"Cal'-te, que poderá serQue 'ame a Páscoa vêm os Ramos'.
Não te apresses tu, Inês.'Maior é o ano que o mês':
Quando te não precatares,Virão maridos a pares,
E filhos de três em três."
Gil Vicente
Maior é o ano que o mês
Da "Farsa de Inês Pereira", a mãe volta da missa e, não encontrando Inês trabalhando, dá-lhe o conselho.
E Inês, sábia, deixa claro suas intenções : "Porém, não hei-de casar / Senão com homem avisado / Ainda que pobre e pelado, / Seja discreto em falar".
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quarta-feira, março 19, 2008
sábado, março 15, 2008
Primaveras
"Primaveras tão belas a tua visão entristece a minha mocidade ; falas ao meu coração de bens que se foram."
Sainte Beuve
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Sainte Beuve
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quinta-feira, março 13, 2008
Reciclagem
"Quantas coisas atiramos ao solo, que, quando outros as recolhem, tornam-se pedras preciosas graças ao trabalho."
George Meredith
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George Meredith
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O espírito de uma nação
"O gênio, a agudez e o espírito de uma nação são descritos pelos seus provérbios."
Francis Bacon
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terça-feira, março 04, 2008
Expressões latinas
• Et alii - "E outros" - Expressão utilizada em bibliografia para indicar que além do autor indicado existem co-autores
• Et caterva - "E o bando" - Pode ser usado como sinônimo de et cetera, mas com tom pejorativo.
• Et cetera - "E as demais coisas" - Também abreviado em etc.
• Etiam per me Brasilia magna - "O Brasil é grande por mim também" - Divisa de Jundiaí/SP
• Et nunc et semper - "Agora e sempre"
• Et reliqua - "E o restante" - Expressão utilizada para encerrar uma enumeração
• Et semel emissum volat irrevocabile verbum - "E a palavra, uma vez lançada, voa irrevogável" - Horácio
• Et tu, Brute fili! - "Também tu, meu filho Bruto!" - Expressão de César após ser apunhalado, entre outros conspiradores, por Bruto, a quem cumulara de benefícios
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• Et caterva - "E o bando" - Pode ser usado como sinônimo de et cetera, mas com tom pejorativo.
• Et cetera - "E as demais coisas" - Também abreviado em etc.
• Etiam per me Brasilia magna - "O Brasil é grande por mim também" - Divisa de Jundiaí/SP
• Et nunc et semper - "Agora e sempre"
• Et reliqua - "E o restante" - Expressão utilizada para encerrar uma enumeração
• Et semel emissum volat irrevocabile verbum - "E a palavra, uma vez lançada, voa irrevogável" - Horácio
• Et tu, Brute fili! - "Também tu, meu filho Bruto!" - Expressão de César após ser apunhalado, entre outros conspiradores, por Bruto, a quem cumulara de benefícios
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sexta-feira, fevereiro 29, 2008
FLATULÊNCIA - TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
Gases na Justiça
O TRT da 2a região teve de enfrentar, recentemente, o caso de um flatulento trabalhador demitido. O desembargador Ricardo Artur Costa e Trigueiros debruçou-se sobre o tema, aspirando cada um dos argumentos. Em sua decisão, que bem pode se considerar um tratado sobre o tema, ele explica que "expelir gases é algo absolutamente natural e, ainda por cima, ocorre mais vezes em pessoas que adotam dietas mais saudáveis". Segundo o magistrado, "estrepitosos ou sutis, os flatos nem sempre são indulgentes com as nossas pobres convenções sociais". Ademais, ele lembra que "disparos históricos têm esfumaçado as mais ilustres e insuspeitadas biografias".
Flatulência
Gases intestinais podem causar grande desconforto porque provocam distensão abdominal. Além disso, em determinadas circunstâncias, podem trazer constrangimento social.
O ar engolido ou os gases formados no aparelho digestivo podem ser expelidos por via oral (arroto) ou via anal (gases intestinais ou flatos). A maior parte deles, no entanto, é produzida no intestino por carboidratos que não são quebrados na passagem pelo estômago. Como o intestino não produz as enzimas necessárias para digeri-los, eles são fermentados por bactérias que normalmente ali residem. Esse processo é responsável pela maior produção e liberação de gases.
Em alguns casos, por fatores genéticos ou porque adotaram uma dieta saudável com pouca gordura, mas rica em fibras e em carboidratos, algumas pessoas podem produzir mais gases. No entanto, a maioria das queixas parte de pessoas que produzem uma quantidade que os gastrenterologistas considerariam normal. Estudos demonstram que, em média, um adulto pode expelir gases vinte vezes por dia"
Consoante explicações supra, depreende-se que expelir gases é algo absolutamente natural e, ainda por cima, ocorre mais vezes em pessoas que adotam dietas mais saudáveis. Desse modo a flatulência tanto pode estar associada à reação de organismos sadios, sendo sinal de saúde, como indicativa de alguma doença do sistema digestivo, como p. exemplo o meteorismo. De qualquer forma, trata-se de reação orgânica natural, sobre a qual as pessoas não possuem, necessariamente, o controle integral. O organismo tem que expelir os flatos, e é de experiência comum a todos que, nem sempre pode haver controle da pessoa sobre tais emanações. Não se justifica assim, aplicação de punição de advertência à reclamante pelo ato de expelir gases no ambiente de trabalho, sob a presunção do empregador de que tal ocorrência configura conduta social a ser reprimida, ou de alguma forma atentatória contra a disciplina contratual ou os bons costumes. Certamente agride a razoabilidade a pretensão de colocar o organismo humano sob a égide do jus variandi, punindo indiscretas manifestações da flora intestinal sobre as quais empregado e empregador não têm pleno domínio.
Estrepitosos ou sutis, os flatos nem sempre são indulgentes com as nossas pobres convenções sociais. Disparos históricos têm esfumaçado as mais ilustres e insuspeitadas biografias.
Verdade ou engenho literário, em "O Xangô de Baker Street" Jô Soares relata comprometedora ventosidade de D. Pedro II, prontamente assumida por Rodrigo Modesto Tavares, que por seu heroísmo veio a ser regalado pelo agradecido monarca com o pomposo título de Visconde de Ibituaçu (vento grande em tupi-guarani).
Apesar de as regras de boas maneiras e elevado convívio social pedirem um maior controle desses fogos interiores, sua propulsão só pode ser debitada aos responsáveis quando comprovadamente provocada, ultrapassando assim o limite do razoável. A imposição deliberada aos circunstantes, dos ardores da flora intestinal, pode configurar, no limite, incontinência de conduta, passível de punição pelo empregador. Já a eliminação involutária, conquanto possa gerar transtornos sociais, embaraços, constrangimentos e, até mesmo, piadas e brincadeiras, como ocorreu com a reclamante, não há de ter reflexo para a vida contratual. De qualquer forma, não se tem como presumir qualquer má-fé por parte da empregada, quanto ao ocorrido durante o expediente laboral, de modo a ensejar a aplicação de advertência, que por tais razões, revelando-se injusta e abusiva a penalidade pespegada à obreira.
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O TRT da 2a região teve de enfrentar, recentemente, o caso de um flatulento trabalhador demitido. O desembargador Ricardo Artur Costa e Trigueiros debruçou-se sobre o tema, aspirando cada um dos argumentos. Em sua decisão, que bem pode se considerar um tratado sobre o tema, ele explica que "expelir gases é algo absolutamente natural e, ainda por cima, ocorre mais vezes em pessoas que adotam dietas mais saudáveis". Segundo o magistrado, "estrepitosos ou sutis, os flatos nem sempre são indulgentes com as nossas pobres convenções sociais". Ademais, ele lembra que "disparos históricos têm esfumaçado as mais ilustres e insuspeitadas biografias".
Flatulência
Gases intestinais podem causar grande desconforto porque provocam distensão abdominal. Além disso, em determinadas circunstâncias, podem trazer constrangimento social.
O ar engolido ou os gases formados no aparelho digestivo podem ser expelidos por via oral (arroto) ou via anal (gases intestinais ou flatos). A maior parte deles, no entanto, é produzida no intestino por carboidratos que não são quebrados na passagem pelo estômago. Como o intestino não produz as enzimas necessárias para digeri-los, eles são fermentados por bactérias que normalmente ali residem. Esse processo é responsável pela maior produção e liberação de gases.
Em alguns casos, por fatores genéticos ou porque adotaram uma dieta saudável com pouca gordura, mas rica em fibras e em carboidratos, algumas pessoas podem produzir mais gases. No entanto, a maioria das queixas parte de pessoas que produzem uma quantidade que os gastrenterologistas considerariam normal. Estudos demonstram que, em média, um adulto pode expelir gases vinte vezes por dia"
Consoante explicações supra, depreende-se que expelir gases é algo absolutamente natural e, ainda por cima, ocorre mais vezes em pessoas que adotam dietas mais saudáveis. Desse modo a flatulência tanto pode estar associada à reação de organismos sadios, sendo sinal de saúde, como indicativa de alguma doença do sistema digestivo, como p. exemplo o meteorismo. De qualquer forma, trata-se de reação orgânica natural, sobre a qual as pessoas não possuem, necessariamente, o controle integral. O organismo tem que expelir os flatos, e é de experiência comum a todos que, nem sempre pode haver controle da pessoa sobre tais emanações. Não se justifica assim, aplicação de punição de advertência à reclamante pelo ato de expelir gases no ambiente de trabalho, sob a presunção do empregador de que tal ocorrência configura conduta social a ser reprimida, ou de alguma forma atentatória contra a disciplina contratual ou os bons costumes. Certamente agride a razoabilidade a pretensão de colocar o organismo humano sob a égide do jus variandi, punindo indiscretas manifestações da flora intestinal sobre as quais empregado e empregador não têm pleno domínio.
Estrepitosos ou sutis, os flatos nem sempre são indulgentes com as nossas pobres convenções sociais. Disparos históricos têm esfumaçado as mais ilustres e insuspeitadas biografias.
Verdade ou engenho literário, em "O Xangô de Baker Street" Jô Soares relata comprometedora ventosidade de D. Pedro II, prontamente assumida por Rodrigo Modesto Tavares, que por seu heroísmo veio a ser regalado pelo agradecido monarca com o pomposo título de Visconde de Ibituaçu (vento grande em tupi-guarani).
Apesar de as regras de boas maneiras e elevado convívio social pedirem um maior controle desses fogos interiores, sua propulsão só pode ser debitada aos responsáveis quando comprovadamente provocada, ultrapassando assim o limite do razoável. A imposição deliberada aos circunstantes, dos ardores da flora intestinal, pode configurar, no limite, incontinência de conduta, passível de punição pelo empregador. Já a eliminação involutária, conquanto possa gerar transtornos sociais, embaraços, constrangimentos e, até mesmo, piadas e brincadeiras, como ocorreu com a reclamante, não há de ter reflexo para a vida contratual. De qualquer forma, não se tem como presumir qualquer má-fé por parte da empregada, quanto ao ocorrido durante o expediente laboral, de modo a ensejar a aplicação de advertência, que por tais razões, revelando-se injusta e abusiva a penalidade pespegada à obreira.
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