JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 21 de janeiro de 2012
Entrevista: Publicada aos sábados no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
http://blognassif.blogspot.com/
http://www.tribunatp.com.br/
http://www.teleresponde.com.br/
Da esquerda para a direita
Márcio Antonio Barbon, Rodney Albert Roston, Fernando José Vitti, Marcel Guarda, Armando Thomaziello Jr, Wilson Macchi, Marcelo de Jesus Sá.
ENTREVISTADO: HORA DA CORNETA - Márcio Antonio Barbon, Rodney Albert Roston, Fernando José Vitti, Marcel Guarda, Armando Thomaziello Jr, Wilson Macchi, Marcelo de Jesus Sá.
A primeira vista um grupo de amigos realiza performances que lembra um pouco programas populares de humor, como Pânico, CQC e outros que seguem as mesmas diretrizes. O que torna esse grupo diferente dos milhares de outros que se reúnem nas mesmas condições, é que a criatividade do conjunto é muito grande, riem de si próprios, e rir de si mesmo é algo muito comum na vida da maioria das pessoas, que tem senso de humor. O riso tem uma extraordinária capacidade de liberar, curar e também, não deixa de ser um ato de entrar em contato consigo mesmo, surgindo, uma percepção mais aguçada perante as situações da própria vida. Pode-se dizer que cada reunião do grupo Hora da Corneta é uma sessão de terapia coletiva. Buscando a origem do grupo, descobre-se que surgiu de forma natural e espontânea. O bate papo descompromissado de quem está degustando uma cerveja gelada, passou a reunir os amigos, entre muitas risadas, com o XV de Novembro de Piracicaba sendo tema obrigatório, já que todos são quinzistas, alguns participam diretamente da administração do time. A conversa animada, muitas vezes atraía a atenção de mesas vizinhas quando o grupo se reunia em uma mesa de bar. Descompromissadamente decidiram gravar o bate papo e colocar no You Tube, um site que permite que seus usuários carreguem e compartilhem vídeos. A boa repercursão animou o grupo, que passaram a alimentar o site com suas gravações. O grupo é formado por sete amigos:
Márcio Antonio Barbon, Funcionário Público Municipal, nascido em 10 de outubro de 1970.
Rodney Albert Roston Gerente Comercial, nascido em 16 de março de 1968
Fernando José Vitti corretor de seguros, nascido em 21 de abril de 1976,
Marcel Guarda, fisioterapeuta, nascido em 15 de agosto de 1982,
Armando Thomaziello Jr, diretor de empresa de Recursos Humanos, nascido em 10 de agosto de 1966.
Wilson Macchi engenheiro agrônomo nascido em 17 de março de 1968;
Marcelo de Jesus Sá. Radialista e jornalista, nascido em 20 de novembro de 1979. Com muito bom humor narram fatos engraçados, atitudes ousadas como de dois elementos do grupo que praticaram a chispada, que é o ato de correr nu em lugar público por um rápido período de tempo, os praticantes se esconderam em algum lugar, despiram-se onde ninguém os via, e apareceram quando ninguém percebeu, correndo o mais rápido que podiam, em pleno local onde estava ocorrendo o churrasco. A prática foi desenvolvida na década de 1970 como um passatempo, ocorreu de forma acentuada nos EUA, era denominada de Streaking.
Wilson Macchi, como surgiu o grupo Hora da Corneta?
Em função do XV de Novembro de Piracicaba, todos do grupo são torcedores do XV, começamos a fazer reuniões ás terça feiras, geralmente em bares frequentado por famílias. Além do XV surgiram outros assuntos, começaram a sair algumas “borrachas” (bobagens), chegou um momento em que percebemos que se gravassemos nossos bate papos teríamos um programa. Calhou do Marcelo Sá ser profissional da área de comunicação, fizemos um programa piloto, com ele conduzindo.
Marcel Guarda reafirma que tudo surgiu a partir de conversas informais, o Armando sugeriu que gravassemos, isso ocorreu em um dia muito frio, gravamos na sua casa, com equipamento totalmente improvisado. Tinhamos uma mesa de som e um microfone apenas, aqueles de lapela, a melhor sensação que tivemos após realizar esse primeiro programa foi o prazer de ter feito de fato o que haviamos pensado. Apesar da precariedade dos recursos técnicos, demos muitas risadas, colocamos na internet, agradou muitas pessoas, com isso fomos dando prosseguimento ás gravações dos nossos bate papos.
Fernando Vitti complementa, cada programa tem uma hora , dividida em blocos de quinze minutos. Eu não participei dos seis primeiros programas, ( um dos integrantes em tom de falso sarcamo comenta à voz alta: “-Foram os melhores”).
Rodney Albert Roston a partir do sétimo programa migramos para uma tradicional casa de lanches de Piracicaba, com isso começamos a fazer o programa gravado, porém com platéia, até então eram feitos na casa do Armando, nós e as nossas esposas.
Fernando Vitti, é feita uma pauta para realizar o programa?
É sim, acredito que a hetereogeneidade do grupo é que dá a liga do programa. Cada um tem uma característica pessoal, o Armando é o elemento simples, o Marcelo é o chato, que coloca ordem na casa, eu sou um dos liberais, o Marcel rí de tudo, não é risada provocada, é natural, expontânea.
Rodney Albert Roston Nós faziamos o programa no início na casa do Armando, com a presença das nossas esposas, dos amigos que passaram a ir até lé. Passamos a fazer em uma lanchonete, gravavamos e colocavamos no You Tube, um dia olhamos em volta de nós e tinha umas 60 pessoas nos acompanhando, rindo muito. Nós damos risadas de nós mesmos. Uma caracterísca é que um é alvo de piada do outro, isso entre os sete componentes do grupo. O detalhe muito importante é que não existem personagens, cada um é ele próprio, sem se caracterizar como uma personagem. Foi muito importante termos já realizado 18 programas, hoje estamos em condições de apresentá-lo em rádio.
O grupo irá colocar o programa no ar através de uma emissora de rádio convencional?
Estaremos entrando no ar no dia sete de fevereiro de 2012, pela Rádio Educadora 1060 Khertz, AM, terça feira, ás 21 horas. Todo programa gostamos de trazer um convidado, o primeiro convidado nosso foi o presidente do XV de Novembro, o Luiz Beltrame, já participaram o deputado Roberto de Moraes, o Rico Veneno, a Adriana Passari, a Madalena.
Fernando Vitti: Geralmente eu. Crio a pauta, usamos muito o Skype, ficamos todos ligados no mesmo bate papo, a pauta é feita de forma virtual. É lançada uma idéia, desenvolvemos durante a semana, no dia da gravação todos já vêm com idéias sobre o que poderá dizer. Se bem que na verdade a maioria dos assuntos surge em nosso bate papo no Skype. Um exemplo: montamos uma pauta, “Sou do tempo que...” e ai aparece a colaboração de cada um, Sou do tempo em que conjuntivite se chamava “dordólho”. Outro fala “Sou do tempo em óleo de cozinha se vendia a granel e era engarrafado na hora, no vasilhame do cliente”. Nós temos muitos programas focados no pobre e seus hábitos. Tivemos o “Dia das Mães do Pobre”; “Natal de Pobre”.
Vocês entrevistaram muitos pobres para fazer esses programas?
Em coro o grupo responde: “-São experiências próprias!” Uma ouvinte, cuja filha ouvia nosso programa, e a partir daí ela passou a ouvir também, a filha colocou no facebook que a sua mãe havia jogado 80% das suas coisas porque tudo que nós falávamos ela tinha na casa dela. (a realidade é que quando o grupo se refere a pobre pode entender-se como proprietários de artigos de gosto duvidoso, os chamados bregas, e não a condição financeira de quem os possui). O nome dessa senhora é Solange, portanto o momento de se falar de pobre é o “Momento Dona Solange”. Procuramos manter um nível em que não se crie constrangimentos de qualquer ordem, político, religioso. Uma das nossas entrevistadas foi a Madalena. Já entrevistamos entre outros: Rico Veneno, Adriana Passari, Mário Luiz, o goleiro Anderson, do XV, o Luiz Beltrame, o Carlinhos Fernandes que ajudou bastante. Quando ele não pode ir o seu filho Vitor Mandi nos ajuda. O Netão de Laranjal Paulista nos ajuda nas pautas. A esposa do Rodney é quem fazia as fotos do grupo.
Todos os componentes são casados?
Dois são solteiros, um é divorciado e outros quatro são casados.
O que as esposas desses quatro componentes do grupo acham a respeito dos seus maridos participarem?
Elas os acompanham. Gostam. Principalmente porque não estamos fazendo personagem. O que nós fazemos na Hora da Corneta é só juntar os sete componentes que já são assim no cotidiano.
Vocês fazem fofocas?
Muitas, aliás, criamos um termo para isso é “pipinguim”.
Marcelo de Jesus Sá diz: o pessoal está comedido nesta entrevista está “pegando leve”.
Rodney Albert Roston vamos aproveitar a ocasião para dizer que animamos casamentos, velórios, batizados, festas de debutantes. Quando estamos juntos, apenas o grupo, fazemos brincadeiras uns com os outros, que só nós aguentamos. Se entra alguém de fora do grupo ele possivelmente não aguentará a pressão
Quando apenas o grupo está reunido o bate papo entre seus componente é uma terapia coletiva?
Acaba sendo!
Qual será o formato do programa na rádio?
Rodney Albert Roston responde que será na Rádio Educadora de Piracicaba, o diretor da rádio, Jairinho Mattos, mostrou seu contentamento, dizendo que estamos fazendo algo totalmente diferente, um trabalho que ele buscava ha muito tempo para ser feito em uma rádio. Na sua opinião as Rádios AM e porque não citar a FM também, são monotonas, os programas são muito repetitivos. Segundo ele nos afirmou, está buscando alguém com o nosso espírito. Ele está dando total apoio e liberdade para o nosso grupo, é lógico que em uma rádio aberta existem algumas regras. E nós só estamos indo para lá por causa dessa liberdade de trabalho que nos foi dada.
Marcelo de Jesus Sá Fizemos 18 programas, foram editados, na rádio será sem cortes, ao vivo. Após gravarmos o quinto programa tivemos um convite para gravar em uma televisão local. Conversamos, e o grupo achou que naquele momento não seria ideal para nós, a fórmula que fazemos é mais direcionada ao rádio. Profissionais da área sempre afirmaram que deveríamos compartilhar esse programa com os ouvintes de uma emissora de rádio. Na internet quem nos ouve é um pessoal ligado a nós, a cada 100 elogios vinha uma crítica. A abrangência no rádio é em torno de um milhão de pessoas, da mesma forma que virão elogios, virão críticas.
Rodney Albert Roston conforme a apreciação do diretor artístico Jairinho Mattos, nós estamos muito bem preparados para fazer programa em rádio
Marcel Guarda formato do programa mais próximo do que estamos fazendo é o do Danilo Gentili, que integrou o CQC e hoje apresenta um programa na Band.
Marcelo de Jesus Sá o Danilo não utiliza as vinhetas tradicionais, pré-gravadas, por exemplo, musica de suspense, a banda que o acompanha, Ultraje a Rigor faz na hora. Isso nós também fazemos, não usamos aquela risadinha gravada, rimos ao vivo, na hora. Nosso programa deu certo assim. Vinheta para o Giro de Notícias, o Marcel faz na hora. Na semana seguinte essa vinheta sairá diferente. Com isso você quebra aquela coisa tradicional em rádio. O Wilson faz a risada sarcástica, saímos do tradicional, mostramos ás pessoas coisas que são nossas, ninguém tem igual. O humor que nós apresentamos é uma coisa nossa.
Márcio Antonio Barbon os erros de dicção que eu tenho faz parte da personagem. (O grupo explode em uma gargalhada).
Marcelo de Jesus Sá Vale a pena realçar que começamos o programa com seis pessoas, eu, Armando, Wilson, Marcel, Fernando e Rodney. Depois do sexto programa o Wilson precisava viajar muito, com isso ele faltou do sétimo e do oitavo programa, ai nós colocamos o Márcio, que já no começo deveria ter iniciado conosco. Lançamos a idéia de que ele era o estagiário. Pegou. Podemos dizer que o Márcio é o único personagem do programa. A forma como ele faz o estagiário é ele em sua naturalidade. Quando sai alguma coisa errada dizemos: “Tinha que ser o estagiário”.
A provocação é imediata, pedem ao estagiário que fale “Flamengo”, imediatamente ele diz “Framengo”. Explodem as risadas.
Marcelo de Jesus Sá pede que o estagiário repita “O clássico Fla-Flu”. Ele diz: “O crássico Fra-Fru”. Dificil mesmo é fazer com que ele repita a palavra “edredom”. Simplesmente não sai. As gargalhas tomam conta do local.
O interessado em participar do programa de vocês o que deve fazer?
Terá que entrar na fila temos muitos políticos, esportistas, pessoas da sociedade em geral, que aguardam para participarem do programa. Vamos fazer uma homenagem especial ao presidente do XV, Luiz Beltrami, foi ele quem alavancou o nosso programa. Um dos componentes do grupo afirma que também faz entrevista com ex-dirigentes do XV, já falecidos, ele psicofona. (uma alternativa a quem psicografa).
Rodney Albert Roston Nosso programa tem uma curiosidade, várias pessoas que já citamos faleceram. O único que resiste é um famoso arquiteto centenário.
Qual é a proposta da Hora da Corneta?
É a descontração do grupo, ficar milionários e irmos trabalhar na Rede Globo! Apesar de não fazermos nada planejado, esse passo de migrar da internet para a rádio é de forma improvisada. Depois da rádio vamos ver o que irá acontecer. É um pequeno passo para a humanidade, mas um grande passo para a Hora da Corneta. Juntos é uma piada, e sozinhos também. Possivelmente teremos um problema no estúdio da rádio, um elemento do grupo tem pré-disposição para eliminar gazes intestinais, recentemente ele fez um cruzeiro em um navio, adquiriu a passagem em uma luxuosa cabine, mas tornou a convivência interna da mesma quase impossível. Dizemos que toda mulher se casa vestida de noiva, a esposa dele se casou de escafandro.
Quais as coisas mais esquisitas que vocês já fizeram?
Divertimo-nos muito com situações peculiares, muitos se calam diante de certos absurdos do cotidiano. Nós expressamos aquilo que todos gostariam de dizer. Um dos componentes da Hora da Corneta pediu um lanche para levar para casa, o atendente perguntou: “-Você irá levar agora?” A resposta do nosso amigo foi fulminante: “Não, eu venho buscar amanhã cedo!”. Em outra ocasião esse mesmo integrante pediu uma cerveja em um dos estabelecimentos de Piracicaba, a atendente perguntou-lhe: “Você quer um copo?”. Imediatamente ele disse-lhe: “ Não, eu quero uma xícara!” E o pior é que ela trouxe e ele bebeu a cerveja em uma xícara! Em outra ocasião, em um famoso barzinho, o mesmo elemento perguntou ao garçom: “O senhor tem provolone?”. O mesmo disse que tinha, e perguntou-lhe: “-O senhor quer uma porção?”, ao que nosso amigo respondeu: “- Traga a peça inteira, eu corto aqui mesmo!”. O que as vezes ocorre, é quando estamos reunidos, em um barzinho, ao passar por nós alguma moça muito bonita, que esteja com as amigas, ou seja sem acompanhante que possa interpretar mal nosso gesto de carinho, nós a aplaudimos, porém de forma muito discreta, dizemos por exemplo: “-É aniversário de fulano.” E aplaudimos.
Houve uma ocasião em que dois elementos do grupo estavam em um churrasco em determinada associação em Piracicaba, e dado ao alto teor etílico de ambos, ousaram tomar uma atitude diante de uma platéia estupefata?
Um dos integrantes em uma festa de casamento fez pole dance também conhecida como dança do cano. (Há uma interrupção, mencionando uma razão qualquer, fortes aplausos homenageiam a bela moça que passa, ela estava sentada com um grupo de amigas e dirigia-se a toalete. Ela retribui com um sorriso). Outros dois elementos do grupo estavam de fato nesse churrasco, um deles sugeriu que fizesse a famosa chispada, despiram-se e saíram correndo entre os quiosques onde as pessoas estavam. Com o esforço da corrida, o efeito de algumas cervejas baixou bastante, no final do trajeto tiveram a consciência de que deveriam retornar para vestirem-se. Decidiram ficar sentado em um gramado aguardando que alguém fosse levar suas roupas, fato que não ocorreu. Voltaram andando normalmente, como se tivessem vestidos. Outro fato curioso que ocorreu com dois integrantes do grupo, foi durante um jogo de futebol entre Brasil e Holanda, pelo campeonato mundial , as ruas estavam vazias, todos tinham parado para assistir o jogo, em plena tarde, os dois amigos colocaram uma mesa no leito carroçável de uma das mais movimentadas vias da nossa cidade, a Dr. Paulo de Moraes, e passaram a jogar baralho no meio da avenida, próximo ao prédio da Prefeitura Municipal. Não aparecia um veículo sequer. Como estava tudo muito quieto, decidiram praticar a chispada. Em um jogo amistoso entre o XV e o time da Força Sindical, em pleno Estádio Barão de Serra Negra, um dos componentes do grupo levanta-se, grita com toda força dos seus pulmões, questionando a honestidade de determinado dirigente sindical, após dizer tudo que queria, identificou-se, meu nome é fulano de tal, dando não o seu nome, mas o do amigo do grupo. Um ex-presidente do XV, de tanto pegarem no pé dele, disse que iria tomar providências como impedir a entrada deles no estádio, e nos dias de jogo estabelecer um limite onde no raio de três quilômetros do Estádio Barão de Serra Negra eles não poderiam permanecer. Um dos elementos do grupo mora a 500 metros do estádio, sua preocupação era como iria chegar em casa nos dias de jogo. “Cada um de nós, individualmente, tinha como motivação torcer pelo XV, até que decidimos participar ativamente da administração do XV, hoje temos vários integrantes que são conselheiros do XV”.
Vocês aplaudiram dissimuladamente a passagem de uma bela moça que saiu da mesa de suas amigas e dirigiu-se á toalete. Existe o contrario de aplausos (que seriam vaias)?
O contrário de aplausos para nós é aplaudirmos na linguagem do surdo e mudo a LIBRAS, que é assim. (Demonstram, erguendo as mãos para o alto e balançando-as).
Vocês se consideram pessoas normais?
Rodney Albert Roston diz: Todos nós somos normais, temos famílias, sutentamos nossas familias com o nosso trabalho, todos trabalham, saimos da “normalidade” no momento em podemos. Somos malucos com responsabilidade. Ninguém aqui rasga dinheiro, nem corre atrás de avião.
De certa forma vocês cultivam a alegria da infância?
Exatamente! Embora alguns tenham trinta, quarenta anos, somos umas crianças. Fazemos campeonato de jogo de taco, uma brincadeira típica de crianças e adolescentes. O cotidiano é estressante, em todos os locais em que cada um de nós trabalha.
O que os filhos de você pensam a respeito dessas brincadeiras que vocês fazem?
Rodney Albert Roston Meu filho me acha um palhaço, assim como meus pais. Temos que deixar evidente que todos que compõem o nosso grupo são amigos, pertencem a uma classe social comum ao grupo.
Márcio, você que tem um cargo público, qual é a reação dos conhecidos?
Até as 18 horas eu sou funcionário, depois tenho a minha vida privada.
Quais são as perspectivas do programa Hora da Corneta que passará a ser apresentado pela Rádio Educadora?
Esperamos contar com a audiência daqueles que nos acessam pela internet, inclusive já falamos para nossas familiares e amigos ligarem, cada um já tem uns 15 nomes diferentes. Vamos ter enorme audiência entre os profissionais da noite, como guarda noturno, porteiros de prédios, caminhoneiros que passam pela região. Com absoluta certeza vamos ter maior audiência do que a Voz do Brasil ultrapassando a audiência da Voz do Brasil já estaremos satisfeitos. Somos gratos ao Carlinhos Fernandes, seu filho Mandi. A Hora da Corneta é uma nova opção para quem fica na internet, na TV a cabo, ou não agüenta mais ver novela, Big Brother. Estamos achando que com a entrada do programa Hora da Corneta no ar, irá cair a audiência da Globo, ela corre o risco de ter traço em sua audiência. Uma das primeiras coisas que iremos fazer será contar os capítulos das novelas, iremos antecipar tudo que irá acontecer durante a semana.
Rodney Albert Roston Sabemos que sempre tem um louco que gosta de ouvir o que nós falamos, e se algum deles quizer participar com patrocinio, sou do departamento comercial da Hora da Corneta, poderá entrar em contato através do telefone 91502073, 24 horas por dia. Não queremos rasgar dinheiro.