domingo, fevereiro 15, 2009

PAPO DE CRIANÇA MODERNA

CONVERSA ENTRE DUAS CRIANÇAS!!!!

- E aí, véio?
- Beleza, cara?
- Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.
- Quer conversar sobre isso?
- É a minha mãe. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me
botando um terror, sabe?
- Como assim?
- Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido
aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas
eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me
pegar?
Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?
- Nunca.
- Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe
disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu
pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai
foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo
ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?
- Sabe a sua vizinha ali da casa amarela? Minha mãe diz que ela tem uma
hortinha no fundo do quintal. Planta vários legumes. Será que sua mãe
não quis dizer que seu pai deu um pulo por lá?
- Hmmmm. pode ser. Mas o que será que ele foi fazer lá? VIXE! Será que meu
pai tem um caso com a vizinha?
- Como assim, véio?
- Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear. Então
ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles
dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É
isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!
- Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.
- Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo
de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.
- Tipo o quê?
- Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim,
do nada. Puta maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!
- Caramba! Mas por que ela fez isso?
- Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.
- Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.
- E sabe a Francisca ali da esquina?
- A Dona Chica? Sei sim.
- Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona,
admirada vendo o gato berrar de dor.
- Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.
- Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe, né? Ela me
contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter
feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não
gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo
um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que
ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.
- Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer
isso com o filho.
- Mas é ruim saber que o casamento deles é essa zoeira, né? Que meu pai sai
com a vizinha e tal. Apesar que um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela
chama ele de 'Anjo'. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração
dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar
ladrilho em tudo, só pra ele pode passar desfilando e tal.
- Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo.
- É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes
ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo veio me falar
que a vizinha cria perereca em gaiola, cara. Vê se pode? Só tem louco
nessa rua.
- Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?
- Putz, é mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito.

sábado, fevereiro 14, 2009

PADRE JOSÉ CARLOS TADEU RIBEIRO (PADRE ZÉCA)

PADRE JOSÉ CARLOS TADEU RIBEIRO (PADRE ZÉCA)


PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com

Sábado, 14 de fevereiro de 2009.
Entrevista: Publicada aos sábados no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
http://www.tribunatp.com.br/
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http://blognassif.blogspot.com/









ENTREVISTADO: PADRE JOSÉ CARLOS TADEU RIBEIRO (PADRE ZÉCA)

A auto-realização é aparentemente a viagem mais longa que se faz através da vida. A vida no mundo deve ser muito honesta, muito ética. Quando o homem não observa a lei interior, que provém da lei de causas e efeitos, seus olhos estão fechados. Existe neste mundo muitos seres com os quais estamos ligados ou relacionados de muitas formas. A cada um devemos alguma coisa. A uns devemos consideração, a outros o respeito, a uns serviços, a outros a tolerância, a uns o perdão, a outros o auxílio. As religiões têm servido de referencial para nós e trouxe um grande avanço moral (família, estado e política). São Tomás de Aquino diz que: “A consciência moral é a voz interior que nos diz que devemos fazer o bem e evitar o mal”. O equilíbrio interno é a mola propulsora da harmonia, ter consciência é saber discernir com critérios justos e bons. No mundo contemporâneo, fala-se muito de liberdade de expressão, mas a vida tem regras para ser seguidas, regras essas que são impostas pela mesma liberdade e uma vez infringidas, acabam sofrendo conseqüências irreversíveis. Sabemos que ética no sentido absoluto, não é apenas aquilo que se costuma fazer em uma sociedade boa é aquilo que é bom em si mesmo. Aquilo que não é negociável, é algo que não se pode discutir nem transigir. O que é digno do ser humano, o que se opõe ao indigno. A velocidade de evolução tecnológica impôs um ritmo quase alucinante á humanidade. Quando a lei do materialismo rege os nossos atos e decide por nós, a ética desaparece e, com isso temos uma liberdade falsificada, um falso poder sobre essa liberdade. Ao líder espiritual de uma comunidade cabe uma tarefa sobre-humana: não nos deixar sair dos trilhos. O Padre José Carlos Tadeu Ribeiro, conhecido como Padre Zéca, é um líder espiritual. A sua fé o torna carismático. Religioso dedicado ao trabalho junto aos fiéis, não descuida de estar sempre estudando e conhecendo melhor a natureza humana.
Padre Zéca o senhor tem em sua família um irmão que também é padre?
Meu irmão Antonio é padre também, ele é o irmão mais velho. A seguir eu, que nasci no dia 27 de maio de 1964, e o Celso, que é Ministro Extraordinário da Eucaristia. Temos duas irmãs: a Andréia e a Silvanete. Somos filhos de Nair Granzotto Ribeiro e José Ribeiro.
Qual é a origem dessa forte religiosidade na família?
Nossos avós eram pessoas que freqüentavam a igreja, eram muito católicos. Quando a família participa da igreja ela tem muita influência na vida dos filhos.
O senhor iniciou seus estudos em Piracicaba?
Estudei na Escola Estadual Professora Jaçanã A. Pereira Guerrini da primeira até a oitava série. O colegial eu fiz na Escola Estadual. Professor José de Mello Moraes. Cursei o Magistério.
Quando se manifestou a vocação do senhor para ser padre?
Conheci Jesus através da bíblia. Tenho um grande amor á Deus. Quando meu irmão foi seguir o sacerdócio, eu tinha uns treze anos de idade. Nessa época eu já tinha um grande amor á Deus, ao ser humano, aos necessitados. Praticamente herdei esses sentimentos da minha família, pelo fato de ser muito religiosa.
Como o senhor entrou na vida religiosa?
Iniciei a minha caminhada em Jaú. Entrei para a Ordem Premonstratense, fundada em 1121, por São Norberto em Premontré, situado no norte da França. Essa ordem é responsável pela Paróquia São Judas Tadeu, aqui em Piracicaba. Eu sempre digo ás pessoas que o testemunho e o exemplo podem mudar a vida de uma pessoa. Um padre que marcou muito pela sua simplicidade, sua vocação para com o povo, foi o Padre Bruno. Ele dava a vida pelo povo. Quando eu assistia as celebrações realizadas por ele, pensava em meu interior, que se um dia eu chegasse a ser padre gostaria de ser como Padre Bruno. Um padre do povo.
Quantos anos de estudo o senhor realizou para ser ordenado como padre?
Existem dois tipos de padres. Os padres que são religiosos moram em seminário, em vida comunitária, e existem os padres seculares, que são os padres que moram na paróquia. Hoje eu sou um padre secular, pertenço hoje á Arquidiocese de Montes Claros, Minas Gerais, cujo Bispo é Dom José. A paróquia é a de São Pedro Apóstolo. Sou o pároco lá. O Padre Alencar, que é um padre muito querido dos paroquianos, me auxilia. Geralmente a formação de um padre dura uns dez anos, a minha durou um pouco mais, de quatorze a quinze anos. Não tive muita pressa. Durante esse período eu sempre buscava em Deus a resposta se era o desejo dele que eu tornasse-me padre.
Cuidar de uma paróquia é muito difícil?
Quando trabalhamos com pessoas, duas coisas são fundamentais na vida cristã: humildade e mansidão. Como pregou Jesus: “Eu sou manso e humilde de coração”. Se essas duas atitudes não existirem, fica difícil. Principalmente na atual realidade os seres humanos complicam muito a vida. E a vida é muito simples. Como pessoas nós temos muitas dificuldades de diálogos, relacionamento. O amor de Deus que todos deveriam viver é um amor que almeja a realização e a felicidade dos seres humanos.
Como é a vida de um padre?
É muito corrida. Ao contrário do que muita gente pensa. Tem algumas pessoas que acham que padre não faz nada. Tenho 11 comunidades rurais e cinco comunidades urbanas. Chego a celebrar em um domingo de cinco a sete missas. Fora as reuniões. Levanto ás cinco horas da manhã. Temos como obrigação rezar a liturgia das horas: ela é feita de manhã, no almoço, á noite e um horário após as dez horas. Fiz a Faculdade de Filosofia, que é fundamental para a formação de um sacerdote, e a Faculdade de Teologia, que é o estudo de Deus. Como amo muito aos seres humanos, sou muito espiritualista, a dimensão espiritual do ser humano eu conheço muito bem. O que ás vezes é difícil de entender é o aspecto físico do ser humano, o que ele vive em seu interior. Para entender a dimensão espiritual de uma pessoa o fato de eu ser um sacerdote torna muito fácil essa compreensão. Um problema físico pode ser uma doença mental, emocional.
Atualmente a doença da vez é o stress?
Uma das coisas mais comuns é a depressão. É uma doença mental e física. É necessário que seja definida até que ponto é física e até que ponto é espiritual. Um psicólogo ou um médico pode enfrentar alguma dificuldade em entender a dimensão da doença espiritual.
A humanidade está doente?
Sim. De duas formas: fisicamente e espiritualmente. Há mais doentes espiritualmente. É a falta de Deus.
A célula mãe de qualquer sociedade é a família, está havendo uma perda dessa identidade?
Deus é a base, o alicerce da vida familiar. Se for feita uma construção sobre areia ela irá desmoronar. É o que está acontecendo com a família. Há uma grande dificuldade de relacionamento e convivência entre as pessoas. Quando essa dificuldade é superada a vida se constrói. Em uma família onde não existe dialogo, convivência fica difícil. Hoje cada membro de uma família dirige-se á uma ocupação, trabalho, estudo. Que momento a família tem para estar junto? Quase nenhum e geralmente á noite, quando voltam do serviço. Uns ficam em frente á televisão, á internet, e a família acaba não tendo tempo para ela mesma, como família ela deixa de existir. Não há dialogo. Há uma frase de São Paulo que diz: “Não deixe o sol se por sobre os seus problemas”. Na atual estrutura social, os problemas vão se acumulando. A nossa vida por mais que se busque a realização e a felicidade sempre iremos nos depararmos com as limitações humanas. E muitas vezes deixamos de perguntar como lidar com essas limitações. O que fazer com elas? O amor constrói, edifica a vida humana. O amor é solução para tudo. A resposta para essas indagações é amor.
O senhor está indo de encontro com a grande corrente atual da humanidade, que é basicamente materialista?
Percebo que os seres humanos têm uma dificuldade muito grande em lidar com Deus. Se relacionarem com Deus. De conviver com Deus. Acredito que o grande erro, que eu percebo nas faculdades, nas escolas, na busca do conhecimento, da sabedoria humana, é querer separar “o humano” do “divino”. O humano e o divino são duas realidades que caminham juntas. Há uma grande procura de realização, de felicidade, sendo que o centro dessas realizações é Deus. Muitas vezes há quem queira descartar Deus dessa felicidade, querendo preencher a vida com aquilo que é material. O que dá sentido a vida preenche os vazios, a essência da vida humana é Deus. A partir do momento em que se afasta dessa realidade busca-se o que é superficial, a aparência. Passa a ser uma vida pautada pela falsidade, pela aparência, tentando preencher as nossas insatisfações. O que preenche o ser humano é Deus e não o materialismo, o dinheiro.
O que é pecado?
Vejo pecado como um mal existente no interior do ser humano. O pecado é aquilo que destrói o homem, que faz com que cada um perca a sua identidade como filho de Deus. A imagem e semelhança do Criador.
A Igreja Católica classifica tipos de pecados?
Existem os pecados leves, grave e os mortais. O pecado leve é aquele pecado mais comum, é o pecado do dia-a-dia. Um exemplo desse tipo de pecado pode ser a inveja, os ciúmes. O pecado mortal é o que proporciona a morte do ser humano, tanto a morte física como a espiritual. O pecado contra Deus é considerado mortal. O pecado mortal é um pecado que depois de cometido não tem como reparar-se. O aborto é um exemplo. É como um cristal que se quebra, não há como voltar a sua forma original. Quando atendemos a uma pessoa que realizou um aborto percebemos como é difícil essa pessoa ser curada. A pena de morte acompanha a pessoa por toda a sua vida. Vejo o aborto como uma atitude desumana. O nosso Deus é um Deus da vida, tem como objetivo gerar a vida dos seres humanos. Assim também deveria ser o objetivo dos seres humanos. A partir do momento em que você mata alguém, você estará matando a si próprio. Para citar um exemplo á respeito do assunto, uma mulher foi vítima de um estupro. A principio ela queria abortar. Acabou decidindo ter a criança. Hoje, essa criança é uma psicóloga que ajuda a muitas pessoas.
Qual é o melhor caminho para se conhecer mais a Deus?
É preciso buscar Deus!
Cada um tem uma imagem sobre Deus, como o senhor pode expressar essa imagem?
Eu tenho tido muitas surpresas com o Papa Bento XVI. Ele resumiu Deus em uma só palavra: Amor. Deus é isso!
Como o senhor vê o surgimento de inúmeras seitas religiosas?
Conheço muitos evangélicos, tenho muitos amigos evangélicos. Tem muitas pessoas que levam a sério aquilo que fazem. É interessante notar que a religião evangélica de certa forma já existia no tempo de Jesus. Os discípulos chegaram uma vez para Jesus e disseram: “–Jesus tem algumas pessoas que estão falando em seu nome e não são dos nossos”. Jesus respondeu: “-Se eles estão falando de Deus deixem que fale”. Existem também alguns que usando o nome de evangélicos são fornecedores de ilusão com objetivo puramente comercial.
Como o senhor define a importância do ato de confessar junto a um padre?
Existe um ditado que diz que o interior do coração do ser humano é um lugar onde nenhum ser humano consegue entrar. Deus consegue. A confissão é a permissão dada para Deus entrar em seu coração. O olhar de Deus é um olhar de misericórdia. A confissão é muito importante. Deus não irá julgar ou condenar como os homens fazem.
Em dias de movimento até quantos fiéis o senhor chega a confessar?
Eu sou um padre muito procurado. Dependendo da pessoa chego a ficar uma a duas horas no confessionário. Já ocorreu uma situação em que tinham quinhentas pessoas querendo confessar, o que lógico foi impossível. No máximo dá para atender cinqüenta pessoas, isso em confissões bastante breves. A confissão é feita sem anteparos. Eu sempre digo ás pessoas que a confissão é o encontro de você com você mesmo. Muitas pessoas vivem em um mundo fechado.
Com todo respeito, como sai o ouvido do senhor?
Acho que a pergunta correta deveria ser como sai o meu coração. Mexe muito comigo, saber que os seres humanos vivem em seu interior. Sofrem demais. A grande dificuldade da humanidade é buscar aquilo que realmente dá sentido á vida humana. Jesus mesmo fala: “Busque os tesouros do alto”.
Alguns católicos dizem que preferem fazer o contato direto com Deus, sem a intervenção de um padre. Como o senhor os classifica?
Esses cristãos são Cristãos Denorex. Parece, mas não é!
(O padre refere-se a um comercial que anunciava um produto chamado Denorex. O anúncio tinha o seguinte bordão: “Parece, mas não é”).


quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Você é substituível?

Será mesmo que você é substituível?

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E o Beethoven?

- Como? - encara o gestor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven?

Silêncio.

Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.

Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Albert Einstein? Picasso? Zico?

Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar 'seus gaps'.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis obsessivo... O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas´ de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Quando o Zacarias dos Trapalhões faleceu, ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:

"Estamos todos muitos tristes com a partida de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.. Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível"

Portanto nunca esqueça: Você é um talento único....com toda certeza ninguém te substituirá.

Colaboração E.B.






segunda-feira, fevereiro 09, 2009

E.C. XV de Novembro de Piracicaba

DR. LUIZ ROBERTO LORDELLO BELTRAME

PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS JOÃO UMBERTO NASSIF Jornalista e Radialista joaonassif@gmail.com
Sábado, 07 de fevereiro de 2009
Entrevista: Publicada aos sábados no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
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http://www.teleresponde.com.br/ http://blognassif.blogspot.com/
ENTREVISTADO: DR. LUIZ ROBERTO LORDELLO BELTRAME
PRESIDENTE DO XV DE NOVEMBRO DE PIRACICABA


Jornalista João Umberto Nassif

O E.C. XV de Novembro de Piracicaba tem sua diretoria constituída com a seguinte composição: Presidente: Luis Roberto Lordello Beltrame; Vice-Presidente: João Carlos Maiolo; 1º Diretor Secretário: Roberto Jaoude; 2º Diretor Secretário: Ledy Anderson Nascimento; 1º Diretor Tesoureiro: Antonio César de Pádua; 2º Diretor Tesoureiro: Luiz Antonio Lopes; Diretor de Futebol: Renato Bonfiglio; Diretores Adjuntos de Futebol: Valmir Aparecido Benedito de Freitas (Profissional); Mário José Brunelli (Base); Vicente Antonio Naval (Base); Diretor do Departamento Jurídico: João Carmelo Alonso; Diretor de Patrimônio: Celso Norberto Christofoletti; Diretor de Relações. Públicas e Marketing: Francisco Carlos Malosá Junior; Diretor Social: Rafael Brunelli; Diretor do Departamento Médico: Edison José Aparecido Angeli; Diretores Adjuntos do Departamento Médico: José Roberto Ferraciu Alleoni, Francisco Carlos Malosá, Paulo Henrique Paes, Gerente Administrativo: Antonio Carlos Fernandes; Assessor de Imprensa: Alaor Antonio Menegalle. O XV de Novembro de Piracicaba foi fundado no dia 15 de novembro de 1913, constituído por duas equipes da cidade o Esporte Clube Vergueirense e 12 de Outubro entraram em um acordo para se fundirem e convidaram o o cirurgião-dentista e Capitão da Guarda Nacional Carlos Wingeter para presidir o novo clube. O capitão aceitou, e sugeriu que o nome da agremiação fosse dado em homenagem à Proclamação da República Confederativa do Brasil. Seu primeiro título foi em 1914, quando conquistou uma competição amadora da cidade de Piracicaba, vencendo a Associação Esportiva Piracicaba por 3 a 2. Em 1918 o XV filiou-se a Associação Paulista de Esportes Atléticos e passou a disputar campeonatos pelo interior, onde conquistou os títulos de campeão regional em 1918 e vice-campeão em 1920. Em 1931, o clube conseguiu conquistar seu primeiro título de maior expressão: Campeão do Interior. Na década seguinte, em 1948, o XV de Piracicaba alcançou mais uma vez uma conquista. Desta vez foi campeão da Segunda Divisão do Futebol Paulista (correspondente a atual Série A2), participando, a partir de 1949, da Primeira Divisão (atual A1), junto com os times grandes do Estado. A história do XV é muito rica, reflete aspectos interessantes da cidade. Figuras quase mitológica como o Comendador Humberto D`Abronzo, Romeu Ítalo Ripoli ajudaram a divulgar a imagem do XV praticamente pelo país todo. Por muitos anos, o piracicabano ao visitar qualquer outra localidade era de imediato questionado: Como está o XV? O Mirante do Rio Piracicaba está com muito peixe? E a cachaça de Piracicaba? Eram três perguntas para as quais tinha que ter a resposta na ponta da língua. O XV de Piracicaba está entranhado de tal forma na alma do piracicabano, esportista ou não, que é praticamente uma extensão da sua identidade com Piracicaba.
Presidente o senhor é piracicabano?
Nasci em Piracicaba no dia 23 de setembro de 1963. Sou filho de Moacyr Beltrame e Maria Aparecida Lordello Beltrame. Sou advogado militante na Comarca de Piracicaba. Formei-me pela Unimep, turma de 1984. Meus estudos, eu iniciei na Escola Peixinho Vermelho, depois estudei na escola Benedito Ferreira da Costa, onde minha mãe era professora. Estudei no Dom Bosco, Sud Mennucci. O ano passado fiz especialização na área de Direito do Trabalho, que é a área onde atuo. Meu pai por muitos anos foi vogal da Justiça do Trabalho, depois passou a Juiz Classista, ele foi o segundo Juiz Classista mais antigo do Brasil. Ele permaneceu por 31 anos na Justiça do Trabalho, ele faleceu em 1993. Minha mãe graças a Deus está viva, é muito ativa junto á comunidade piracicabana, particularmente atendendo aos mais necessitados, através de entidades assistenciais. Somos três irmãos: o mais velho que é o Moacir, o Carlos e eu.
O senhor é uma pessoa de estatura avantajada, com altura ideal para a prática de basquete. Chegou a praticar esse esporte ou algum outro?
Eu apenas brincava em meus tempos de escola. Jogava basquete no Sud Mennucci no tempo do professor de educação física Mezzacapa. Tive aula de educação física com o professor Cantoni.
Quando foi a primeira vez em que o senhor entrou em um estádio de futebol?
Eu acompanhava o meu pai, ele era quinzista apaixonado pelo XV. Tenho lembraças do XV no período em que eu tinha onze ou doze anos de idade. Isso por volta de 1963, 1964, nós vínhamos ao Estádio Barão de Serra Negra.
O senhor conheceu uma das figuras mais importantes da história do esporte piracicabano, Delphin Ferreira da Rocha Netto?
Conheci. Tive a oportunidade de conversar algumas vezes com ele.
A atuação do senhor na diretoria do XV iniciou-se em que ano?
Participo da diretoria desde 2002. Vim pelas mãos do Dr. Renato Bonfiglio. Em 1985, ainda cursando a faculdade eu era assistente do Dr. Renato no Sindicato dos Metalúrgicos, quando ele assumiu a presidência do XV em 2002 ele me convidou para integrar o Conselho do XV e depois da diretoria.
O que move o cidadão a dedicar-se ao XV de Novembro?
O XV tem um significado importante para a cidade. Acaba-se envolvendo, passa a ter uma satisfação em trabalhar por ele, e o fato de desenvolver um trabalho pela instituição, procurando resgatar as glórias da equipe isso passa a ser um ideal. O clube passa a receber um tratamento especial, como se fosse um filho, nós sentimos a necessidade de tratar essa agremiação com carinho, estimular seu progresso. Quando percebemos estamos tão envolvidos que passa a ser um hábito estar sempre lutando pelo XV. A unificação processual dos processos trabalhistas, em que o XV foi pioneiro no Estado de São Paulo foi uma conquista minha.
O senhor foi eleito presidente do XV em que dia?
Como membro da diretoria executiva, assumi por um período que foi no período de maio de 2008 até novembro de 2008, que foi um mandato tampão. No dia 15 de novembro de 2008 fui eleito presidente para o biênio seguinte.
Ser presidente do XV de Piracicaba é altamente significativo junto á comunidade piracicabana, como o senhor vê essa condição?
O sentimento de responsabilidade é muito grande. O XV é um ícone da cidade de Piracicaba. Quando vemos o estádio lotado sentimos uma grande satisfação em saber que fazemos parte dessa enorme festa. Imagine mais de vinte mil pessoas no estádio, e sabermos que tudo que possa acontecer depende das decisões que tomamos no cotidiano. Em 2008 o XV foi o clube que teve o maior público do interior. Foi o quinto maior público do Estado de São Paulo. Isso ele estando na série A-3. Tivemos mais pessoas presentes aqui no Estádio Barão de Serra Negra do que no final do campeonato Paulista entre Ponte Preta e Palmeiras. Um público maior do que esteve presente quando o Guarani subiu em sua classificação.
Quantos torcedores cabem no Estádio Barão de Serra Negra?
Nesse estádio cabem umas vinte e seis mil pessoas. Porém com o advento do Estatuto do Torcedor, foi diminuída a capacidade dele. Hoje a capacidade oficial do Estádio Barão de Serra Negra é em torno de dezenove mil e quinhentos lugares.
Existe um Estatuto do Torcedor?
Existe. É como se fosse um estatuto do consumidor, do idoso, do menor. Ele é voltado para a proteção do torcedor. É uma legislação voltada para proteção do torcedor. Prevê os direitos do torcedor, os estádios são divididos em seções, cada uma delas pintada de uma cor, tem que haver um ouvidor para os reclamos do torcedor, assistência médica. Um detalhe que não é muito conhecido do público, mas pagamos em todos os jogos, uma determinada quantia que corresponde ao seguro do torcedor. Quem faz a apólice é a Federação Paulista e nós pagamos determinada quantia por torcedor.
Qual é a situação atual do XV em termos de elenco e classificação?
O elenco é extremamente competente. Foi Vice-Campeão da Copa Federação 2008. Conseguimos manter esse grupo de atletas, vieram mais alguns do mesmo nível, é um elenco forte. Quem faz a análise do Campeonato Paulista, na série A-3 indica o XV como um dos favoritos, até para a disputa do título. Só que não deixamos que esse tipo de comentário influencie no comportamento do time. Começamos agora o Campeonato Paulista, o primeiro jogo foi no sábado passado, XV e Bandeirantes de Birigui quando empatamos marcando um gol cada equipe. Estamos recebendo um novo técnico, o Emerson Alcântara, que veio do Penapolense. No próximo sábado vamos jogar contra o XV de Jaú.
O XV hoje está classificado na divisão A-3?
O campeonato Paulista está classificado em três divisões profissionais: A-1, A-2 e A-3. Abaixo disso existe a série B, que é uma série de acesso para qualquer time profissional que queira disputar e seguir as classificações seguintes. Em 2005 o XV subiu para a série A-2 em 2006 ele disputou a série A-2, não foi feliz e caiu para a série A-3 novamente. O intuito nosso é subir o XV para a série A-2 que é o caminho para voltar para a série A-1, onde está a elite do futebol.
No time profissional quantos atletas o XV possui?
É composto por 28 atletas.
E para bancar isso tudo, de onde vêm os recursos?
Contamos com os patrocinadores, hoje em número de aproximadamente oito.
Qual é faixa salarial de um atleta do XV?
Para os meninos que subiram da categoria de base a principio recebem o salário mínimo. Até atletas que recebem na ordem de quatro mil reais.
Outras agremiações ficam de olho em alguns atletas do XV?
Tivemos umas disputas no final do campeonato, no começo deste campeonato, vários clubes se interessaram por diversos jogadores nosso.
Não há interesse para o XV vender o passe desses atletas?
Não! Não, porque nós conseguimos montar esse elenco, extremamente competente, aguerrido, com espírito de luta, com vontade de subir o time. O que nos interessa é subir o XV. Dispor desses valores profissionais pode ser uma forma de fortalecer o adversário.
Os atletas ficam alojados onde?
Temos alojamentos. Quem tem família constituída, é casado, fica com sua família em apartamento. Isso tudo é acertado quando o atleta é contratado.
Piracicaba revelou grandes talentos do futebol?
Inclusive nomes da Seleção Brasileira. Chicão, recentemente falecido foi um deles. De Sordi. Mazzolla. Coutinho.
A Escolinha do São Paulo Futebol Clube é um exemplo a ser seguido?
É um exemplo. Só que temos que olhar a realidade do XV. O São Paulo deve ter uns seiscentos meninos, para custear isso são valores elevados. Existem meninos que pertencem á categoria de juniores, ainda não são profissionais, mas que recebem salários muito significativos. Qualquer menino, que seja profissionalizado mais que ainda não estão jogando no time principal ganha cinco, dez mil reais.
Piracicaba tem cerca de 350.000 quinzistas?
Em tese. Não é todo mundo que acompanha futebol, que gosta de futebol. Eu sei que o XV bate recordes sucessivos de público. Nessa primeira rodada, que começou o Campeonato Paulista, o XV foi recordista de público de todos os outros jogos. Mesmo quem não gosta de futebol tem uma simpatia pelo XV. Até o mesmo o símbolo do Nhô Quim, do caipira, acaba gerando uma simpatia. É interessante observar que não só na região de Piracicaba, mas também em regiões bem mais distantes como no Nordeste, no Sul, onde você for, quando ficam sabendo que a sua origem é Piracicaba há um grande interesse de pessoas que querem saber sobre o XV de Novembro. Tenho vários relatos de pessoas que vêm aqui na sede comprar uma camisa. Eles dizem que estavam, por exemplo, em Porto Alegre e tiveram que dar a camisa do XV para alguém que a pediu. Isso aconteceu nas mais diversas localidades do país. O XV comemorou no ano passado 95 anos, nós fizemos uma camisa comemorativa, que é uma camisa baseada no modelo que foi utilizado nas décadas de 20, 30. Vendemos mais de mil peças dessas camisas. Há pessoas das mais diversas regiões do país, inclusive do exterior, que acompanham os jogos do XV pela internet.
Como é a relação do clube com a Federação Paulista de Futebol?
Muito boa. O Presidente Marco Pólo Del Nero é uma pessoa ciente dos problemas que ocorrem com os times do interior. É uma relação extremamente saudável. No final na copa no ano passado ele e o Vice-Presidente Dr. Reinaldo Carneiro estiveram presentes aqui em Piracicaba. Eles dizem que o XV de Novembro de Piracicaba não é um time para ficar na série A-3. A estrutura, a tradição que o time tem é própria de times pertencentes á série A-1. O XV é uma equipe que conta com departamento médico, fisioterapeutas, fisiologistas, nutricionistas. O nosso fisiologista é o Professor Doutor Sérgio Camarda. Isso nem todos os times grandes possuem.
O presidente e os diretores do XV recebem algum salário do time?
Não. É um trabalho voluntário. Ás vezes nós acabamos custeando do próprio bolso algumas coisas necessárias ao time.
Qual é o site oficial do XV de Novembro de Piracicaba?
O Site oficial do Esporte Clube XV de Novembro é:
www.xvpiracicaba.com.br







Observe a parte superior, sobre o teto do veículo, as acomodações para uma melhor visão do passeio.



domingo, fevereiro 08, 2009

Como funciona a caixa preta dos aviões?

A caixa preta é constituída de sistemas eletrônicos de gravação que registram automaticamente todos os dados relativos ao vôo, bem como os últimos 30 minutos de conversação na cabine de comando.
Essas informações são de vital importância para os peritos que investigam as causas de um acidente aéreo.
Apesar do nome, a caixa preta é, na verdade, vermelha ou alaranjada, caso caia no mar ou em florestas esta cor a diferenciaria do ambiente, ela possui ainda um transmissor de sinais justamente para facilitar a localização nesses casos.
Para resistir aos choques e a grandes impactos, as caixas ficam na cauda da aeronave e são fabricadas com materiais ultra-resistentes como titânio e/ou fibra de carbono, podendo suportar temperaturas de até 1000 graus Celsius.
Ela tem ainda uma bateria que garante seu funcionamento independentemente do avião. A conexão da caixa preta à aeronave é feita por cabos semelhantes aos usados para ligar aparelhos portáteis como impressoras, câmeras fotográficas e celulares ao computador.

O aparelho que revolucionou o setor aéreo foi idealizado pelo cientista aeronáutico australiano David Warren em 1957. No começo a invenção não foi bem recebida porque os pilotos se sentiam vigiados durante o vôo, mas logo os ingleses e norte-americanos perceberiam a importância da caixa preta de Warren, que foi incorporada às aeronaves destes dois países um ano depois.
Bruna Bernardi.




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