PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E
MEMÓRIAS
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 21 de dezembro de 2013.
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 21 de dezembro de 2013.
Entrevista: Publicada aos sábados
na Tribuna Piracicabana
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http://blognassif.blogspot.com/
ENTREVISTADA: TAIS HELENA MARTINS LACERDA
Tais Helena Martins Lacerda
nasceu a 24 de janeiro de 1964 em Piracicaba. Filha de Bento Lacerda Neto
oriundo de Torrinha, estudou na ESALQ, e Maria Helena Martins Lacerda,
metodista, professora do ensino fundamental no Grupo Escolar Barão do Rio
Branco, trabalhou também na UNIMEP. Bento Lacerda Neto casou-se em primeiras
núpcias, dessa união nasceram três filhos. Ficou viúvo, casou-se em segundas
núpcias com Maria Helena Martins Lacerda, nascendo desse matrimônio mais três
filhos, sendo que Tais Helena é a primogênita, realizou seus primeiros estudos
no Grupo Escolar Barão do Rio Branco, sendo sua primeira professora Dona
Abigail. O ginásio estudou no Ginásio Estadual Dr. Jorge Coury, na Rua Alferes
José Caetano, ao lado da Igreja dos Frades. Tais casou-se, é mãe de Ramon
Benatti.
Ao ingressar no Ginásio Dr. Jorge Coury em
que local era a sua residência?
Eu morava na Rua São Francisco de
Assis entre a Rua Boa Morte e a Rua Governador Pedro de Toledo. Éramos vizinhos
do Comendador Romano, Érica Stolf e sua família, Família Almeida Prado, Solange
Amâncio e Família, Hilda e Dr. Noedy
Krähenbühl Costa
eles eram compadres dos meus pais. Nessa casa em que morávamos tinha uma
jabuticabeira, as crianças pulavam o muro para ir apanhar jabuticaba, uvaia. Os
pães eram adquiridos na Padaria Jacareí, de propriedade do Seu Adão. Na Rua São
Francisco, entre a Rua Governador Pedro de Toledo e a Rua Benjamin Constant
morava a Família Mahle, a Dona Carminha Guimarães de Souza. Nessa mesma rua,
logo após atravessar a Rua do Rosário, na Chácara Nazareth, residia a Família
Piacentini, a Marly Piacentini que estudou comigo, a Sarita Sturion, da Casa
Sturion, estudei no Jorge Coury com essa turma toda.
Ao concluir o ginásio você
continuou estudando no então Colégio Dr.Jorge Coury?
Não, fui fazer o Colégio Técnico
Universitário - CTU na UNIMEP. O curso foi no Colégio Piracicabano, após três
anos conclui o curso de Histologia. Formávamos uma turma de alunos bem
animados, entre eles estava Alice Strocca, Beto Mesanelli, Roberto Machado, a
Magic Paula. Eu cantava no coral do Colégio Piracicabano. O Dr. Senn era o
reitor e Dona Noêmia que era sua esposa tinha o Conjunto Jovem Som, eu era meio
soprano.
Após concluir o curso técnico
qual foi sua próxima atividade?
Fui cursar Química Industrial na
UNIMEP, campus de Santa Bárbara D`Oeste. Ainda no primeiro ano de faculdade já
comecei a lecionar a noite no Grupo Escolar Barão do Rio Branco, eu tinha 18
anos, meus alunos com 14 anos e fazia estágio na ESALQ no departamento de
Química, na área de fertilizantes. O
Professor Alcarde era o chefe do departamento. Eu ia até a ESALQ de ônibus, era
a linha Panorâmica. Eu não tinha carro, um amigo, o Gilberto Furlan, era quem
nos dava carona em seu Chevette cinza, cotizávamos em quatro, a Solange
Amâncio, o Gilberto Furlan e o Amaury Malia e eu. O Gilberto por volta das seis e
meia da manhã passava em todas as casas, o Amaury não era de Piracicaba, morava
em uma república. Quando eu voltava não dava nem tempo de parar em casa para
almoçar, a uma hora da tarde almoçava no bandejão da ESALQ, permanecia no
Departamento de Química até as cinco e meia da tarde, ia para casa, tomava um
banho e ia dar aula no Barão do Rio Branco.
Após formar-se em química o que
aconteceu?
Após quatro anos no Departamento
de Química o Professor Alcarde me recomendou para ir trabalhar no IPT-
Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Eu queria fazer um mestrado. Procurei o
Professor Joaquim de Oliveira, da área de fermentação, trabalhava com leite.
Foi lá que comecei uma carreira acadêmica, de pesquisadora. Em 1985 entrei na
ESALQ de onde sai em outubro de 1988, fiz o mestrado em Tecnologia de
Alimentos, mas trabalhei sempre com geração de energia a partir de resíduos, do
resíduo da agroindústria eu gerava energia, meu trabalho foi nessa área, junto
com o Professor Joaquim. Depois prestei concurso para doutorado na Unicamp e em
Botucatu, na Unesp. Entrei na Unicamp, mas não ia trabalhar nessa área, fui
para Botucatu, foi o primeiro doutorado em agro energia no Departamento de
Engenharia Rural, e a primeira tese defendida foi a minha sobre a Digestão
Anaeróbia.
Você passou a morar em Botucatu?
Quando eu estava terminando o meu
mestrado prestei concurso para uma disciplina na UNIMEP, era Tecnologia de
Alimentos. Em 1987 fui lecionar na UNIMEP, no Centro de Tecnologia situado no campus
de Santa Barbara D`Oeste, é uma área que presta serviços para outros cursos. Para
Botucatu ia de ônibus, não dava certo ir por São Manoel, ia por Anhembi, era
estrada de terra, em época de pagamento os pontos de paradas eram as porteiras,
iam parando de porteira em porteira para o passageiro embarcar ou desembarcar. A
viagem começava às duas horas da tarde e chegava em Botucatu as seis horas. Para
mim foi um ensinamento. Eu ia para Botucatu duas vezes por semana. Em 1991
conclui esse curso. Eu tinha 26 anos quando recebi o título de Doutora em
Engenharia Rural na Área de Concentração Energia na Agricultura – Agro Energia.
Era um curso que trabalhava com biomassa, com química dos combustíveis. Eram
nove homens e eu era a única mulher da turma. A escola em Bauru era uma
fundação e estava sendo englobada pela UNESP, quase todos os professores de
Bauru vieram estudar em Botucatu, para fazerem o doutorado.
Após concluir o doutorado você
continuou na UNIMEP?
Eu estava na UNIMEP, por 17 anos
fui coordenadora de cursos, fui presidente de comissão de pesquisas, por oito
anos membro de comitê de ética em pesquisa, trabalhei muito na gestão
universitária, no processo de ensino acadêmico. A UNIMEP permitiu que eu
conhecesse a universidade. Em sala de aula se conhece o aluno. Participei do
processo de construção de políticas da pesquisa, como organizar os processos,
por 15 anos eu participei da Comissão de Pesquisas. Representei a UNIMEP no
Pira-21. Tenho um histórico de estar dentro da presidência do Conselho de
Ciência e Tecnologia. Por dois anos fui presidente do Conselho Municipal de
Ciência e Tecnologia de Piracicaba. No Conselho permaneci por quase sete anos.
O Conselho foi criado para assessorar o poder público. Existe uma lei municipal
voltada a Ciência e Tecnologia, desde 1998. Nós a assessoramos emitimos
parecer, para a prefeitura. Existe outra lei referente ao Parque Tecnológico.
Hoje dou consultoria na área de inovação. Participei de projetos da UNIMEP com
a Secretaria de Turismo. Conheci o SEBRAE, o atual diretor do SEBRAE em
Piracicaba, o Dr. Henrique Vianna de Amorim fundador da Fermentec, que me viram
nesses locais. Na UNIMEP trabalhamos
muito forte o conceito de transferir o que aprendemos para a comunidade.
Como podemos dar um exemplo
prático de inovação?
Em comunicação, como eu me
comunicava anteriormente? Não existia o telefone, a carta era uma forma de
comunicação, quando chegou o telefone foi uma inovação. Depois apareceu o
telefone móvel, é um tipo de inovação no produto. Você está se comunicando, o
produto é diferente, você se desloca, está inovando na área do produto. Quando
você pega o iPhone, que é móvel, você já está na geração 5, tem inovações que
são radicais, outras são incrementais. Temos inovações radicais e incrementais.
Além das inovações em produtos temos em serviços também. Como você vai inovar o
seu processo oferecendo serviço? Quando faço a comida de um jeito e ofereço a
comida ali, vou oferecer a comida do mesmo jeito, mas a faço diferente. O
“fazer diferente” é uma forma que pode inovar. Muitas vezes você vai fazer diferente para
economizar energia, água, que são recursos necessários à humanidade e que temos
que cuidar deles. Temos que trabalhar com um conceito mais limpo dentro do
ambiente empresarial, para economizar, trabalhar de uma forma mais enxuta,
oferecendo a mesma coisa ou com melhor qualidade. Muitas vezes isso tem que ser
feito para atender mercados. Se não fizer estará fora do mercado.
O nível de exigências dentro do
mercado é cada vez maior?
Há três anos tive uma empresa que
junto com a Faculdade de Engenharia da USP em São Carlos, detectou que a
Petrobrás precisava de válvulas industriais, temos uma lei que estabelece que
sessenta por cento dos fornecedores sejam brasileiros, só que o fornecedor
brasileiro não tem o perfil para dar com qualidade essa válvula. Tem que ser qualificado o fornecedor
brasileiro. A Petrobrás abriu um edital para qualificar fornecedor. Fiz o
projeto, após ser entregue, demorou uma ano e meio para sair o resultado, a
conseqüência é que um bom número de empresas de válvulas faliu. Hoje esses
instrumentos de inovação com quais eu trabalho estão mais ágeis, minha empresa
dá consultoria nessa área. Faço diagnósticos, sou como uma tutora dos
proprietários que querem atingir esses instrumentos.
A responsabilidade dessa demora
era de quem?
A Presidente Dilma colocou que a
FINEP demorava de um ano a um ano e meio para passar esses resultados, agora
está saindo em um mês. Um dos instrumentos é a Lei do Bem, a semelhança
da Lei de Incentivo à Cultura, popularmente chamada de Lei Rouanet. A empresa tem
que submeter projetos ao Ministério da Ciencia e Tecnologia e Inovação (MCTI), para atingir esse benefício.
No Censo de 2011 apontou que cerca de 1.000 empresas brasileiras estão usando a
Lei do Bem. A empresa com lucro presumido não pode utilizar os benefícios dessa
lei. A inovação tem que estar dentro da cultura do ambiente empresarial. Dentro
do ambiente do serviço. Ou não se consegue fazer. É algo que tem que mexer na
cultura da empresa. A minha consultoria trabalha mais com esses instrumentos.
Saiu uma linha que se chama INOVA, eles dividiram em áreas, aonde acham
estratégico fomentar o desenvolvimento. A FINEP pegou parte dos recursos desse
INOVA e disponibilizou para as agencias estaduais, o pequeno emprendedor não
irá buscar recursos na esfera federal e sim nas agências estaduais. Trabalho
com financiamento com carências grandes e taxas baixas. Trabalho também com
fomento a título de fundo perdido. Trabalho no ciclo de vida do projeto,
preparo o empresário e a empresa, capacito a empresa, posso até acompanhar mas
o trâmite será feito por ele. A empresa deve estar organizada constantemente
para atender os editais, sem atropelos de ultima hora. Eu organizo a empresa
para ela atingir esses instrumentos. Se você produz algo novo irá atingir
mercados, irá sobreviver, gerar empregos, gerar renda para o municipio.
Você iniciou um trabalho junto a
empresas em Piracicaba?
Esse processo se deu em um
período que iniciei o desenvolvimento de um projeto para a Fermentec durante um
ano. O Professor Amorim é também presidente do Apla (Arranjo
Produtivo Local do Álcool). Existem
no país alguns arranjos, em Americana existe um arranjo produtivo voltado para
a área têxtil, em Franca existe o arranjo produtivo do calçado, esses arranjos
estão sendo estruturados no país. O SEBRAE participa, esses arranjos são de
alcance nacional. Quando se fala desse arranjo produtivo em Piracicaba, está
sendo falado da cadeia produtiva do álcool. Ele é muito forte no setor
metal-mecânico. É um setor que fornece soluções para o setor sucroenergético
mas também para a indústria automobilística. Se olhar para as empresas que
trabalham no setor metal-mecânico verá que elas atuam em muitas áreas. Vendem produtos
para muitas áreas. Principalmente para setores automobilísticos. Quando se fala
em arranjo local produtivo isso envolve toda a cadeia. Desde as pessoas que
fazem máquinas para levar para a agricultura, máquinas para dentro das usinas,
tudo isso está dentro desse arranjo.
Como surgiu seu envolvimento com o setor gastronômico de
Piracicaba?
Acredito que isso tem origem na minha infância, a casa em
que eu morava na Rua São Francisco de Assis, e que ainda é da família, tem
fogão a lenha, minha mãe fazia bolos, balas de coco, o meu pai cozinhava muito
bem.
Você cozinha bem?
Cozinho. Gosto muito de moqueca de peixe. De Vitória
trouxe as panelas de Goiabeiras (Panelas de barro das Paneleiras de Goiabeiras, um bairro de Vitória, no Espírito
Santo). Gosto muito de peixe, de fazer comidinhas
para receber convidados. Fiz Tecnologia de Alimentos no mestrado, além de
muitas disciplinas voltadas a área de alimentos. Comecei dando aulas na
Nutrição da UNIMEP, na Química Industrial de Alimentos, aula de Alimentos na
Faculdade de Farmácia, na Gastronomia, curso que ajudei a montar. Ajudei a elaborar o curso de Engenharia de
Alimentos, fui coordenadora desse curso por quase sete anos. O professor Davi
Barros, reitor da UNIMEP me indicou para representar a universidade junto a
Secretaria do Turismo, o secretário era Omir Lourenço. Isso foi a sete anos. Para o
aniversário de Piracicaba a secretaria estava procurando algum projeto novo.
Minha sugestão foi de fazer um concurso gastronômico na Rua do Porto. O
primeiro concurso gastronômico nós fizemos em agosto de 2007, era um concurso
gastronômico restrito a Rua do Porto. Durava um final de semana.
Em 2013 quantos restaurantes participaram do Concurso
Gastronômico de Piracicaba?
Participaram 41 restaurantes. O evento expandiu para a
cidade toda já faz três anos.
Como se realiza esse concurso?
Há uma época em que são divulgados os restaurantes que
participarão do evento, esse ano as inscrições foram feitas eletronicamente,
on-line. Isso se dá até julho. Uma equipe do Jornal de Piracicaba vai conhecer
o estabelecimento, o prato que foi inscrito, quem elaborou esse prato. Além do
documentário é feito o registro fotográfico. O festival tem a duração de 30 a
45 dias. Os restaurantes pleiteiam que esse prazo seja maior, para que o
público possa conhecer melhor o prato eleito para concorrer no festival.
Depois de feita a inscrição e o registro documental e
fotográfico qual é próximo passo?
É feita uma avaliação para ver se
os concorrentes se enquadram nas diretrizes do festival. Até o ano passado
tínhamos quatro categorias, 1º, 2º, 3º e 4° lugares, neste ano de 2013 nós
trabalhamos com mais categorias e tivemos destaques em cada categoria, não
trabalhando mais com a referência de 1º, 2º, 3º e 4º lugares. O festival não é
uma competição e sim uma participação, uma divulgação da gastronomia local.
Estou escrevendo o livro “A Cozinha
Regional de Piracicaba - Receitas do Lugar Onde o Peixe Para” onde divulgo a
gastronomia da nossa cidade. O primeiro capitulo aborda a pamonha, cachaça o
peixe, peguei doze receitas que incluem esses ingredientes. Por exemplo, a Sani
fez “Pamonhinha de Piracicaba” com melado e sorvete de canela. A
“Caipirinha Caipira” feita pela “On The
Rocks” onde colocou da cana cinco ou
seis ingredientes, usou até o talinho de cana, colocou o melado, o
gelo ele fez com garapa, cachaça, açúcar e limão. Procurei trabalhar em um
capítulo abordando alguns ingredientes que são regionais: o milho, o peixe, a
cachaça, a mandioca. Os negros trouxeram o cuscuz, os portugueses trouxeram a
sardinha que era colocada dentro do cuscuz, os pescadores colocam o cascudo no
lugar da sardinha. Na época foi uma inovação. Tive uma coluna em um jornal
local onde escrevia abordando esses aspectos.
O restaurante pode se inscrever
com quantos pratos?
Existem deis categorias, o
estabelecimento poderá escolher três categorias e uma carta de bebidas. Se o
restaurante for só de carnes, ele poderá concorrer apenas com um tipo de carne.
Os concorrentes podem apresentar os mais diversos tipos de pratos: comidinha de
boteco, pizza, peixe. Pode ser o melhor peixe no prato, melhor peixe na brasa.
Procuramos destacar qual foi o estabelecimento que fez o prato mais inovador. A
criatividade é diferente da inovação. Você pode ser criativo, mas terá que
vender para ser inovador. A idéia nova tem que atingir o mercado. Se for
inovador e colocar no cardápio aquela criatividade ela irá entrar no mercado.
Em Piracicaba existem três locais que fazem chope artesanal, um deles faz cinco
tipos de chope.
Como é feita a analise para
classificação dos restaurantes que participam?
Existe um corpo de jurados, parte
desse júri é representado pela mídia e a outra parte por pessoas da área. Alguns
fazem pratos novos outros procuram divulgar pratos que já fazem sucesso e
constam do cardápio. A Secretaria de Ação Cultural disponibiliza o meio de
transporte para os avaliadores, o estabelecimento previamente informado irá
apresentar um item que está sendo avaliado. Temos um professor que está
acostumado a avaliar, chega a fazer a avaliação de quarenta pratos em um dia. É
feita a degustação, não é a ingestão de todo esse alimento. Começa às 11 horas
da manhã e termina às 11 horas da noite. Chegamos a avaliar em um só dia 11
restaurantes. O festival cresceu, há a perspectiva de ser regional, abrangendo
municípios limítrofes.
Você é a “mãe” do festival
gastronômico?
Falam isso!
Esse festival alavanca a
freqüência aos restaurantes?
As informações que nos chegam é
de que aumenta muito a freqüência do
público junto aos restaurantes que participam do festival. Há uma grande
divulgação desse trabalho que é feito. A gastronomia mudou bastante em
Piracicaba. O Pirajé é um acarajé piracicabano, a base de milho, o recheio com
camarão. Foi feito no ano passado lá no restaurante Mão de Vaca. Quem trouxe à
Piracicaba o bolinho de feijoada foi o restaurante Senhor Caneca. Neste ano ele
fez Toquinha de Cascudo, com isso resgatou o uso do cascudo, um peixe que não
estava sendo explorado. Fez uma massinha de mandioquinha recheada com cascudo.
Outro restaurante fez com batata doce. É importante frisar que temos duas
escolas de gastronomia, uma é em Piracicaba, na UNIMEP e outra em Águas de São
Pedro, do SENAC. Isso acaba fomentando para que a nossa região ofereça produtos
com notável qualificação.
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