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sábado, outubro 29, 2005
CONTOS E CRÔNICAS de João Umberto Nassif
(Nome dado á sulfa em pó usado em curativos feitos em cortes, machucados).
Autor: João Umberto Nassif
José Bento Gomes da Silva, o Zé Bentinho, é um caboclinho espigado, se bem que um pouco intojado, sempre de botina rangedeira, bigodinho aparado, canivete com cabo de osso, afiado no capricho. Chegado num dedo de prosa, o inseparável cigarrinho de palha de milho. Tinha o hábito de iniciar qualquer frase dizendo “Pois é...” Qualquer assunto e Zé Bentinho já dava sua opinião: “Pois é... se tivesse escutado... “ Quando perguntavam de um assunto que não gostava de falar ele simplesmente respondia “Pois é...”e encerrava a conversa. Ultimamente ele andava meio calado, diziam que ele tinha medo da Arma do Padre Aranha. Outros diziam que era coisa de arma penada. A verdade é que Zé Bentinho andava estúrdio. Andava com o olhar estanhado. Parecia ter voltado no tempo da grande tragédia: o dia em que Clarinha Coelho fugiu com o Salim Granjeiro. Nem um cão sarnento merecia aquele desaforo! A vila toda sabia que Zé Bentinho tinha uma inclinação pela Clarinha. Dona Clotilde, sua ex-futura sogra fazia gosto de ver Zé Bentinho casado com sua filha, que parecia uma napéva. Ela até achou natural o granjeiro levar a galinha chata! No começo fez escândalo, depois disse pro marido: Tamo livre! - Tomara que ele num devorva ela! Salim Granjeiro parecia um homem de futuro. Veio do estrangeiro, falava engraçado, era educado, trazia cortes de tecidos, armarinhos, e trocava por ovos, frangos, galinhas caipiras, que eram levados vivos em uma gaiola em baixo do carrinho de tração animal. Ele apareceu no sítio de repente, dizendo de maneira enrolada que tinha as melhores novidades de Paris! E quem sabia o que era Paris? Conheciam a Vila Rio Pequeno, Cruz Pintada, Riacho da Onça, e alguns tinham conhecimento da cidade grande, iam quando estavam morrendo, era para se tratar no hospital e voltar na ambulância que o Dito Cintura, prefeito da cidade vizinha mandava buscar em troca de voto pra deputado. Só passeavam de carro quando tava com doença ruim, ou quando batia as botas! Só o defunto ia de carro, o resto ia de a pé mesmo! Ás vezes a chimbica tava sem bateria, e tinham que empurrar com o caixão dentro. A molecada ficava longe, tinha medo que a noite viesse o Lobizóme se empurrassem o carro do defunto. Só quem tinha bentinho podia enterrar o morto. Zé Bentinho era por oficio, coveiro. Por vocação tocava tuba na bandinha. Acompanhava a procissão, era homem de fé.
A cada dia que se passava, percebiam Zé Bentinho mais taciturno. Só não deixava de ir tocar tuba junto com a orgulhosa e briosa Banda Oficial Municipal. Os músicos usavam uma farda de dá inveja. Era azul escura, cheia de botões brilhantes, fios dourados e dragonas douradas, além do quepe com distintivo em metal esmaltado. Coisa linda de se ver! As valsas, os dobrados, encantavam a platéia. O maestro era o Chocolate, um mulato alto que balançava o corpo acompanhando os compassos da música. E coitado de quem desafinasse! Chocolate virava onça! Ele exigia que todos chegassem pelo menos uma hora antes de iniciar apresentação, dizia que era para afinar e esquentar os instrumentos. Além de produzir o melhor doce caseiro do Brasil, como gostavam de dizer, o outro orgulho da cidade era a Banda Oficial Municipal.
A Botica Especialista era a farmácia da cidade. Ponto de encontro obrigatório para quem quisesse saber em primeira mão as novidades. Praxedes Barros formou-se em farmácia. Tinha uma mão suave na hora de espetar a agulha das injeções. Manipulava fórmulas, fazia os curativos, receitava, orientava, e quando o caso era grave encaminhava para o Dr. Alvim, o único médico da redondeza, já um pouco cego, e dizem que depois que enviuvou e casou-se com a sua empregada Esther, a preocupação do doutor era cercar a moça de mimos e atenções. As más línguas diziam até que ela passara a ser o galo da casa!
No domingo cedo, a Botica Especialista fervendo de gente, comentando os resultados do time de futebol da cidade que ganhou do seu rival Esporte Diamante, da cidade vizinha.
-Ali não tem jogador! Só tem pé-de-chumbo! Assim cada um dava a sua opinião no acalorado debate. De repente, todos se calaram, viram Zé Bentinho passando, embora usando a farda da Banda, mostrava a tristeza no olhar. Todos sabiam que era a paixão pela Clarinha que tinha fugido com o Salim Granjeiro. Olhando com pena do coitado, Praxedes comentou: - Infelizmente não existe pó pa tapa taio do coração. (Pena que não exista remédio para as dores do amor). Zé Bentinho seguiu em direção da praça para mais uma apresentação especial. Caminhava pensando na sua Clarinha.
Lobizóme - Duende representado por um grande cão preto
Pó Pa Tapa Taio (Sulfa em pó)
Esturdio - Esquisito. Fora do comum.
Taio: corte, machucado.
Espigado: Rapaz de corpo direito. Desenvolto.
Intojado : Cheio de si.
Arma do padre Aranha: Celebre assombração que perseguia os tropeiros.
Arma-penada: Duende. Assombramento. Espírito que paira sem destino.
Atiçar - Açular. Instigar.
Estanhados (olhos) - Fixos.
Napéva - Galinha chata.
Bentinho - Medalha com imagem benzida pelo padre romano.
quinta-feira, outubro 27, 2005
SÓ DÓI QUANDO PENSO...
No ano de 1854, o presidente dos Estados Unidos fez a proposta de comprar boa parte das terras de uma tribo indígena, oferecendo, em contrapartida, a concessão de uma outra área. O texto da resposta do Chefe Seatle é considerado um dos mais belos pronunciamento em defesa do meio ambiente. O escritor Matt Ridley é uma rara voz que contesta a autoria, afirmando que o texto foi escrito em 1971, pelo também norte-americano Ted Parry, para a rede de TV ABC. A dúvida não tira a força da mensagem, que vale ser lida e divulgada.
Carta do Cacique Seattle ao presidente dos EUA, em 1853
"Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los?
Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho.
Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs: o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós.
Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimenta nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos, e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.
Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.
Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite?
Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.
O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o arque respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebe seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados.
Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Poio que ocorre com os animais breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo.
Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.
Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.
O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo. Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos - e o homem branco poderá vir a descobrir um dia; nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e feri-la é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.
Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente. Iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnados do cheiro de muitos homens e a visão dos morros obstruída por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. É o final da vida e o início da sobrevivência."
Traduzido por Irina O . Bunning e divulgado pelo Projeto Vida
sábado, outubro 22, 2005
MÁXIMAS E MÍNIMAS DE ZÉ LEBRE
Zé Lebre degustando suavemente um delicioso suco de alfafa ficou a imaginar: um país vizinho elegeu um Evo, será que haverá uma Ada? E a serpente irá oferecer maçã?
Zé Lebre em um papo com a filósofa,socióloga, antropóloga, RITA LEE, papo de gente fina, escutou o que considera uma das maiores verdades da humanidade:
Façam um Big Brother dos candidatos políticos, quem vencer será o eleito!
Só RITA LEE para ter uma sacada dessa!
JOSÉ DA SILVA, UM BOEMIO IRRECUPERÁVEL, MALANDRO AGULHA, RESOLVEU PRESERVAR A PUREZA E A CASTIDADE DA SUA POBRE VIÚVA. MANDOU SEU COMPADRE FAZER A LÁPIDE QUE PEDIU QUE FOSSE COLOCADA EM SEU TÚMULO QUANDO MORRESSE.( FATO OCORRRIDO EM 18/02/2005).
JOSÉ DA SILVA
* nasceu em 10/08/1963
+ morreu em 18/02/2005 vítima de doença sexualmente transmissivel e incurável
No burro carregado de açucar até o rabo é doce!
Enquanto houver cavalo São Jorge não anda a pé!
"A vida moderna é como CPI : ninguém conhece ninguém".
Anúncio de funerária: "Fazemos maquiagem definitiva"
Sugestão de mensagem para sua secretária eletrônica:
Obrigado por ter doado 300 reais para a XBA. O valor virá descontado em sua próxima conta telefônica. Deus lhe pague.
Você sabe que está ficando velho quando as velas começam a custar mais caro que o bolo"-- Bob Hope
"A Academia Brasileira de Letras se compõe de 39 membros e um morto rotativo"-- Millôr Fernandes
"O povo gosta de luxo; quem gosta de miséria é intelectual."-- Joãozinho Trinta
"O cara só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde."-- Millôr Fernandes
"O grande consolo das velhas anedotas são os recém-nascidos..."-- Mário Quintana
"Bastou uma mulher para destruir o paraíso."
"Jamais diga uma mentira que não possa provar."-- Millor Fernandes
"Mais que as idéias, são os interesses que separam as pessoas."-- Alexis de Tocqueville
"Quanto menos as pessoas souberem como se fazem as salsichas e as leis, melhor dormirão à noite."-- O. BISMARCK
Não beba dirigindo. Você pode derrubar a cerveja.
Ter ciúme de mulher feia é o mesmo que colocar alarme em Fiat 147
Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta?
Boate de pobre é macumba.
Coma merda! Um bilhão de moscas não podem estar erradas.
Sabe o que é a Meia Idade? É a altura da vida em que o trabalho já não dá prazer e o prazer começa a dar trabalho
Marido é igual a menstruação: Quando chega, incomoda; quando atrasa, preocupa.
A primeira ilusão do homem começa na chupeta.
Rico tem veia poética; pobre tem varizes.
Viva cada dia como se fosse o último, qualquer hora você acerta.
Cidade pequena, inicio do século: Os vereadores deveriam decidir se o comércio ficaria aberto ou fechado aos domingos. Não há acordo. Levanta um vereador e propõe: “Achei a solução: o comércio abre somente meia porta aos domingos...”
O Vereador que gostava da colocação pelo Secretario Administrativo, dos tratamentos: Ilustríssimo (Ilmo.) e Excelentíssimo (Exmo.) antecedendo aos nomes de autoridades, resolveu proceder da mesma forma ao endereçar seus cartões de Natal: “Excelentíssima Senhora Dona Câmara Municipal”, “Ilustríssima Senhora Dona Santa Casa”; “Excelentíssimo Senhor Executivo”...
quarta-feira, outubro 19, 2005
ENTREVISTAS FEITAS POR JOÃO UMBERTO NASSIF
VOCÊ ENCONTRARÁ ENTREVISTAS FEITAS POR JOÃO UMBERTO NASSIF
O VIZINHO
domingo, outubro 16, 2005
SHEILA
quarta-feira, outubro 12, 2005
APENAS A LÍNGUA PORTUGUESA NOS PERMITE ESCREVER ISSO
Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.
Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém,pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris.
Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se, principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas.
Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente!
Pensava Pedro Paulo...- Preciso partir para Portugal por que pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! proferiu Pedro Paulo. - Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.
Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:
- Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?
- Papai, - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partiram pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo.
Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando...
Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto: Pararei!
E você ainda se acha o máximo quando consegue dizer: "O Rato Roeu a Rica
Roupa do Rei de Roma."?
Delivery á moda da casa....
sexta-feira, outubro 07, 2005
Jorge Luiz Borges
Jorge Luiz Borges
Seu eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.Seria menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a mais lugare onde nunca fui, tomaria mais sorvetes e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida; claro que tive momentos de alegria. Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos. Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos, não percas o agora. Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.
O argentino, Jorge Luiz Borges, felecido na Suiça em 1987, e considerado um dos maiores escritores do século
joao.nassif@ig.com.br
sexta-feira, setembro 30, 2005
EQUIPE MEMOREX TELEX
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM PRÊMIO NOBEL DA PAZ
O PROFESSOR DOUTOR ANTONIO ROQUE DECHEN , PRESIDENTE DA FEALQ PARTICIPOU DA PROGRAMAÇÃO E APOIOU A PERMANÊNCIA DO DR. NORMAN AQUI EM PIRACICABA E EM SÃO PAULO,O DOUTOR FERNANDO CARDOSO DIRETOR PRESIDENTE DA AGRISUS É QUEM ESTÁ PROMOVENDO A VIAGEM DO DOUTOR NORMAN E QUEM ACOMPANHOU O DOUTOR NORMAN DESDE O DIA 3 DE FEVEREIRO EM TODAS AS VISITAS NO PARANÁ,MATO GROSSO DO NORTE,MATO GROSSO DO SUL,RONDONÓPOLIS,GOIANIA,BRASILIA,PIRACICABA E SÃO PAULO, TERMINANDO ENTÃO NA SEXTA FEIRA DIA 13 E DOUTOR NORMAN RETORNA AOS ESTADOS UNIDOS.PERGUNTEI AO DOUTOR NORMAN QUANTAS VEZES ELE VEIO AO BRASIL E ELE JÁ PERDEU A CONTA DO NUMERO DE VEZES QUE ESTEVE AQUI NO BRASIL , A PRIMEIRA FOI EM 1951.AQUI ELE JÁ CONHECIA UM AMIGO, DOUTOR ERNESTO PATERNIANI, TRABALHARAM JUNTOS EM PROGRAMAS DE MELHORAMENTO DE MILHO.O DOUTOR NORMAN TRABALHA AINDA HOJE NO CIMMYT QUE É UM CENTRO ESPECALIZADO EM MELHORAMENTO DE MILHO , NO MÉXICO, DURANTE SEIS MESES , OUTROS SEIS MESES ELE TRABALHA NA UNIVERSIDADE DO TEXAS , DANDO AULAS. ELE TEM 90 ANOS, E UMA ATIVIDADE INVEJÁVEL. NO BRASIL ELE ESTÁ VISITANDO OS CENTROS PRODUTORES DE SOJA E ELE TEM ACOMPANHADO A HISTÓRIA E A EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA NOS ÚLTIMOS 20 ANOS E SE DIZ CADA VEZ MAIS ESTUPEFATO COM O POTENCIAL AGRÍCOLA DO BRASIL .A REVOLUÇÃO VERDE FOI A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS NA INDIA EXATAMENTE COMO A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS NO COMBATE A FOME.VOCE NÃO CONSEGUE GRANDES PRODUÇÕES SEM O USO DA TECNOLOGIA.OBVIAMENTE TECNOLOGIA ADEQUADA. HOJE ( DIA 11 DE FEVEREIRO) ELE VISITOU O MINISTRO DA AGRICULTURA,O SECRETÁRIO DA EMBRAPA, O CENTRO DE PESQUISAS DO CERRADO,ELE É UM DEFENSOR DO USO DE TRANSGÊNICOS, COM OS DEVIDOS CUIDADOS,E COM OS PRODUTOS MELHORADOS , QUE É COMO SE CONSEGUE O COMBATE A FOME COM ELEMENTOS DE QUALIDADE. DOUTOR NORMAN É UMA DAS PESSOAS QUE SE ENCONTRAM NAS ENCICLOPÉDIAS. ELE É UMA PESSOA QUE SE FALAR EM NOBEL , VOCÊ SE LEMBRA DO DOUTOR NORMAN.EXATAMENTE PELA CONTRIBUIÇÃO HUMANA PELA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS , PELO COMBATE A FOME. É O PRIMEIRO PREMIO NOBEL DA PAZ PRESENTE EM PIRACICABA.É UM MOMENTO HISTÓRICO.É UM MOMENTO FANTÁSTICO. FABULOSO.
JOÃO UMBERTO NASSIF
DR. NORMAN QUAL É A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA BRASILEIRA NO CENÁRIO MUNDIAL ?
DR. NORMAN E. BORLAUG: O BRASIL ESTÁ EXPORTANDO CADA ANO MAIS PRODUTOS PARA O MERCADO MUNDIAL, SOBRETUDO E NOS ULTIMOS ANOS ESTÁ EXPORTANDO SOJA.
OUTROS TIPOS DE GRÃOS PODERÃO SEREM EXPORTADOS EM QUANTIDADES MAIORES . MUITAS MELHORAS OCORRERAM DO PONTO DE VISTA DA PRODUÇÃO.NOS ULTIMOS 15 ANOS . NO FUTURO , SE OS MERCADOS CONTINUAREM SOLICITANDO MAIS GRÃOS A ECONOMIA DO BRASIL VAI ESTAR EM POSIÇÃO DE PRODUZIR E ATENDER O MERCADO MUNDIAL. .
JOÃO UMBERTO NASSIF
COMO CIENTISTA QUAL É A SUA OPINIÃO SOBRE O ALCCOL COMBUSTÍVEL ?
DR. NORMAN E. BORLAUG:
EU NÃO TENHO MUITA EXPERÊNCIA COM AÇUCAR,MAS O BRASIL TEM MUITO EXITO COM O ÁLCOOL. APÓS TER DIMINUIDO A PRODUÇÃO, ESTÁ AUMENTANDO DE NOVO .O BRASIL TEM MUITA CAPACIDADE PARA PRODUÇÃO DE ALCOOL.E ISSO AJUDA A ECONOMIA RURAL
ESTOU MUITO IMPRESSIONADO COM O QUE O BRASIL ESTÁ PRODUZINDO.
JOÃO UMBERTO NASSIF.
QUAL SERÁ A PRÓXIMA ETAPA DA REVOLUÇÃO VERDE ?
DR. NORMAN E. BORLAUG:
A REVOLUÇÃO VERDE SE REFERE A TECNOLOGIA DE VARIEDADES MELHORES ISSO NAS DÉCADAS DE 1960 , 1970 , NA ÁSIA SOBRETUDO.COMEÇOU NA INDIA , PAQUISTÃO E DEPOIS NA CHINAE NÃO SÓ BUSCOU MELHORAR AS VARIEDADES, MAS SOBRETUDO RESTAURAR A FERTILIDADE DO SOLO QUE ESTAVAM MUITOS ESGOTADOS EM FUNÇÃO DOS MUITOS ANOS DE CULTIVO SEM APLICAR QUANTIDADES IDEAIS DE FERTILIZANTES ORGANICO OU QUIMICO .DE 1965 A 1985 HOUVE GRANDES MUDANÇAS EM PRODUTIVIDADE . O RENDIMENTO POR HECTARE SOBRETUDO EM TRIGO E ARROZ NA INDIA ,PAQUISTÃO E DEPOIS UMA DÉCADA MAIS TARDE NA CHINA . AO COMEÇAR A PERCEBER O GANHO DE PRODUTIVIDADES AS MUDANÇAS FORAM MUITO RÁPIDAS, PARA TORNAR-SE AUTO SUFICIENTE NOS MEADOS DE 1990.ISSO OCORRE HOJE EM DIA COM A SOJA.A SOJA DEVERÁ SER EXPORTADA EM GRANDE QUANTIDADE PARA A CHINA.DEPOIS DE SEREM ABASTECIDOS DE GRÃOS O POVO QUER MAIS CARNE.A CHINA NÃO TEM A QUANTIDADE DE SOJAQUE PRECISA PARA A PRODUÇÃO DE CARNE.A CHINA ESTÁ AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE FRANGOS, E PARA TER EXITO PRECISA IMPORTAR MUITA SOJA.E MUITO DESSA IMPORTAÇÃO É FEITA DO BRASIL.ANTES DE TROCAR A TECNOLOGIA PARA PRODUZIR OS GRÃOS, EM 1978, AS CONDIÇÕES ERAM MUITO DIFÍCEIS NA CHINA.A QUALIDADE DE VIDA MELHOROU MUITO NÃO SÓ NO CAMPO ONDE EXISTE TRANQUILIDADE RURAL, E DE ONDE VEM A MAIOR PARTE DA POPULAÇÃO, ISTO PERMITIU A INDUSTRIALIZAÇÃO DA CHINA AUMENTANDO RAPIDAMENTE A EXPORTAÇÃO.COM O RESULTADO DAS EXPORTAÕES ELES COMPRAM MUITA SOJA E OUTROS PRODUTOS QUE NÃO CONSEGUEM PRODUZIR.
JOÃO UMBERTO NASSIF
COMO SE SENTE O HOMEM QUE MAIS SALVOU VIDAS NESSE SÉCULO ?
DR. NORMAN E. BORLAUG:
NÃO SE PODE POR NUMEROS DE VIDAS QUE FORAM SALVAS. MAS A TECNOLOGIA E O RENDIMENTO DE TRIGO PRODUZIDO NO MEXICO, TRANSFERIDA PARA OUTROS PAISES QUE FORAM TREINAR NO MEXICO, COMO POR EXEMPLO DA INDIA, PAQUISTÃO , TURQUIA, IRAQUE, IRÃ,EGITO,AS ÁREAS EXPERIMENTAIS DE MANEJO FORAM ESTUDADAS, PARA ANALISAR A MAIS ADEQUADA FERTILIZAÇÃO, CONTROLE DE DOENÇAS E INSETOS.TAMBÉM FORAM ESTUDADOS CRÉDITO E PREÇO PARA OS AGRICULTORES ADOTAREM ESSA NOVA TECNOLOGIA.PARA ILUSTRAR , A PRODUÇÃO DE TRIGO NA INDIA, NOS MEADOS DOS ANOS 60 ERAM MENOS DO QUE 12 MILHÕES DE TONELADAS, COM A TECNOLOGIA NOVA QUE FOI INTRODUZIDA EM ESCALA COMERCIAL EM 1966 , NO ANO 2000 A PRODUÇÃO FOI 76 MILHÕES DE TONELADAS.PRIMEIRO AUMENTOU A PRODUÇÃO DE ARROZ NA INDIA, O PAQUISTÃO AUMENTOU SUA PRODUÇÃO NESSA MESMA PROPORÇÃO.A CHINA , COMEÇOU 10 ANOS MAIS TARDE DO QUE A INDIA E O PAQUISTÃO. ISSO FOI NO PERÍODO DE 1980 A 1995, QUANDO SE VIU O RESULTADO DE COOPERAÇÃO MUTUA POR MUITOS ENGENHEIROS QUE FORAM TREINAR NO MEXICO.
JOÃO UMBERTO NASSIF
POR QUE EXISTE TANTA CRÍTICA AOS TRANSGÊNICOS?
DR. NORMAN E. BORLAUG
TEMOS OUTRO IMPLEMENTO PARA SUPLEMENTAR OS MÉTODOS TRADICIONAIS DE GENÉTICA E MELHORAMENTO , AGORA SE PODE CRUZAR ESPÉCIES QUE ANTES ERAM IMPOSSÍVEIS CRUZAR, HOJE COM AS NOVAS TECNOLOGIAS SE PODE REALIZAR CRUZAMENTOS ANTES IMPOSSÍVEIS.
O CRITÉRIO MUDA MUITO. EM 1963 A ESCRITORA RACHEL CARSON ESCREVEU O LIVRO QUE FOI MUITO POPULAR PRIMAVERA SILENCIOSA, ENTRE MUITAS COISAS ELA FALAVA DO USO DO BACILLUS THURINGIENSIS
UMA BACTÉRIA COMUM NOS SOLOS DE MUITAS PARTES DO MUNDO.
NAQUELE TEMPO SE CULTIVAVA ESSA BACTÉRIA EM LABORATÓRIO E SE PULVERIZAVA EM SUSPENSÕES PARA MATAR INSETOS E ELA DIISE QUE ERA MUITO SEGURO, CONTROLAVA VÁRIOS INSETOS, O CONTROLE ATRAVÉS DOS GENES TEM O MESMO EFEITO.HÁ MUITO ESCÂNDALO DE QUE É PERIGOSO , HÁ MUITO DEBATE . IMAGINE QUANDO CHEGOU O PRIMEIRO AUTOMÓVEL NO RIO DE JANEIRO ? ESPANTANDO OS CAVALOS , E NÃO SÓ CAVALOS, MAS TAMBÉM PASSAGEIROS .ASSIM É EM CADA COISA NOVA.
ISSO É ASSIM TAMBÉM NOS PAISES AVANÇADOS, COMO BRASIL, CANADÁ, ESTADOS UNIDOS , PAÍSES DO OESTE DA EUROPA, AS PESSOAS VIVEM MAIS ANOS DO QUE ANTES. CADA GERAÇÃO VIVE MAIS TEMPO.ACIDENTES SEMPRE TEMOS. O AUTOMÓVEL MATOU QUANTOS ? NÃO HÁ NENHUMA EVIDENCIA ATÉ O MOMENTO DE QUE AS PLANTAS GENÉTICAMENTE MODIFICADAS TENHAM CAUSADO DANOS OU DESAJUSTES AOS HUMANOS OU ANIMAIS.EM TODAS A COISAS DEVEMOS USAR O SENTIDO COMUM.ISSO ME PARECE CADA VEZ MAIS A FORMA MAIS CORRETA.
JOÃO UMBERTO NASSIF
SE NÃO HOUVER UM CONTROLE DA NATALIDADE A FOME DO MUNDO VAI ACABAR ?
DR. NORMAN E. BORLAUG:
ISSO É UMA COISA QUE TENHO FALADO POR MUITOS ANOS.ACREDITO QUE A EDUCAÇÃO SE AJUSTE A POPULAÇÃO. O RUIM É QUE EM TODO CONTINENTE DA ÁFRICA DO SUL, NO SAHARA NÃO HÁ ESCOLAS. SE NÃO TEM CAMINHO NÃO TEM ESCOLAS.ONDE HÁ CAMINHO , TEM ESCOLAS.E TAMBÉM , A SEGUIR , A PRESENÇA DE MÉDICOS PARA SAÚDE BÁSICA.TAMBÉM A FORMAÇÃO ORIGINADA EM TRIBOS COM DIFERENTES COSTUMES DEVE SER LEVADA EM CONTA. AS ESCOLAS SÃO OS INSTRUMENTOS PARA EM UM PRIMEIRO PASSO ROMPER ESSE ISOLAMENTO.E NÃO HÁ UM ESFORÇO ADEQUADO NESSE SENTIDO.E ISSO INCLUI TAMBÉM O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO.UMA VEZ QUE A EDUCAÇÃO DOS PAIS SÃO EM MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA , ELES TEM CONSCIÊNCIA DE QUE PODEM DAR UMA VIDA DECENTE A UM DOIS, TRÊS FILHOS, E NÃO COMO ANTES, PORQUE ANTES SE CALCULAVA QUE MUITOS FILHOS IAM MORRER , E PARA SE TER UM FILHO ADULTO TINHAM QUE TER MUITOS FILHOS.
sexta-feira, setembro 23, 2005
Ultima Campanha do Desarmamento
A última campanha do desarmamento foi quando Caim matou seu irmão Abel com uma pedrada. Todas as pedras foram recolhidas, resultando no deserto do Saara! – (João Umberto Nassif, jornalista)
Arma Zero
Irmã mais nova da campanha Fome Zero, a campanha de desarmamento combate a violência em sua raiz: o perigoso cidadão armado. Trata-se de uma importante iniciativa concebida por mentes privilegiadas, fundamentadas em convincentes estudos realizados por instituições estrangeiras, que generosamente contribuem com moeda forte para organizações nacionais onde brilhantes cérebros tupiniquins, sem nenhuma pretensão de auto promoção dedicam-se a causas nobres, politicamente corretas e motivo de muito orgulho entre seus pares, familiares e conhecidos. São verdadeiros cavaleiros da paz e da verdade. Nada é mais prioritário do que desarmar o violento e perigoso cidadão brasileiro que tenha uma arma em seu domicilio. Trata-se de uma medida profilática, para erradicar de vez a violência. Uma prioridade absoluta. Um cidadão armado de um revolver calibre 38 pode ser mais perigoso do que:
- Nosso transito violento, regado a milhões de litros de álcool e toneladas de narcóticos.
- Nossos brilhantes políticos, homens sérios e acima de quaisquer suspeita.
- Desvios de verbas de cunho social para fins inconfessáveis.
- Pizzas assadas em gigantescos fornos de nobres parlamentares.
- Verbas enormes investidas em mega projetos que não chegam a saírem do papel, mas são depositadas em contas de bancos estrangeiros.
- Campanhas cancerígenas de indústrias tabagistas.
- Nossa polícia que recebe um salário digno dos riscos que corre.
- Nossos professores, tratados com dignidade e respeito, inclusive desfrutando de salários condizentes a atividade de formação do futuro do país: nossos jovens!
- Nossa justiça, célere como um coelho sem pés, que aplica com imparcialidade a lei.
- A rica diversidade de leis, temos leis para tudo, inclusive algumas de reserva para possíveis necessidades futuras.
- Nosso sistema de educação, altamente estruturado.
- Nossas favelas, onde corre a água límpida e cristalina, possuem rede de saneamento, atendimento social e acompanhamento médico, programas de reintegração á sociedade e fazem parte da justa distribuição de renda.
- Ao preço do barril de petróleo brasileiro que custa em torno de 6 dólares, mas é vendido ao preço de mercado internacional : 60 dólares. (Informação de Joelmir Beting em setembro de 2005, no Jornal da Band com Carlos Nascimento) Dando um lucro espetacular a nossa competente indústria, não importando o que isso significa para o país, engessando a economia.
- Nossos hábeis servidores públicos, bem treinados, bem remunerados, que dão ao cidadão um máximo prazer em procura-los em distintas repartições publicas.
Existem inúmeros fatos e situações que em momento algum se comparam ao perigo de um cidadão honesto armado.
Podemos ver a cada minuto, que a importância da campanha do desarmamento é somente comparável ao importantíssimo estojo de pronto-socorros que foi há algum tempo instituído como exigência legal em qualquer veiculo automotor.(Só não me lembro se trator também precisava ter esse utilíssimo estojo.)
Fontes da mais alta credibilidade deixaram vazar que a próxima campanha a ser lançada é destinada apenas aos “homens de bem” que comandam a sociedade. Trata-se da campanha Caneta Zero. Todos aqueles que cometem abusos, roubam, saqueiam, corrompem, burlam, mentem, enganam, terão que entregarem sua caneta (e similares como lápis, teclado de computador, mouse etc...) Essa campanha promete encontrar maiores resistências do que a do desarmamento. Sabemos que é mais fácil governar um povo sem armas. Mas quem governa não pode deixar de ter em sua caneta a mais poderosa das armas.
João Umberto Nassif é jornalista. Escreva, dê sua sujestão,use o endereço: joao.nassif@ig.com.br
terça-feira, setembro 20, 2005
Pense nisso...
Francisco Otaviano
Quem passou pela vida em brancas nuvens
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu...
Foi espectro de homem, não foi homem.
Só passou pela vida... não viveu
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