PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E
MEMÓRIAS
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 23 de setembro de 2017
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 23 de setembro de 2017
Entrevista: Publicada aos sábados
no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
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ENTREVISTADA: MARIA APARECIDA FRANCO DE BARROS FORNARI
ENTREVISTADA: MARIA APARECIDA FRANCO DE BARROS FORNARI
Maria Aparecida Franco de Barros
Fornari nasceu na cidade de São Paulo a 13 de setembro de 1957, é filha de Maria
Aparecida Franco de Barros Fornari (mãe e filha têm o nome igual) e João
Benedito de Barros Fornari, contador e empresário, em 13 anos tiveram 12
filhos: João Carlos, José Roberto, Antonio Luiz, Paulo Eduardo, Pedro Ricardo,
João Benedito, Mario Sérgio, Maria Aparecida, Célia Regina, Ana Cecília, Carmem
Lia e Valter Guilherme.
Em qual bairro de São Paulo você cresceu?
Cresci no bairro Bom Retiro, fiz
meus estudos no Colégio Santa Inês e o curso técnico eu fiz no Colégio Sagrado
Coração de Jesus, bairro Campos Elíseos, o curso superior estudei na Faculdade
de Educação Física, em Mogi das Cruzes, conclui o curso em 1976.
Seus pais foram grandes vencedores em educar
todos esses filhos!
Meu pai disse que a herança dele
para os filhos seriam dois diplomas: de um curso técnico e um curso
universitário. Todos nós temos dois diplomas.
Com qual idade você começou a trabalhar?
Aos 19 anos comecei a trabalhar.
Eu tinha cursado também o curso de Laboratório de Análises Clínicas no Liceu
Coração de Jesus. O primeiro laboratório em que trabalhei foi o do Hospital
Bandeirantes, situado no bairro da Liberdade. Depois fui trabalhar no Elkis e Furlanetto Laboratório Médico. Lá fazia análises
clínicas, exames de laboratório.
Até que idade você permaneceu em São
Paulo?
Até quando me casei. Por motivos
profissionais do meu marido, ele era jogador de futebol, ele jogou até o
juvenil em um grande time de São Paulo, depois o seu passe foi vendido para
times do interior: Araras, São Carlos, e outras cidades, eu fui acompanhando.
Tivemos um filho: Renan. Após percorrermos esse circuito todo voltamos à São
Paulo, quando foi possível adquirirmos uma casinha compramos na Praia Grande,
nessa época meu filho tinha seis anos. Até hoje meu filho mora lá. Eu
trabalhava em São Paulo e morava na praia. Ia com ônibus fretado, por 18 anos
fiz essa rotina de trabalho.
Você viajava todos os dias?
Todos os dias. Por ser ônibus
fretado a viagem era menos cansativa. O ônibus parava quase na porta de casa, às
vezes dormia, quando tinha muito trânsito passava um filme, jogava bingo no
ônibus.
Você sempre foi muito animada!
Sempre!
Como você veio à Piracicaba?
Desde o ano 2000 meus pais vieram
morar em Piracicaba. Eles foram sempre muito independentes dos filhos, mas eram
dependentes um do outro! Construíram uma casinha no Lar dos Velhinhos de
Piracicaba. Minha tia, irmã do meu pai já morava aqui. Eu não conhecia
Piracicaba. Meu pai faleceu em 2005 a minha mãe ficou conosco em São Paulo,
eles tinham um flat naquela cidade. Eles que iam para São Paulo todos os finais
de semana, para visitar os filhos. A maioria mora lá. A casa construída no Lar
dos Velhinhos continuava pertencendo a ela. Nesse período ela manifestou a
vontade de voltar a residir em Piracicaba. Nessa época eu e minhas irmãs
tínhamos um instituto de estética em São Paulo, eu ia e voltava da Praia Grande
todos os dias. Eu já estava divorciada. Minha mãe queria voltar para a casinha
dela no Lar dos Velhinhos. Minhas irmãs e eu decidimos encerrar as atividades
comerciais que estávamos desenvolvendo. Vim para Piracicaba para ficar com a
minha mãe. Ela falava que o meu pai ficava no pavilhão dos homens, dando comida
para eles na hora do almoço, enquanto ela ficava no pavilhão Lula dando comida
e brincando com as moradoras. Foi quando pensei em um projeto: resgatar a
criança interior dos idosos, com brincadeiras. Por dois anos trabalhei como
voluntária. Eu tinha umas reservas financeiras, minha mãe também ajudava, até
que entrei no projeto da Prefeitura Municipal, da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Social – SEMDES A piscina que hoje existe no Lar foi
ativada, por estar profissionalmente habilitada fui convidada a dar aulas de
hidroginástica.
Você tornou-se uma pessoa conhecida junto aos pavilhões?
Brincava nos pavilhões, no começo
foi muito complicado, era uma pessoa nova entrando em um ambiente diferente. As
irmãs foram as primeiras a me receberem, depois as idosas, entrando com alegria
eu ia contra um clima de espera da morte iminente. Creio que mudei um pouco o
modelo de comportamento existente no pavilhão. Essas pessoas não tinham mais
razão de viver. Com a minha alegria, com as minhas brincadeiras, parece que
perceberam que tinha mais alguma coisa para fazerem.
Você trabalha com uma situação
muito complicada, que é a pessoa estar próxima da sua finitude e muitos têm a
consciência disso.
Desenvolvi uma intuição apurada
nesse sentido, abordo a espiritualidade de cada um. Sou Reikiana, Reiki é uma palavra japonesa que significa “Energia Vital
Universal”. O Reiki não é uma religião e nem uma crença. Ele abre novos
caminhos para experiência espiritual e o aprendizado. Também fazendo o uso de
técnicas holísticas que busca despertar na pessoa o auto-equilíbrio corpóreo,
psíquico e social. A pessoa idosa enxerga a sua alma. Se for feito de coração,
com profunda sinceridade, eles aceitam tudo. Se sentirem que há uma doação de
fato ninguém é melhor para eles. A sinceridade tem que ser real e legitima.
Qualquer coisa que lhes for prometida deve ser feita no menor espaço de tempo
possível. Não deixe para amanhã, não procrastine, não adie.
Em
que ano você começou a trabalhar com eles?
Aqui foi em fevereiro de 2006
quando cheguei. Fui registrada como funcionária do Lar dos Velhinhos em 2008
como recreacionista. Sou a pessoa responsável por passeios, festas,
desenvolvimento da parte motora, física, brincadeiras, tenho que levantar o
astral dessas pessoas. Hoje trabalho com 150 idosos carentes, sem contar o
pessoal dos chalés, muitos entram na dança.
Existem casos em que os filhos
deixam pais e mães aqui, como se fosse uma mala e vão embora?
Têm! Muitos casos, em especial
dos carentes, em maior parte mulheres. O Lar tem várias realidades
co-existindo. A realidade dos chalés, seus moradores estão aqui por opção
própria. Têm liberdade completa de locomoção, independência. A realidade dos
pavilhões dos homens carentes, onde muitos trazem suas cicatrizes de vida
difícil, a realidade das idosas carentes que também percorrem, de forma geral,
experiências dolorosas. Algumas foram trazidas por pessoas amigas, diante de
situação de dificuldades básicas. Nem mesmo parentes muitas vezes as
procuraram. Ou procuram.
Como fica o sentimento de uma
pessoa em uma condição dessas?
Temos que entrar com a compaixão.
Não nos compete julgar. Não conhecemos o passado dessa pessoa, como foi sua
conduta junto a outras pessoas. Há algumas situações em que a pessoa age
conforme lhe ensinaram. Sem julgarmos ninguém, eles estão aqui, são bem
cuidados, a alegria irá trazer um crescimento evolutivo maior. Encarar a
realidade, um dia após o outro. Vive-se o dia de hoje.
Eles têm atividades externas as
dependências do Lar?
Todo mês eu tenho um passeio com
eles: praia, circo, festividades em diversos locais da cidade. No espaço
destinado tem o forró toda quinta feira, das 14:00 às 16:00 horas, O Conjunto
Recordar participa toda semana, isso já existe há quarenta anos. Se um músico
falece ou fica impedido de tocar outro o substitui. São todos idosos também. Não
perdem uma quinta feira, e os idosos “arrastam o pé”! Vem muitas pessoas de
fora do Lar, geralmente do bairro.
Cantam, dançam, as cadeiras de rodas são empurradas, têm bastante voluntários.
Os ocupantes das cadeiras de
rodas também participam?
Dançam também! Dentro da
possibilidade de cada um. Movimentam-se sobre as cadeiras, contagiados pela
música. Mexe com o ânimo deles e principalmente: saem do pavilhão. É a minha
intenção, tirá-los do pavilhão. O idoso tem suas características próprias,
prezam pela sua zona de conforto. Com essas atividades saem da rotina, muitos
esperam o forró com bastante ansiedade. Quando temos um passeio eu não posso
avisá-los com antecedência, a excitação é muito grande, começa a dar dor de
barriga, parecem crianças! Só aviso a coordenadora de cada pavilhão, vou sair
com tais pessoas, devem ficar arrumadinhos.
Eles dedicam-se a atividades artísticas?
Temos a Maria Amélia que realiza
terapia ocupacional, os idosos pintam, desenha, ela faz trabalho em grupo.
Se a pessoa quiser ser voluntária
vocês aceitam?
Lógico! Sempre estamos precisando
de pessoas com boa vontade. É feito um cadastro, é estabelecido um cronograma
de disponibilidade, e a pessoa passa a integrar o grupo de voluntários.
A partir de que idade a pessoa
pode ser voluntária?
A rigor não existe idade que
estabeleça limite para auxiliar o semelhante. Existe aptidões próprias a cada
tarefa. Pode ser desde pequeno, é muito bom ver essa realidade toda. Tive um
exemplo, em um sábado um menino completou 8 anos, ele pediu aos pais como
presente de aniversário, fraldas geriátricas para entregar ao Lar dos
Velhinhos. Todos os seus familiares, convidados para a festa deram fraldas, ele
veio até o Lar, trouxe as fraldas, fizemos a festa de aniversário dele aqui
também, os pais trouxeram bolo, para cantar parabéns junto com os idosos. Olha
a consciência dessa criança! Está sendo moldado o caráter de um adulto de
valor. Até na formação do caráter da criança essa visita aos idosos é
transformadora. Há um detalhe muito importante, chamar a atenção da criança
para que se cuide e no futuro venha a ter uma maturidade saudável. Ele está
vendo em sua frente o que será no futuro: um idoso!
Fala-se muito na interação de
crianças e idosos, como você vê isso?
Sempre tivemos as visitas das
crianças ao Lar.
Qual é a reação dos idosos?
É um processo fantástico! Tanto
com relação às crianças como em relação aos idosos. As crianças ficam admiradas
porque não é a realidade que eles têm em casa. Geralmente os avôs deles estão
na faixa de 50 a 55 anos, preservam boas condições de saúde e locomoção. Foge
da realidade das crianças de 9 a 12 anos que vem até o Lar. Proporciono a
interação com brincadeiras, cantando, utilizando bolas. Aí as crianças se
soltam.
Essas visitas são boas para as
crianças?
Muito! Eles passam por um
processo de preparação anterior pelos seus professores, então já chegam
orientados. É enfatizada a realidade dos idosos. Os idosos adoram. Eles são
carentes, é o “netinho” deles. Eles se projetam na criança.
Outra atividade peculiar é a
visita que os cães fazem aos idosos.
A cada 15 dias vem um grupo de
voluntários trazendo cães especializados em visitas desse gênero. São de grande
e médio porte. Foi um processo difícil a
introdução dessa atividade junto ao Lar. Houve resistência por alguns setores
do Lar, preocupados com a saúde e bem estar do idoso. Só após um trabalho de
referência intenso, onde foram demonstrados os benefícios que esses cães levam a
local de grande vulnerabilidade como hospitais de câncer, hospitais, essa
resistência foi vencida. Os cães vêm todos os domingos, permanecem por uma
hora. Os idosos vibram, brincam, acariciam. São animais que receberam técnicas
especiais para conviver com esse tipo de situação. O gasto de energia dos cães
é tamanho que os seus donos afirmam que ao saírem os cães dormem o dia todo.
O que é o “Show da Alegria”?
Anteriormente era denominado
“Disco de Vinil”, até que a pessoa responsável desligou-se do Lar. Atualmente
os idosos cantam, recitam, dançamos, fazemos umas coreografias, ensaia a
quadrilha, tudo para deixar o ambiente alegre. Ficamos das 8:00 até umas 10:15
da manhã com eles, passamos o café, bolachinha, tem um grupo que faz bolo.
Fiéis de igrejas de diferentes credos trazem algo para os idosos, cantam.
Nesses 11 anos em que você está
aqui deve ter visto muita coisa aqui dentro.
Muita! Grandes alegrias,
tristezas. Ressalto muito que aqui dentro que o bem maior que eles me fizeram é
muito pelo pouco que doei. (Maria emociona-se nesse momento). Aprendi muito com
eles, houve uma evolução muito grande dentro de mim, espiritual, de
compreensão, paciência, tolerância. Isso eu aprendi tudo com eles! Sou uma
pessoa muito elétrica, quero tudo para ontem, tive que ir ao tempo deles, ia
levá-los para passear, na hora em que ia buscar geralmente dizia: “- Ah! Eu vou
ao banheiro!” Tinha que esperar. Para mim isso era difícil de entender. O idoso
de forma geral é temperamental. É necessário saber falar com eles.
O idoso não tem muito autocensura,
ou seja, tem pouco freio?
Isso eu aprendi, achei que foi
bom para mim! Eu era uma pessoa muito tímida. Tive que me soltar totalmente, é
uma escola.
Os idosos são vaidosos?
São! As mulheres são vaidosas, quer
um batonzinho, pintar a unha, pintar cabelo, enfeitarem-se com um colarzinho,
um brochinho. Os homens são mais com radinho de pilha e relógio. Quando quebram
um relógio vêm imediatamente me procurar! As idosas gostam muito de boneca!
Teve um ano que fiz uma campanha com os moradores de chalés e arrecadamos
fundos para dar bichinhos de pelúcia! Comprei 600 bichinhos de pelúcia! Elas
amaram! Sempre pedem boneca, estamos falando de pessoas na faixa etária dos 70
aos 90 anos. Eles querem alguma coisa para abraçar, para pegar. É uma carência.
Como educadora física, como você
utiliza as áreas de exercícios físicos?
Acho ótimo! Tem uma escala de
horário de atividades, os maiores usuários é o pessoal dos chalés, alguns aparelhos
por terem sido instalados recentemente ainda precisa de algum tempo para que o
habito de uso seja criado. A hidroginástica funciona para os que não se
utilizam de fraldas. Hoje temos por volta de 40 alunos, a piscina é térmica,
coberta, com aquecimento solar ou a gás.
A quadra de basquete está em uso?
Vamos cobrir, quero ativar isso.
Nem que seja uma brincadeira com bola. Quadra já chama a atenção, resgata a
infância do idoso. Conseguimos o patrocínio de um benfeitor (pessoa física)
para a cobertura com telhas térmicas.
O que é ginástica cerebral?
É um sistema de exercícios
específicos que oferece a
possibilidade de utilização do cérebro de maneira total, em todo o seu
potencial. Quero trazer essa atividade também para a quadra coberta. Facilita
muito o acesso do idoso.
Com relação a alimentação, como funciona?
Temos duas nutricionistas, uma só cuida dos pavilhões e dieta deles e outra
que elabora o cardápio geral. Os idosos dos pavilhões tem 6 alimentações
diárias: café da manhã; uma fruta; almoço; lanche da tarde; sopa no jantar e a
ceia as 7:00 horas da noite.
A comida é gostosa?
Muito boa! Eu como daqui, minha mãe as vezes cozinhava, as vezes pegava
aqui.
Maria, o que eles gostam de comer mas que não é habitual ter?
São os salgadinhos: coxinha, empadinha, esfiha, kibe. Bolo eu faço todo
mês, no pavilhão masculino e no pavilhão feminino, quando são comemorados os
aniversariantes do mês. Faço dentro do pavilhão deles, tem muitos acamados,
muitos que não saem. Para ter a energia da alegria, do aniversário, providencio
um presentinho para todos eles, coisas simples. Eles gostam muito de sabonete,
pasta de dente, toalhinha pequenininha, desodorande Roll
On,
Aqui você carrega suas baterias e descarrega suas energias?
Considero aqui como minha missão, larguei tudo da
minha vida, para vir para um lugar que nem conhecia, acho que fui um
instrumento. Sem eu saber, para vir para cá eu me preparei. Fiz vários cursos filosóficos.
Faço muita meditação, trabalho com yoga. Faço reflexões. Não culpo ninguém se
me sentir magoada. Se me tratam mal. Não é culpa das pessoas que fazem isso, a
minha consciência é: “Por que que me afetou isso” ! O que eu tenho que
administrar dentro de mim para não ser machucada? O problema está comigo, as
pessoas podem falar o que bem entenderem.
Você já foi rejeitada por alguém alguma vez?
Ah ! Já!
Como você trabalha isso?
Olhando no espelho! A rejeição está em mim, não está
na pessoa que me rejeitou! Eu que estou me rejeitando de alguma forma! É um
reflexo meu! As pessoas jogam tudo para você por ser um reflexo delas e não
meu! A pessoa me diz: “Maria, hoje você está triste!” Respondo imediatamente: “
Ah! Não! Eu sempre fui alegre!Não tenho um porque de estar triste! Olhe dentro
de você e vê se não é com você”. Uma pessoa rejeitada dentro de um grupo, a
rejeição é ela quem estabelece. Está sendo rejeitada por ela mesma. Ela tem que
ver como um processo de evolução e não algo ruim. Vai fazer uma autoanalise,
ver porque foi afetada por isso? Qual é o motivo para sentir-se rejeitada? O
que você faz para afastar as pessoas? Isso é autoconhecimento.
O aspecto físco da pessoa póde criar rejeição?
Até pode! O problema de quando a pessoa rejeita
outra tem que ser procurado o que causou isso, tem um motivo, ninguém aceita esse
motivo, por deixar se levar pela opinião de outra pessoa. O que irão falar de
mim se eu for assim? Uma pssoa fica magoada se permite-se magoar. A meu ver o
Lar dos Velhinhos de Piracicaba é um paraiso para quem sabe viver. A nossa vida
é isso. Aqui tem muitas oportunidades de autoconhecimento, de evolução, de ser
uma pessoa melhor. Temos múltiplas realidades aqui dentro, quem vem aqui fica
abismado, não tem idéia da dimensão do que o Lar é. A realidade de cada um. A
personalidade individual reflete no coletivo.
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