domingo, agosto 17, 2008

TEATRO MUCIPAL DR. LOSSO NETTO PIRACICABA

PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS
Rádio Educadora de Piracicaba AM 1060 Khertz
Sábado das 10horas ás 11 horas da Manhã
Transmissão ao vivo pela internet : http://www.educadora1060.com.br/

A Tribuna Piracicabana
http://www.tribunatp.com.br/

Entrevista 1: Publicada: Ás Terças-Feiras na Tribuna Piracicabana

Entrevista 2: Publicada no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:

http://www.tribunatp.com.br/

http://www.teleresponde.com.br/index.htm


Entrevistado: OLÍVIO NAZARENO ALLEONI

DATA: (09/AGOSTO/2008)


Olívio Nazareno Alleoni é médico, nascido em Piracicaba, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba. Em seu livro “Uma Fresta Para o Passado”, trata da presença Italiana em Piracicaba. Escreveu o livro “Cururu Em Piracicaba”. Realizou uma obra de fôlego, abordando o período de 1906 á 2006 em sua obra “Lar dos Velhinhos de Piracicaba”. Reunindo informações, pesquisando, garimpando, agora lança mais uma obra: “Teatro Dr. Losso Netto – Três Décadas de Cultura”. São 30 anos de informações que atestam não só o período da construção física do prédio, mas também de contrastes e mudanças de costumes da própria população. O período que antecede a construção do “Teatro Dr. Losso Netto”, época do velho Teatro Santo Estevão, é descrito de forma clara. Detalhes da derrubada do palco sagrado, onde pisaram artistas de renome. O projeto original do “Teatro Dr. Losso Netto” tinha a dimensão de um administrador que sempre pensou de forma maiúscula, falecido repentinamente. Esse projeto, na época ainda em construção, foi amputado, mudado, transformado, mas passou a existir um espaço para que a arte milenar do teatro se apresentasse á Piracicaba.
O primeiro livro que o senhor escreveu “Uma Fresta Para o Passado” chegou a atingir localidades bem distantes de Piracicaba?
Apesar de ser um livro escrito sobre Piracicaba, nada mais é do que uma mostra do que aconteceu em todo o Brasil com os imigrantes italianos. Muito pouco diferiu aqui com outros locais. Isso cria uma memória, não com o empenho de fazer revanchismo, mas com o empenho de mostrar o que os imigrantes passaram. Esse livro abrange até o período da Primeira Guerra Mundial. Era para ser dada continuidade em um segundo livro. Surgiu a necessidade de escrever sobre Sebastião da Silva Bueno, o Nhô Serra. Cururueiro extremamente importante. Observamos o cururu em toda essa região que abrange Piracicaba, São Pedro, Capivari, Tietê, indo até Pirapora, avançando por Sorocaba até Barra Bonita. Esses livros tiveram uma repercussão tão boa, que me senti extremamente honrado quando o Dr. Jairo Ribeiro de Mattos, Presidente do Lar dos Velhinhos, me convidou para escrever sobre os 100 anos do Lar dos Velhinhos de Piracicaba. Foi um desafio grande, fiz questão de revirar todos os papéis, fazer todos os levantamentos possíveis. É um livro que foi feito em quatro cores, os direitos foram doados ao Lar dos Velhinhos, que é uma entidade que necessita de ajuda. Esse livro encontra-se á venda no Lar dos Velhinhos e a renda é inteiramente voltada em benefício do Lar dos Velhinhos. Quem puder adquiri-lo estará contribuindo para gerar renda para o Lar dos Velhinhos. O livro tem mais de quatrocentas fotos. Tive mais uma surpresa esse ano quando fui solicitado para escrever sobre o Teatro Municipal de Piracicaba. Foi um livro escrito falando de uma entidade e de uma grande personagem. O Teatro Municipal de Piraicaba leva o nome de Teatro Municipal Dr. Losso Netto, que dedicou a sua vida ao jornalismo, á defesa dos direitos humanos. Inclusive, em um tempo em que não se falava muito sobre condições ambientais, nas décadas de 50, 60, ele se atirou de corpo e alma em uma luta contra alguns fatos que degradavam o meio ambiente. Se ele venceu, ou deixou de vencer juridicamente essa contenda, ele conseguiu com que notificações extremamente grandes fossem executadas em Piracicaba, salvaguardando o meio ambiente. Dr. Losso assumiu o Jornal de Piracicaba na década de 40 juntamente com seus irmãos, permanecendo nessa luta até a década de 85, quando ocorreu o seu falecimento. Ironicamente digo nesse livro que Dr. Losso Neto empunhou da caneta e utilizou-a para fazer Piracicaba crescer. Usando-a inclusive como espada para combates em defesa de direitos individuais e direitos coletivos. Toda a população e toda pessoa merece respeito.
O local onde foi construído o teatro o que era anteriormente?
Esse local, na década de 50 era um pasto. Nesse pasto passava o Riacho Itapeva, tinha uma bica um pouco á direita chamada Olho de Nhá Rita.
O Olho de Nhá Rita é a nascente do Itapeva?
Não. O Riacho Itapeva continua mais acima. O Riacho Itapeva é formado pelo Olho de Nhá Rita, por uma outra bica de água que nascia e descia do Seminário São Fidelis. E ainda por uma terceira bica d água menor, que nascia mais acima, na direção da Avenida 31 de Março e formavam o Riacho Itapeva.
Esse pasto era de propriedade pública?
Esse pasto era de propriedade particular. Muito apreciado pelos moleques, que gostavam de nadar em um dois poços de água. O poção onde nadavam os maiores e o poçinho onde os menores também nadavam. Uma parte dessa área pertencia aos Frades Capuchinhos, isso em 1900 aproximadamente. Depois passou a ser propriedade das freiras. Esse terreno foi desapropriado no tempo do prefeito Guidotti e lá veio a ser erigido o teatro. O Teatro Municipal começa a sua história de uma maneira irônica e tormentosa.
Onde eram levadas ao público as peças antes da construção do Teatro Dr. Losso Netto?
Anteriormente havia o Teatro Santo Estevão. Ele foi construído por volta de 1870 na região central de Piracicaba. Nas proximidades do local onde hoje está o monumento aos combatentes de 1932. Ele abrangia aquela área do jardim. Tinha vinte metros de frente por trinta de profundidade. Atrás havia um pequeno sanitário, externo. Em 1850 já havia sido construído um barracão, Arcanjo Dutra que solicitou a construção do barracão, com o intuito de se criar um teatro. Era uma construção extremamente rústica. Em 1890 passou por uma reforma. E na década de 10 passou por outra reforma. Quando foi transformado o prédio em uma construção feita por tijolos é ainda discutível.
Até quando o Teatro Santo Estevão permaneceu?
Permaneceu até 1953. Teve sua fase áurea com apresentações com Procópio Ferreira, Lyson Gaster, e outros artistas. Ele começou a cair em certo ostracismo. Nas décadas de 30, 40, foi decrescendo. Na década de 40 caiu um grande teatro em Campinas matando duzentas pessoas e ferindo mais quatrocentas. Segundo dizem isso criou certa neurose com relação aos edifícios velhos. Havia o temor de que alguns edifícios viessem a ruírem e provocassem acidentes de grandes proporções. Essa preocupação parece que se estendeu até Piracicaba, foi formada uma comissão, e essa comissão optou pela derrubada do Teatro Santo Estevão. Essa é uma das histórias. A derrubada do Teatro Santo Estevão é bastante prolixa. Existem outros fatos, outras teorias. Existem algumas hipóteses relatadas como prováveis, mas nada há de concreto. Nesse período em que foi derrubado o Teatro Santo Estevão, fato ocorrido em 1953. Não houve outro teatro em Piracicaba á disposição da população. Havia o Teatro São José, quando menciono á disposição da população me refiro á preços módicos. A acústica deixa há desejar um pouco, mas ele nunca deixou de funcionar, mas sempre a preços que fugiam ao acesso popular. O cine Broadway poderia eventualmente ser utilizado como teatro. Assim como o Dispensário dos Pobres foi um local muito utilizado como teatro amador de Piracicaba. Havia uma série de ambientes religiosos onde eram utilizados como teatro. A acessibilidade para peças mais severas, com maior contexto, foi distanciada do povo. A Prefeitura Municipal tentou comprar o Teatro São José por duas ou três vezes, sem que conseguisse realizar a negociação. Piracicaba ficou sem um local onde pudessem ser apresentadas peças teatrais. Enquanto isso Campinas continuava crescendo, outros centros desenvolvendo-se e infelizmente Piracicaba delegada a um segundo plano. Essas motivações permaneceram até a década de 60, quando tomou posse o Prefeito Luciano Guidotti. A fase de 1964 trouxe uma série de modificações na distribuição monetária aos municípios. Isso permitiu que em 1965 os municípios se vissem recebendo um excesso de dinheiro. Foi um tempo de “folias”. Muitos prefeitos não sabiam o que fazer com os recursos. Criavam fontes luminosas, chafarizes, jardins. Graças ao tino administrativo do Sr. Luciano Guidotti, foi nessa fase que se pensou em criar um estádio municipal, foram construídas as duas pontes, e se lançou o Teatro Municipal. Se por um lado Luciano Guidotti tinha um tino administrativo extremamente bom, por outro lado ele tinha certa mania de realizar grandes obras. O Teatro Municipal quando foi começado a erigir era um teatro de primeira linha. Bastam imaginar que ele tinha palcos totalmente móveis com mecanismos hidráulicos, escapes laterais. Aonde se situava o Cine Grande Otelo era nada mais do que o poço de orquestra! Havia condições de trazer peças de grande envergadura, óperas. Se tivesse saído um teatro dessa magnitude nós teríamos um teatro de primeira linha até hoje. Os valores envolvidos nesse projeto eram bem significativos. Nessa época Luciano Guidotti, após um jantar sofreu um infarto que lhe tirou a vida. Com isso o teatro foi relegado á um segundo plano. Na metas de outros governantes que sucederam á Luciano havia outras metas mais importantes a serem atingidas.
Quantas pessoas cabem hoje no teatro?
Na sala principal comporta 670 a 680 pessoas na sala principal. Mais 120 pessoas na sala Dois. Além disso, existe uma área na recepção do teatro onde cabem 500 a 600 pessoas.
A inauguração do teatro foi feita com a presença na platéia dos trabalhadores que o construíram?
Exatamente! As ações governamentais das décadas de 70 e 80 eram ações com alto timbre socialistas, onde se tentava privilegiar de maneira intensa as pessoas que tivessem as menores condições possíveis. Nessa filosofia, quando o teatro foi inaugurado, os trabalhadores braçais, foram chamados para assistirem ao show de Ivan Lins. A peça que deveria ter sido utilizada era de Gianfrancesco Guarnieri “Eles não usam Black-tie”. Que é também uma peça de cunho político.
O principal papel do teatro e suas apresentações é instigar o público a raciocinar?
É obrigar a pessoa a ver não só aquilo a que ela está acostumada, como também a ver outras verdades. Que eu também não sei se são sadias ou não. Cabe á própria população decidir.
O senhor foi muito feliz em colocar fotos de cartazes de alguns dos principais espetáculos encenados no Teatro Municipal.
Esses cartazes me causaram muita angustia. Eu tinha á disposição de 400 a 500 cartazes, de peças que foram levadas no Teatro Dr. Losso Neto. Isso é uma pequena mostra do que foi apresentado. A movimentação foi muito maior. Por ano foram apresentadas aproximadamente 100 peças grandes. Sem contar as peças do teatro amador na sala Dois. Se contabilizarmos ao todo duzentas peças por ano, são 6.000 nesses trinta anos!
Optei em colocar alguns cartazes, com um resumo básico do texto, para situar o leitor com relação ao cartaz em destaque. De 500 escolher 50 cartazes foi difícil. Senti-me um pouco arbitrário em discriminar esses cartazes, mas oportunamente espero trazer ao público a totalidade desses valores.
Qual foi o critério que o senhor usou para selecionar esses cartazes?
O critério está embasado em parte nas próprias modificações que o teatro causou na sociedade. Fui ver as peças mais significativas dentro das modificações sociais, culturais na sociedade.
Qual é a importância do teatro em uma cidade como Piracicaba?
Em minha opinião, o teatro é sempre uma alfinetada existencial! Quando o ator incorpora a personagem ele consegue transmitir sua mensagem com uma veracidade arrasadora. O público, a cada momento, dentro do seu estado de espírito, irá incorporar alguma coisa, que o ator está tentando veicular. Não se discute o que o teatro traz para uma pequena, média ou grande cidade. Desde que se tenha um público sensível á uma discussão interna pelo que o teatro está transmitindo ele já causou um impacto existencial. Se ele criou uma discussão interna, já provocou uma modificação.





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Os rábulas de D. João VI

Os rábulas de D. João VI
Penas, beca, capelo, perucas e rapé
Roberto Paraiso Rocha*
Nestas comemorações do centenário da chegada de D. João VI ao Brasil e no mês em que se celebra o Dia dos Advogados (11 de agosto) – é bom recordar aqueles que, em l808, arribaram nestas plagas com o nosso então Príncipe Regente. Para começo de conversa, a maioria deles – como acontecia com os desta Colônia - não era de advogados, mas de simples rábulas.
Não no sentido comum atual de "advogado de limitada cultura e chicaneiro" (Houais), mas designando aqueles que, na Colônia, no Império e no início da República, exerciam a profissão sem possuírem o diploma de bacharel.
Era uma classe de "práticos do Direito", também denominados de "provisionados" – pois exerciam funções advocatícias graças a uma "carta de provisão", que lhes permitia atuar em um determinado processo judicial. Somente em 1985 foram proibidas novas inscrições destes "provisionados" na Ordem dos Advogados.
Para os brasileiros, naquela época, era muito difícil formar-se em direito, já que teriam de procurar as academias portuguesas, especialmente a famosa Faculdade de Coimbra. Assim, somente os mais abonados tinham condições financeiras para isso. Sem dúvida, foi graças à presença da Corte Portuguesa no Brasil que se criaram, em Olinda e S. Paulo (1827), os primeiros cursos jurídicos e foi nelas que se forjaram as mentes da maioria dos estadistas do Império e do início da República.
Imagem - Mas a figura daqueles rábulas e advogados era muito diferente daquela que agora ostentam os jovens causídicos, hoje quase todos sem barba, cabelos curtos, vestindo elegantes ternos pretos, gravatas vistosas, camisas de panos finos e de mangas compridas, com belas abotoaduras. E alguns fumando elegantes cigarrilhas.
Naqueles tempos d’El Rei, os causídicos eram, em geral, gordos senhores, usando sapatilhas com grandes fivelas, escrevendo com penas de aves e obrigados ao uso de becas, capelo e perucas. E todos habituados ao uso do rapé.
Penas – A redação das peças processuais era feita à tinta, com o uso de penas de aves, procurando-se sempre a mais bela caligrafia – sob pena (perdão pelo trocadilho) de não serem lidas pelos juízes e, assim, certamente indeferidas. Mal poderiam eles imaginar a revolução que viria com a máquina de escrever e jamais poderiam sonhar com a maravilha da digitação em computadores!
Becas – De uso obrigatório nos recintos forenses, era um "traje talar", de cor preta - uma espécie de batina, vestida por cima dos trajes comuns. Como se pode imaginar, um tremendo incômodo neste nosso clima tropical. Por isso, muitos as colocavam sobre o corpo quase nu, correndo o risco das ventanias e acidentes que revelassem a verdade sob os fatos...
Hoje, o uso da beca está restrito ao ambiente dos Tribunais, com um figurino mais simplificado e sempre colocada sobre os ternos (vestidos ou terninhos femininos) ainda geralmente exigidos aos advogados.
Capelo – Com a firme esperança de que o corretor automático de textos de meu computador - ou o revisor da revista - não tenham "corrigido" a palavra para cabelo... – devemos lembrar que se trata de uma espécie de chapéu, de formato alto e circular, usado na cabeça ou trazido nas mãos. Hoje, somente usado nos Tribunais, pelos magistrados, em cerimônias solenes.
Perucas – Como ainda hoje na Câmara dos Lordes da Inglaterra e em alguns países de tradição britânica, as perucas eram de uso habitual. E sem falar nas perucas comuns, de uso não raro pelos causídicos de pouca proteção capilar superior...
Rapé – "Tabaco em pó, para cheirar" (Aurélio), foi vício que nasceu e morreu com o regime imperial. Dele, não escapavam os bacharéis... Nos versos humorísticos e maliciosos de Luiz Gama – ex-escravo e poeta de valor – aqui transcritos com alguma licença poética – todos tomavam o rapé
... Toma "quem inda é calouro,
Que o tomar não é desdouro
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Toma a velha, a moça toma,
Toma a negra, toma a branca,
Toma o rico, toma o pobre
Tendo a venta sempre franca.
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Toma o rude lavrador,
Toma o sábio professor.
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Secretário e bedéis,
Veteranos, bacharéis..."
*
- Hoje, transformaram-se os hábitos, alterou-se o perfil dos advogados, a mulher conquistou seu merecido espaço, mudaram-se os trajes, mas esperamos que não se tenha perdido o ideal da busca pelo aperfeiçoamento intelectual, moral e ético de todos – rábulas ou sábios!
_______________
*Procurador do Estado do Rio de Janeiro aposentado. Professor Titular da Faculdade de Direito - UERJ aposentado




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terça-feira, agosto 12, 2008

A propriedade é boa, o que estraga é a vizinhança

A brasileira Lily Safra, viúva de Edmond Safra, vendeu uma propriedade de 80 mil metros quadrados na Côte D'Azur, por 500 milhões (R$ 1,2 bilhão). É o valor mais alto já pago em uma transação imobiliária. Já adiantamos que o comprador não é nosso conhecido. Alguns de nossos amigos foram instados a comprá-la, visitaram a propriedade, mas não gostaram muito da vizinhança.




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sábado, agosto 09, 2008

Enlevos

"Mas que é a vida senão uma combinação de astros e poços, enlevos e precipícios? O melhor meio de escapar aos precipícios é fugir aos enlevos."
Machado de Assis




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Ópera

"A vida é uma ópera bufa com intervalos de música séria."
Machado de Assis




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terça-feira, agosto 05, 2008

Pensando em auxiliar a comunicação, foi formulada uma solução prática e rápida!!! Chegou o sensacional e insuperável curso 'The Book is on the Table"


Veja como é fácil!
a.) Is we in the tape! = É nóis na fita.
b.) Tea with me that I book your face = Chá comigo que eu livro sua cara.
c.) I am more I = Eu sou mais eu.
d.) Do you want a good-good? = Você quer um bom-bom?
e.) Not even come that it doesn't have! = Nem vem que não tem!
f.) She is full of nine o'clock= Ela é cheia de nove horas.
g.) Ooh! I burned my movie! = Oh! Queimei meu filme!
h.) I will wash the mare. = Vou lavar a égua.
i.) Go catch little coconuts! = Vai catar coquinho!
j.) If you run, the beast catches; if you stay, the beast eats! = Se correr, o bicho pega, se ficar o bicho come!
k.) Before afternoon than never. = Antes tarde do que nunca.
l.) Take out the little horse from the rain = Tire o cavalinho da chuva.
m.) The cow went to the swamp. = A vaca foi pro brejo!
n.) To give one of John the Armless = Dar uma de João-sem-Braço.

Outras exemplos, de outros idiomas, dessa 'versão do mundo':
CHINÊS
a.) Cabelo sujo: chin-champub.)
Descalço: chin chinelac.)
Top less: chin-chu-tian
d.) Náufrago: chin-lan-chaf.)
Pobre: chen luz, chen agua e chen gaz

JAPONÊS
a.) Adivinhador: komosabeb.)
Bicicleta: kasimotoc.)
Fim: ka-bod.)
Fraco: yono komo
e.) Me roubaram a moto: yonovejo m'yamahaf.)
Meia volta: kasigiro
g.) Se foi: non-tah.)
Ainda tenho sede: kero maisagwa

OUTRAS FRASES, EM INGLÊS :
a.) Banheira giratória: Tina Turnerb.)
Indivíduo de bom autocontrole: Auto stopc.)
Copie bem: copyright
d.) Talco para caminhar: walkie talkie

RUSSO (também! - esse livro é incrível!)
a.) Conjunto de árvores: boshkeb)
Inseto: moshkac.)
Cão comendo donut's: Troski maska roskad.)
Piloto: simecaio patatof
e.) Sogra: storvo

ALEMÃO (o livro é realmente fantástico!)
a.) Abrir a porta: destrankenb.)
Bombardeio: bombascaenc.)
Chuva: gotascaend.)
Vaso: frask

Colaboração by Moni



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sexta-feira, agosto 01, 2008

MAESTRO VICENTE GIMENES

PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS
Rádio Educadora de Piracicaba AM 1060 Khertz
Sábado das 10horas ás 11 horas da Manhã
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A Tribuna Piracicabana
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Entrevista 1: Publicada: Ás Terças-Feiras na Tribuna Piracicabana

Entrevista 2: Publicada no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
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Entrevistado: MAESTRO VICENTE GIMENES

DATA: (30/julho/2008)


O objetivo que o ser humano persegue é alcançar certo equilíbrio, no qual nem o interior nem o exterior predominem, mas ambos sejam igualmente complementares um ao outro. As pessoas têm se tornado tão voltadas para fora que não conseguem, nem mesmo por um simples momento, sentar em silêncio. O medo é encontrar o vazio e uma vez que ele seja encontrado, a vida perde todo o interesse, todo o sabor, todo o sentido e significado. Muitos fogem de si mesmo. E chamam de divertimento a essa fuga. Culturalmente nosso povo não põe a educação como um objetivo central da vida. A Finlândia criou, com medidas simples e focadas no professor, o mais invejado sistema educacional Quem entra numa escola na Finlândia se espanta com a simplicidade das instalações. O segredo da boa educação finlandesa realmente não está na parafernália tecnológica, mas numa aposta nas duas bases de qualquer sistema educacional. A primeira é o currículo amplo, que inclui o ensino de música, arte e pelo menos duas línguas estrangeiras. A segunda é a formação de professores. O título de mestrado é exigido até para os educadores do ensino básico. Vivendo praticamente no anonimato, dono de uma cultura invejável, cercado pelos seus inúmeros títulos, diplomas, troféus, medalhas e títulos. Uma vasta biblioteca, e alguns instrumentos de valor sentimental ou mesmo curiosos, como por exemplo, o cilício, uma série de pequenas correntes que eram atadas ou mesmo utilizadas nas sexta feiras como instrumento de suplicio do postulante á carreira religiosa. Um instrumento de flagelo Para a religião católica, evitar o sofrimento nem sempre é bom. Pelo contrário, a dor pode ser bendita e glorificada. A renúncia aos prazeres mundanos, ou até a busca de sofrimento físico, são considerados louváveis se vistos como forma de se entregar a Deus. Maestro Vicente Gimenes é nascido no município de São Paulo, mas é Cidadão Piracicabano, Cidadão Barbarense, Cidadão Saltinhense, Cidadão Riopedrense, Cidadão Sãopedrense.
O senhor nasceu onde?
Nasci em 13 de novembro de 1916, na localidade de Belém, hoje denominada, Franco da Rocha, na época Município de São Paulo, e uma choupana feita de barro e coberta de sapé. Com três anos de idade meus pais foram para a cidade de Igarapava. Mudamos para Araçatuba quando eu tinha uns quatro anos de idade. A Estrada de Ferro Noroeste estava no fim da sua construção. Meu pai João Gimenes mudou-se para lá porque a cidade estava em franco progresso, ele como carpinteiro, tinha muito serviço, toda casa que era construída precisava ser feito o madeiramento. Minha família era muito religiosa, fui coroinha na capela da vila até meus treze anos de idade. Vim para o Seminário Seráfico São Fidélis em Piracicaba, trazido pela minha mãe, Trindade Garcia Gimenes. Minha mãe nasceu em Argel, na Argélia. Meu avô, não queria que ela tivesse a nacionalidade africana, com menos de um ano de idade ela foi registrada como nascida na Espanha! Terminei meu curso onde estudei: português, geografia, história, ciências, civilidade, religião, música, canto gregoriano, italiano, francês, latim, grego, noções de regência e rudimentos de teatro. Tive o início musical com Frei Leonardo encarregado da música figurativa. A formação completa de Canto Gregoriano eu tive com Frei Alberto, formado no Conservatório de Viena. Com o mesmo frade tive aulas de latim. Do Seminário Seráfico São Fidelis, fui para o Seminário Diocesano de Campinas, cujo reitor era Emílio José Salim, fundador da Faculdade de Filosofia de Campinas. Nesse seminário além dos demais estudos tive aulas de grego com o célebre Padre. Ludovico, em conjunto com os meus colegas, que são os padres Talassi, vigário em Rafard e Padre Romário, já falecido. Tive aulas de canto gregoriano com Monsenhor Moura. Saindo do Seminário Diocesano, passei alguns dias em São Paulo onde recebi orientações sobre canto gregoriano do Maestro Furio Francesquini professor de música no Seminário do Ipiranga. Voltei para Piracicaba, para fazer o Noviciado com os padres capuchinhos. Após concluir esse período fui fazer o curso de Filosofia em Mococa. Nesse curso tive aperfeiçoamento da língua latina, rudimentos da língua hebraica, com Frei Fidelis. Passei a fazer o curso de Teologia. Quando faltavam três anos para a ordenação sacerdotal, tomei a decisão de não ser sacerdote. Permaneci morando em Piracicaba, obtive o registro definitivo no Ministério de Educação e Cultura para lecionar greg, latim e música. Terminei o curso de canto. Em 1954 conclui o Curso Superior de Canto Orfeônico.
O senhor é regente?
Em 1970 recebi o certificado de compositor e regente da Ordem dos Músicos do Brasil. Na ocasião foi feita uma homenagem onde estavam presentes: Francisco Petrônio, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Vanderléia.
Quais foram os corais que o senhor já regeu?
Foram: o Coral do Seminário Seráfico, de 1934 a 1935, sendo meus cantores: Otávio Ribeiro, Angelin, José Roveli, depois passou a ser Frei Paulino. Regi o Coral Santa Cecília, misto, na Vila Anastácio, São Paulo. Regi o Coral dos Filósofos e Teólogos de Mococa. Sou um dos fundadores do Coral Pio XI em Campinas. Organizador do Coral Santa Cecília da Igreja Bom Jesus, fundado pelo Padre Amaral, depois Bispo de Taubaté. Fui um dos organizadores do Coral Santa Cecília de Botucatu, com o Padre Pisani. Regi os corais de São Pedro, Santa Bárbara D`Oeste, das normalistas do Colégio Santa Bárbara, da Vila Rezende, Coral “Mário Dedini”(das indústrias Dedini, composto só por vozes masculinas). Coral Diocesano da Catedral, isso foi no tempo do primeiro Bispo de Piracicaba Dom Ernesto. Um dos fundadores e organizador do Coral São Luiz fundado em 24 de fevereiro de 1952. Coral das Indústrias Philips. Coral de Saltinho. Formei o orfeão da Escola Dario Brasil, com discos gravados em São Paulo. Regi o Orfeão das Normalistas do Sud Menucci que fora fundado e organizado por Fabiano Lozano. Reorganizei o Orfeão Piracicabano com uma música executada no velho Teatro Santo Estevão. Comecei a tocar na matriz de Santo Antonio, hoje Catedral em 1943.
O senhor é compositor oficial dos hinos de algumas cidades?
Sou compositor oficial do Hino de Santa Barbara D´Oeste, de Saltinho, de Borebi.
O senhor participou da fundação de vários colégios?
Sou um dos fundadores do Colégio “Emílio Romi” de Santa Bárbara D`Oeste juntamente com o Professor José Noronha e Professora Lourdes Grisoto. Também do Colégio São Pedro juntamente com o Professor José Noronha e professor Benedito Cotrim sou um dos fundadores. Participei da fundação do Colégio “Monsenhor Gerônimo Gallo” com os professores Ivo Ducatti, Grillo, Di Lello. Em Rio das Pedras juntamente com Dona Iza e Professor Jussiê, além de outros mestres, fundamos o Colégio de Rio das Pedras.
O senhor possui vários arranjos para músicas sacras e profanas?
Fiz arranjos e composições a 4 vozes mistas de músicas sacras e profanas, entre elas está o arranjo a 4 vozes mistas de “Piracicaba” de Newton de Mello. Esse arranjo foi executado por corais de São Paulo, Alemanha, Suíça, França, Estados Unidos pelo coral “La Chanson” de Friburgo, Suíça.
O senhor lembra-se das línguas que aprendeu ainda jovem?
(Com ar indignado ele pergunta) Se eu me lembro? Claro que sim! Nesse momento Maestro Vicente dá uma volta ao mundo falando em diversos idiomas: espanhol, italiano, latim, grego, francês! Só fica um pouco tímido para falar em hebraico!
O senhor deu aula de línguas no Sud Mennucci?
Lecionei grego, latim, espanhol e música no Sud Menucci!
O senhor chegou a usar habito no seminário?
Usei. Até transferir-me para o Seminário Diocesano de Campinas.
Por que o senhor acha que não seguiu a carreira religiosa?
Vocação é um mistério! A certeza existe na cabeça do indivíduo, só que a realidade nem sempre obedece a essa certeza.
Qual é a diferença entre regente e maestro?
Quem rege é regente. Não é maestro. Maestro tem que ter curso superior de música. Eu tenho o curso superior de música, feito em São Paulo, do tempo do Canto Orfeônico João Batista Julião, com orientação de Villa Lobos.
O que atrai o senhor na música?
Ainda como coroinha eu já cantava a ladainha. Minha voz de menino era admirada por aqueles que a ouviam.
O senhor toca órgão?
Toco! O órgão da Catedral veio da cidade de Santos. Lembro-me quando foi montado esse órgão. O montador do órgão chamava-se Rigatto. Para a inauguração veio um grande maestro de São Paulo. Após a inauguração, o primeiro que colocou a mão fui eu!
Qual a diferença entre orfeão e coral?
Orfeão geralmente é cantado após decorarem a música. Coral lê a musica!
O que sente um maestro ao reger um coral?
O maestro transmite o sentimento para os cantores! O maestro quando rege dá o seu sentimento! Ele dá o colorido da execução! A personalidade do maestro é que faz o coral.
Quantos ensaios devem ser feitos por semana?
Geralmente dois ensaios.
O senhor conheceu o Teatro Santo Estevão?
Regi o Coral Piracicabano no Teatro Santo Estevão! A Cidinha Mahle era minha cantora na época!
O senhor conheceu o Comendador Mário Dedini?
Conheci! E executei com o Coral São Luiz várias músicas dentro da casa dele, ali na Rua Santo Antonio! Apesar de ser um homem de posses não era orgulhoso!
O senhor esteve com algum Papa?
Eu estava visitando o Vaticano e tinha uma comissão francesa que havia marcado audiência com o Papa. Eu via aquela turma, vi que fizeram uma fila, entrei na fila, me deram um cartão de acesso! Percebi que durante o trajeto até onde estava o Papa olhavam para mim com ar de interrogação, como dizendo: “Quem será esse sujeito?”. Ao chegarmos ao destino, foi feito um semicírculo, nesse momento entrou João Paulo II. Imediatamente eu gritei em latim: “Dá-me sua benção! Para mim e para minha família!”. Ele deixou a todos e perguntou-me se eu falava latim. Perguntou-me de onde eu vinha. Disse-lhe que era brasileiro e de Piracicaba! Ao despedir-se de mim o fez em italiano. Em latim quando se chega a algum lugar deve-se cumprimentar dizendo Ave! As palavras dirigidas pelos gladiadores ao imperador, antes de entrarem em luta eram: “Ave Caesar, morituri te salutant” que significa: “Salve César, os que vão morrer te saúdam”. Eu acho que o Papa deveria despedir-se e latim: Salve! (Até logo!). Posso dizer que falei com o Papa em latim!
O senhor lembra-se da missa em latim?
Lembro-me sim! “Introibo ad altare Dei” (Entrarei ao altar de Deus). “Ad deum qui laetificat juventutem meam” (A Deus, que alegrou minha juventude). Era isso mesmo, não é? Pergunta o maestro com a expressão do coroinha do tempo em que Araçatuba era sertão.




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terça-feira, julho 29, 2008

Frase Atribuida á Getúlio Vargas

Conforme narra Isabel Lustosa em seu livro Histórias de presidentes, uma das frases atribuídas á Getúlio Vargas:

"A metade dos meus homens de governo não é capaz de nada, e a outra metade é capaz de tudo"





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O Medo

"O medo é um preconceito dos nervos. E um preconceito desfaz-se; basta a simples reflexão."
Machado de Assis




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sexta-feira, julho 25, 2008

NELSON GOMES ANHÃO (NELSINHO)

Foto by J.U. Nassif
CAMPEÃO BRASILEIRO DE FISIOCULTURISMO POSA EM FOTO COM A CAIXA DE ENGRAXATE QUE USAVA PARA FATURAR UNS TROCADOS QUANDO MENINO.

PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS
Rádio Educadora de Piracicaba AM 1060 Khertz
Sábado das 10horas ás 11 horas da Manhã
Transmissão ao vivo pela internet : http://www.educadora1060.com.br/

A Tribuna Piracicabana
http://www.tribunatp.com.br/

Entrevista 1: Publicada: Ás Terças-Feiras na Tribuna Piracicabana

Entrevista 2: Publicada no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:

http://www.tribunatp.com.br/

http://www.teleresponde.com.br/index.htm


Entrevistado: NELSON GOMES ANHÃO (NELSINHO)

DATA: (24/JULHO/2008)

Sir Charles “Charlie” Spencer Chaplin foi o mais famoso ator dos primeiros momentos do cinema hollywoodiano, e posteriormente um notável diretor. Nasceu no dia 16 de abril de 1889. No Brasil é também conhecido como Carlitos (equivalente a Charlie), nome de um dos seus personagens mais conhecidos. Chaplin foi uma das personalidades mais criativas da era do cinema mudo; ele atuou, dirigiu, escreveu, produziu e eventualmente financiou seus próprios filmes. O conceito de arte é extremamente subjetivo e varia de acordo com a cultura a ser analisada, período histórico ou até mesmo indivíduo em questão. Não se trata de um conceito simples. Ao levar para o universo artístico, materiais que fazem parte do cotidiano, o artista deseja romper as barreiras entre a arte e o dia-a-dia. Em Piracicaba existe um auto-elétrico, que trabalha com instalações em geral, baterias automotivas, alternadores, motores de arranque, geradores. Os “pacientes” de Nelson são elementos fundamentais para o funcionamento de um veículo. Seria mais um dos inúmeros estabelecimentos do gênero, se o proprietário Nelson Gomes Anhão, o Nelsinho, não personalizasse o local. Além de reconhecido conhecimento técnico, Nelson se destaca por características próprias. Em seu ambiente de trabalho, montou uma verdadeira galeria em homenagem ao seu ídolo, Charles Chaplin, o Carlitos. Posters de cenas de filme, miniaturas, pinturas na própria parede, o ambiente da oficina lembra muito um estúdio. Nelson aos poucos montou uma galeria de arte. Dois enormes balcões de atendimento têm os seus tampos revestidos por inúmeras moedas, coladas. Nacionais e de outros países, de valor sentimental, levam o cliente á uma viagem por outras épocas e lugares. De origem humilde, guarda com orgulho, em perfeito estado de conservação o que já foi seu instrumento de trabalho quando era criança: uma típica caixa de engraxate! Por absoluto prazer pessoal, ele trabalha, passeia, usando sua cor preferida: branca. Camisa, cinto, calça, meias, sapatos. Nelsinho poderia ser tranquilamente ser confundido com alguém ligado á área da saúde, pela indumentária toda branca. Brasileiro, com cidadania espanhola, parece que ele herdou a genialidade criativa de inúmeros artistas espanhóis. Embora em momento algum deixe transparecer qualquer sinal de semelhança, é quase palpável a presença de Carlitos no ambiente de trabalho de Nelson.
O senhor nasceu em Piracicaba?
Nasci em 05 de fevereiro de 1949, fui registrado em Santa Maria da Serra. Meus pais moravam em uma fazenda denominada Torrinha, quando eu tinha cerca de dois anos de idade eles mudaram para a região rural em Piracicaba, denominada Pau Queimado. Meu pai Ricardo Gomes Domingues e minha mãe Josefa Anhão Gomes, nasceu em 10 de dezembro de 1914, ela era de Granada, Espanha e meu pai do Norte da Espanha, nascido em 3 de abril de 1904. Tiveram 8 filhos que se desenvolveram e atingiram a idade adulta. São quatro homens e quatro mulheres. O mais velho é o Ricardo Gomes Filho, casado com a Sra. Antonieta Valverde, da famosa Butique Antonieta. Posso dizer que o meu irmão Ricardo é o meu segundo pai. Temos quase dezoito anos de diferença de idade, ele trabalhou muito para ajudar a me criar. Ele entrou na Fábrica Boyes ainda mocinho e aposentou-se lá. Meus pais ficaram por pouco tempo no Pau Queimado, eles compraram uma casinha na Rua da Colônia, 132. Lá eu morei dos meus 2 anos de idade até os meus 13 anos de idade. Depois eles construíram uma casa mais nova na Rua Porto Feliz, 30. Onde permaneci até casar-me. Meu pai e minha mãe, que também era chamada de Dona Pepa, eles comercializava roupas na região rural próxima á Piracicaba. Eles iam para São Paulo, adquiriam as roupas na Rua 25 de Março, no Bom Retiro e traziam para Piracicaba. Viajavam de trem.
Qual é a profissão do senhor?
No dia 24 de julho de 1963, com treze anos de idade, entrei na empresa Garcia e Veiga, de Geraldo Garcia e Antonio Veiga, eles representavam a Bosch em Piracicaba. Mais tarde a razão social passou a ser Piracicaba Eletro-Diesel Ltda. Fui registrado aos 14 anos, guardo até hoje a carteira profissional de menor. Era registrado com meio salário! Os encargos legais eram proporcionais ao valor pago ao menor. Comecei como ajudante. O que tinha de pior davam para a gente fazer! Lavar peças, varrer a oficina. Todo mecânico começa sua profissão lavando peças! Escolhi a profissão de eletricista de veículos e tenho muito prazer e orgulho em exercê-la.
O senhor participou de competições esportivas?
Piracicaba tinha um departamento chamado Comissão Municipal de Esportes. Eu era atleta da academia Hércules, situado na Rua Floriano Peixoto esquina com a Rua do Rosário. O proprietário era o Antonio Waldomiro Rainha, que hoje tem a musculação Rainha na Avenida Dr. Paulo de Moraes. A CME nos dava passagem de trem para participar das competições.
O senhor estudou no em qual escola?
Estudei no Grupo Escolar Dr. João Conceição situado á Rua Alferes José Caetano, ao lado da Igreja dos Frades. As instalações do prédio permanecem vivas em minha memória. Existia uma escadaria de madeira. As meninas subiam primeiro, só depois de ter subido a ultima menina é que os meninos passavam a subir a escada. Lembro-me da professora Dona Encarnación, uma professora de origem espanhola, baixa estatura física, mas muito enérgica. Lembro-me do Professor Moacir Nazareno Monteiro, um mestre de elevada capacidade. Nas festas cívicas subíamos em um palco situado no galpão da escola. Era ali que recitávamos, cantávamos hinos oficiais. E na frente da escola existiam os mastros onde hasteávamos as bandeiras. No pátio havia a cantina, e além da área coberta tinha também uma grande área livre, com algumas árvores no fundo. Naquela época a Chácara Nazareth não havia sido loteada ainda. Onde hoje existem casas belíssimas era terreno da chácara! A Avenida Dr. Paulo de Moraes tinha seu final na Rua do Rosário. Onde hoje passa a Avenida Dr. Paulo ficava a oficina do Bidito! Uns galpões da chácara ficavam onde hoje existe um posto de escapamento.
Na Rua Alferes ao lado do então Grupo Escolar Dr. João Conceição, mais tarde Colégio Estadual Dr. Jorge Coury havia aos fins de semana festinhas, quermesses. O senhor freqüentou esses eventos?
Muito! Era o lugar onde podíamos paquerar, namorar. Era onde se tinha para ir.
As procissões de Semana Santa o senhor chegou a acompanhar?
Fui muito, levado pelo saudoso pai. Ainda garoto ia com meu pai ás vigílias, eu gostava, é um momento em que o católico fica quieto, refletindo. As cinco horas da manhã acordava e ia com ele, depois que saia da igreja passava na Padaria Jacareí e ia comer pão fresco, tomávamos café juntos. Lembro-me da Padaria São João do Sr. João Rossi. Ficava ali na primeira quadra da Rua Alferes José Caetano.
O senhor lembra-se do Morro do Enxofre?
Era a denominação dada a um trecho com aclive muito forte da Avenida Madre Maria Teodora. Qual foi o garoto que foi criado próximo á essa subida que não subia de lado do caminhão, puxava duas, três canas, o feixe afrouxava, aí era puxado inteiro. Isso era feito sem que meu pai soubesse! Ela, assim como a Rua do Rosário não tinham asfalto, além de serem mão dupla. O trânsito era nos dois sentidos: bairro-centro e centro-bairro! Os caminhões daquele tempo eram Fordinho 1946, Chevrolet, Fargo, GMC, carregados de cana, subiam muito devagar.
Quem era o Bidito?
Bidito era um mecânico, negro, ele mudou-se para próximo do local onde hoje existe uma empresa de oxicorte. Há uma travessa, logo depois, no meio do quarteirão, era a oficina do Bidito. Entre onde depois foi construída a Base da Polícia Militar e essa travessa. Ele tinha ali um barracão que era a sua oficina de conserto de veículos. Aos finais de semana ele encostava todos os carros que estavam para serem consertados, e abria um espaço aonde era feito um bailão, forró. Era o famoso Salão do Bidito!
O senhor trabalhou na Praça Takaki?
Tive o grande privilégio de ser engraxate na Praça Takaki! Olha a minha caixa de engraxate dependurada ali na parede! (Nelson aponta para uma caixa em perfeito estado de conservação, uma relíquia!). A graxa tinha que ser Nugget. Se não fosse uma bota, para engraxar um par de sapatos era trabalho de uns cinco minutos. Meus melhores clientes eram os senhores, os motoristas de praça. Eu tinha uma clientela nas residências. Engraxava na frente da própria casa do cliente. Tinha que tomar muito cuidado, naquele tempo a qualidade do couro ou a pintura do sapato, eram inferiores, era muito fácil manchar o sapato do cliente. Quando surgia alguma dúvida, usávamos a graxa incolor, ela limpava o sapato, dava brilho. Existia um código para o freguês trocar o pé que já havia sido engraxado, pelo outro a ser engraxado: eram três batinhas na lateral da caixa! Significava que ele tinha que trocar o pé.
Os táxis utilizados na época eram de que marcas?
Naquele tempo eram utilizados Gordinis, DKW, Simca, havia muito Simca.
Tecnicamente o Simca era um bom carro?
Posso dizer com relação á minha área, a parte elétrica: era muito problemática! Tinha uma instalação extremamente complicada para a época, é um projeto francês, era muito arrojado. Talvez na França ele estivesse acompanhando uma tecnologia praticada para a realidade de lá. No Brasil esse projeto foi copiado, o nosso conhecimento teórico, técnico, não estava á altura, mesmo dos profissionais mais experientes.
Qual foi seu primeiro carro?
Eu comprei logo depois que me casei em 20 de maio de 1972 com Maria Aparecida Páfaro Anhão. Foi um Dauphine! Naquele tempo o Dauphine tinha três marchas para á frente e a ré era em cima ( á frente), se não tomasse muito cuidado esquecia! A ré ficava bem no lugar onde fica a primeira marcha dos carros atuais. Temos duas filhas. Nosso casamento foi na Igreja dos Frades, realizado pelo Frei Afonso.
O Cine Paulistinha o senhor chegou a freqüentar?
Freqüentei e muito! Trocava gibi. Batman, Tarzan. Freqüentei o Cine São José, Colonial, Broadway, Palácio que depois passou a chamar-se Rivoli. Cine Politeama.
Qual o simbolismo de existirem dois grandes balcões revestidos com moedas?
Não existe um significado. Apenas fiz por curiosidade.
O fato de o senhor gostar de usar roupas brancas desperta a curiosidade das pessoas?
Já me perguntaram se pertenço á alguma seita religiosa!
Quem é Charles Chaplin e quem é Carlitos para o senhor?
Charles Chaplin pelo que sei e li a seu respeito ele deixa a mensagem de que o homem nunca deve fugir da luta. A luta deve ser permanente. Isso me atrai até hoje! O Carlitos sempre deixou uma mensagem de paz, amor, dignidade.

Insânia

"A razão é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades; fora daí insânia, insânia e só insânia."
Machado de Assis




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domingo, julho 20, 2008

Cinco monarcas

A monarquia inglesa é eterna, segundo o ex-rei Farouk, do Egito:

- Chegará o dia em que só existirão cinco monarcas no mundo: os quatro reis do baralho e o da Inglaterra.




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Em abril de 1990, um mês depois do Plano Collor, a TV Bandeirantes anunciou:

“Agora que você já ouviu todos os economistas, experimente um mágico.”

E então apresentou uma entrevista com David Copperfield.




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Amador Aguiar

É do próprio fundador, Amador Aguiar, o apelido dado ao então insignificante Bradesco em 1943:“Banco Brasileiro dos Dez Contos, se há.”




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