PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E
MEMÓRIAS
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 24 de outubro de 2015.
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 24 de outubro de 2015.
Entrevista: Publicada aos sábados
no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
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ENTREVISTADA: ELIZABELTE CASAGRANDE
ENTREVISTADA: ELIZABELTE CASAGRANDE
Elizabelte Casagrande é filha de
Orlando Casagrande e Francisca Maria da Silva, nasceu a 8 de outubro de 1936. Seu
bisavô paterno era italiano, sua bisavó paterna era austríaca, seus avós
paternos eram italianos, da região de Treviso, vieram para o Brasil em uma das
primeiras levas de italianos que imigraram logo após a abolição dos escravos.
No Brasil eles moraram inicialmente aonde?
Segundo o meu avô contavam, eles
foram morar nas senzalas que era anteriormente ocupada pelos escravos, só
caiaram (passaram cal) e colocaram os italianos lá. Alguns escravos
permaneceram na fazenda, mesmo após a abolição. Eles vieram da Itália para
Tietê, era uma fazenda pertencente a um patrão muito bom, conhecido como
Chiquinho Antunes. Meu nono (avô) contava muitas histórias interessantíssimas
sobre os negros. Há um aspecto interessante, os italianos e os negros se davam
muito bem, os italianos aprenderam muito com os negros sobre a lavoura do café.
Não sei se é muito significativo, mas uma das histórias que gravei foi quando
meu avô contou sobre um negro com fama de feiticeiro, tinha conhecimento de
magia. Era uma pessoa boa, segundo meu nono todo o mundo gostava dele. Esse
negro teve um desentendimento com uma pessoa, ele disse: “-Vamos fazer o
seguinte, vá até a minha casa amanhã a meia noite!” A pessoa foi ao chegar
encontrou o negro estendido sobre uma mesa, com duas velas acesas ao lado e uma
coruja sobre seu peito. Ele estava morto. O seu desafeto chegou, olhou, mexeu,
ele estava durinho. Ele saiu correndo! No outro dia o negro estava já de manhã
trabalhando. Parece ser uma daquelas histórias dos zumbis que eles contam, eles
possuem a capacidade de entrar em estado letárgico. Meu avô era um homem muito
inteligente, aprendeu a escrever embaixo do pé de café. Meu avô falava conosco
em português, em italiano geralmente falava com outros italianos,
principalmente com os padres italianos que nos visitavam. Minha avó falava
muito em dialeto vêneto. Uma vez fui para a Itália, de lá fui até a Hungria,
que na época era comunista, hospedei-me em um hotel cujo proprietário era
italiano, falava o mesmo dialeto que a minha avó usava no Brasil! Isso
facilitou a nossa comunicação, praticamente me adotaram! Levaram-me para
conhecer aqueles jantares com musica, violino. Em Budapeste me levaram a todos
os passeios a que foram.
E seus avôs maternos?
Meu avô era português de origem
judaica, conhecido como cristão-novo.
Seus bisavós paternos
permaneceram em Tietê?
Eles mudaram-se para Palmital,
nessa época meu pai era um bebê ainda. As primeiras levas de italianos que
vieram para o Brasil não receberam terras do governo, outras que vieram mais
tarde, e que em grande parte foram para o sul, o governo brasileiro
comprometeu-se a dar uma pequena área de terras para eles. Os italianos que não
ganharam terra trabalharam duro durante anos e conseguiram guardar algum
dinheirinho. O patrão, Chiquinho Antunes, sabia que eles queriam ter seu
pedacinho de terra. Ele tinha um amigo advogado de nome Cardoso que tinha uma
fazenda e muita terra em Palmital, que era uma localidade muito pequena, um
arraial, era sertão, isso foi por volta de 1920. Com isso meu nono, seu
cunhado, irmão da minha nona, mais algumas famílias foram para lá. A terra que
eles compraram era mato, derrubaram, o casarão antigo foi construído com boa
parte da madeira que eles retiraram do local. Foi um período em que não havia
quase granjas, meu nono começou a criar galinhas, mandava para São Paulo,
mandava ovos. Meu avô e minha avó tiveram cinco filhos. Uma curiosidade, ele
consertava e também fazia sanfonas. Ele mandava vir o material de São João da
Boa Vista, onde tinha uma fábrica de sanfonas. Aos poucos foram adquirindo mais
terras, até passar a cultivar café também.
PALMITAL SÃO PAULO
Seu
pai continuava em Palmital?
Meu pai
cresceu, esteve na frente de batalha na Revolução Constitucionalista de 1932,
ele era da artilharia. Ele ficou na região entre Aparecida do Norte e Rio de
Janeiro. De Palmital voltaram ele e um amigo.
Você
lembra-se da sua primeira professora em Palmital?
Lembro-me sim!
Era Dona Zenaide Badim de Souza. Depois foi Dona Heloisa, que era esposa do
Cardoso ou do seu filho. A terceira professora foi Dona Maria Diaz, o pai dela
era coletor da receita, a professora seguinte foi Dona Marta. Conclui o Grupo
Escolar de Palmital entrei para o Ginásio Estadual de Palmital, o curso normal
fiz em Assis, que ficava a uns trinta ou quarenta quilômetros distante de
Palmital. Ia e voltava todos os dias pela Estrada de Ferro Sorocabana. Era uma
viagem gostosa, íamos em uma pequena turma, cantávamos, dançávamos, naquela
época não havia passe de estudante, adquiríamos o bilhete, o chefe de trem
passava para picotar o mesmo e anunciava a próxima estação: “-Palmitar!”, outro
dizia “-Palmital!” e um terceiro falava “Parmitar!”. Nós ríamos muito!
Naquela
época mulher praticava esporte na escola?
Eu jogava
basquete, aprendi a jogar no ginásio. O uniforme era um short azul marinho e
blusa branca, com, o emblema da escola, tênis e meia. Lembro-me da professora
de Educação Física, Areco, foi uma excelente professora. Na época a Escola
Normal de Assis era considerada uma das melhores do Estado. Formei-me
professora, que era o máximo que se tinha no local. Voltei à Palmital, lecionei
na roça por uns três anos. Teve um período em que eu ia e voltava até a escola.
Já cheguei a andar dez quilômetros a pé para ir lecionar, isso ocorria em
situações especiais, quando chovia muito, aquela lama, não passava carroça,
bicicleta, nada. Normalmente eu ficava no sitio, na casa da fazenda onde
lecionava. Lembro-me de uma casa onde fiquei da Dona Hermantina, quando eu
estava lá nasceu seu décimo filho. Era da família Monteiro. Geralmente no
começo da semana eu ia de bicicleta até a fazenda, permanecia lá e voltava de
bicicleta no final de semana.
ASSIS - SÃO PAULO
Você
teve o desejo de cursar uma faculdade?
Tinha uns
fazendeiros em Palmital cujos filhos estudavam em São Paulo. Minha irmã
Therezinha Casagrande gostava muito de escrever, ela começou a escrever sobre a
história de Palmital. Foi uma cidade que teve uma história muito conturbada.
Houve uma rixa muito grande entre duas famílias, uma que já residia no local e
outra que veio morar na cidade. Por razões políticas, houve uma tocaia onde
morreram sete pessoas.
Em
que cidade você fez a faculdade?
Tinhamos
parentes em Londrina, e lá já existia a faculdade que eu pretendia fazer. Fui
para lá de ônibus, era ainda estrada de terra, tinha que passar o rio pela
balsa, cheguei em Londrina no final da década de 58. A cidade era toda em ruas
de terra, acho que nem a Avenida Paraná era calçada. Fiquei no Distrito de
Irerê onde tinha uns primos e prima que era da família Ronch.
Quantos
idiomas você fala?
Falo o
português e o italiano. Mas entendo espanhol, inglês, francês, alemão uma
palavra ou outra, como Weltanschauung (termo alemão que se pronuncia
"vèltanxauung"), palavra de origem alemã que significa literalmente "visão
de mundo".
HISTÓRIA DE LONDRINA PARTE 1
HISTÓRIA DE LONDRINA PARTE 2
HISTÓRIA DE LONDRINA PARTE 3
HISTÓRIA DE LONDRINA - PARTE 4
Você fez faculdade de qual curso?
Comecei
estudando história e geografia, mas depois surgiu a pedagogia, eu já era
professora, sou da primeira turma de pedagogia, da Faculdade Estadual de
Londrina foi em 1965. Fui para Irerê, era a primeira professora formada de
Irerê. Vim para Londrina, lecionei e tornei-me diretora dessa escola. Vi uma
notícia de que estavam precisando de professores no Amapá. Na época era
Território. Encontrei o professor de administração no correio, ele disse-me que
o INEP - Instituto Nacional de Estudos
Pedagógicos de São Paulo estava selecionando pessoal para mandar para os
estados do Norte e do Nordeste.
Fiz a
prova na USP, passados uns 10 dias recebi um telegrama de que havia sido
aprovada para participar do programa do INEP. Em janeiro me chamaram para vir
para a USP para fazer a preparação de dois a três meses, o José Mário era o
coordenador. Fomos preparados para sair para o Norte e Nordeste. Fui para
Rondônia. Lá fiquei hospedada em hotel. Isso na época áurea da cassiterita.
Como
era a relação dos habitantes locais com vocês?
De
forma geral era bem aceita, embora houvesse certa reserva. Fazíamos o
planejamento, fazíamos pesquisas, montávamos os planos, era uma beleza. De tudo
que fazíamos se 10% eram aproveitados era muito. Entrava o jogo político
interferindo. Tinha verba, só não era aplicada em sua finalidade. Íamos dar
cursos para professores leigos na redondeza.
Em Guajará-Mirim demos um curso de 60 dias. Infelizmente havia uma visão de só realizar se fosse uma vantagem política. Depois fui para o Maranhão. Viajávamos naqueles aviõezinhos sem pressurização, saiamos com os ouvidos estourando. Mais tarde fui para Alagoas. Trabalhamos como camelos, o secretário ia para os Estados Unidos, queria apresentar o projeto, trabalhávamos na época com mimeografo. Ele foi, apresentou o projeto e politicamente destacou-se. Implantar mesmo o projeto que fizemos isso nunca foi feito. Sai do programa, voltei para São Paulo.
Em Guajará-Mirim demos um curso de 60 dias. Infelizmente havia uma visão de só realizar se fosse uma vantagem política. Depois fui para o Maranhão. Viajávamos naqueles aviõezinhos sem pressurização, saiamos com os ouvidos estourando. Mais tarde fui para Alagoas. Trabalhamos como camelos, o secretário ia para os Estados Unidos, queria apresentar o projeto, trabalhávamos na época com mimeografo. Ele foi, apresentou o projeto e politicamente destacou-se. Implantar mesmo o projeto que fizemos isso nunca foi feito. Sai do programa, voltei para São Paulo.
Qual
foi seu próximo destino?
Minhas
colegas da faculdade tinham ido à Brasília, decidi ir também. Comecei a
lecionar matemática em uma das escolas do centro. Recebi um telegrama da Indústria e Comércio de Minérios S.A.
(ICOMI)
JK INAUGURA A ICOMI EM 1957
SERRA DO NAVIO
DR. ANTUNES - ICOMI/ CAEMI
e explorava minério de manganês na Serra do Navio, Amapá. Depois passou a chamar-se Caemi e se uniu a Bethlehem Steel, americana. Não dei atenção ao telegrama. Um dia bateram na porta da minha casa, um representante da ICOMI que morava em Brasília perguntou se eu não tinha recebido o telegrama, que eles gostaria que eu participasse. Eles queriam implantar o curso de ginásio voltado para o trabalho, na Serra do Navio. Eles tinham uma vila maravilhosa. A parte dos operários era uma beleza, na época os melhores recursos hospitalares eram deles. O lazer era dançar e o cinema. Quando saiu o filme “Uma Odisséia no Espaço” levei todos os meus alunos para assistirem. Só se entrava lá no trem pertencente a companhia. Ia de avião, descia no aeroporto, ficava hospedada no melhor hotel de primeiríssima, ai eles vinham de carro me buscar, levavam-me para o trem e ai íamos até a Serra do Navio. Tinham construído uma vila em Macapá, viajávamos no trem de minério, no final eles tinham um ou dois vagões destinados aos passageiros. Permaneci lá por três anos. Em 1969 quando o homem foi à lua eu estava lá! Só tinha um engenheiro que tinha uma televisão, a Eliete Covas era Secretária da Educação, tinha amizade com eles, ela que me levou ao Amapá.
ICOMI
e explorava minério de manganês na Serra do Navio, Amapá. Depois passou a chamar-se Caemi e se uniu a Bethlehem Steel, americana. Não dei atenção ao telegrama. Um dia bateram na porta da minha casa, um representante da ICOMI que morava em Brasília perguntou se eu não tinha recebido o telegrama, que eles gostaria que eu participasse. Eles queriam implantar o curso de ginásio voltado para o trabalho, na Serra do Navio. Eles tinham uma vila maravilhosa. A parte dos operários era uma beleza, na época os melhores recursos hospitalares eram deles. O lazer era dançar e o cinema. Quando saiu o filme “Uma Odisséia no Espaço” levei todos os meus alunos para assistirem. Só se entrava lá no trem pertencente a companhia. Ia de avião, descia no aeroporto, ficava hospedada no melhor hotel de primeiríssima, ai eles vinham de carro me buscar, levavam-me para o trem e ai íamos até a Serra do Navio. Tinham construído uma vila em Macapá, viajávamos no trem de minério, no final eles tinham um ou dois vagões destinados aos passageiros. Permaneci lá por três anos. Em 1969 quando o homem foi à lua eu estava lá! Só tinha um engenheiro que tinha uma televisão, a Eliete Covas era Secretária da Educação, tinha amizade com eles, ela que me levou ao Amapá.
Após três anos você decidiu sair de lá?
Voltei a Brasília. Fiz dois meses de curso, passei. Entrei como Especialista em Educação. Permaneci lá por 15 anos. Nesse meio de tempo fui ao Acre dar um curso, veio o reitor da Universidade do Acre convidou-me para ministrar esse curso. Permaneci lá por seis meses. Em Brasília eu trabalhava muito com a parte de currículo, planejamento e supervisão Fizeram a programação introduzindo arte nos currículos, fui para a Itália onde fiquei um ano, fiz o curso de História da Arte. Voltei ao Brasil. Como tinha uma licença premio, férias, fui de novo para a Itália onde estudei Gemologia.
O que é Gemologia?
É o estudo
das pedras preciosas, das gemas. É um ramo da mineralogia.
Você chegou a estudar o diamante?
Estudei!
Diamante é a pedra mais preciosa por ser a pedra mais dura. E que dá mais
brilho. Temos no Brasil a famosa pedra de diamante conhecida como Getulio
Vargas.
Das pedras tipicamente brasileiras qual é a considerada de grande valor?
As
turmalinas. Também tem as esmeraldas, mas as esmeraldas colombianas são
melhores do que a nossa. Temos algumas boas, as melhores são as da Bahia.
Encontram-se algumas muito boas, mas é muito pouco.
TURMALINA
Se trouxerem uma pedra você consegue identificar seu valor?A primeira coisa que aprendemos no curso de gemologia é nunca dizer o que é uma pedra sem antes passar por todos os exames. Temos pedras sintéticas que imitam quase todas elas. Tem pedras que tem características uma da outra, mas é de outra família. Você trabalha com cinco ou seis instrumentos para reconhecer a pedra. A balança, o epidiascópio (aparelho para projetar imagens de corpos opacos na luz refletida ou transmitida), ácidos, balança.
Se trouxerem uma pedra você consegue identificar seu valor?A primeira coisa que aprendemos no curso de gemologia é nunca dizer o que é uma pedra sem antes passar por todos os exames. Temos pedras sintéticas que imitam quase todas elas. Tem pedras que tem características uma da outra, mas é de outra família. Você trabalha com cinco ou seis instrumentos para reconhecer a pedra. A balança, o epidiascópio (aparelho para projetar imagens de corpos opacos na luz refletida ou transmitida), ácidos, balança.
O que a levou a gostar da gemologia?
Isso começou quando eu estava em
Rondônia tinha um topógrafo que gostava de pedras, uma vez ele veio com algumas
pedras, eram granadas, é uma pedrinha vermelha, preciosa também, está entre as
gemas. Não compensa fabricar o diamante, o maior uso é na indústria, ele não
precisa ser especial. O diamante é formado em altíssima pressão e por volta de
1.000 graus de calor. Ai depois vem a família dos coríndo: a safira e o rubi. O
rubi está em extinção. Há diamantes azuis, verdes, mas são raridades.
A senhora aprecia essas pedras pela
sua beleza?
Exatamente! Só que para ser possuidor
de uma dessas pedras envolve uma quantia de valor que é privilégio de poucos.
Ou seja, gosto, entendo, mas não tenho posse de nenhuma delas. Conhecê-las é um
hobby.
Quais são os países que são mais
meticulosos quanto a qualidade das pedras?
Acho que é a França, a Itália. Os
americanos também são exigentes. Só um gemolista pode dar atestado de
autenticidade de uma pedra. Uma conhecida um dia disse ter adquirido um topázio
para presentear uma pessoa querida, ela adquiriu no exterior, disse: “- Vou lhe
mostrar!”. Peguei, pelo peso já vi que não era, disse-lhe: “-Estou achando que
está muito leve. Quanto você pagou?” Ela disse-me o valor pago, eu disse-lhe
que era mais uma razão, se fosse um topázio de verdade valeria muito mais. Ela
levou no joalheiro era um citrino! De um valor bem abaixo.
A senhora é dançarina?
Sou apenas uma principiante. Hoje faço
parte de um grupo da Ana Paula Minari, professora formada pela Unicamp. Somos a
primeira turma dela da terceira idade de dança flamenca.
Há quanto tempo a senhora dança flamenco?
Há cinco anos. Não podemos ficar
presos, precisamos de desafios e caminhar pelo lado positivo. Fiz um curso de
Bio Ética quando mudei na ultima vez para Londrina. Faz 16 anos. É uma
disciplina que está em alta, a preocupação é preservação da vida e do planeta.
Não só a vida animal e vegetal como a natureza. Um dos Bio Eticistas é da Corrente
da Ética da Responsabilidade, ele diz: “- Age de tal maneira que as
conseqüências das suas ações possibilitam a permanência de uma vida verdadeiramente humana na face da Terra” .Seu
nome é Hans Jonas.
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