sexta-feira, fevereiro 16, 2024

 

 

 

TÉO AZEVEDO E THAIS DE ALMEIDA DIAS




 

 

TÉO AZEVEDO E THAIS DE ALMEIDA DIAS

 





 

 

TÉO AZEVEDO E THAIS DE ALMEIDA DIAS

 

          Recentemente, a Câmara Municipal de São Paulo, homenageou dois gigantes das legítimas músicas sertanejas e tradições do folclore brasileiro. Receberam cada um o seu troféu e uma linda placa dourada. Um ato simbólico de gratidão para ambos que dedicaram as suas vidas para manterem vivas as raízes da verdadeira cultura nacional, até hoje. Thais de Almeida Dias recebeu sua placa como gratidão pela criação do programa “Viola, Minha Viola”. A criação desse programa foi uma iniciativa ousada da sua parte e que deu muito certo. No início, houve alguma resistência dentro da própria Fundação Padre Anchieta. Não se cogitava em incluir um programa que abordasse a cultura popular em uma rede de televisão e rádio voltados para um público com elevado nível cultural, que valorizava obras clássicas com grandes nomes, do Brasil e de outros países[U1] . Thais é escritora, radialista e produtora. Como educadora, pesquisadora, apaixonada pelo rico folclore brasileiro, Thais percorreu o país de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Desde o mais longínquo povoado até a então Capital Federal Rio de Janeiro, onde comandou a poderosa Rádio MEC, com cerca de 200 funcionários. Isso em uma época em que as mulheres eram raras em altos cargos executivos, não tinham o tratamento e valorização que existem hoje. A sua rígida formação pessoal e sua competência profissional a conduziram para cargos de relevância. Thais, com sua personalidade marcante, sempre foi muito querida, embora frequentasse um meio onde algumas pessoas se deixavam levar pela fama e brilho do momento. Ela nunca perdeu a sua simplicidade natural. Formada em História pela USP, jornalismo pela Casper Libero e mestrado em jornalismo. Thais conta: “Como professora primária, fui lecionar na região da barranca do Rio Paraná, na divisa com o Mato Grosso. Entrei em um programa desenvolvido pela Universidade de São Paulo que mandava professores para o Norte e o Nordeste do país. Trabalhei dois anos em São Luiz no Maranhão, onde voltei a fazer rádio, na Rádio Educadora Rural, de São Luiz.”.            Thais em São Paulo era constantemente convidada para ser jurada em programas de televisão. Sensata, com conhecimento técnico, ganhou espaço. Conheceu e conviveu com muitas atrizes famosas, os shows de calouros tornaram-se uma febre, os prefeitos promoviam os espetáculos, e a banca julgadora era necessariamente composta por Thais. A célebre Elke Maravilha foi sua colega de júri por anos. Até que a Fundação Padre Anchieta, que envolvia as Rádios Cultura AM e FM, assim como a TV Cultura, convidou Thais para ser produtora. Thais quebrou paradigmas. Eram inegáveis a qualidade e o bom gosto dessas emissoras, porém , abrangiam um público extremamente seletivo. Com sua forma gentil de tratar, ela introduziu um programa que abordava a cultura popular. O programa revelou grandes valores, músicas que são verdadeiras joias. Produziu o programa“ Viola, Minha Viola”. Agregou mais público para a Emissora. Thais realizou cursos como convidada da emissora alemã “ Dw – Deutsche Welle” a convite do governo alemão.          Thais recebeu uma missão muito especial: dirigir a Rádio MEC, no Rio de Janeiro. Uma gigante com cerca de 200 funcionários. Com seu carisma e conhecimento, conquistou o coração dos cariocas e dos ouvintes do Brasil. Há uma entrevista exclusiva no JORNAL “A TRIBUNA PIRACICABANA” e no “BLOG HISTORIAS DE NASSIF, com Thais, onde ela detalha sua trajetória profissional.

            Teófilo de Azevedo Filho, o Téo Azevedo, nasceu a 02 de julho de 1943 em Alto Belo, município de Bocaiúva, no estado de Minas Gerais. Além do talento, Téo é a personificação da célebre frase: “O sertanejo é antes de tudo, um forte”, frase de Euclides da Cunha, em “Os Sertões”, publicado em 1902. Téo é cantor, compositor, violeiro, folclorista e repentista, folião de Reis até hoje, acumulando décadas de participação nesse importante evento regional, que é a Folia de Reis.  Como cantor gravou 23 discos. Téo Azevedo escreveu 13 livros. Já, como compositor , teve suas músicas gravadas por Sérgio Reis, Luiz Gonzaga, o “Gonzagão”, Dominguinhos, estes últimos incontáveis vezes tocaram juntos com Téo. Muitos artistas famosos gravaram as músicas de Téo entre eles Nara Leão, Jair Rodrigues, Zé Ramalho, Christian e Ralf e Jackson Antunes. Téo Azevedo, ainda menino, cantava repentes na rua e participava de concursos de calouros em circos e parques. Aos 17 anos iniciou-se como lutador de boxe, chegando a consagrar-se tricampeão mineiro no início dos anos 1960. Téo Azevedo gravou o primeiro disco no ano de 1965, no estúdio Discobel, interpretando "Deus Te Salve, Casa Santa" (Domínio Público) tendo composto mais três estrofes e mudado a melodia tradicional cantada no norte de Minas Gerais. Essa música, de autor desconhecido, é na verdade o que também conhecemos como "Cálix Bento" (adaptado por Tavinho Moura).

Téo lançou em 1978 o LP "Brasil, Terra da Gente", no qual gravou a música "Viola de Bolso", na qual ele transpôs versos de Carlos Drummond de Andrade para o ritmo das Folias de Reis. E, no mesmo ano, com a composição "Ternos Pingos da Saudade", Téo recebeu o prêmio de melhor melodia, melhor letra e melhor interpretação no Primeiro Festival de Música Sertaneja, evento promovido pela Rádio Record de São Paulo.
Em 1979, Téo participou da abertura da Feira do Livro na Praça 7 de Setembro. Em seguida, foi convidado para gravar "jingles" e "spots" no lançamento do primeiro Torneio de Repentes de Minas Gerais.

No dia 07 de janeiro de 1980, Téo Azevedo fundou a ARPPNM (Associação dos Repentistas e Poetas Populares do Norte de Minas), juntamente com Amelina Chaves, Jason de Morais, Josece Alves, Silva Neto, Pau Terra, João Martins e o grupo Agreste. Téo foi Presidente da ARPPNM e doou para a mesma todos os Direitos Autorais das obras de Domínio Público por ele recolhidas e adaptadas. Voltou para a carreira artística e fundou a escola de samba Unidos do Guarani e participou do conjunto de shows e bailes Léo Bahia. Em 1965, gravou seu primeiro disco, interpretando a música de domínio público “Deus te Salve, Casa Santa”. Em 1968, foi escolhido O Melhor Compositor Mineiro do Ano pelo jornal mineiro “O Debate”. No ano seguinte, mudou-se para São Paulo e se tornou parceiro de Venâncio, da dupla Venâncio e Curumba . Em 1978, foi vencedor do Primeiro Festival de Música Sertaneja promovido pela Rádio Record de São Paulo com a toada “Ternos pingos da saudade”, feita em parceria com o poeta Cândido Canela. Além do prêmio de melhor melodia e de melhor letra, recebeu também o prêmio de melhor interpretação.

Na década de 80 lançou seu primeiro livro: “Literatura popular do norte de Minas”, e depois veio “Plantas medicinais e benzeduras”; “Cultura popular do norte de Minas[U2] ”  e “A folia de reis no norte de Minas”. Musicou um especial sobre Guimarães Rosa para a Rádio Cultura FM de São Paulo; a peça “A hora e a vez de Augusto Matraga”, de Guimarães Rosa, com direção de Antunes Filho, e “Festa na roça”, de Martins Pena, encenada no Teatro Célia Helena em São Paulo. Em 1998, participou da novela “Serras Azuis”, da TV Bandeirantes e apresentou o programa “Nosso Canto Nordestino”, na Rádio Record de São Paulo. Apresenta desde 1991 o “Programa Téo Azevedo” na Rádio Atual, também de São Paulo.

O mineiro Téo Azevedo foi o vencedor do Grammy Latino 2013. A premiação ocorreu no centro de eventos do hotel e cassino Mandalay Bay, de Las Vegas, nos Estados Unidos. O cantor e compositor, natural de Alto Belo, distrito de Bocaiuva, venceu com o álbum "Salve Gonzagão 100 anos", na categoria melhor álbum de raiz.

 

Em 2015 recebeu o Título de Cidadão Paulistano, por meio da Câmara de Vereadores de São Paulo. Téo calcula ter mais de 2.000 músicas gravadas, o que faz dele um recordista no Brasil. Produziu inúmeros trabalhos em literatura de cordel, 12 livros sobre cultura popular. Téo Azevedo com 6 anos de idade já trabalhava, engraxava sapatos e ao mesmo tempo compunha versos de improviso para atrair a freguesia. Desse modo passou a cantar repentes, e participar de concursos de calouros em circo e parques. Antonio Silvino era um vendedor de remédios caseiros, a base de ervas. Ele é considerado por alguns estudiosos, como o revelador de Téo Azevedo. Foi quem viu naquele menino um grande potencial para atrair clientes. Téo fazia os improvisos com uma cobra jiboia em torno do seu pescoço. Era natural haver uma aglomeração em torno de cena tão inusitada. Silvino já tinha o ambiente próprio para oferecer seus remédios caseiros.

Thais de Almeida Dias a convite da Rádio Deutsche Welle, realizou diversos cursos na Alemanha. Téo Azevedo recebeu uma equipe da TV alemã, que gravou horas de seu trabalho, como documentário. Na Alemanha existem estudiosos que analisam o trabalho de Téo Azevedo, autor de cerca de 1.000  folhetos de literatura de cordel. A literatura de cordel, recebeu esse nome em Portugal, onde um barbante ou cordel, funciona como um varal onde são expostos os folhetos dependurados. Geralmente usam ilustrações com xilogravuras.

Na casa de Thais , juntamente com Téo e mais algumas pessoas, saboreamos um delicioso almoço, em um ambiente descontraído e aconchegante . Conversamos bastante e aproveitamos para conhecer um pouco mais do trabalho do Téo.

Ao tocar o gado, o que é “apoio” Téo?

O apoio é o canto improvisado do vaqueiro para guiar e tocar o gado, muito utilizado no Norte do Estado de Minas Gerais, assim como em direção ao Nordeste Brasileiro. É como se fosse aqui no Sul do Brasil, o berrante, que também serve para tocar e guiar o gado. Fiz um filme mostrando o que é o apoio no primeiro canal de televisão da cidade de Baden-Baden, na Alemanha. Para essa mesma equipe do Dr. Ralph uns três anos depois eu fiz um outro trabalho. A trilha sobre Guimarães Rosa.

A Thais de Almeida Dias, fez um trabalho maravilhoso na Rádio Cultura de São Paulo que foi muito bonito! Um trabalho histórico.  Lima Duarte e outros artistas importantes contribuíram com os seus talentos. Ela me convidou e eu entrei no meio da turma!

Você participou de algum filme?

Nós fizemos agora um filme de longa-metragem, extraído de um cordel meu, chama-se “O Homem que casou com a mula”. Não tem nada de pornografia, ele é engraçado! O nome já é engraçado! Foi extraído de um cordel meu, conta história de um sujeito que era muito feio, cheio de preconceitos, morava isolado na roça, ele não achava nenhuma mulher que se interessasse por ele, um dia na beira da estrada tinha uma mula pastando e relinchando. E a mula pastava e relinchava para ele. Ele achou que a mula estava rindo para ele! E assim foi, até que ele decidiu que queria casar com a mula! Procurou o padre, o padre não quis consentir naquele casamento. Procurou o pastor que também não quis realizar o casamento. Ele então procurou o Pai de Santo, que também não quis realizar o casamento.

Quem é o artista principal?

São quatro artistas, só que o elenco todinho é do Norte de Minas Gerais! Isso inclui a turma da produção, os atores, a turma da filmagem. Os locais todos são do Norte de Minas.

E o noivo da mula?

É uma pessoa da região.

Essa filmagem foi feita agora?

Faz poucos meses. Está em edição. É o primeiro filme extraído de um cordel que fiz. Esse filme é muito interessante por ter uma parte declamado do cordel e outra as filmagens em si. Eu também tenho a minha participação nas cenas.

Como anda a literatura de cordel no Brasil hoje?

Eu acho que anda bem! Claro que muita coisa mudou, mas a Literatura de Cordel está espalhada pelo Brasil todo, de Norte a Sul. Muitos filmes, muitas peças, foram baseados na Literatura de Cordel.

A Internet ajudou a Literatura de Cordel?

A internet é uma faca de dois gumes, ajuda de um lado e não ajuda de outro.

(O cordel tem uma origem interessante, tem a magia de encantar seus leitores e ouvintes, trazem o folclore de forma cristalina. Fisicamente assumem as características de folhetos, é e necessário conhecer muito bem a cultura de um povo para entender a Literatura de cordel.

Quantas obras de Literatura de Cordel você já publicou, Téo Azevedo?

De cordel tenho cerca de 1000 (mil) folhetos publicados no Brasil todo.

Segundo Thais de Almeida Dias, você é especialista em plantas que curam, sendo que já publicou um livro sobre “Plantas que curam.

Conheço algumas! Sou da região do Cerrado Brasileiro que é mais rico do que a Mata Atlântica. O cerrado é o bioma mais rico do Brasil! Mais rico do que a Floresta Amazônica! O cerrado tem uma vantagem, ele é caridoso, ele é cheio de plantas medicinais, ali tem muitas benzedeiras que conhecem as propriedades medicinais de cada planta. Atualmente, a pessoa acometida de algum mal, após diagnosticada, ela recebe uma receita e vai até  uma farmácia, onde adquire um remédio, que serve para curar aquela moléstia. Esse remédio “X” serve para o João, o Pedro, o Antonio.

O curador busca a origem da doença, que para indivíduos diferentes, podem manifestar a mesma doença, mas por causas diferentes. Cada indivíduo tem uma natureza própria e única. Essa habilidade requer muitos anos de estudo da natureza das plantas e seus efeitos, a observação de cada caso, geralmente é transferida por gerações. Isso não vai de encontro com os avanços técnicos da medicina. Muitos medicamentos são sintetizados a partir dos efeitos observados nas plantas. Conheço muitas pessoas do sertão que tem grandes conhecimentos sobre os efeitos das plantas. Sei também os efeitos que as plantas que existem no mato podem causar. Pelo menos umas mil plantas, seus efeitos e benefícios eu conheço. Sei dizer para que serve determinada folha, raízes, quais são benéficas, quais são perigosas: tóxicas ou venenosas.

Na Escola de Agronomia Luiz de Queiroz, de Piracicaba, Dr. Walter Accorsi, coordenou a cadeira de Fitoterapia. Desenvolveu muito os estudos nessa área. O Japão foi um dos países que se interessou muito por esses estudos. Após o falecimento do Dr. Walter houve um declínio nessas pesquisas.

Eu não receito nada não! Quando alguma pessoa me procura eu digo: “ O que dizem que é bom para isso é essa planta, ou essa! ”.

Para curar picada de cobra, qual é uma boa indicação?

Dependendo da cobra “Babau” ! A Urutu Cruzeiro por exemplo, pode ocasionar o óbito em meia hora! Nesse caso só Deus pode salvar.

Sabemos que o Brasil é extremamente rico em tudo, inclusive em vegetação e água .

Minas Gerais é a “Caixa de Água” do Brasil!

Sabemos que o nosso país é muito rico em minérios, não só na diversidade como na quantidade. Você que tem tanto contato por todo o Brasil, como vê a situação do país sob o olhar popular?

Eu sou de uma família de garimpeiros, meu pai era garimpeiro de cristal, outros eram de diamantes.

Você nunca teve vocação para o garimpo?

Nunca tive! Meu negócio foi tocar viola! Eu enrolo na viola!

Você tem um grande talento como repentista! O repente requer um grau de cultura muito elevado. Raciocínio rápido. Poder de observação aguçado.

O repente pode parecer muito simples, mas exige métrica, algumas regras básicas, tem que ser tudo certinho. Tem repentista que aborda a Queda da Bastilha, Psicologia, outros abordam a Cultura Regional Grega! Cada um vai  por  um caminho.

O seu caminho qual é?

Um tiquinho de cada coisa!

Isso significa que a sua arte agrada a todo tipo de público?

A gente procura agradar a todos!

Atualmente você tem algum programa?

Eu me apresento em programas de pessoas que me chamam. Faço algumas palestrazinhas por aí.  Em faculdades. Participei de muitos programas do Globo Rural. O aspecto mais importante é o de divulgar a riqueza do folclore brasileiro. Temos fases, quando vem algo novo na mídia mundial. Algum tempo depois, percebemos que o folclore brasileiro resiste, permanece e até ganha espaço.

A música sertaneja andou sendo deturpada?

Ai é outra coisa! A música sertaneja mesmo, vive sendo escondida, mas não morre. Para quem gosta ela está sempre viva.

Tem música que é intitulada como sertaneja, só que não tem absolutamente nada de sertaneja.

É o meio!

O que é o “Sertanejo Universitário?

Isso é título que eles criaram! Forró Universitário, Sertanejo Universitário, Pisadinha , vão inventando em cima de ritmos que já existem! Há uma pequena mudançazinha. 

Você conheceu o consagrado Luiz Gonzaga, também conhecido por Gonzagão?

Conheci! Ele gravou música minha, eu gravei cantando com ele. Ele gravou as músicas que fiz, “Maria Cangaceira”, “Maria Bonita”, gravei com ele no disco “ LuizGonzaga , 70 anos de sanfona e simpatia”. No ano em que ganhei o Grammy Latino, (Prêmio Internacional, que elege os melhores em sua categoria na América Latina). Esse disco Dominguinhos gravou, com acústica dele e minha, a letra é minha.  Chama-se “ Padroeira da Visão – Santa Luzia” Luiz Gonzaga nasceu no dia 13 de dezembro de 1912, em Exu, na divisa entre os estados de Pernambuco e Ceará, na região do Araripe. Essa música era para ser cantada por Luiz Gonzaga e por mim, mas ele faleceu, acabamos gravando o Dominguinhos e eu. Dominguinhos é um grande músico, gravou muito comigo! Eu produzi um disco dele também.

Você conhece Benedito Siviero, que entre muitos sucessos é compositor da música “Boate Azul”?

Conheço! É amigo! A gente se encontra, bate papo.

Você tem uma vida muito dinâmica, circula pelo Brasil todo!

Sou pior do que notícia ruim!

Você tem uma ligação muito forte com a celebração da Folia de Reis?

Sou Mestre em Folia de Reis! Completei 50 anos de mestre, passei para outro. Mas ainda saio no tempo de Folia, na minha terra. A festa tem a parte religiosa e tem a parte jocosa. São as brincadeiras: Corrida de Jegue, Corrida de Porco, Corrida de Cachorro, Corrida de Galinha, Corrida de Costas, Corrida de Mulher, é uma série de brincadeiras.

O pessoal consegue com pouca coisa despertar uma alegria espontânea?

É uma alegria gerada da simplicidade.

Téo, como é a sua alimentação?

Como tanto uma comida típica do Nordeste como um prato típico italiano. Trituro tudo! Hoje mesmo a Thais de Almeida Dias serviu um almoço espetacular. Comida internacional!

Quer dizer que você é mineiro de Minas Gerais?

Claro, uai!

Você tem mais um jeitão de nordestino do que de mineiro!

Mineiro do Norte de Minas, já tem esse jeito assim. Meio baiano. É o jeito nosso.

Quando você começou, começou aonde?

Foi no Norte de Minas. Cantava repente nas feiras. O início foi de muita luta. Me virava da forma que podia, até que vim para São Paulo.

Quando você entrou em uma rádio pela primeira vez?

Foi em Montes Claros! Na Rádio Sociedade Norte de Minas, ZYD-7, eu tinha uns oito para nove anos de idade.

Téo, essa vida de trabalhar com a cultura é rentável financeiramente?

Quem trabalha com a Cultura Popular, no Brasil, não ganha dinheiro suficiente para ficar rico. Eu não conheço nenhum que é rico!

Você encontra muitos pseudos folcloristas pelo caminho?

Infelizmente existem muitos! São pessoas com conhecimento superficial de folclore, usam a boa-fé alheia para iludir, produzir conceitos sem fundamento. Eu tenho um amigo, escritor, ele já fez quatro livros de um livro meu! Eu também não entrei com ação contra ele.  São pessoas limitadas, incapazes de criarem algo, necessitam copiar. São verdadeiros atores profissionais. E legítimos caras de pau!

Você tem algum projeto para criar um museu do folclore?

Eu tenho no Centro do Folclore e Cultura Popular, uma Instituição Pública Federal, situado na Rua do Catete, 179; lá tem algumas peças minhas. Tem uma viola velha que foi do meu pai, um chapéu de couro meu, faz mais de 30 anos que eles pediram para colocar lá. Meus folhetos de cordel estão na Universidade Paris-Sorbonne, na França, com os pesquisadores franceses. Na Alemanha tem pesquisadores que levaram obras que publiquei. Sei que existem outros países que através de seus pesquisadores adquiriram obras que publiquei.

Eles traduzem para o idioma deles?

 Sei que na Alemanha foi feita a tradução.

Imagino um alemão cantando um cordel, deve ser muito curioso!

Os alemães respeitam muito a literatura de cordel. Guimarães Rosa é um dos autores mais lidos na Alemanha. E dos mais traduzidos também. A Alemanha realizou peças radiofônicas com as obras de Guimarães Rosa. Os livretos de cordel, alguns são sobre pessoas, outros são peças musicais.

Téo, a seu ver, qual é o futuro do cordel?

A tecnologia de divulgação pode mudar, mas a essência continua. O professor Rossini sempre dizia que vai haver o folclore do astronauta como existe hoje o caipira, complementa Thais de Almeida Dias.

A internet ajuda a divulgação do cordel?

Divulga! O filme “ O Homem que casou com a mula” está na internet! É um filme com a duração de 1h15min., A trilha sonora desse filme é toda feita pelo meu sobrinho Rodrigo Azevedo, faleceu novo.

Téo Azevedo, você veio de São Paulo para Piracicaba hoje, especialmente para o que?

Vim fazer uma visita para quem considero a mulher mais importante da História da Música Sertaneja do Brasil, Thais de Almeida Dias. A Música Sertaneja Brasileira em sua essência, saiu da cabeça dela, foi ela que impôs a Música Sertaneja na TV Cultura. Com o tempo, outras emissoras vendo o sucesso dela, a copiaram. Isso solidificou e divulgou a música sertaneja.  Os grandes nomes da música sertaneja foram pinçados por ela, cada qual em sua vocação artística. Os sucessos que até hoje são cantados, como o de Inezita Barroso, foi indicada por ela para gravar no Rio de Janeiro um LP. Naquela época, havia apenas uma música de cada lado do “bolachão”, moldado em cera de carnaúba. Pela potência da sua voz, Thais indicou Inezita que gravou duas músicas: de um lado a “Moda da Pinga” e do outro lado a maravilhosa música “Ronda”. Inezita Barroso estourou! Sérgio Reis com “Menino da Porteira”, gravou também umas músicas minhas, como “Tocador de Boi” e “Amansador de Burro Bravo”.

“Oitenta Anos da Música Caipira no Brasil”, quando a música caipira fez oitenta anos, baseado em Cornélio Pires que deu origem a sistematização da música caipira em 1931. Cornélio Pires divulgou os caipiras e a música sertaneja, os costumes e a forma de música. Sérgio Reis cantou a primeira música do disco. Saiu uma música com a história da vida de Téo Azevedo, escrita por Thais de Almeida Dias. É a música “Vaqueiro Velho” gravada por Carlos Cesar e Cristiano.

Téo, você foi vaqueiro também?

Fui! Fui criado na roça, ali tem que fazer de tudo. O vaqueiro virou violeiro. Todo vaqueiro gosta de uma viola, faz parte da vida. Do dia-a-dia, do mundo em que vive.

Como o senhor vê o gaúcho?

Ele tem uma cultura muito rica! A cultura regional deles tem uma poesia rica, bons poetas, a musicalidade é muito boa, tem influência dos ancestrais europeus, é muito bonita, tem uma influência maior da Espanha do que de Portugal. Eles preservam a cultura deles, o CTG – Centro de Tradições Gaúchas é um exemplo disso. São diferenciais marcantes o churrasco, o chimarrão e a bombacha. Assim como o pessoal do Norte do Brasil tem como características marcantes o gibão e o chapéu de couro, além da culinária totalmente diferente. Há cerca de 3 ou 4 décadas, houve um deslocamento em massa de migrantes gaúchos para o norte, levando hábitos como o churrasco e o Tererê, que é a erva mate em infusão gelada e não quente, como o chimarrão.

O senhor andava com o gibão?

Quando era para entrar nas caatingas, tinha que ser usado por causa dos espinhos. A caatinga tem muito espinho, já no cerrado não tem.

O senhor tinha cavalo bom?

Tinha cavalo que levava um ano para ficar mais ou menos. Cavalo bom é quarto de milha, um cavalo de luxo, só para vaqueiro com muitos recursos financeiros. Lá no sertão não tem isso não!

A seu ver, o Nordeste melhorou?

Para os pobres melhorou. As caixas d´agua, luz para todos. Tinha gente que nunca tinha visto a luz de uma lâmpada lá no sertão. Chegava lá, tinha um legadozinho  de palha de coqueiro, uma porta e uma janela. Teve uma evolução. Foi bom demais. Agora, esse negócio de política é complicado. Um mete o pau de cá, outro de lá. Eu nem dou bola para esse povo! Quero saber quem está fazendo pelo Brasil!

O senhor já foi convidado para subir em algum palanque onde havia políticos discursando?

Já! Já subi! Para ganhar dinheiro, fazendo música, cordel, show. De uns anos para cá não pode mais. Já fiz música para tudo quanto é político que você pode pensar!

Eles pagavam?

A empresa que organizava, pagava.

Você foi criador de animais?

Fui criador de cabritos no Vale do Rio São Francisco. Cheguei a ter 1.000 cabeças! Lá tem muita gente que mexe com isso até hoje.


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          Recentemente, a Câmara Municipal de São Paulo, homenageou dois gigantes das legítimas músicas sertanejas e tradições do folclore brasileiro. Receberam cada um o seu troféu e uma linda placa dourada. Um ato simbólico de gratidão para ambos que dedicaram as suas vidas para manterem vivas as raízes da verdadeira cultura nacional, até hoje. Thais de Almeida Dias recebeu sua placa como gratidão pela criação do programa “Viola, Minha Viola”. A criação desse programa foi uma iniciativa ousada da sua parte e que deu muito certo. No início, houve alguma resistência dentro da própria Fundação Padre Anchieta. Não se cogitava em incluir um programa que abordasse a cultura popular em uma rede de televisão e rádio voltados para um público com elevado nível cultural, que valorizava obras clássicas com grandes nomes, do Brasil e de outros países[U1] . Thais é escritora, radialista e produtora. Como educadora, pesquisadora, apaixonada pelo rico folclore brasileiro, Thais percorreu o país de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Desde o mais longínquo povoado até a então Capital Federal Rio de Janeiro, onde comandou a poderosa Rádio MEC, com cerca de 200 funcionários. Isso em uma época em que as mulheres eram raras em altos cargos executivos, não tinham o tratamento e valorização que existem hoje. A sua rígida formação pessoal e sua competência profissional a conduziram para cargos de relevância. Thais, com sua personalidade marcante, sempre foi muito querida, embora frequentasse um meio onde algumas pessoas se deixavam levar pela fama e brilho do momento. Ela nunca perdeu a sua simplicidade natural. Formada em História pela USP, jornalismo pela Casper Libero e mestrado em jornalismo. Thais conta: “Como professora primária, fui lecionar na região da barranca do Rio Paraná, na divisa com o Mato Grosso. Entrei em um programa desenvolvido pela Universidade de São Paulo que mandava professores para o Norte e o Nordeste do país. Trabalhei dois anos em São Luiz no Maranhão, onde voltei a fazer rádio, na Rádio Educadora Rural, de São Luiz.”.            Thais em São Paulo era constantemente convidada para ser jurada em programas de televisão. Sensata, com conhecimento técnico, ganhou espaço. Conheceu e conviveu com muitas atrizes famosas, os shows de calouros tornaram-se uma febre, os prefeitos promoviam os espetáculos, e a banca julgadora era necessariamente composta por Thais. A célebre Elke Maravilha foi sua colega de júri por anos. Até que a Fundação Padre Anchieta, que envolvia as Rádios Cultura AM e FM, assim como a TV Cultura, convidou Thais para ser produtora. Thais quebrou paradigmas. Eram inegáveis a qualidade e o bom gosto dessas emissoras, porém , abrangiam um público extremamente seletivo. Com sua forma gentil de tratar, ela introduziu um programa que abordava a cultura popular. O programa revelou grandes valores, músicas que são verdadeiras joias. Produziu o programa“ Viola, Minha Viola”. Agregou mais público para a Emissora. Thais realizou cursos como convidada da emissora alemã “ Dw – Deutsche Welle” a convite do governo alemão.          Thais recebeu uma missão muito especial: dirigir a Rádio MEC, no Rio de Janeiro. Uma gigante com cerca de 200 funcionários. Com seu carisma e conhecimento, conquistou o coração dos cariocas e dos ouvintes do Brasil. Há uma entrevista exclusiva no JORNAL “A TRIBUNA PIRACICABANA” e no “BLOG HISTORIAS DE NASSIF, com Thais, onde ela detalha sua trajetória profissional.

            Teófilo de Azevedo Filho, o Téo Azevedo, nasceu a 02 de julho de 1943 em Alto Belo, município de Bocaiúva, no estado de Minas Gerais. Além do talento, Téo é a personificação da célebre frase: “O sertanejo é antes de tudo, um forte”, frase de Euclides da Cunha, em “Os Sertões”, publicado em 1902. Téo é cantor, compositor, violeiro, folclorista e repentista, folião de Reis até hoje, acumulando décadas de participação nesse importante evento regional, que é a Folia de Reis.  Como cantor gravou 23 discos. Téo Azevedo escreveu 13 livros. Já, como compositor , teve suas músicas gravadas por Sérgio Reis, Luiz Gonzaga, o “Gonzagão”, Dominguinhos, estes últimos incontáveis vezes tocaram juntos com Téo. Muitos artistas famosos gravaram as músicas de Téo entre eles Nara Leão, Jair Rodrigues, Zé Ramalho, Christian e Ralf e Jackson Antunes. Téo Azevedo, ainda menino, cantava repentes na rua e participava de concursos de calouros em circos e parques. Aos 17 anos iniciou-se como lutador de boxe, chegando a consagrar-se tricampeão mineiro no início dos anos 1960. Téo Azevedo gravou o primeiro disco no ano de 1965, no estúdio Discobel, interpretando "Deus Te Salve, Casa Santa" (Domínio Público) tendo composto mais três estrofes e mudado a melodia tradicional cantada no norte de Minas Gerais. Essa música, de autor desconhecido, é na verdade o que também conhecemos como "Cálix Bento" (adaptado por Tavinho Moura).

Téo lançou em 1978 o LP "Brasil, Terra da Gente", no qual gravou a música "Viola de Bolso", na qual ele transpôs versos de Carlos Drummond de Andrade para o ritmo das Folias de Reis. E, no mesmo ano, com a composição "Ternos Pingos da Saudade", Téo recebeu o prêmio de melhor melodia, melhor letra e melhor interpretação no Primeiro Festival de Música Sertaneja, evento promovido pela Rádio Record de São Paulo.
Em 1979, Téo participou da abertura da Feira do Livro na Praça 7 de Setembro. Em seguida, foi convidado para gravar "jingles" e "spots" no lançamento do primeiro Torneio de Repentes de Minas Gerais.

No dia 07 de janeiro de 1980, Téo Azevedo fundou a ARPPNM (Associação dos Repentistas e Poetas Populares do Norte de Minas), juntamente com Amelina Chaves, Jason de Morais, Josece Alves, Silva Neto, Pau Terra, João Martins e o grupo Agreste. Téo foi Presidente da ARPPNM e doou para a mesma todos os Direitos Autorais das obras de Domínio Público por ele recolhidas e adaptadas. Voltou para a carreira artística e fundou a escola de samba Unidos do Guarani e participou do conjunto de shows e bailes Léo Bahia. Em 1965, gravou seu primeiro disco, interpretando a música de domínio público “Deus te Salve, Casa Santa”. Em 1968, foi escolhido O Melhor Compositor Mineiro do Ano pelo jornal mineiro “O Debate”. No ano seguinte, mudou-se para São Paulo e se tornou parceiro de Venâncio, da dupla Venâncio e Curumba . Em 1978, foi vencedor do Primeiro Festival de Música Sertaneja promovido pela Rádio Record de São Paulo com a toada “Ternos pingos da saudade”, feita em parceria com o poeta Cândido Canela. Além do prêmio de melhor melodia e de melhor letra, recebeu também o prêmio de melhor interpretação.

Na década de 80 lançou seu primeiro livro: “Literatura popular do norte de Minas”, e depois veio “Plantas medicinais e benzeduras”; “Cultura popular do norte de Minas[U2] ”  e “A folia de reis no norte de Minas”. Musicou um especial sobre Guimarães Rosa para a Rádio Cultura FM de São Paulo; a peça “A hora e a vez de Augusto Matraga”, de Guimarães Rosa, com direção de Antunes Filho, e “Festa na roça”, de Martins Pena, encenada no Teatro Célia Helena em São Paulo. Em 1998, participou da novela “Serras Azuis”, da TV Bandeirantes e apresentou o programa “Nosso Canto Nordestino”, na Rádio Record de São Paulo. Apresenta desde 1991 o “Programa Téo Azevedo” na Rádio Atual, também de São Paulo.

O mineiro Téo Azevedo foi o vencedor do Grammy Latino 2013. A premiação ocorreu no centro de eventos do hotel e cassino Mandalay Bay, de Las Vegas, nos Estados Unidos. O cantor e compositor, natural de Alto Belo, distrito de Bocaiuva, venceu com o álbum "Salve Gonzagão 100 anos", na categoria melhor álbum de raiz.

 

Em 2015 recebeu o Título de Cidadão Paulistano, por meio da Câmara de Vereadores de São Paulo. Téo calcula ter mais de 2.000 músicas gravadas, o que faz dele um recordista no Brasil. Produziu inúmeros trabalhos em literatura de cordel, 12 livros sobre cultura popular. Téo Azevedo com 6 anos de idade já trabalhava, engraxava sapatos e ao mesmo tempo compunha versos de improviso para atrair a freguesia. Desse modo passou a cantar repentes, e participar de concursos de calouros em circo e parques. Antonio Silvino era um vendedor de remédios caseiros, a base de ervas. Ele é considerado por alguns estudiosos, como o revelador de Téo Azevedo. Foi quem viu naquele menino um grande potencial para atrair clientes. Téo fazia os improvisos com uma cobra jiboia em torno do seu pescoço. Era natural haver uma aglomeração em torno de cena tão inusitada. Silvino já tinha o ambiente próprio para oferecer seus remédios caseiros.

Thais de Almeida Dias a convite da Rádio Deutsche Welle, realizou diversos cursos na Alemanha. Téo Azevedo recebeu uma equipe da TV alemã, que gravou horas de seu trabalho, como documentário. Na Alemanha existem estudiosos que analisam o trabalho de Téo Azevedo, autor de cerca de 1.000  folhetos de literatura de cordel. A literatura de cordel, recebeu esse nome em Portugal, onde um barbante ou cordel, funciona como um varal onde são expostos os folhetos dependurados. Geralmente usam ilustrações com xilogravuras.

Na casa de Thais , juntamente com Téo e mais algumas pessoas, saboreamos um delicioso almoço, em um ambiente descontraído e aconchegante . Conversamos bastante e aproveitamos para conhecer um pouco mais do trabalho do Téo.

Ao tocar o gado, o que é “apoio” Téo?

O apoio é o canto improvisado do vaqueiro para guiar e tocar o gado, muito utilizado no Norte do Estado de Minas Gerais, assim como em direção ao Nordeste Brasileiro. É como se fosse aqui no Sul do Brasil, o berrante, que também serve para tocar e guiar o gado. Fiz um filme mostrando o que é o apoio no primeiro canal de televisão da cidade de Baden-Baden, na Alemanha. Para essa mesma equipe do Dr. Ralph uns três anos depois eu fiz um outro trabalho. A trilha sobre Guimarães Rosa.

A Thais de Almeida Dias, fez um trabalho maravilhoso na Rádio Cultura de São Paulo que foi muito bonito! Um trabalho histórico.  Lima Duarte e outros artistas importantes contribuíram com os seus talentos. Ela me convidou e eu entrei no meio da turma!

Você participou de algum filme?

Nós fizemos agora um filme de longa-metragem, extraído de um cordel meu, chama-se “O Homem que casou com a mula”. Não tem nada de pornografia, ele é engraçado! O nome já é engraçado! Foi extraído de um cordel meu, conta história de um sujeito que era muito feio, cheio de preconceitos, morava isolado na roça, ele não achava nenhuma mulher que se interessasse por ele, um dia na beira da estrada tinha uma mula pastando e relinchando. E a mula pastava e relinchava para ele. Ele achou que a mula estava rindo para ele! E assim foi, até que ele decidiu que queria casar com a mula! Procurou o padre, o padre não quis consentir naquele casamento. Procurou o pastor que também não quis realizar o casamento. Ele então procurou o Pai de Santo, que também não quis realizar o casamento.

Quem é o artista principal?

São quatro artistas, só que o elenco todinho é do Norte de Minas Gerais! Isso inclui a turma da produção, os atores, a turma da filmagem. Os locais todos são do Norte de Minas.

E o noivo da mula?

É uma pessoa da região.

Essa filmagem foi feita agora?

Faz poucos meses. Está em edição. É o primeiro filme extraído de um cordel que fiz. Esse filme é muito interessante por ter uma parte declamado do cordel e outra as filmagens em si. Eu também tenho a minha participação nas cenas.

Como anda a literatura de cordel no Brasil hoje?

Eu acho que anda bem! Claro que muita coisa mudou, mas a Literatura de Cordel está espalhada pelo Brasil todo, de Norte a Sul. Muitos filmes, muitas peças, foram baseados na Literatura de Cordel.

A Internet ajudou a Literatura de Cordel?

A internet é uma faca de dois gumes, ajuda de um lado e não ajuda de outro.

(O cordel tem uma origem interessante, tem a magia de encantar seus leitores e ouvintes, trazem o folclore de forma cristalina. Fisicamente assumem as características de folhetos, é e necessário conhecer muito bem a cultura de um povo para entender a Literatura de cordel.

Quantas obras de Literatura de Cordel você já publicou, Téo Azevedo?

De cordel tenho cerca de 1000 (mil) folhetos publicados no Brasil todo.

Segundo Thais de Almeida Dias, você é especialista em plantas que curam, sendo que já publicou um livro sobre “Plantas que curam.

Conheço algumas! Sou da região do Cerrado Brasileiro que é mais rico do que a Mata Atlântica. O cerrado é o bioma mais rico do Brasil! Mais rico do que a Floresta Amazônica! O cerrado tem uma vantagem, ele é caridoso, ele é cheio de plantas medicinais, ali tem muitas benzedeiras que conhecem as propriedades medicinais de cada planta. Atualmente, a pessoa acometida de algum mal, após diagnosticada, ela recebe uma receita e vai até  uma farmácia, onde adquire um remédio, que serve para curar aquela moléstia. Esse remédio “X” serve para o João, o Pedro, o Antonio.

O curador busca a origem da doença, que para indivíduos diferentes, podem manifestar a mesma doença, mas por causas diferentes. Cada indivíduo tem uma natureza própria e única. Essa habilidade requer muitos anos de estudo da natureza das plantas e seus efeitos, a observação de cada caso, geralmente é transferida por gerações. Isso não vai de encontro com os avanços técnicos da medicina. Muitos medicamentos são sintetizados a partir dos efeitos observados nas plantas. Conheço muitas pessoas do sertão que tem grandes conhecimentos sobre os efeitos das plantas. Sei também os efeitos que as plantas que existem no mato podem causar. Pelo menos umas mil plantas, seus efeitos e benefícios eu conheço. Sei dizer para que serve determinada folha, raízes, quais são benéficas, quais são perigosas: tóxicas ou venenosas.

Na Escola de Agronomia Luiz de Queiroz, de Piracicaba, Dr. Walter Accorsi, coordenou a cadeira de Fitoterapia. Desenvolveu muito os estudos nessa área. O Japão foi um dos países que se interessou muito por esses estudos. Após o falecimento do Dr. Walter houve um declínio nessas pesquisas.

Eu não receito nada não! Quando alguma pessoa me procura eu digo: “ O que dizem que é bom para isso é essa planta, ou essa! ”.

Para curar picada de cobra, qual é uma boa indicação?

Dependendo da cobra “Babau” ! A Urutu Cruzeiro por exemplo, pode ocasionar o óbito em meia hora! Nesse caso só Deus pode salvar.

Sabemos que o Brasil é extremamente rico em tudo, inclusive em vegetação e água .

Minas Gerais é a “Caixa de Água” do Brasil!

Sabemos que o nosso país é muito rico em minérios, não só na diversidade como na quantidade. Você que tem tanto contato por todo o Brasil, como vê a situação do país sob o olhar popular?

Eu sou de uma família de garimpeiros, meu pai era garimpeiro de cristal, outros eram de diamantes.

Você nunca teve vocação para o garimpo?

Nunca tive! Meu negócio foi tocar viola! Eu enrolo na viola!

Você tem um grande talento como repentista! O repente requer um grau de cultura muito elevado. Raciocínio rápido. Poder de observação aguçado.

O repente pode parecer muito simples, mas exige métrica, algumas regras básicas, tem que ser tudo certinho. Tem repentista que aborda a Queda da Bastilha, Psicologia, outros abordam a Cultura Regional Grega! Cada um vai  por  um caminho.

O seu caminho qual é?

Um tiquinho de cada coisa!

Isso significa que a sua arte agrada a todo tipo de público?

A gente procura agradar a todos!

Atualmente você tem algum programa?

Eu me apresento em programas de pessoas que me chamam. Faço algumas palestrazinhas por aí.  Em faculdades. Participei de muitos programas do Globo Rural. O aspecto mais importante é o de divulgar a riqueza do folclore brasileiro. Temos fases, quando vem algo novo na mídia mundial. Algum tempo depois, percebemos que o folclore brasileiro resiste, permanece e até ganha espaço.

A música sertaneja andou sendo deturpada?

Ai é outra coisa! A música sertaneja mesmo, vive sendo escondida, mas não morre. Para quem gosta ela está sempre viva.

Tem música que é intitulada como sertaneja, só que não tem absolutamente nada de sertaneja.

É o meio!

O que é o “Sertanejo Universitário?

Isso é título que eles criaram! Forró Universitário, Sertanejo Universitário, Pisadinha , vão inventando em cima de ritmos que já existem! Há uma pequena mudançazinha. 

Você conheceu o consagrado Luiz Gonzaga, também conhecido por Gonzagão?

Conheci! Ele gravou música minha, eu gravei cantando com ele. Ele gravou as músicas que fiz, “Maria Cangaceira”, “Maria Bonita”, gravei com ele no disco “ LuizGonzaga , 70 anos de sanfona e simpatia”. No ano em que ganhei o Grammy Latino, (Prêmio Internacional, que elege os melhores em sua categoria na América Latina). Esse disco Dominguinhos gravou, com acústica dele e minha, a letra é minha.  Chama-se “ Padroeira da Visão – Santa Luzia” Luiz Gonzaga nasceu no dia 13 de dezembro de 1912, em Exu, na divisa entre os estados de Pernambuco e Ceará, na região do Araripe. Essa música era para ser cantada por Luiz Gonzaga e por mim, mas ele faleceu, acabamos gravando o Dominguinhos e eu. Dominguinhos é um grande músico, gravou muito comigo! Eu produzi um disco dele também.

Você conhece Benedito Siviero, que entre muitos sucessos é compositor da música “Boate Azul”?

Conheço! É amigo! A gente se encontra, bate papo.

Você tem uma vida muito dinâmica, circula pelo Brasil todo!

Sou pior do que notícia ruim!

Você tem uma ligação muito forte com a celebração da Folia de Reis?

Sou Mestre em Folia de Reis! Completei 50 anos de mestre, passei para outro. Mas ainda saio no tempo de Folia, na minha terra. A festa tem a parte religiosa e tem a parte jocosa. São as brincadeiras: Corrida de Jegue, Corrida de Porco, Corrida de Cachorro, Corrida de Galinha, Corrida de Costas, Corrida de Mulher, é uma série de brincadeiras.

O pessoal consegue com pouca coisa despertar uma alegria espontânea?

É uma alegria gerada da simplicidade.

Téo, como é a sua alimentação?

Como tanto uma comida típica do Nordeste como um prato típico italiano. Trituro tudo! Hoje mesmo a Thais de Almeida Dias serviu um almoço espetacular. Comida internacional!

Quer dizer que você é mineiro de Minas Gerais?

Claro, uai!

Você tem mais um jeitão de nordestino do que de mineiro!

Mineiro do Norte de Minas, já tem esse jeito assim. Meio baiano. É o jeito nosso.

Quando você começou, começou aonde?

Foi no Norte de Minas. Cantava repente nas feiras. O início foi de muita luta. Me virava da forma que podia, até que vim para São Paulo.

Quando você entrou em uma rádio pela primeira vez?

Foi em Montes Claros! Na Rádio Sociedade Norte de Minas, ZYD-7, eu tinha uns oito para nove anos de idade.

Téo, essa vida de trabalhar com a cultura é rentável financeiramente?

Quem trabalha com a Cultura Popular, no Brasil, não ganha dinheiro suficiente para ficar rico. Eu não conheço nenhum que é rico!

Você encontra muitos pseudos folcloristas pelo caminho?

Infelizmente existem muitos! São pessoas com conhecimento superficial de folclore, usam a boa-fé alheia para iludir, produzir conceitos sem fundamento. Eu tenho um amigo, escritor, ele já fez quatro livros de um livro meu! Eu também não entrei com ação contra ele.  São pessoas limitadas, incapazes de criarem algo, necessitam copiar. São verdadeiros atores profissionais. E legítimos caras de pau!

Você tem algum projeto para criar um museu do folclore?

Eu tenho no Centro do Folclore e Cultura Popular, uma Instituição Pública Federal, situado na Rua do Catete, 179; lá tem algumas peças minhas. Tem uma viola velha que foi do meu pai, um chapéu de couro meu, faz mais de 30 anos que eles pediram para colocar lá. Meus folhetos de cordel estão na Universidade Paris-Sorbonne, na França, com os pesquisadores franceses. Na Alemanha tem pesquisadores que levaram obras que publiquei. Sei que existem outros países que através de seus pesquisadores adquiriram obras que publiquei.

Eles traduzem para o idioma deles?

 Sei que na Alemanha foi feita a tradução.

Imagino um alemão cantando um cordel, deve ser muito curioso!

Os alemães respeitam muito a literatura de cordel. Guimarães Rosa é um dos autores mais lidos na Alemanha. E dos mais traduzidos também. A Alemanha realizou peças radiofônicas com as obras de Guimarães Rosa. Os livretos de cordel, alguns são sobre pessoas, outros são peças musicais.

Téo, a seu ver, qual é o futuro do cordel?

A tecnologia de divulgação pode mudar, mas a essência continua. O professor Rossini sempre dizia que vai haver o folclore do astronauta como existe hoje o caipira, complementa Thais de Almeida Dias.

A internet ajuda a divulgação do cordel?

Divulga! O filme “ O Homem que casou com a mula” está na internet! É um filme com a duração de 1h15min., A trilha sonora desse filme é toda feita pelo meu sobrinho Rodrigo Azevedo, faleceu novo.

Téo Azevedo, você veio de São Paulo para Piracicaba hoje, especialmente para o que?

Vim fazer uma visita para quem considero a mulher mais importante da História da Música Sertaneja do Brasil, Thais de Almeida Dias. A Música Sertaneja Brasileira em sua essência, saiu da cabeça dela, foi ela que impôs a Música Sertaneja na TV Cultura. Com o tempo, outras emissoras vendo o sucesso dela, a copiaram. Isso solidificou e divulgou a música sertaneja.  Os grandes nomes da música sertaneja foram pinçados por ela, cada qual em sua vocação artística. Os sucessos que até hoje são cantados, como o de Inezita Barroso, foi indicada por ela para gravar no Rio de Janeiro um LP. Naquela época, havia apenas uma música de cada lado do “bolachão”, moldado em cera de carnaúba. Pela potência da sua voz, Thais indicou Inezita que gravou duas músicas: de um lado a “Moda da Pinga” e do outro lado a maravilhosa música “Ronda”. Inezita Barroso estourou! Sérgio Reis com “Menino da Porteira”, gravou também umas músicas minhas, como “Tocador de Boi” e “Amansador de Burro Bravo”.

“Oitenta Anos da Música Caipira no Brasil”, quando a música caipira fez oitenta anos, baseado em Cornélio Pires que deu origem a sistematização da música caipira em 1931. Cornélio Pires divulgou os caipiras e a música sertaneja, os costumes e a forma de música. Sérgio Reis cantou a primeira música do disco. Saiu uma música com a história da vida de Téo Azevedo, escrita por Thais de Almeida Dias. É a música “Vaqueiro Velho” gravada por Carlos Cesar e Cristiano.

Téo, você foi vaqueiro também?

Fui! Fui criado na roça, ali tem que fazer de tudo. O vaqueiro virou violeiro. Todo vaqueiro gosta de uma viola, faz parte da vida. Do dia-a-dia, do mundo em que vive.

Como o senhor vê o gaúcho?

Ele tem uma cultura muito rica! A cultura regional deles tem uma poesia rica, bons poetas, a musicalidade é muito boa, tem influência dos ancestrais europeus, é muito bonita, tem uma influência maior da Espanha do que de Portugal. Eles preservam a cultura deles, o CTG – Centro de Tradições Gaúchas é um exemplo disso. São diferenciais marcantes o churrasco, o chimarrão e a bombacha. Assim como o pessoal do Norte do Brasil tem como características marcantes o gibão e o chapéu de couro, além da culinária totalmente diferente. Há cerca de 3 ou 4 décadas, houve um deslocamento em massa de migrantes gaúchos para o norte, levando hábitos como o churrasco e o Tererê, que é a erva mate em infusão gelada e não quente, como o chimarrão.

O senhor andava com o gibão?

Quando era para entrar nas caatingas, tinha que ser usado por causa dos espinhos. A caatinga tem muito espinho, já no cerrado não tem.

O senhor tinha cavalo bom?

Tinha cavalo que levava um ano para ficar mais ou menos. Cavalo bom é quarto de milha, um cavalo de luxo, só para vaqueiro com muitos recursos financeiros. Lá no sertão não tem isso não!

A seu ver, o Nordeste melhorou?

Para os pobres melhorou. As caixas d´agua, luz para todos. Tinha gente que nunca tinha visto a luz de uma lâmpada lá no sertão. Chegava lá, tinha um legadozinho  de palha de coqueiro, uma porta e uma janela. Teve uma evolução. Foi bom demais. Agora, esse negócio de política é complicado. Um mete o pau de cá, outro de lá. Eu nem dou bola para esse povo! Quero saber quem está fazendo pelo Brasil!

O senhor já foi convidado para subir em algum palanque onde havia políticos discursando?

Já! Já subi! Para ganhar dinheiro, fazendo música, cordel, show. De uns anos para cá não pode mais. Já fiz música para tudo quanto é político que você pode pensar!

Eles pagavam?

A empresa que organizava, pagava.

Você foi criador de animais?

Fui criador de cabritos no Vale do Rio São Francisco. Cheguei a ter 1.000 cabeças! Lá tem muita gente que mexe com isso até hoje.


 [U1]

 [U2]

 

          Recentemente, a Câmara Municipal de São Paulo, homenageou dois gigantes das legítimas músicas sertanejas e tradições do folclore brasileiro. Receberam cada um o seu troféu e uma linda placa dourada. Um ato simbólico de gratidão para ambos que dedicaram as suas vidas para manterem vivas as raízes da verdadeira cultura nacional, até hoje. Thais de Almeida Dias recebeu sua placa como gratidão pela criação do programa “Viola, Minha Viola”. A criação desse programa foi uma iniciativa ousada da sua parte e que deu muito certo. No início, houve alguma resistência dentro da própria Fundação Padre Anchieta. Não se cogitava em incluir um programa que abordasse a cultura popular em uma rede de televisão e rádio voltados para um público com elevado nível cultural, que valorizava obras clássicas com grandes nomes, do Brasil e de outros países[U1] . Thais é escritora, radialista e produtora. Como educadora, pesquisadora, apaixonada pelo rico folclore brasileiro, Thais percorreu o país de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Desde o mais longínquo povoado até a então Capital Federal Rio de Janeiro, onde comandou a poderosa Rádio MEC, com cerca de 200 funcionários. Isso em uma época em que as mulheres eram raras em altos cargos executivos, não tinham o tratamento e valorização que existem hoje. A sua rígida formação pessoal e sua competência profissional a conduziram para cargos de relevância. Thais, com sua personalidade marcante, sempre foi muito querida, embora frequentasse um meio onde algumas pessoas se deixavam levar pela fama e brilho do momento. Ela nunca perdeu a sua simplicidade natural. Formada em História pela USP, jornalismo pela Casper Libero e mestrado em jornalismo. Thais conta: “Como professora primária, fui lecionar na região da barranca do Rio Paraná, na divisa com o Mato Grosso. Entrei em um programa desenvolvido pela Universidade de São Paulo que mandava professores para o Norte e o Nordeste do país. Trabalhei dois anos em São Luiz no Maranhão, onde voltei a fazer rádio, na Rádio Educadora Rural, de São Luiz.”.            Thais em São Paulo era constantemente convidada para ser jurada em programas de televisão. Sensata, com conhecimento técnico, ganhou espaço. Conheceu e conviveu com muitas atrizes famosas, os shows de calouros tornaram-se uma febre, os prefeitos promoviam os espetáculos, e a banca julgadora era necessariamente composta por Thais. A célebre Elke Maravilha foi sua colega de júri por anos. Até que a Fundação Padre Anchieta, que envolvia as Rádios Cultura AM e FM, assim como a TV Cultura, convidou Thais para ser produtora. Thais quebrou paradigmas. Eram inegáveis a qualidade e o bom gosto dessas emissoras, porém , abrangiam um público extremamente seletivo. Com sua forma gentil de tratar, ela introduziu um programa que abordava a cultura popular. O programa revelou grandes valores, músicas que são verdadeiras joias. Produziu o programa“ Viola, Minha Viola”. Agregou mais público para a Emissora. Thais realizou cursos como convidada da emissora alemã “ Dw – Deutsche Welle” a convite do governo alemão.          Thais recebeu uma missão muito especial: dirigir a Rádio MEC, no Rio de Janeiro. Uma gigante com cerca de 200 funcionários. Com seu carisma e conhecimento, conquistou o coração dos cariocas e dos ouvintes do Brasil. Há uma entrevista exclusiva no JORNAL “A TRIBUNA PIRACICABANA” e no “BLOG HISTORIAS DE NASSIF, com Thais, onde ela detalha sua trajetória profissional.

            Teófilo de Azevedo Filho, o Téo Azevedo, nasceu a 02 de julho de 1943 em Alto Belo, município de Bocaiúva, no estado de Minas Gerais. Além do talento, Téo é a personificação da célebre frase: “O sertanejo é antes de tudo, um forte”, frase de Euclides da Cunha, em “Os Sertões”, publicado em 1902. Téo é cantor, compositor, violeiro, folclorista e repentista, folião de Reis até hoje, acumulando décadas de participação nesse importante evento regional, que é a Folia de Reis.  Como cantor gravou 23 discos. Téo Azevedo escreveu 13 livros. Já, como compositor , teve suas músicas gravadas por Sérgio Reis, Luiz Gonzaga, o “Gonzagão”, Dominguinhos, estes últimos incontáveis vezes tocaram juntos com Téo. Muitos artistas famosos gravaram as músicas de Téo entre eles Nara Leão, Jair Rodrigues, Zé Ramalho, Christian e Ralf e Jackson Antunes. Téo Azevedo, ainda menino, cantava repentes na rua e participava de concursos de calouros em circos e parques. Aos 17 anos iniciou-se como lutador de boxe, chegando a consagrar-se tricampeão mineiro no início dos anos 1960. Téo Azevedo gravou o primeiro disco no ano de 1965, no estúdio Discobel, interpretando "Deus Te Salve, Casa Santa" (Domínio Público) tendo composto mais três estrofes e mudado a melodia tradicional cantada no norte de Minas Gerais. Essa música, de autor desconhecido, é na verdade o que também conhecemos como "Cálix Bento" (adaptado por Tavinho Moura).

Téo lançou em 1978 o LP "Brasil, Terra da Gente", no qual gravou a música "Viola de Bolso", na qual ele transpôs versos de Carlos Drummond de Andrade para o ritmo das Folias de Reis. E, no mesmo ano, com a composição "Ternos Pingos da Saudade", Téo recebeu o prêmio de melhor melodia, melhor letra e melhor interpretação no Primeiro Festival de Música Sertaneja, evento promovido pela Rádio Record de São Paulo.
Em 1979, Téo participou da abertura da Feira do Livro na Praça 7 de Setembro. Em seguida, foi convidado para gravar "jingles" e "spots" no lançamento do primeiro Torneio de Repentes de Minas Gerais.

No dia 07 de janeiro de 1980, Téo Azevedo fundou a ARPPNM (Associação dos Repentistas e Poetas Populares do Norte de Minas), juntamente com Amelina Chaves, Jason de Morais, Josece Alves, Silva Neto, Pau Terra, João Martins e o grupo Agreste. Téo foi Presidente da ARPPNM e doou para a mesma todos os Direitos Autorais das obras de Domínio Público por ele recolhidas e adaptadas. Voltou para a carreira artística e fundou a escola de samba Unidos do Guarani e participou do conjunto de shows e bailes Léo Bahia. Em 1965, gravou seu primeiro disco, interpretando a música de domínio público “Deus te Salve, Casa Santa”. Em 1968, foi escolhido O Melhor Compositor Mineiro do Ano pelo jornal mineiro “O Debate”. No ano seguinte, mudou-se para São Paulo e se tornou parceiro de Venâncio, da dupla Venâncio e Curumba . Em 1978, foi vencedor do Primeiro Festival de Música Sertaneja promovido pela Rádio Record de São Paulo com a toada “Ternos pingos da saudade”, feita em parceria com o poeta Cândido Canela. Além do prêmio de melhor melodia e de melhor letra, recebeu também o prêmio de melhor interpretação.

Na década de 80 lançou seu primeiro livro: “Literatura popular do norte de Minas”, e depois veio “Plantas medicinais e benzeduras”; “Cultura popular do norte de Minas[U2] ”  e “A folia de reis no norte de Minas”. Musicou um especial sobre Guimarães Rosa para a Rádio Cultura FM de São Paulo; a peça “A hora e a vez de Augusto Matraga”, de Guimarães Rosa, com direção de Antunes Filho, e “Festa na roça”, de Martins Pena, encenada no Teatro Célia Helena em São Paulo. Em 1998, participou da novela “Serras Azuis”, da TV Bandeirantes e apresentou o programa “Nosso Canto Nordestino”, na Rádio Record de São Paulo. Apresenta desde 1991 o “Programa Téo Azevedo” na Rádio Atual, também de São Paulo.

O mineiro Téo Azevedo foi o vencedor do Grammy Latino 2013. A premiação ocorreu no centro de eventos do hotel e cassino Mandalay Bay, de Las Vegas, nos Estados Unidos. O cantor e compositor, natural de Alto Belo, distrito de Bocaiuva, venceu com o álbum "Salve Gonzagão 100 anos", na categoria melhor álbum de raiz.

 

Em 2015 recebeu o Título de Cidadão Paulistano, por meio da Câmara de Vereadores de São Paulo. Téo calcula ter mais de 2.000 músicas gravadas, o que faz dele um recordista no Brasil. Produziu inúmeros trabalhos em literatura de cordel, 12 livros sobre cultura popular. Téo Azevedo com 6 anos de idade já trabalhava, engraxava sapatos e ao mesmo tempo compunha versos de improviso para atrair a freguesia. Desse modo passou a cantar repentes, e participar de concursos de calouros em circo e parques. Antonio Silvino era um vendedor de remédios caseiros, a base de ervas. Ele é considerado por alguns estudiosos, como o revelador de Téo Azevedo. Foi quem viu naquele menino um grande potencial para atrair clientes. Téo fazia os improvisos com uma cobra jiboia em torno do seu pescoço. Era natural haver uma aglomeração em torno de cena tão inusitada. Silvino já tinha o ambiente próprio para oferecer seus remédios caseiros.

Thais de Almeida Dias a convite da Rádio Deutsche Welle, realizou diversos cursos na Alemanha. Téo Azevedo recebeu uma equipe da TV alemã, que gravou horas de seu trabalho, como documentário. Na Alemanha existem estudiosos que analisam o trabalho de Téo Azevedo, autor de cerca de 1.000  folhetos de literatura de cordel. A literatura de cordel, recebeu esse nome em Portugal, onde um barbante ou cordel, funciona como um varal onde são expostos os folhetos dependurados. Geralmente usam ilustrações com xilogravuras.

Na casa de Thais , juntamente com Téo e mais algumas pessoas, saboreamos um delicioso almoço, em um ambiente descontraído e aconchegante . Conversamos bastante e aproveitamos para conhecer um pouco mais do trabalho do Téo.

Ao tocar o gado, o que é “apoio” Téo?

O apoio é o canto improvisado do vaqueiro para guiar e tocar o gado, muito utilizado no Norte do Estado de Minas Gerais, assim como em direção ao Nordeste Brasileiro. É como se fosse aqui no Sul do Brasil, o berrante, que também serve para tocar e guiar o gado. Fiz um filme mostrando o que é o apoio no primeiro canal de televisão da cidade de Baden-Baden, na Alemanha. Para essa mesma equipe do Dr. Ralph uns três anos depois eu fiz um outro trabalho. A trilha sobre Guimarães Rosa.

A Thais de Almeida Dias, fez um trabalho maravilhoso na Rádio Cultura de São Paulo que foi muito bonito! Um trabalho histórico.  Lima Duarte e outros artistas importantes contribuíram com os seus talentos. Ela me convidou e eu entrei no meio da turma!

Você participou de algum filme?

Nós fizemos agora um filme de longa-metragem, extraído de um cordel meu, chama-se “O Homem que casou com a mula”. Não tem nada de pornografia, ele é engraçado! O nome já é engraçado! Foi extraído de um cordel meu, conta história de um sujeito que era muito feio, cheio de preconceitos, morava isolado na roça, ele não achava nenhuma mulher que se interessasse por ele, um dia na beira da estrada tinha uma mula pastando e relinchando. E a mula pastava e relinchava para ele. Ele achou que a mula estava rindo para ele! E assim foi, até que ele decidiu que queria casar com a mula! Procurou o padre, o padre não quis consentir naquele casamento. Procurou o pastor que também não quis realizar o casamento. Ele então procurou o Pai de Santo, que também não quis realizar o casamento.

Quem é o artista principal?

São quatro artistas, só que o elenco todinho é do Norte de Minas Gerais! Isso inclui a turma da produção, os atores, a turma da filmagem. Os locais todos são do Norte de Minas.

E o noivo da mula?

É uma pessoa da região.

Essa filmagem foi feita agora?

Faz poucos meses. Está em edição. É o primeiro filme extraído de um cordel que fiz. Esse filme é muito interessante por ter uma parte declamado do cordel e outra as filmagens em si. Eu também tenho a minha participação nas cenas.

Como anda a literatura de cordel no Brasil hoje?

Eu acho que anda bem! Claro que muita coisa mudou, mas a Literatura de Cordel está espalhada pelo Brasil todo, de Norte a Sul. Muitos filmes, muitas peças, foram baseados na Literatura de Cordel.

A Internet ajudou a Literatura de Cordel?

A internet é uma faca de dois gumes, ajuda de um lado e não ajuda de outro.

(O cordel tem uma origem interessante, tem a magia de encantar seus leitores e ouvintes, trazem o folclore de forma cristalina. Fisicamente assumem as características de folhetos, é e necessário conhecer muito bem a cultura de um povo para entender a Literatura de cordel.

Quantas obras de Literatura de Cordel você já publicou, Téo Azevedo?

De cordel tenho cerca de 1000 (mil) folhetos publicados no Brasil todo.

Segundo Thais de Almeida Dias, você é especialista em plantas que curam, sendo que já publicou um livro sobre “Plantas que curam.

Conheço algumas! Sou da região do Cerrado Brasileiro que é mais rico do que a Mata Atlântica. O cerrado é o bioma mais rico do Brasil! Mais rico do que a Floresta Amazônica! O cerrado tem uma vantagem, ele é caridoso, ele é cheio de plantas medicinais, ali tem muitas benzedeiras que conhecem as propriedades medicinais de cada planta. Atualmente, a pessoa acometida de algum mal, após diagnosticada, ela recebe uma receita e vai até  uma farmácia, onde adquire um remédio, que serve para curar aquela moléstia. Esse remédio “X” serve para o João, o Pedro, o Antonio.

O curador busca a origem da doença, que para indivíduos diferentes, podem manifestar a mesma doença, mas por causas diferentes. Cada indivíduo tem uma natureza própria e única. Essa habilidade requer muitos anos de estudo da natureza das plantas e seus efeitos, a observação de cada caso, geralmente é transferida por gerações. Isso não vai de encontro com os avanços técnicos da medicina. Muitos medicamentos são sintetizados a partir dos efeitos observados nas plantas. Conheço muitas pessoas do sertão que tem grandes conhecimentos sobre os efeitos das plantas. Sei também os efeitos que as plantas que existem no mato podem causar. Pelo menos umas mil plantas, seus efeitos e benefícios eu conheço. Sei dizer para que serve determinada folha, raízes, quais são benéficas, quais são perigosas: tóxicas ou venenosas.

Na Escola de Agronomia Luiz de Queiroz, de Piracicaba, Dr. Walter Accorsi, coordenou a cadeira de Fitoterapia. Desenvolveu muito os estudos nessa área. O Japão foi um dos países que se interessou muito por esses estudos. Após o falecimento do Dr. Walter houve um declínio nessas pesquisas.

Eu não receito nada não! Quando alguma pessoa me procura eu digo: “ O que dizem que é bom para isso é essa planta, ou essa! ”.

Para curar picada de cobra, qual é uma boa indicação?

Dependendo da cobra “Babau” ! A Urutu Cruzeiro por exemplo, pode ocasionar o óbito em meia hora! Nesse caso só Deus pode salvar.

Sabemos que o Brasil é extremamente rico em tudo, inclusive em vegetação e água .

Minas Gerais é a “Caixa de Água” do Brasil!

Sabemos que o nosso país é muito rico em minérios, não só na diversidade como na quantidade. Você que tem tanto contato por todo o Brasil, como vê a situação do país sob o olhar popular?

Eu sou de uma família de garimpeiros, meu pai era garimpeiro de cristal, outros eram de diamantes.

Você nunca teve vocação para o garimpo?

Nunca tive! Meu negócio foi tocar viola! Eu enrolo na viola!

Você tem um grande talento como repentista! O repente requer um grau de cultura muito elevado. Raciocínio rápido. Poder de observação aguçado.

O repente pode parecer muito simples, mas exige métrica, algumas regras básicas, tem que ser tudo certinho. Tem repentista que aborda a Queda da Bastilha, Psicologia, outros abordam a Cultura Regional Grega! Cada um vai  por  um caminho.

O seu caminho qual é?

Um tiquinho de cada coisa!

Isso significa que a sua arte agrada a todo tipo de público?

A gente procura agradar a todos!

Atualmente você tem algum programa?

Eu me apresento em programas de pessoas que me chamam. Faço algumas palestrazinhas por aí.  Em faculdades. Participei de muitos programas do Globo Rural. O aspecto mais importante é o de divulgar a riqueza do folclore brasileiro. Temos fases, quando vem algo novo na mídia mundial. Algum tempo depois, percebemos que o folclore brasileiro resiste, permanece e até ganha espaço.

A música sertaneja andou sendo deturpada?

Ai é outra coisa! A música sertaneja mesmo, vive sendo escondida, mas não morre. Para quem gosta ela está sempre viva.

Tem música que é intitulada como sertaneja, só que não tem absolutamente nada de sertaneja.

É o meio!

O que é o “Sertanejo Universitário?

Isso é título que eles criaram! Forró Universitário, Sertanejo Universitário, Pisadinha , vão inventando em cima de ritmos que já existem! Há uma pequena mudançazinha. 

Você conheceu o consagrado Luiz Gonzaga, também conhecido por Gonzagão?

Conheci! Ele gravou música minha, eu gravei cantando com ele. Ele gravou as músicas que fiz, “Maria Cangaceira”, “Maria Bonita”, gravei com ele no disco “ LuizGonzaga , 70 anos de sanfona e simpatia”. No ano em que ganhei o Grammy Latino, (Prêmio Internacional, que elege os melhores em sua categoria na América Latina). Esse disco Dominguinhos gravou, com acústica dele e minha, a letra é minha.  Chama-se “ Padroeira da Visão – Santa Luzia” Luiz Gonzaga nasceu no dia 13 de dezembro de 1912, em Exu, na divisa entre os estados de Pernambuco e Ceará, na região do Araripe. Essa música era para ser cantada por Luiz Gonzaga e por mim, mas ele faleceu, acabamos gravando o Dominguinhos e eu. Dominguinhos é um grande músico, gravou muito comigo! Eu produzi um disco dele também.

Você conhece Benedito Siviero, que entre muitos sucessos é compositor da música “Boate Azul”?

Conheço! É amigo! A gente se encontra, bate papo.

Você tem uma vida muito dinâmica, circula pelo Brasil todo!

Sou pior do que notícia ruim!

Você tem uma ligação muito forte com a celebração da Folia de Reis?

Sou Mestre em Folia de Reis! Completei 50 anos de mestre, passei para outro. Mas ainda saio no tempo de Folia, na minha terra. A festa tem a parte religiosa e tem a parte jocosa. São as brincadeiras: Corrida de Jegue, Corrida de Porco, Corrida de Cachorro, Corrida de Galinha, Corrida de Costas, Corrida de Mulher, é uma série de brincadeiras.

O pessoal consegue com pouca coisa despertar uma alegria espontânea?

É uma alegria gerada da simplicidade.

Téo, como é a sua alimentação?

Como tanto uma comida típica do Nordeste como um prato típico italiano. Trituro tudo! Hoje mesmo a Thais de Almeida Dias serviu um almoço espetacular. Comida internacional!

Quer dizer que você é mineiro de Minas Gerais?

Claro, uai!

Você tem mais um jeitão de nordestino do que de mineiro!

Mineiro do Norte de Minas, já tem esse jeito assim. Meio baiano. É o jeito nosso.

Quando você começou, começou aonde?

Foi no Norte de Minas. Cantava repente nas feiras. O início foi de muita luta. Me virava da forma que podia, até que vim para São Paulo.

Quando você entrou em uma rádio pela primeira vez?

Foi em Montes Claros! Na Rádio Sociedade Norte de Minas, ZYD-7, eu tinha uns oito para nove anos de idade.

Téo, essa vida de trabalhar com a cultura é rentável financeiramente?

Quem trabalha com a Cultura Popular, no Brasil, não ganha dinheiro suficiente para ficar rico. Eu não conheço nenhum que é rico!

Você encontra muitos pseudos folcloristas pelo caminho?

Infelizmente existem muitos! São pessoas com conhecimento superficial de folclore, usam a boa-fé alheia para iludir, produzir conceitos sem fundamento. Eu tenho um amigo, escritor, ele já fez quatro livros de um livro meu! Eu também não entrei com ação contra ele.  São pessoas limitadas, incapazes de criarem algo, necessitam copiar. São verdadeiros atores profissionais. E legítimos caras de pau!

Você tem algum projeto para criar um museu do folclore?

Eu tenho no Centro do Folclore e Cultura Popular, uma Instituição Pública Federal, situado na Rua do Catete, 179; lá tem algumas peças minhas. Tem uma viola velha que foi do meu pai, um chapéu de couro meu, faz mais de 30 anos que eles pediram para colocar lá. Meus folhetos de cordel estão na Universidade Paris-Sorbonne, na França, com os pesquisadores franceses. Na Alemanha tem pesquisadores que levaram obras que publiquei. Sei que existem outros países que através de seus pesquisadores adquiriram obras que publiquei.

Eles traduzem para o idioma deles?

 Sei que na Alemanha foi feita a tradução.

Imagino um alemão cantando um cordel, deve ser muito curioso!

Os alemães respeitam muito a literatura de cordel. Guimarães Rosa é um dos autores mais lidos na Alemanha. E dos mais traduzidos também. A Alemanha realizou peças radiofônicas com as obras de Guimarães Rosa. Os livretos de cordel, alguns são sobre pessoas, outros são peças musicais.

Téo, a seu ver, qual é o futuro do cordel?

A tecnologia de divulgação pode mudar, mas a essência continua. O professor Rossini sempre dizia que vai haver o folclore do astronauta como existe hoje o caipira, complementa Thais de Almeida Dias.

A internet ajuda a divulgação do cordel?

Divulga! O filme “ O Homem que casou com a mula” está na internet! É um filme com a duração de 1h15min., A trilha sonora desse filme é toda feita pelo meu sobrinho Rodrigo Azevedo, faleceu novo.

Téo Azevedo, você veio de São Paulo para Piracicaba hoje, especialmente para o que?

Vim fazer uma visita para quem considero a mulher mais importante da História da Música Sertaneja do Brasil, Thais de Almeida Dias. A Música Sertaneja Brasileira em sua essência, saiu da cabeça dela, foi ela que impôs a Música Sertaneja na TV Cultura. Com o tempo, outras emissoras vendo o sucesso dela, a copiaram. Isso solidificou e divulgou a música sertaneja.  Os grandes nomes da música sertaneja foram pinçados por ela, cada qual em sua vocação artística. Os sucessos que até hoje são cantados, como o de Inezita Barroso, foi indicada por ela para gravar no Rio de Janeiro um LP. Naquela época, havia apenas uma música de cada lado do “bolachão”, moldado em cera de carnaúba. Pela potência da sua voz, Thais indicou Inezita que gravou duas músicas: de um lado a “Moda da Pinga” e do outro lado a maravilhosa música “Ronda”. Inezita Barroso estourou! Sérgio Reis com “Menino da Porteira”, gravou também umas músicas minhas, como “Tocador de Boi” e “Amansador de Burro Bravo”.

“Oitenta Anos da Música Caipira no Brasil”, quando a música caipira fez oitenta anos, baseado em Cornélio Pires que deu origem a sistematização da música caipira em 1931. Cornélio Pires divulgou os caipiras e a música sertaneja, os costumes e a forma de música. Sérgio Reis cantou a primeira música do disco. Saiu uma música com a história da vida de Téo Azevedo, escrita por Thais de Almeida Dias. É a música “Vaqueiro Velho” gravada por Carlos Cesar e Cristiano.

Téo, você foi vaqueiro também?

Fui! Fui criado na roça, ali tem que fazer de tudo. O vaqueiro virou violeiro. Todo vaqueiro gosta de uma viola, faz parte da vida. Do dia-a-dia, do mundo em que vive.

Como o senhor vê o gaúcho?

Ele tem uma cultura muito rica! A cultura regional deles tem uma poesia rica, bons poetas, a musicalidade é muito boa, tem influência dos ancestrais europeus, é muito bonita, tem uma influência maior da Espanha do que de Portugal. Eles preservam a cultura deles, o CTG – Centro de Tradições Gaúchas é um exemplo disso. São diferenciais marcantes o churrasco, o chimarrão e a bombacha. Assim como o pessoal do Norte do Brasil tem como características marcantes o gibão e o chapéu de couro, além da culinária totalmente diferente. Há cerca de 3 ou 4 décadas, houve um deslocamento em massa de migrantes gaúchos para o norte, levando hábitos como o churrasco e o Tererê, que é a erva mate em infusão gelada e não quente, como o chimarrão.

O senhor andava com o gibão?

Quando era para entrar nas caatingas, tinha que ser usado por causa dos espinhos. A caatinga tem muito espinho, já no cerrado não tem.

O senhor tinha cavalo bom?

Tinha cavalo que levava um ano para ficar mais ou menos. Cavalo bom é quarto de milha, um cavalo de luxo, só para vaqueiro com muitos recursos financeiros. Lá no sertão não tem isso não!

A seu ver, o Nordeste melhorou?

Para os pobres melhorou. As caixas d´agua, luz para todos. Tinha gente que nunca tinha visto a luz de uma lâmpada lá no sertão. Chegava lá, tinha um legadozinho  de palha de coqueiro, uma porta e uma janela. Teve uma evolução. Foi bom demais. Agora, esse negócio de política é complicado. Um mete o pau de cá, outro de lá. Eu nem dou bola para esse povo! Quero saber quem está fazendo pelo Brasil!

O senhor já foi convidado para subir em algum palanque onde havia políticos discursando?

Já! Já subi! Para ganhar dinheiro, fazendo música, cordel, show. De uns anos para cá não pode mais. Já fiz música para tudo quanto é político que você pode pensar!

Eles pagavam?

A empresa que organizava, pagava.

Você foi criador de animais?

Fui criador de cabritos no Vale do Rio São Francisco. Cheguei a ter 1.000 cabeças! Lá tem muita gente que mexe com isso até hoje.


 [U1]

 [U2]

segunda-feira, janeiro 15, 2024

Necrologia

 NOTAS DE SEGUNDA – 15/01/2024


SR. EDSON JOSE DA SILVA, Faleceu dia 13pp na cidade de Piracicaba, aos

46 anos de idade e era casado com a Sra. Maria Roseline Ferreira da Silva.

Era filho do Sr. José Lourival da Silva e da Sra. Maria Tereza dos Santos Silva.

Deixa a filha Thais Ferreira da Silva casada com Vitor Ramon Matias. Deixa

ainda 1 neto, demais parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se dia

13pp as 16:00 horas, saindo a urna mortuária do Velório Municipal de Rio

das Pedras, seguindo para o Cemitério Municipal de Rio das Pedras. À

família e amigos enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus

Funerais.

SRA. IZAULINA DO LIVRAMENTO GOMES , Faleceu dia 13pp na cidade de

Piracicaba, aos 75 anos de idade e era filha do Sr. Gerson José Gomes e da

Sra. Maria Candida Gomes, falecidos. Deixa os filhos: Odair José Ferreira de

Araujo casado com Edilaine Regina Ferreira de Araujo, Raquel Aparecida

Gomes da Cruz viúva de Marcos Antonio da Cruz. Deixa irmãos, netos,

bisnetos, demais parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se

anteontem as 09:00 horas, saindo a urna mortuária do Velório Municipal da

Vila Rezende – Sala 01, seguindo para o Cemitério Municipal da Vila

Rezende. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar do Grupo

Bom Jesus Funerais.

SR. VALENTIN GIOVANETTI, Faleceu dia 13pp na cidade de Piracicaba, aos

80 anos de idade e era casado com a Sra. Maria Dirce Venturini Giovanetti.

Era filho do Sr. José Giovanetti e da Sra. Amalia Passuelo, falecidos. Deixa os

filhos: Valdir Roberto Giovanetti casado com Marta Cilene Gadotti, Agnaldo

Jose Giovanetti casado com Adriana Quiles Giovanetti, Eliane Cristina

Giovanetti Spadoto casada com Ricardo Augusto Spadoto, Geraldo Luis

Giovanetti casado com Claudete de Castro Guerra Giovanetti. Deixa netos,

bisnetos, demais parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se

anteontem as 16:00 horas, saindo a urna mortuária do Velório da Saudade

– Sala 06, seguindo para o Cemitério da Saudade. À família e amigos

enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

SR. EDSON ANTONIO SCHIAVINATTO – Faleceu dia 13pp na cidade de

Piracicaba, aos 70 anos de idade e era filho dos finados Sr. Herminio

Schiavinatto e da Sra. Mafalda Rossi Schiavinatto. Deixa os filhos: Sara

Torina Schiavinatto Scarazzati casada com Mauricio Luis Scarazzati, Ramon

Schiavinatto casado com Thais Nania Schiavinatto. Deixa 04 netos e demais

parentes e amigos. O Velório ocorreu anteontem no Memorial


Metropolitano de Piracicaba Sala – Rubi, das 08:00hs as 14:00hs. À família e

amigos enlutados os sentimentos do Grupo Bom Jesus Funerais.

MENINA - ISIS CAMPEÃO, Faleceu anteontem na cidade de Piracicaba e era

filha do Sr. Cleiton Jose Campeão da Sra. Julia Paulino da Silva. Deixa

parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se anteontem as 13:00hs,

saindo a urna mortuária do Velório Municipal de Vila Rezende Sala - 01,

seguindo para o Cemitério Municipal de Vila Rezende. Á família e amigos

enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

SR. LUIZ VENANCIO RIBEIRO, Faleceu anteontem na cidade de Piracicaba,

aos 63 anos de idade. Era filho do Sr. Benedito Venancio Ribeiro e da Sra.

Maria Aparecida Ribeiro, falecidos. Deixa irmãos, demais parentes e

amigos. O seu sepultamento deu-se anteontem as 16:30 horas, seguindo

para o Cemitério Municipal da Vila Rezende. À família e amigos enlutados

os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

SRA. NEISE MARIA ALBERONI, Faleceu anteontem na cidade de Piracicaba,

aos 63 anos de idade. Era filha do Sr. Nercio Alberoni, falecido e da Sra.

Hilda Tavares Alberoni.Deixa irmão, sobrinhos, demais parentes e amigos.

O seu sepultamento deu-se anteontem as 17:15 horas, saindo a urna

mortuária do Velório da Vila Rezende – Sala 02, seguindo para o Cemitério

Municipal da Vila Rezende. À família e amigos enlutados os sentimentos de

pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

SR. ANTONIO BEZERRA DA SILVA, Faleceu anteontem na cidade de

Piracicaba, aos 75 anos de idade era casado com a Sra. Francisca Fernandes

da Silva. Era filho do Sr. José Bezerra da Silva e da Sra. Quiteria Luiza

Conceição, falecidos. Deixa os filhos: Debora Alexandra Bezerra da Silva,

Lindailton Venancio da Silva casado com Rita de Cassia Lima Viana, Ivanilde

Fernandes Rissato Justi, Lindail Venancio da Silva, Antonio Venancio da

Silva, Cicera Fernandes da Silva casada com Jonas e Maria Fernandes da

Silva casada com Aparecido Gaspar de Oliveira. Deixa netos, bisnetos,

demais parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se anteontem as 17:00

horas, saindo a urna mortuária do Velório da Vila Rezende – Sala 01,

seguindo para o Cemitério Municipal da Vila Rezende. À família e amigos

enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.


SRA. ANA PINTO DA CUNHA BARROS, Faleceu anteontem na cidade de

Piracicaba, aos 100 anos de idade e era viúva do Sr. Joaquim da Silva. Era

filha do Sr. João Pinto e da Sra. Augusta Goes da Cunha, falecidos. Deixa os

filhos: João Batista Carriel de Barros casado com Irani Gonçalves de Lima,

Mauro Carriel de Barros casado com Margarida Keller de Barros, Maria

Spada casada com Geraldo Spada, Izabel Maria Conceição Spada casada

com Tito Spada, Aparecida Munhos casada com Benedito Munhos, Jairo

Carriel de Barros (já falecido), Helena Amaro (já falecida) e Moises Carriel

de Barros (já falecido).

Deixa netos, bisnetos, tataranetos, demais parentes e amigos. O seu

sepultamento deu-se anteontem as 16:30 horas, saindo a urna mortuária

do Velório da Saudade – Sala 01, seguindo para o Cemitério da Saudade. À

família e amigos enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus

Funerais.

DAVID GUTIERREZ RAMOS FILHO, Faleceu dia 13pp na cidade de

Piracicaba, aos 32 anos de idade. Era filho do Sr. David Gutierrez Ramos,

falecido e da Sra. Maria Aparecida dos Santos Gutierrez. Deixa demais

parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se anteontem as 16:00 horas,

no Cemitério Municipal da Vila Rezende. À família e amigos enlutados os

sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

SR. JOSÉ FELICIANO DA SILVA , Faleceu ontem na cidade de Piracicaba, aos

68 anos de idade e era casado com a Sra. Antônia Maria Soares da Silva. Era

filho do Sr. Francisco Feliciano da Silva e da Sra. Maria Leite da Silva,

falecidos. Deixa os filhos: Edilaine Cristina da Silva casada com Osnir

Sanches, Eder Fernando da Silva, Veronica Aparecida da Silva casada com

Delelmo Cordeiro, Amanda Thais da Silva Barbosa casada com Matheus

Barbosa. Deixa netos, demais parentes e amigos. O seu sepultamento dar-

se-á hoje ás 15:00 horas saindo a urna mortuária do Velório Municipal da

Vila Rezende – Sala 01, seguindo para o Cemitério Municipal da Vila

Rezende. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar do Grupo

Bom Jesus Funerais.

 

NECROLOGIA

Sr. Walter Bueno

            Faleceu dia 13 p.p, nesta cidade, contava 85 anos, filho dos finados Sr. Jorge Bueno e da Sra. Iracema Nascimento Souza, era casado com a Sra. Dirce Barboza Bueno; deixa os filhos: Tania Aparecida Bueno Ferreira, viúva do Sr. Janio Salvador Ferreira; Rosana Emira Bueno Plens, casada com o Sr. Andre Luiz de Melo Plens; Yeda Maria Bueno; Debora Cristina Pereira e

Walter Luis Bueno, já falecido, deixando viúva a Sra. Belmira Bueno. Deixa netos, irmãos, cunhados, sobrinhos, demais familiares e amigos.

            Seu sepultamento foi realizado anteontem, tendo saído o féretro às 13h00 do Velório do Crematório Memorial Metropolitano de Piracicaba, sala “Esmeralda”, para o Cemitério Municipal da Saudade. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

Sr. Nelson Zem

            Faleceu dia 13 p.p, nesta cidade, contava 87 anos, filho dos finados Sr. Eugenio Zem e da Sra. Laura Spinozzi Zem, era casado com a Sra. Apparecida de Lourdes Pereira Zem; deixa os filhos: Dorival Zem, casado com a Sra. Anair Moreira Gandra Zem, Reginaldo Zem, casado com a Sra. Roselene Pereira de Souza Zem e Narciso Reinaldo Zem, já falecido, deixando viúva a Sra. Maria Josefina Dolores Citta Zem. Deixa irmã, sobrinhos, netos, bisnetos demais familiares e amigos.

Seu sepultamento foi realizado anteontem, tendo saído o féretro às 13h00 da sala “A” do Velório do Cemitério Parque da Ressurreição, para referida necrópole. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

Sr. Bruno Sung Uk Choi

            Faleceu dia 12 p.p, nesta cidade, contava 34 anos, filho do Sr. Ki Chui Choi e da Sra. Jong Young Choi Park. Deixa demais familiares e amigos.

            Seu sepultamento foi realizado dia 13 p.p, às 16h30 no Cemitério Municipal da Vila Rezende. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

 

Professora: Sra. Maria Helena Bortoletto Rocha Campos

            Faleceu dia 13 p.p., na cidade de São Jose dos Campos/SP, contava 84 anos, filha dos finados Sr. Jose Bortoletto e da Sra. Anna Angela, era viúva do Sr. Waldemar Rocha Campos; deixa os filhos: Ronaldo Bortoletto Rocha Campos; Rejane Bortoletto Rocha Campos, casada com o Sr. Rubens Rodrigues Alves Filho; Ricardo Bortoletto Rocha Campos, casado com a Sra. Maria Emilia Milanello Rocha Campos e Catia Bortoletto Rocha Campos, já falecida, deixando viúvo o Sr. Manoel Aparecido Grachet. Deixa 11netos, 6 bisnetos, demais familiares e amigos.

            Seu sepultamento foi realizado anteontem, tendo saído o féretro às 15h00 do Velório da Saudade, sala 03, para o Cemitério Municipal da Saudade. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

 

Sr. Marcos Antonio Tadeu Mendes

            Faleceu dia 13 p.p., na cidade de São Pedro/SP, contava 69 anos, filho dos finados Sr. João Roberto Mendes e da Sra. Aparecida Ciani Mendes, era casado com a Sra. Maria Cristina Mesquita, deixa os filhos: Andrea Moraes Mendes e Andre Tadeu Moraes Mendes. Deixa netos, demais familiares e amigos.

            O velório ocorreu anteontem das 10h00 às 14h00 na sala “Diamante” do Velório do Crematório Memorial Metropolitano de Piracicaba, seguindo o féretro às 13h00 para a realização da Cerimônia de Homenagens Póstumas no “Salão Nobre” do mesmo local. Procedimentos de Cremação serão realizados posteriormente. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

 

Sra. Maria Osti de Angelis

            Faleceu dia 13 p.p., nesta cidade, contava 85 anos, filha dos finados Sr. Attilio Osti e da Sra. Luiza Rossi, era viúva do Sr. Antonio Santos de Angelis; deixa as filhas: Sandra Aparecida de Angelis e Silvana Aparecida de Angelis Oliveira, casada com o Sr. Carlos Alberto de Oliveira. Deixa netos, bisnetos, demais familiares e amigos.

            O velório ocorreu anteontem das 07h00 às 14h00 na sala “Safira” do Velório do Crematório Memorial Metropolitano de Piracicaba, seguindo o féretro às 14h15 para a realização da Cerimônia de Homenagens Póstumas no “Salão Nobre” do mesmo local. Procedimentos de Cremação serão realizados posteriormente. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

 

 

Sra. Iria Coletti

            Faleceu dia 13 p.p., nesta cidade, contava 69 anos, filha dos finados Sr. Alcides Barbieri e da Sra. Maria Shiavinato Barbieri, era casada com o Sr. Claudemir Coletti; deixa os filhos: Rogerio Coletti, casado com a Sra. Patricia Pileggi Coletti e Rodrigo Coletti, casado com a Sra. Vania Natline Sanches Coletti. Deixa netos, demais familiares e amigos.

            Seu sepultamento foi realizado anteontem, tendo saído o féretro às 14h30 do Velório da Saudade, sala 04, para o Cemitério Municipal da Saudade. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

 

Sra. Ivone Virginio Gomes

            Faleceu dia 13 p.p., nesta cidade, contava 77 anos, filha dos finados Sr. Jose Virginio Gomes e da Sra. Anastacia Francisca Gomes, era viúva do Sr. Paulo Domingos Gomes; deixa os filhos: Edimarcia Aparecida Gomes; Marcelo Cesar Gomes, casado com a Sra. Silmara Gomes; Paulo Cesar Gomes e Daniel Marcos Gomes. Deixa netos bisnetos, demais familiares e amigos.

            Seu sepultamento foi realizado anteontem, tendo saído o féretro às 17h00 da sala “03” do Velório do Cemitério Municipal da Vila Rezende, para a referida necrópole. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

 

Sr. Cesar Conceição de Barros

            Faleceu anteontem, nesta cidade, contava 77 anos, filho dos finados Sr. Hildebrando Ivo de Barros e da Sra. Antonia Conceição de Barros, era casado com a Sra. Dirce Aparecida Chiarini de Barros; deixa o filho: Ivan Cassio Chiarini de Barros, casado com a Sra. Ariane Cristine Brandini. Deixa a neta Valentina, demais familiares e amigos.

            Seu sepultamento foi realizado anteontem, tendo saído o féretro às 15h00 do Velório da Saudade, sala 02, para o Cemitério Municipal da Saudade. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

Sra. Erika Franco dos Santos

            Faleceu anteontem, nesta cidade, contava 36 anos, filha do Sr. José Celino dos Santos e da Sra. Neusa Franco dos Santos, era casada com o Sr. Alexandre de Campos Camargo. Deixa os filhos: Victor Daniel Franco dos Santos Camargo, Vinicius Franco dos Santos Camargo e Vivian Francos dos Santos Camargo. Deixa demais familiares e amigos.

            O velório teve início anteontem às 18h00 até às 13h00 de ontem no Velório do Crematório Memorial Metropolitano de Piracicaba, sala “Esmeralda. Procedimentos de Cremação serão realizados posteriormente. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

Sr. Edmilson Cesar da Cruz

            Faleceu anteontem, nesta cidade, contava 45 anos, filho do Sr. Rufino Antonio da Cruz, já falecido e da Sra. Maria Regina Puppin da Cruz. Deixa os irmãos: Adriano José da Cruz, casado com a Sra. Roselene Nunes da Cruz e Marcia Raquel da Cruz, casada com o Sr. Lucas Jonathan. Deixa demais familiares e amigos.

            Seu sepultamento foi realizado ontem, tendo saído o féretro ás 14h00 do Velório do Crematório Memorial Metropolitano de Piracicaba, sala “Diamante”, para o Cemitério Municipal da Saudade. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

 

Sra. Erlinda Stocco Carboni

            Faleceu anteontem, nesta cidade, contava 79 anos, filha dos finados Sr. João Stocco e da Sra. Angelina Secarelli Stocco, era viúva do Sr. João Gilberto Carboni, deixa as filhas: Helen Juliana Carboni; Eliane Eva Carboni e Elaine Edna Carboni Boatto, casada com o Sr. Alexandre Boatto. Deixa netas, bisnetos, demais familiares e amigos.

            Seu sepultamento foi realizado ontem, tendo saído o féretro às 17h00 do Velório da Saudade, sala “06” para o Cemitério Municipal da Saudade. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

Sra. Maria Ines Sartini da Silva Gazaffi

            Faleceu ontem, nesta cidade, contava 67 anos, filha dos finados Sr. João Batista da Silva e da Sra. Ignez Sartini da Silva, era casada com o Sr. Antonio Idiliomar Gazaffi; deixa o filho: Rodrigo Gazaffi, casado com a Sra. Luciane Santini Gazaffi. Deixa irmãos, demais familiares e amigos.

            Seu sepultamento foi realizado ontem, tendo saído o féretro às 17h00 do Velório da Saudade sala “05”, para o Cemitério Municipal da Saudade. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

 

terça-feira, dezembro 12, 2023

 

NECROLOGIA

Sr. Jose Pinheiro dos Santos

            Faleceu anteontem, nesta cidade, contava 89 anos, filho dos finados Sr. Manoel Pinheiro dos Santos e da Sra. Jovina Maria de Jesus; deixa os filhos: Mauricio Pinheiro dos Santos; Ana Pinheiro da Silva; Eufrasio dos Santos; Manoel dos Santos, já falecido; Maria Andrea dos Santos; Francisco Pinheiro dos Santos; Antonio Pinheiro dos Santos e Miriam Pinheiro dos Santos. Deixa netos, bisnetos, demais familiares e amigos.

            Seu sepultamento foi realizado ontem, tendo saído o féretro às 17h00 da sala “02” do Velório do Cemitério Municipal da Vila Rezende, para a referida necrópole. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

Menino: Pedro Lopes Marques

            Faleceu ontem, nesta cidade, filho do Sr. Bruno Marques Batista e da Sra. Julia Lopes Bezerra. Deixa demais familiares.

            Seu sepultamento foi realizado ontem às 10h30 no Cemitério Municipal da Vila Rezende. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.


segunda-feira, dezembro 04, 2023

 

SEMPRE LEIA A BULA

Acadêmico João Umberto Nassif – Cadeira 35 – Patrono Prudente José de Moraes Barros

 

 

                                 A poltrona de número J18, do avião Boeing-737, está ocupada por um senhor elegante, fisionomia de traços bem definidos, seus cabelos brancos denunciavam que já tinha passado por muitos natais e carnavais. Sua estatura era comum à maioria dos brasileiros. Seu vigor físico denunciado pelos músculos dos braços, poderiam levar a supor que tinha sido um atleta. E de fato foi.

                          Voando sobre as nuvens, de tempos em tempos era paparicado pela atenciosa aeromoça, com acepipes e bebidas variadas. Com um sorriso de comercial de televisão, delicadamente perguntou-lhe: “-O senhor quer mais um travesseiro? ”. Delicadamente ele respondeu que não e agradeceu.

                         Joel Santana acomodou-se no confortável assento do avião onde seu pensamento voltou meio século, para o dia em que seu pai Severino Santana, sua mãe Ana de Jesus Santana e seus irmãos Cicero, ainda no colo da mãe, Maria com dois anos de vida, Maria das Dores, com quatro anos, Miguel, com seis anos, Thiago com 7 anos, Juscelino com 10 anos e ele, Joel com onze anos. Junto com desconhecidos, viajaram por dias sentados em bancos de madeira, na carroceria de um caminhão. O famoso Pau de arara. Uma viagem sofrida, mas tinham a esperança de dias melhores. Ninguém reclamava. O destino era a cidade que mais crescia no Brasil: São Paulo! Uma febre tomava conta de todos, indústrias precisavam de braços. Havia disputa das empresas por mão de obra, qualificada ou não. A distância entre Fortaleza e São Paulo é cerca de 4.660 quilômetros por rodovia. De avião são 2.332 quilômetros.  Atualmente, de ônibus, essa viagem é estimada em dois dias e nove horas. Viajando em Pau de arara, computando as paradas para descanso ou problemas mecânicos, a viagem durou cerca de trinta dias e trinta noites. Em São Paulo, um primo da minha mãe estava nos aguardando. Cansados e famintos, fomos acolhidos naquela bendita casa. Dois dias após a chegada, meu pai já estava trabalhando como ajudante em uma oficina mecânica. Minha mãe foi trabalhar como diarista em casas de famílias conhecidas do seu primo. Eu tinha completado 12 anos, fui ajudar na padaria da na qual o proprietário era um português com forte sotaque. No início, eu fazia a faxina e varria o chão.

                         Dois meses depois da nossa vinda, o primo da minha mãe, o Alencar, como era conhecido, arrumou uma casa em uma vila que tinha quatro cômodos e como luxo, um banheiro! A igreja do bairro nos ajudou, doando móveis e colchões, fogão e até mesmo uma geladeira. Tudo usado, mas em bom estado. Lembro-me que a cama ainda tinha um selo com a sua marca: “Patente”. Dois anos após a nossa vinda para São Paulo, meu pai já tinha se tornado um mecânico habilidoso e minha mãe tinha muitas casas para fazer a faxina. Seu Manoel passou-me para o atendimento de clientes no balcão. Como eu era muito observador, via o Oscar, que era o chapeirão, fazendo os lanches e assim, na teoria, eu aprendi o ofício.

                          Um dia, o Oscar faltou. Seu Manoel em desespero, não via outra solução, olhou-me nos olhos e disse-me: “ Ó menininho, vejo que olhas o Oscar trabalhando; és capaz de fazer lanches? ” Afirmei que sim. Com segurança caminhei para a chapa e os demais funcionários ficaram na expectativa. Os clientes eram os mesmos, eu conhecia o gosto de cada um. Procurava colocar uma fatia a mais de queijo, de presunto, caprichava no lanche.

                               O Oscar estava vivenciando uma nova fase em sua vida. Era solteiro, com cerca de 40 anos de idade, quando teve uma paixão súbita por uma moça bem mais jovem. Estava gastando suas economias de anos, com a sua recente paixão. Disse adeus à chapa e colocou o pé na estrada, junto com a amada.

                           Joel passou a ser o chapeiro oficial da Padaria Portugal, situada em um dos bairros de classe média alta de São Paulo. Em suas horas de folga, frequentava as padarias que estavam na moda. Sentava-se e pedia um lanche. Ficava observando tudo. Assim foi trazendo novidades para a Padaria que trabalhava. O movimento foi aumentando. Seu Manoel estava feliz com a troca. Aos poucos, Joel foi completando os estudos. Após o básico, realizou o antigo Curso de Madureza e cursou a Faculdade de Administração de Empresas. Além de um bom salário, as gorjetas que os clientes davam eram um bom rendimento.

                    O movimento começou a crescer a tal ponto que Joel ganhou um ajudante, o Penha, que desempenhava a função com maestria.  Seu Manoel, viúvo, sem filhos, há muito pensava em “dar uma volta até Portugal”, como sempre dizia. Percebeu que se colocasse Joel como gerente da padaria e um auxiliar para o Penha, a Padaria Portugal estaria em boas mãos, pelo menos por um mês. Dito e feito. Passou um mês em Portugal, visitou a aldeia em que nascera e a deixou ainda muito jovem, reviu parentes, amigos de infância. Deliciou-se com a culinária portuguesa.

                     Voltou ao Brasil, a Padaria Portugal estava repleta, e para a sua surpresa, seus funcionários tinham criado novos tipos de pães e um “donuts” brasileiro, que vendia muito.

 Enfim, Seu Manoel pensou consigo mesmo: “ Este gajo é do ramo! ” . Por alguns dias ruminou a ideia de aposentar-se. Já tinha um sólido patrimônio, e a viagem à Portugal o fez pensar que a vida não é só para trabalhar. Joel havia contribuído muito nos dez anos em permanecera na padaria, para que o patrimônio de Seu Manoel aumentasse. Isso por si só, o motivou a oferecer-lhe a padaria para que Joel a comprasse. Sabia que ela se pagaria em pouco tempo.

              Joel aceitou a proposta. Ao lado da padaria, havia uma casa à venda que com suas economias, ele a adquiriu e a demoliu. Ia ampliar a padaria. Contratou uma arquiteta, que integrou o ambiente da padaria junto ao restaurante para refeições rápidas. Elza Beckher, uma jovem de origem alemã, nutricionista e administradora de empresas foi contratada, com salário e participação acionária na empresa. Foram contratadas garçonetes escolhidas pela competência, cozinheiras que elaboraram um cardápio simples, com preço acessível e muito criativo. Timóteo Correia, era um cearense que tinha trabalhado nos Estados Unidos, onde fazia o café da manhã de um grande hotel. Era mestre em panqueca, fazia malabarismo com elas, e encantava os clientes. Era conhecido como Tim. Um outro cearense, enorme, forte como um touro, tinha morado na Alemanha, França, Portugal e trabalhado como doceiro nesses países. Era Jacó Medeiros, o “Sweet Jack”, ou simplesmente Jack.  Olímpio Mourão era um pernambucano que trabalhou muito tempo na Itália. Entendia tudo de massas e pães; estava formado o time.

                                   Na inauguração da nova Padaria Portugal, o Sr. Manoel Almeida, antigo proprietário foi o convidado de honra. Em pouco tempo a padaria tornou-se um sucesso retumbante. Havia filas para entrar. Isso levou Seu Manoel às lágrimas de alegria.

                               Joel era um empreendedor nato. Com esse time, montou o que chamaríamos de segunda divisão, ou seja, aprendizes. Passou a procurar padarias “caídas”, ou seja, mal administradas, em bairros de classe alta. Geralmente os proprietários estavam ansiosos por livrarem-se desses estabelecimentos. Joel os adquiria, fechava, vendia as instalações antigas e reformava o prédio conforme as orientações de Ana Steves, a arquiteta. Colocava os funcionários que passaram pelo aprendizado na Padaria Portugal e a padaria passava a encantar o bairro. Os lucros eram altos e divididos entre os acionistas.

                            As rodas do avião tocam o solo e fazem Joel despertar de suas lembranças. Finalmente estava em Fortaleza.  Sentiu seu coração bater mais forte. Desde que tinha saído de Fortaleza, aos doze anos de idade, nunca mais voltara. Após desembarcar, foi de taxi até o Plaza Hotel, onde tinha sua reserva. Ficou em uma suíte com frente para o mar, à 20 metros da Praia de Iracema. Deslumbrado com o progresso da cidade, foi admirando a belíssima cidade onde nascera. Já instalado no hotel, tomou um banho, colocou uma roupa esportiva e foi passear pela avenida que beirava o mar. Era tudo um sonho. A natureza oferecia um espetáculo maravilhoso.  A alegria das pessoas na praia era contagiante. Ainda em São Paulo, tinha sentido os sintomas de rinite. Passou por uma farmácia e adquiriu um antialérgico, em pouco tempo sentiu a coriza nasal estancar. Foi um grande alívio. Sua rotina era levantar, tomar um delicioso café da manhã, ir até a praia, onde permanecia por algumas horas. Em seguida fazia a visita aos parentes e amigos com os quais já havia feito contato prévio e conseguido o endereço. Apesar do tempo decorrido, foi recebido calorosamente por todos, com almoços, jantares e bebidas típicas da região. Foram dias muito festivos e emocionantes.

                        Como nem sempre tudo é perfeito, passou a observar que o funcionamento dos seus rins estava muito lento. Ingeria muito liquido e expelia pouco. Continuava a tomar o antialérgico conforme fora orientado. Tinha comprado vários conjuntos de calça e camisa de algodão branco, feitos com muito capricho pelas costureiras e bordadeiras cearenses. Eram leves, frescos. No seu último dia de permanência em Fortaleza, foi uma lambança gastronômica, incluindo diversos tipos de sucos. Recolheu-se ao hotel, para no dia seguinte pela manhã embarcar em seu voo para São Paulo. As chaves do apartamento eram cartões magnéticos, com uma senha própria. Ao chegar em sua suíte, sentiu uma imensa necessidade fisiológica de expelir liquido pelas vias naturais. O cartão simplesmente não abria a porta. Foi até a recepção e a amável recepcionista disse-lhe que poderia ter sido a falha de energia elétrica que ocorreu durante o dia. Imediatamente mudou sua senha e disse que podia subir. Joel, com passos curtos, e pernas contraídas dirigiu-se ao elevador.  Sentiu que era tarde demais. Subiu as escadas que ficava ao lado, e em profundo desespero tentou segurar o liquido que sua bexiga expelia. Suprema humilhação para um homem ainda jovem. Conseguiu apanhar um elevador vazio. Pediu por telefone a vinda de uma camareira enquanto se trocava. Assim que a camareira chegou, ele com algumas cédulas de dinheiro na mão, disse-lhe: “- Derrubei água na escada entre o primeiro e segundo andar, a senhora pode limpar, por favor? ”. Olhando aquelas cédulas, que logo foram para suas mãos, ela assentiu com a cabeça, talvez até contendo uma gargalhada.

                                                   Joel pensou: “Chegando a São Paulo vou ao Dr. Castro! ”. No dia seguinte, tomou o seu café habitual, foi para o Aeroporto Internacional de Fortaleza – Pinto Martins. Um turbilhão de pensamentos passava pela cabeça.  Após chegar a São Pulo, dirigiu-se para o seu apartamento na Alameda Lorena. Começou a desfazer a mala. Eis que surge uma caixinha vermelha do antialérgico. Imediatamente ele passou a ler a bula. Entre os efeitos colaterais estava a retenção urinária. Ou seja, o efeito do remédio acabou exatamente quando ele chegou no hotel, e todo liquido retido durante o dia foi expelido involuntariamente. Joel não sabia se ria ou chorava, mas aprendeu uma grande verdade: sempre leia a bula antes tomar qualquer medicamento. Os médicos indicam corretamente, mas o paciente pode ter esquecido de contar algum detalhe importante sobre a sua reação a medicamentos.

segunda-feira, novembro 06, 2023

 NECROLOGIA

NOTAS DE SEGUNDA-FEIRA – 06/11/2023

SRA. LUCEIA BENTO DE LIMA COUTINHO, Faleceu dia 04pp na cidade de

Piracicaba, aos 55 anos de idade, era casada com o Sr. Ivan da Silva

Coutinho. Era filha do Sr. Nadir Bento de Lima e da Sra. Maria José

Florencio de Lima, falecidos. Deixou as filhas: Louise Maria de Lima Jorge,

Lindsay Marssele de Lima Jorge, Lunna Maybelle de Lima Jorge. Deixa

ainda demais parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se anteontem

as 10:30 hs, saindo a urna mortuária do Velório da Saudade – Sala 05,

seguindo em auto fúnebre para o Cemitério Parque da Ressurreição. Á

família e amigos enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus

Funerais.

SRA. GERTRUDES CEZAR SANCHES, Faleceu dia 04pp na cidade de

Piracicaba, aos 89 anos de idade e era filha do Sr. Manoel Pedrozo Cezar e

da Sra. Rosaria Rodrigues Sanches, falecidos. Deixa os filhos: Marcos

Antonio Custodio, Cleide Custodio Ortega, Edson Elias Custodio, Roberto

Custodio, Rosangela Custodio Jacomassi, Clelia Cristina Custodio, Valdir

Antonio Custodio, Claudinei Custodio, falecido, Fernanda Custodio de

Oliveira. Deixa noras, genros, netos, bisnetos, tataranetos, demais

parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se anteontem 15:30 horas,

saindo a urna mortuária do Velório Memorial Metropolitano de Piracicaba

– sala Diamante, seguindo em auto fúnebre para o Cemitério Municipal

da Vila Rezende. A família e amigos enlutados os sentimentos e pesar do

Grupo Bom Jesus Funerais.

SR. JOSE MARIA RODRIGUES FERREIRA, Faleceu dia 04pp na cidade de

Piracicaba, aos 62 anos de idade e era casado com a Sra. Lazara de Fatima

Pires Ferreira. Era filho do Sr. Benedito Rodrigues Ferreira e da Sra. Olga

Feliciano Ferreira, ambos falecidos. Deixa os filhos: Fabiana Cristina

Ferreira casada com Gilmar Teixeira de Almeida, Fabio Henrique Rodrigues

Ferreira. Deixa 01 neto, demais parentes e amigos. O seu sepultamento

deu-se anteontem as 11:00hs, saindo a urna mortuária do Velório

Municipal da Vila Rezende – Sala 01, seguindo para o Cemitério Municipal

da Vila Rezende. A família e amigos enlutados os sentimentos e pesar do

Grupo Bom Jesus Funerais.

 

SR. SEBASTIÃO GENTIL FELICIO, Faleceu dia 04pp na cidade de

Charqueada, aos 77 anos de idade e era casado com a Sra. Maria Jose

Bailarin Felicio. Era filho do Sr. Estevão Felicio e da Sra. Judit Felicio,

falecidos. Deixa os filhos: Valdete Aparecida Felicio das Neves, Maria

Cristina Felicio Thome, Luis Antonio Felicio, Janete Cristiane Felicio

Barbieri. Deixa demais parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se

anteontem as 17:00 hs, saindo a urna mortuária do Velório Municipal,

seguindo para o Cemitério Municipal de Charqueada. À família e amigos

enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

SRA. ELISANGELA DE FATIMA CARDOSO LOPES DA SILVA, Faleceu dia

04pp na cidade de Piracicaba, aos 50 anos de idade e era casada com Sr.

Marcelo Lopes da Silva. Era filha do Sr. Jose Ribeiro Cardoso e da Sra.

Odimira de Paula Cardoso. Deixa demais parentes e amigos. O seu

sepultamento deu-se anteontem às 14:30hs, saindo a urna mortuária do

Velório Municipal de Vila Rezende - Sala-01, seguindo para o Cemiterio

Municipal de Vila Rezende. À família e amigos enlutados os sentimentos

de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

SR. REGINALDO DANIEL SOARES, Faleceu anteontem na cidade de

Piracicaba, aos 59 anos de idade. Era filho do Sr. Augusto Lino Soares e da

Sra. Olivia Boaventura Soares, falecidos. Deixa o filho: Gustavo Soares.

Deixa irmãos, demais parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se

anteontem as 17:00 hs, saindo a urna mortuária do Velório da Saudade –

Sala 04, seguindo para o Cemitério da Saudade. Á família e amigos

enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

SR. JOSE HELIO MEDEIROS, Faleceu anteontem na cidade de Piracicaba,

aos 68 anos de idade e era casado com a Sra. Maria Filomena Neves

Medeiros, era filho do Sr. Antonio Benedito Medeiros e da Sra. Maria Rita

de Brito, falecidos. Deixa os filhos: Lucas Antonio Medeiros casado com

Ana Paula de Oliveira Medeiros; Vanessa Cristina Medeiros casada com

Ivo Alexandre Medeiros; Vania de Cassia Medeiros casado com Paulo

Alexandre Nastaro; Maria Gabriela Medeiros. Deixa netos, demais

parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se ontem as 10:00 hs saindo a

urna mortuária do Velório Memorial Metropolitano de Piracicaba – Sala –

Esmeralda, seguindo para o Cemitério Saudade. À família e amigos

enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

 

SR. GILMAR JOSÉ GONÇALVES, Faleceu anteontem na cidade de

Piracicaba, aos 64 anos de idade e era viúvo da Sra. Maria Luci Bueno. Era

filho do Sr. José Gonçalves e da Sra. Maria Dione Gonzalez, falecidos.

Deixa os filhos: Joice Cristina Gonçalves casada com Anderson Cleiton da

Silva Gonçalves, Anderson Willian Gonçalves casado com Andreia Bueno

da Silva e Gilmara Aparecida Gonçalves. Deixa netos, bisnetos, demais

parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se anteontem as 17:00 hs,

saindo a urna mortuária do Velório Municipal de Vila Rezende - Sala 02,

seguindo para o Cemitério Municipal de Vila Rezende. À família e amigos

enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

 

FUNDADOR DA EMPRESA BEIRA RIO SUPERMERCADOS

SR. ARMANDO GRACIANI , Faleceu anteontem na cidade de Piracicaba,

aos 87 anos de idade e era viúvo da Sra. Maria Antonia Dechen Graciani.

Era filho do Sr. João Graciani e da Sra. Otilia Graciani, falecidos. Deixa os

filhos: Adenir Jose Graciani casado com Celia Maria Nastaro Graciani, João

Marcos Graciani casado com Cristina Rodrigues Monteiro e Angela Maria

Graciani. Deixa 5 netos, demais parentes e amigos. O seu sepultamento

deu-se ontem as 15:00 hs, saindo a urna mortuária do Velório Parque da

Ressurreição – Sala Premium, seguindo para o Cemitério Parque da

Ressurreição. Á família e amigos enlutados os sentimentos de pesar do

Grupo Bom Jesus Funerais.

 

SRA. ENEIDE LEME DA SILVA PINTO, Faleceu anteontem na cidade de Rio

das Pedras, aos 72 anos de idade e era casada com o Sr. Mario da Silva

Pinto. Era filha do Sr. Calixto Pinto Leme e da Sra. Dalila Pereira Leme,

falecidos. Deixa os filhos: Vania Andreia da Silva Bispo, Renata Maria da

Silva Marconatto, Iara Roberta Silva Marconatto, Douglas da Silva Pinto.

Deixa demais parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se ontem as

15:30 hs, saindo a urna mortuária do Velório Municipal de Rio das Pedras,

seguindo em auto funebre para o Cemitério da Saudade. Á família e

amigos enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

SRA. MARIA JOSE GUIMARÃES RIBEIRO , Faleceu anteontem na cidade de

Santa Barbara d´Oeste, aos 90 anos de idade e era casada com o Sr. Jose

Maria Ribeiro. Era filha do Sr. Alexandrino Guimarães e da Sra. Felicidade

Jose de Oliveira, falecidos. Deixa os filhos: Jose Luis Guimarães Ribeiro

casado com Sidineia Sampaio da Silva Ribeiro, Sergio Guimarães Ribeiro e

Maria Helena (falecida). Deixa netos, bisnetos, demais parentes e amigos.

 

O seu corpo foi transladado em auto funebre para a cidade de São Paulo,

onde o seu sepultamento deu-se ontem as 11:00hs, saindo a urna

mortuária do Velorio Araujo Orsola em Santa Barbara D´Oeste, seguindo

para o Cemiterio da Lapa. Á família e amigos enlutados os sentimentos de

pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

SR. ANTONIO AMALFI JUNIOR, Faleceu ontem na cidade de Piracicaba ,

aos 93 anos de idade e era casado com a Sra. Heloisa Beatriz Junqueira

Amalfi. Era filho do Sr. Antonio Amalfi e da Sra. Raphaelina Frota Amalfi,

falecidos. Deixa os filhos: Rosana Amalfi Ferraz casada com Fabio Ometto

Ferraz; Marcelo Eduardo Amalfi; Mauricio Carlos Amalfi, já falecido foi

casado com Selma Azzi Amalfi; Sergio Augusto Amalfi casado com Renata

Andia Amalfi. Deixa ainda netos, bisnetos e demais parentes e amigos. O

seu sepultamento deu-se ontem as 15:00 hs, saindo a urna mortuária do

Velório Memorial Metropolitano de Piracicaba – Sala Diamante, seguindo

em auto fúnebre para o Cemitério da Saudade. Á família e amigos

enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

SRA. MARIA DOLORES DA SILVA, Faleceu anteontem na cidade de

Piracicaba, aos 74 anos de idade e era viúva do Sr. Orlando Dionisio da

Silva. Era filha do Sr. Alfredo Lozano e da Sra. Encarnação Garcia, falecidos.

Deixou os filhos: Joslania Donizete da Silva; Rogerio Aparecido da Silva;

Alex Sandro da Silva. Deixa ainda netos, demais parentes e amigos. O seu

sepultamento deu-se ontem as 17:00hs, seguindo para o Cemitério

Memorial Parque Paulista. À família e amigos enlutados os sentimentos de

pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

SR. NARCISO NAPOLIS, Faleceu ontem na cidade de Iracemapolis, aos 81

anos de idade e era viúvo da Sra. Maria Ines de Paula Napolis. Era filho do

Sr. Alberto Napolis e da Sra. Maria das Dores, falecidos. Deixa os filhos:

Giovana Aparecida Napolis e Joelmer Donizeti Napolis. Deixa netos,

demais parentes e amigos. O seu sepultamento deu-se ontem as às 15:00

hs, saindo a urna mortuária do Velório Municipal de Iracemápolis,

seguindo para o Cemitério Municipal de Iracemapolis. À família e amigos

enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

 

SRA. ADRIANA BRANDÃO DE ANDRADE, Faleceu dia ontem na cidade de

Piracicaba, aos 51 anos de idade e era casada com o Sr. Alexandre Lopes

da Silva. Era filha do Sr. José Rodrigues de Andrade e da Sra. Irailda

Brandão de Andrade, falecidos. Deixa os enteados: Samuel e Marina.

 

Deixa demais parentes e amigos. O seu sepultamento dar-se-á hoje as

14:00hs, saindo a urna mortuária do Velório Parque da Ressurreição – Sala

Premium, seguindo para o Cemitério Parque da Ressurreição. À família e

amigos enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus Funerais.

SRA. GENESIA FRANCISCA BATISTA BORBA, Faleceu ontem na cidade de

Piracicaba, aos 80 anos de idade e era viúva do Sr. Anacleto Soares Borba.

Era filha do Sr. Jose Francisco Julião e da Sra. Maria Batista, falecidos.

Deixa a filha: Ines Soares Borba Sitta casada com José Caetano Sitta. Deixa

netos, bisnetos, demais parentes e amigos. O seu sepultamento dar-se-á

hoje as 14:00hs, saindo a urna mortuária do Velório Municipal da Vila

Rezende – Sala 01, seguindo para o Cemitério Municipal da Vila Rezende.

À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar do Grupo Bom Jesus

Funerais.

 

Grupo Bom Jesus - Filial São Pedro <filialspedro@bomjesuspiracicaba.com.br>

16:58 (há 26 minutos)

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para angela, Carlos, crisazanha, Daniela, diagrama, fernanda, com, Grupo, ivonete, joacir, mim, Karla, Larissa, Marcelo, natalia, Piranot2, provincia, redação, Redação, redação@piranot, tribuna

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BOA TARDE !

 

SR. DIEGO BERLIM BAIA Faleceu no dia 03/11 na cidade de São Pedro, aos 40 anos de idade.Era filho do Sr. Sergio Ouriques Baia e da Sra. Denise Aparecida Berlim Baia.Deixa irmã e demais parentes e amigos. O seu sepultamento deu se dia 04/11 saindo o féretro ás 17:00 h do Velório Municipal de São Pedro –Sala 1 seguindo para o Cemitério Parque São Pedro onde foi inumado em jazigo da família. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar do GRUPO BOM JESUS FUNERAIS

 

SR. JOSÉ ROBERTO ANTONELI Faleceu no dia 05/11 na cidade de São Pedro, aos 69 anos e era casado com a Sra. Maria da Graça de Santis Antoneli .Era filho dos finados Sr. João Antoneli Filho e da Sra. Aparecida Bilia Antoneli.Deixa os filhos: Bruno Antoneli, Luciana Antoneli Barroso, Vitor Antoneli e Andre Antoneli. Deixa neto, demais parentes e amigos. O seu sepultamento deu se dia 05/11 saindo o féretro ás 10:30 h do Velório Memorial Bom Jesus – Sala 1 seguindo para o Cemitério Municipal de São Pedro onde foi inumado em jazigo da família. Esta sala possui serviço de Velório On-Line consulte os familiares. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar do GRUPO BOM JESUS FUNERAIS

 

 

Sr. Geraldo Zolin

            Faleceu ontem, nesta cidade, contava 75 anos, filho dos finados Sr. Antonio Zolin e da Sra. Emilia Natale Zolin. Deixa irmão, sobrinhos, demais familiares e amigos.

            Seu sepultamento será realizado hoje, saindo o féretro às 10h30 do Velório da Saudade, sala “03”, para o Cemitério Municipal da Saudade. À família e amigos enlutados os sentimentos de pesar da Abil Grupo Unidas Funerais.

 

 

 


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