quarta-feira, julho 19, 2006

ZÉ LEBRE

ZÉ LEBRE (PARENTE DISTANTE DE PAULO COEIO) ACREDITA QUE OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS. INSISTE EM TRAZER DITOS E DITADOS PARA A GALERA IGNARA.


"Quem se compraz em ser adulado, é digno do adulador."
Shakespeare


"Queríamos uma federação sem plágio, uma federação absolutamente original, nunca experimentada, virgem, como um sonho de poeta, impecável como uma solução matemática, fechada ao ar livre da realidade, que deve saná-la, impregnando-a no ambiente da União, uma federação, em suma, encerrada implacavelmente no princípio da soberania dos Estados presos à forma federativa apenas pelas migalhas deixadas cair das sobras da sua renda na indigência do Tesouro Nacional." Rui Barbosa

terça-feira, julho 11, 2006

ANTIGAMENTE ERA ASSIM...

Há 123 anos, no dia 10 de julho de 1883, a Relação de São Paulo condena o juiz de direito da Comarca de Capivari a um mês de suspensão do emprego, grau mínimo do art. 144 do Código Criminal, por ter, fundando-se na obsoleta disposição do §7° da Lei de 18 de agosto de 1769, imposto a um advogado as penas de multa e de suspensão do exercício da profissão, acrescendo que a pretexto de corrigir o mesmo advogado, maltratou-o por escrito, atribuindo-lhe o hábito de aconselhar as partes mal e contra direito, chegando ao ponto de adverti-lo que "o advogado deve ser homem de bem e versado na ciência do direito", quando o queixoso tinha por si provas de capacidade profissional e moralidade; com tal procedimento abusou o juiz da sua autoridade, excedendo a prudente faculdade de corrigir o advogado, se ele o tivesse merecido o incorrido em qualquer pena disciplinar que diretamente lhe pudesse ser imposta.

AINDA LALAU....

Ainda Lalau


O MPF quer que a Justiça transfira para a custódia da PF ou para um hospital penitenciário o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, 78, atualmente em prisão domiciliar. A PF mantém quatro agentes fazendo escolta na casa do juiz e já chegou a alegar que "o condenado passou a ter uma segurança particular especializada e patrocinada pelos cofres públicos".

RANDALL JULIANO

Conheci Randall Juliano pela televisão, quando ele ainda fazia o Programa “Astros do Disco” na década de 1960.Mais tarde fez muito sucesso com “Quem Sabe, Sabe!” na TV Cultura. Nunca imaginei que ele seria meu professor por dois anos seguidos. Houve uma empatia mútua. Da relação de professor e aluno nasceu, uma amizade sincera. Mudei-me para Piracicaba, mas mantivemos um contato constante. Hoje, recebi a notícia do seu falecimento. Imediatamente liguei para a sua casa. Uma de suas filhas, disse-me, que ele deitou-se para descansar um pouco. Enquanto sua esposa e suas filhas cuidavam dos seus afazeres. Uma delas, ao passar pelo quarto achou que a respiração do pai não estava como de costume. Foram verificar. Ele tinha morrido, praticamente durante o sono, na noite de 09 de julho de 2006. Nos últimos anos Randall era a imagem do sofrimento e dor. Embora conservasse a lembrança dos traços do galã que tinha sido, um verdadeiro astro, era de estatura alta, imponente. Mas sentia-se amargurado. Com o que ele nunca me disse. Apesar das longas conversas que tivemos. Imagino que tenha sido com as avaliações erradas que havia feito da natureza humana. Passei a admirar o esforço e a dignidade com que ele lutava. Astros do Disco foi uma super produção de gala da Record, apresentada por Randall Juliano, Idalina de Oliveira e outras apresentadoras colaboradoras. Esse programa introduziu o troféu Chico Viola, para premiação das músicas mais executadas durante o ano. Astros do Disco se iniciou nos anos 50 e se estendeu pela década de 60. Como locutor na Jovem Pan conquistou muitos ouvintes. Na última vez que falei com ele, o seu humor procurava superar todas as dificuldades. Ele então me disse: - Nassif, estou preparando dois livros sobre a verdadeira história da televisão brasileira, só que farei o lançamento de avião! Para que não me matem! Demos muita risada. Se algum dia Randall errou, podemos lembrar da célebre frase: "Quem não for pecador, atire a primeira pedra", já disse o próprio Jesus. Posso sem sombra de dúvida dizer que conheci em Randall um homem triste e injustiçado. Amargurado. Decepcionado com a volatilidade da fama e dos amigos que se apresentam e somem com a velocidade da luz, conforme brilha a estrela do ídolo. Os fariseus de plantão estão sempre dispostos a servir quando percebem que as migalhas que sobrarem estarão disponíveis. Randall Juliano, em seu momento de profunda dor deu aos seus alunos a melhor das aulas: o exemplo da coragem ! Lamento sua perda. Sobra aos familiares a dor da sua ausência. Hoje a noite tem mais um astro brilhando nos céus: Randall Juliano Mattosinho!
João Umberto Nassif - e-mail: joao.nassif@ig.com.br.

quinta-feira, julho 06, 2006

O MILAGRE DE N.SRA. DO CARMO


O MILAGRE DE NOSSA SENHORA DO CARMO

Por volta de dezembro de 1930, aproximadamente, um senhor de meia idade, solteiro, era sócio de um casal em um estabelecimento comercial. Como o vínculo comercial e pessoal era muito forte, ele praticamente fazia parte da família, morando na mesma casa. A mulher do sócio é quem cuidava de sua alimentação e vestes. Viviam em um relacionamento fraternal. Assim foi por muitos anos.
Um dia, sabe-se lá como, ele descobriu que o casal desviava dinheiro da sociedade. Seu transtorno foi enorme. O desejo de vingança foi atiçado. Embarcou em um trem da então Companhia Paulista e dirigiu-se para São Paulo, seu propósito era adquirir uma arma e exterminar o sócio que o havia enganado. No centro de São Paulo havia diversas casas que comercializavam armas. Era dia 24 de dezembro, o centro fervilhava de pessoas realizando compras. Alguma força superior o levou a antes de adquirir o instrumento de vingança a entrar na Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Podemos até supor que seja para pedir perdão antecipado do crime que iria cometer. Ao sair da Igreja um vendedor de bilhetes de loteria ofereceu-lhe o bilhete de Natal, que correria naquela tarde. Por fé, ou para livrar-se do bilheteiro, acabou comprando.
Naquela tarde, o incrível aconteceu. Ele ganhou o prêmio maior. Uma fortuna.
Motivado pela bolada ganha, abandonou o plano de assassinar o sócio.
Resolveu construir o primeiro e mais belo sobrado acima da linha do trem , no Bairro da Paulista.
Preocupou-se em deixar um grande terraço, para os futuros bailes que ele ali realizou.
O sobrado existe até hoje.
Lenda urbana ou realidade?

terça-feira, junho 27, 2006

NOTE E ANOTE

Petrolíferas


A Petrobras e a Petronas, da Malásia, pretendem comprar uma grande parcela da gigante petrolífera russa Rosneft, que planeja vender ações de US$ 11 bilhões em julho. (03/07/06)


Falecimento
Cidão, irmão de Abílio Diniz que comanda o Pao-de-Açucar,faleceu no domingo, 25/6, Alcides dos Santos Diniz. Cidão, como era chamado, tornou-se muito conhecido quando resolveu se desvincular do Grupo Pão-de-Açúcar. Um dos melhores jogadores de pólo do Brasil, viu-se envolvido também em muitas polêmicas. Deixa os filhos Luiz Felipe, Ana Paola, Ana Carolina e Alcides. A missa de 7º dia será celebrada às 11h na Igreja Nossa Senhora do Brasil, em SP.



Empregado doméstico
A Câmara dos Deputados aprovou ontem à noite a conversão em lei da MP 224 que tornou obrigatório para os patrões o recolhimento do FGTS em favor do empregado doméstico. A MP, que já passou pelo Senado, segue agora para sanção presidencial.


Arcelor-Mittal
A siderúrgica européia Arcelor anunciou a fusão com a líder do setor e sua maior rival, a companhia de capital indiano Mittal Steel, após cinco meses de negociação.

sábado, junho 17, 2006

Capistrano de Abreu

Capistranode Abreu recusou ocupar a cadeira número um da Academia Brasileira de Letras, com o argumento de que tão pouco fora convidado para o mundo dos vivos, neste estava incomodado... quanto mais do imortais! Mas foi Capistrano de Abreu quem indicou o amigo Machado de Assis para sua cadeira na Academia, alimentando o ódio do Rui Barbosa.
Esse não perdia uma mordomia na Europa. Inimigo declarado de Capistrano depois que queimou a história da escravatura brasileira com a desculpa de não querer que os brasileiros tomassem conhecimento de tanta vergonha! E depois que descobriu, Rui enganava dizendo saber alemão.

Não sabia, a língua dos pensadores, segundo Capistrano.Logo depois sua biblioteca pegou fogo, culparam os cigarros que ele fumava. Foi convidado a participar da elaboração da Carta Magna da República e escreveu a célebre colaboração à constituição : ´Artigo 1º - De agora em diante todo brasileiro está obrigado a ter o dever de ter vergonha na cara. Parágrafo 1º e único - Revogam-se as disposições em contrário.

´ Até hoje esperamos seu cumprimento.Ateu praticante, Capistrano passou a reclamar de ser sogro de Jesus, depois que sua filha Honorina entrou no convento das Carmelitas e adotou o nome de Maria José de Jesus. Hoje é forte candidata a primeira santa genuinamente brasileira.Há folclore maldito, tentativas de desmoralizá-lo.

Capistrano, nunca foi chicoteado pelo pai, e por isso, fugido para o Rio de Janeiro. O fato real, é que o escritor José de Alencar pessoalmente falou com seu pai, o major Jerônimo de Abreu, convidando Capistrano a ir ao Rio de Janeiro. Convencido facilmente pelo importante convite de Alencar, o major vendeu o mais caro dos seus escravos para custear a estada do filho na então capital federal. Também não é verdade que Capistrano nunca mais retornou ao Ceará.

Voltou sim e na companhia de José do Patrocínio para cobrir pela imprensa, a libertação dos escravos na sua terra da luz.O que matou Capistrano além da fumaça dos cigarros e dos incêndios foi o fato de terem extinto sua cadeira de professor no colégio Pedro II (dizem que por influência de Rui Barbosa) a cadeira de História do Brasil ministrada por ele, passou a ser subalterna à cadeira de História Universal.

Isto sim, terminou com ele, junto com a perda do querido filho Abril, que apressou sua vontade de voltar ao Ceará, que a morte impediu.Tão pouco Capistrano era avesso à água. O Columinjuba onde nasceu é ainda hoje uma das maiores concentrações de açudes do Ceará, e seus cangapés ainda hoje são comentados. Na verdade ele desprezava as roupas da moda. Era displicente com as futilidades da vida, a pompa das cerimônias e hierarquias burocráticas.

Ao contrário de certos ´almofadinhas´. Mas, higiene pessoal era sagrada para ele. Há muita injustiça, histórica e pessoal sobre Capistrano de Abreu que precisa ser reparada. Já dois anos antes de sua morte emitiu correspondência articulando apressar sua volta ao Ceará, tendo Columinjuba como prioridade, pedia com freqüência notícias sobre parentes do vizinho Sítio Saco Verde, chegou a mandar a seu irmão Sebastião de Abreu os primeiros livros do que restou de sua biblioteca.

Do Columinjuba nunca deixou de receber as redes e os molhos de pimenta que adorava. O grande cearense armava para voltar à terra da luz. Ao chegar ao Rio de Janeiro aos 21 anos e apresentado por José de Alencar à intelectualidade carioca provocou tanto frisson que passou a autointitular-se João Ninguém.

No fim da vida fazendo estudos genealógicos, estava descobrindo ser descendente direto de ninguém nada menos que Pero Coelho de Souza, o Capitão-Mor que voltou à terra de Iracema. Pretendia fazer pesquisa ´in loco´ sobre sua ascendência.No estudo das lendas descobertas por Capistrano, descobrimos que os primeiros nautas que aqui aportaram iniciando a civilização cabeça chata são náufragos do continente perdido de Atlântida e o que corrobora com isso são as incontáveis inscrições fenícias deixadas nos monólitos do Quixadá. Além do célebre texto de Euclídes da Cunha: ´o sertanejo é antes de tudo um forte.´

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