
quinta-feira, julho 09, 2009
Nomes mais comuns na terra do Rio Grande do Sul (RS)
Esta pesquisa foi realizada em 1988, com a permissão da Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (PROCERGS), em que o autor (Luis Roque Klering) atuava como analista de sistemas, tendo acesso a grandes bancos de dados. Foi realizada em horas vagas, do autor e do equipamento de grande porte utilizado (envolvendo, na época, cerca de 200 horas de processamento de dados). O estudo utilizou como recurso a técnica da "pesquisa fonética*", e foi apresentado no I Seminário Nacional de Informática nas Ciências Sociais, patrocinado pela IBM, realizado na cidade de Recife-PE, entre os dias 7 e 9 de dezembro de 1988.
Na época, ocorreu grande interesse pela pesquisa, em nível regional e nacional. Mesmo transcorridos 12 anos desde sua realização, os dados permanecem bastante interessantes, atuais e úteis, que permitem conhecer um pouco melhor esta terra gaúcha; a recuperação dos resultados permite reavivar (ou rememorar) respostas para uma questão sempre candente, nas rodas de conversas (e de chimarrão): quais são os nomes mais comuns das pessoas do Rio Grande (do Sul)?
No transcorrer da sua história, uma sociedade vai registrando seu legado de cultura em obras físicas, como monumentos e edificações; em padrões de comportamento (no lar, nos espaços públicos, e nas organizações privadas e públicas); em linguagens, mitos, ritos; assim como em crenças (valores) e pressupostos mais consolidados e profundos, tidos como certos para cada época e lugar.
O costume de atribuir nomes a nascidos em famílias carrega, ou vem carregado, com vestígios desta herança ou cultura de um povo, numa época e lugar. Os nomes carregam influências sociais, culturais, religiosas e outras, dos próprios artífices da história.
Para estimar os nomes mais comuns existentes em 1988 no Estado do Rio Grande do Sul, a pesquisa utilizou uma amostra de 951.645 pessoas (10,72% da população total), fazendo ajustes, entre a amostra e a população, nos parâmetros de sexo e idade.
Dentre os sobrenomes de origem alemã, os mais comuns são: Schmidt, Becker, Wagner, Müller, Schneider, Weber, Klein, Scherer, Hoffmann, Rech, Schmitz, Kuhn, Mallmann, Diehl, Ritter, Bohn, Ruschel, Stein, Simon, Braun, Ludwig, Hoff, Jung, Finkler e Sperb.
Dentre os sobrenomes de origem italiana, os mais comuns são: Rossi, Ferrari, Medina, Basso, Piccolli, Zanella, Farina, Molina, Zanetti, Rossatto, Bolzan, Favero, Campello, Grazziottin, Carli.
O nome completo mais comum no RS é "João Carlos dos Santos", estimando-se existirem cerca de 242 pessoas com esse nome.
A atribuição de nomes, no decorrer do tempo, ocorre na forma de ondas; por exemplo, os nomes de família (Maria, Antônio, José e outros) eram muito usados em meados da década de 50 (do século passado), a reboque de movimentos religiosos comuns na época. O nome "Luiz" teve seu período áureo no início da década de 60, quando os movimentos relacionados à juventude estavam "na onda". Nomes de apóstolos (Lucas, Marcos, Mateus e outros) foram muito usados nas décadas de 70 e 80, a reboque do caráter mais evangelizador da Igreja Católica. Na década de 80, começaram a ser utilizados para mulheres nomes que eram de homens, como Bruna, Fernanda, Paula, Luiza e outros, acompanhando a idéia de maior autonomia e capacidade das mulheres.
Alguns nomes tiveram prestígio e queda bastante rápidos, como Everaldo no final da década de 60; Ieda, em meados da década de 60; Jocasta, no final da década de 80. O nome Roberto Carlos foi muito usado na década de 60 (curva ou onda maior), tendo depois outras recorrências (curvas ou ondas menores) de utilização.
Esta pesquisa foi realizada em 1988, com a permissão da Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (PROCERGS), em que o autor (Luis Roque Klering) atuava como analista de sistemas, tendo acesso a grandes bancos de dados. Foi realizada em horas vagas, do autor e do equipamento de grande porte utilizado (envolvendo, na época, cerca de 200 horas de processamento de dados). O estudo utilizou como recurso a técnica da "pesquisa fonética*", e foi apresentado no I Seminário Nacional de Informática nas Ciências Sociais, patrocinado pela IBM, realizado na cidade de Recife-PE, entre os dias 7 e 9 de dezembro de 1988.
Na época, ocorreu grande interesse pela pesquisa, em nível regional e nacional. Mesmo transcorridos 12 anos desde sua realização, os dados permanecem bastante interessantes, atuais e úteis, que permitem conhecer um pouco melhor esta terra gaúcha; a recuperação dos resultados permite reavivar (ou rememorar) respostas para uma questão sempre candente, nas rodas de conversas (e de chimarrão): quais são os nomes mais comuns das pessoas do Rio Grande (do Sul)?
No transcorrer da sua história, uma sociedade vai registrando seu legado de cultura em obras físicas, como monumentos e edificações; em padrões de comportamento (no lar, nos espaços públicos, e nas organizações privadas e públicas); em linguagens, mitos, ritos; assim como em crenças (valores) e pressupostos mais consolidados e profundos, tidos como certos para cada época e lugar.
O costume de atribuir nomes a nascidos em famílias carrega, ou vem carregado, com vestígios desta herança ou cultura de um povo, numa época e lugar. Os nomes carregam influências sociais, culturais, religiosas e outras, dos próprios artífices da história.
Para estimar os nomes mais comuns existentes em 1988 no Estado do Rio Grande do Sul, a pesquisa utilizou uma amostra de 951.645 pessoas (10,72% da população total), fazendo ajustes, entre a amostra e a população, nos parâmetros de sexo e idade.
Dentre os sobrenomes de origem alemã, os mais comuns são: Schmidt, Becker, Wagner, Müller, Schneider, Weber, Klein, Scherer, Hoffmann, Rech, Schmitz, Kuhn, Mallmann, Diehl, Ritter, Bohn, Ruschel, Stein, Simon, Braun, Ludwig, Hoff, Jung, Finkler e Sperb.
Dentre os sobrenomes de origem italiana, os mais comuns são: Rossi, Ferrari, Medina, Basso, Piccolli, Zanella, Farina, Molina, Zanetti, Rossatto, Bolzan, Favero, Campello, Grazziottin, Carli.
O nome completo mais comum no RS é "João Carlos dos Santos", estimando-se existirem cerca de 242 pessoas com esse nome.
A atribuição de nomes, no decorrer do tempo, ocorre na forma de ondas; por exemplo, os nomes de família (Maria, Antônio, José e outros) eram muito usados em meados da década de 50 (do século passado), a reboque de movimentos religiosos comuns na época. O nome "Luiz" teve seu período áureo no início da década de 60, quando os movimentos relacionados à juventude estavam "na onda". Nomes de apóstolos (Lucas, Marcos, Mateus e outros) foram muito usados nas décadas de 70 e 80, a reboque do caráter mais evangelizador da Igreja Católica. Na década de 80, começaram a ser utilizados para mulheres nomes que eram de homens, como Bruna, Fernanda, Paula, Luiza e outros, acompanhando a idéia de maior autonomia e capacidade das mulheres.
Alguns nomes tiveram prestígio e queda bastante rápidos, como Everaldo no final da década de 60; Ieda, em meados da década de 60; Jocasta, no final da década de 80. O nome Roberto Carlos foi muito usado na década de 60 (curva ou onda maior), tendo depois outras recorrências (curvas ou ondas menores) de utilização.
MMDC ou MMDCA?

O dia 23 de maio é lembrado pela morte de quatro jovens paulistas -
Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia,Dráusio Marcondes de Souza e Antonio Américo de Camargo Andrade - em choque com a polícia numa manifestação no centro de São Paulo, no ano de 1932. Os jovens protestavam contra o governo instalado em 30.
As iniciais dos nomes dos quatro estudantes - MMDC - passaram a ser o símbolo da luta de São Paulo por uma Constituição. O movimento que teve início com a morte dos quatro estudantes eclodiu finalmente no dia 9 de julho (leia mais no final da matéria) numa rebelião armada que passou para a História com o nome de Revolução Constitucionalista de 32.
No mesmo evento, que causou a morte dos quatro estudantes, um outro jovem, Orlando Alvarenga, também foi baleado, mas faleceu meses depois, ficando fora da sigla MMDC. Segundo textos históricos, ele faleceu exatamente dois dias após o então governador Pedro de Toledo ter assinado um decreto oficializando a sigla MMDC como símbolo da Revolução Constitucionalista de 32.
De lá para cá, a sigla sempre provocou discussões em torno da inclusão ou não da letra "A", representando o estudante Alvarenga. Em 2002, por meio do Decreto nº 46.718, o governo do Estado de SP criou o Colar "Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos" para homenagear o estudante e outros heróis.
As iniciais dos nomes dos quatro estudantes - MMDC - passaram a ser o símbolo da luta de São Paulo por uma Constituição. O movimento que teve início com a morte dos quatro estudantes eclodiu finalmente no dia 9 de julho (leia mais no final da matéria) numa rebelião armada que passou para a História com o nome de Revolução Constitucionalista de 32.
No mesmo evento, que causou a morte dos quatro estudantes, um outro jovem, Orlando Alvarenga, também foi baleado, mas faleceu meses depois, ficando fora da sigla MMDC. Segundo textos históricos, ele faleceu exatamente dois dias após o então governador Pedro de Toledo ter assinado um decreto oficializando a sigla MMDC como símbolo da Revolução Constitucionalista de 32.
De lá para cá, a sigla sempre provocou discussões em torno da inclusão ou não da letra "A", representando o estudante Alvarenga. Em 2002, por meio do Decreto nº 46.718, o governo do Estado de SP criou o Colar "Cruz do Alvarenga e dos Heróis Anônimos" para homenagear o estudante e outros heróis.
Carreira: Escuta esta história
Nascida entre editorias policiais, muitos jornalistas da década de 1970 e 1980 iniciaram a carreira na rádio-escuta. Hoje, apesar de não ser mais tão tradicional e de não representar o primeiro contato da maioria dos jornalistas com a redação, o rádio-escuta evoluiu, não perdeu seu valor e representa uma verdadeira central de informações e pautas. Veja a seguir algumas histórias curiosas recolhidas por esses profissionais.
Wiliam Thomazzi Salasar foi rádio-escuta da a Central Informativa Associada, agência de notícias dos Diários Associados no início de sua carreira na década de 1970. Foi a primeira vez que Salasar botou os pés em uma redação. Hoje, é superintendente de comunicação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em sua época como rádio-escuta, as principais notícias eram relacionadas a crimes, assaltos e outros temas da editoria policial. Em meio a tantos acontecimentos, um foi marcante para Salasar: "Uma realmente marcante foi o incêndio do Andraus em 1972. O primeiro grande incêndio em São Paulo. Os repórteres mandando a lista das pessoas mortas do IML e parentes dessas pessoas ligavam pra gente em busca de notícias. Eu tinha acabado de receber uma lista de mais vítimas confirmadas e assim que desliguei o telefone tocou de novo e a mulher perguntou de um nome que estava na minha frente. Eu não consegui responder e a pessoa começou a chorar, eu fiquei desnorteado, desliguei o telefone e não consegui voltar a trabalhar na hora. Isso foi muito marcante."
Ermelinda Rita está no Sistema Globo de Rádio há 23 anos. Entrou na emissora como estagiária em 1986. Hoje, é repórter da CBN e apesar de toda experiência profissional, nunca abandou a função de apuradora. Ermelinda conta que a função é muito interessante e chegam as mais diversas denúncias e solicitação de informações ao departamento. "Pedem muita informação para trabalho de escola, resolução de palavras cruzadas, tem de tudo." Veja a seguir duas histórias inusitadas que Ermelinda testemunhou em sua função de apuradora. "Teve um caso de uma senhora que esteve na caixa econômica federal que foi retirar a aposentadoria. Uma pessoa foi ajudá-la, mas era na verdade um ladrão que pegou todo o dinheiro da aposentada. O genro dela era ouvinte da rádio e ligou contando essa história. Descobrimos que a pessoa que a ajudou era amiga de um funcionário e a pessoa foi identificada e o dinheiro da senhora reavido. A senhora faz bem-casados e me mandou um monte como forma de agradecer. Teve também uma senhora que deu queixa do sequestro de um jabuti, o Kaká, que estava na família há 80 anos. Ela espalhou fotos do Kaká nos postes de luz do bairro e parece que o responsável pelo 'crime' foi um pedreiro que trabalhou na casa dela e teve divergências em relação ao pagamento. Recebemos uma denúncia de um morador dizendo que ouviu um homem negociando a venda de um jabuti. Até hoje o Kaká não apareceu."
José Armando Vanucci entrou na Jovem Pan como rádio-escuta há 19 anos. Atualmente é chefe de produção da rádio e acredita que todo jornalista deveria começar sua carreira na função. "A rádio-escuta é onde você pode mostrar seu talento", defende. Para exemplificar tal afirmação, Vanucci conta uma história de uma rádio-escuta que o marcou. "Houve um assalto no Rio de Janeiro com refém, eles entraram em uma agência bancária e renderam todo mundo que estava lá. A [funcionária na] rádio-escuta ouviu qual era a agência, conseguiu o telefone de lá e ligou. Todo mundo falou que ela era louca. O bandido atendeu e deu uma entrevista pra rádio. Colocamos o governador do Rio no ar também e foi super bacana."
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