso das moedas, a unidade mínima é o saco, com quinhentas ou mil unidades, dependendo da denominação, de R$ 0,05 a R$ 1,00.
O BC possui estoque suficiente de moedas para esses atendimentos, já que encomendou dois bilhões de moedas a mais para 2009, volume 56% maior que em 2008. O volume de cédulas também é superior ao do ano passado. Em 2009, houve um aumento de 67% na produção de cédulas de R$ 2, passando de 420 milhões para 700 milhões. A produção de cédulas de R$ 5 saltou de 255 milhões em 2008 para 400 milhões em 2009, um aumento de 57%. Mais da metade dessa produção já foi entregue pela Casa da Moeda e se encontra pronta para fornecimento ao público mediante troca.
As medidas adotadas visam não somente aumentar a oferta de troco mas também melhorar a qualidade do meio circulante, em especial das notas de baixa denominação que circulam muito e têm vida útil mais curta. O desgaste nas notas também torna mais difícil o reconhecimento das marcas de segurança.