sexta-feira, julho 31, 2009

Esalqueanos são anunciados vencedores do Prêmio Fundação Bunge 2009

João Lúcio Azevedo e Carlos Eduardo Pellegrino Cerri são os agraciados na área de Agricultura Tropical, nas categorias Vida e Obra e Juventude, respectivamente João Lúcio Azevedo e Carlos Eduardo Pellegrino Cerri são os agraciados com o Prêmio Fundação Bunge 2009, na área de Agricultura Tropical, nas categorias Vida e Obra e Juventude, respectivamente. O anúncio dos agraciados foi feito hoje pela manhã, logo após a reunião do Grande Júri, realizada tradicionalmente no Tribunal de Justiça de São Paulo. O Prêmio Fundação Bunge foi criado há 54 anos para incentivar a inovação em várias áreas do conhecimento, que se alternam a cada edição. Como não há inscrições e os concorrentes são indicados, o sigilo do processo assegura a independência do prêmio. “Nosso objetivo é reconhecer pessoas cujos trabalhos representem um avanço nas artes e nas ciências. O Brasil pode se beneficiar das inovações criadas e até mesmo outros países”, destaca Ruy Altenfelder, curador do Prêmio Fundação Bunge. A categoria “Vida e Obra” reconhece o trabalho de um especialista, cuja carreira já está consolidada na área em que atua e os projetos realizados representam um patrimônio cultural importante para o país. Já a categoria “Juventude” destaca um profissional de até 35 anos, cujo trabalho represente um novo paradigma em sua área. A premiação será feita em uma cerimônia marcada para o dia 16 de setembro, na Sala São Paulo, quando os vencedores da categoria “Vida e Obra” receberão R$ 100 mil cada um, além de diplomas e medalhas. Já na categoria “Juventude” cada um dos escolhidos receberá R$ 40 mil e também diplomas e medalhas. A galeria dos mais de 150 contemplados está disponível para consulta no endereçohttp://www.fundacaobunge.org.br/site/premio_fundacao_bunge/galeria_dos_premiados.asp O Grande Júri é formado por colegiado sob a direção do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes, integrado por representantes de entidades científicas e culturais, reitores e Ministros de Estado, como o Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, João de Almeida Sampaio Filho; o Presidente da Embrapa, Pedro Antonio Arraes Pereira; o Diretor da ESALQ, Antonio Roque Dechen; o Presidente da FAPESP, Celso Lafer; a Diretora do Museu de Arte Contemporânea, Lisabeth Rebollo Gonçalves; a Diretora da Escola de Belas Artes, Ângela Ancora da Luz; o Reitor da UNESP, Herman Voorwald, além do Presidente e do vice-presidente da Fundação Bunge, Jacques Marcovitch e Carlo Lovatelli. O Prêmio Bunge 2009 também será entregue, na área de Pintura, para Regina Silveira (categoria Vida e Obra) e Rodrigo Cunha (categoria Juventude). A entrega dos prêmios será feita durante o Seminário Internacional de Agricultura Tropical, em 16 de setembro, na Sala São Paulo, no Complexo Cultural Júlio Prestes. Sobre João Lúcio Azevedo João Lúcio Azevedo, natural de São Paulo/SP, é formado em Engenharia Agronômica pela ESALQ, possui doutorado em Genetics pela Universidade de Sheffield, na Inglaterra, e em Agronomia, pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado pela University of Manchester (1988) e pela Universidade de Nottingham. É professor aposentado pela Universidade de São Paulo, onde atuou de 1960 a 1995. Continua como professor e orientador em várias instituições brasileiras. Tem contribuído de forma marcante com a capacitação de novos talentos, tendo formado 95 mestres e 68 doutores que estão fixados nas mais diversas regiões do país. Dedicou sua vida profissional aos estudos de genética de microrganismos de importância para a agricultura. Envolveu-se com a administração e estruturação de vários grupos de pesquisas no Brasil, participou de várias comissões na CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e foi presidente da Sociedade Brasileira de Genética. Atualmente é coordenador de Microbiologia do Centro de Biotecnologia da Amazônia/CBA e membro da CTNBio, Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Tem atuado, ainda, como revisor de muitos periódicos científicos estrangeiros e brasileiros. Entre suas contribuições destacam-se mais de 90 trabalhos publicados em periódicos científicos nos últimos 18 anos e o desenvolvimento de processo para isolamento e purificação do fungo Guignardia citricarpa e do kit de diagnóstico para detecção de fungo patogênico e endofítico de cítricos. Destaca-se também sua preocupação com os desequilíbrios regionais quanto à capacitação de pessoal e socialização da informação. Tem divulgado seu trabalho por meio de conferências e palestras no Brasil e em diversas instituições estrangeiras. Sua contribuição rendeu-lhe mais de 30 prêmios e títulos entre os quais se destacam a Ordem Nacional Mérito Científico e Tecnológico no grau Grã Cruz e a eleição como membro titular da Academia Brasileira de Ciências. “Foi uma surpresa, estou muito satisfeito com a premiação e agradeço aos membros do Juri que me escolheram e externo também minha felicidade com a indicação do Carlos Cerri. Considero este fato muito importante para as pesquisas desenvolvidas na Universidade de São Paulo”, declara João Lucio. Sobre Carlos Eduardo Pellegrino Cerri Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, nasceu em 1974. Tem, portanto, 35 anos. É formado em Engenharia Agronômica pela Escola ESALQ, fez mestrado em Solos e Nutrição de Plantas e doutorado em Ciência Ambiental, ambos na mesma entidade de graduação. É professor do departamento de Ciência do Solo da ESALQ. Sua tese, defendida em 2003, intitulada “Variabilidade espacial e temporal do carbono do solo na conversão de florestas e pastagens na Amazônia Ocidental (Rondônia)” aborda uma das questões mais importantes para o desenho de ações para a conservação da floresta amazônica. Tem se dedicado ao estudo das mudanças climáticas globais, dinâmica da matéria orgânica do solo sob o clima tropical, variabilidade espacial de atributos do solo e matemática aplicada à ciência do solo. Publicou mais de 40 trabalhos científicos e 19 capítulos de livros. A partir de sua titulação iniciou o envolvimento com a orientação e co-orientação de novos mestres e doutores. É bolsista de produtividade do CNPq e membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências. “Fiquei muito surpreso em ser agraciado com esse prêmio, e ao mesmo tempo muito gratificado por ter sido indicado por um júri de alto valor, com representantes do meio acadêmico. Receber esta homenagem significa uma valorização não somente da área de pesquisa em que atuo, bem como para toda a equipe de professores, pesquisadores, alunos de pós-graduação e iniciação científica envolvidos em estudos sobre o papel do solo e o meio ambiente”, afirma Carlos Cerri.

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