PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E
MEMÓRIAS
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 29 de agosto de 2020.
Entrevista: Publicada aos sábados
no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços
eletrônicos:
http://blognassif.blogspot.com/
http://www.teleresponde.com.br/
O entrevistado
de hoje pelo jornalista João Umberto Nassif é o Deputado Estadual Alexander
Muniz de Oliveira
ENTREVISTADO: ALEXANDER MUNIZ DE OLIVEIRA
Alexander Muniz de Oliveira é Deputado Estadual na
Assembleia Legislativa de São Paulo. Em primeiro mandato, mantém sua família em
Piracicaba, mais propriamente em Ártemis. Aos finais de semana desloca-se de
São Paulo até onde estão seus familiares. Com naturalidade e com saudade,
lembra-se de quando era menino, dos amigos de infância e adolescência, dos pais
trabalhando muito. E lógico das brincadeiras próprias de uma época que a
tecnologia tomou posse. Alexander é chamado na informalidade, por Alex. Nascido
em Piracicaba, a 17 de setembro de 1976. É filho de Antonio Conus de Oliveira e
Maria Muniz de Oliveira que tiveram ainda as filhas Rita e Giuliana. O sobrenome
Conus está disperso no mundo todo, porém prevalece na Suíça.
Qual era a atividade profissional do pai do
senhor?
Meu pai sempre foi metalúrgico. Minha mãe sempre
trabalhou na área da saúde, foi enfermeira, aposentou-se no SAMU. O meu pai
trabalhou na empresa Dedini. Foi uma época boa! Fui naquelas festinhas que
havia nos finais de ano, Dia das Crianças, participei muito disso. Lembro-me da
Cooperativa da Dedini, minha mãe ia fazer compras lá, fazia compras no
Aliberti, ali na Vila Rezende. Frequentávamos o dentista que era para atender
aos funcionários que trabalhavam no Dedini e seus e familiares. Lembro-me de
quando ia visitar o meu pai no seu trabalho, na Dedini.
Em que setor o seu pai trabalhava?
Ele começou como torneiro mecânico. Depois ele foi
trabalhara com orçamentos. Já era serviço de escritório.
O senhor sempre morou em Piracicaba?
Quando eu tinha um ano de idade, a nossa família
mudou-se para Ártemis. Meus pais moravam na Vila Rezende, perto do Quartel dos
Bombeiros. Saiu um conjunto habitacional em Ártemis, meus pais mudaram para lá.
Lembro-me de que as casinhas eram todas iguais, não tinha asfaltos nas ruas,
haviam só as calçadas e as ruas de terra, com o passar do tempo as ruas foram
asfaltadas. Lembro da minha infância toda em Ártemis. Lá fiz do pré-primário,
até o sexto ano na Escola Estadual Prof. José Martins de Toledo. Tive que
mudar a minha escola para Piracicaba porque eu queria fazer o SENAI. Na sétima
série fui estudar na Escola Estadual
Professor Elias de Mello Ayres., durante o dia, na parte da manhã. A minha irmã Rita
também estudava no Mello Ayres.
Quem mora em
Ártemis quando quer saber se alguém vai para Piracicaba é comum perguntar como?
(Risos). Geralmente perguntavam: “Vai para a cidade hoje? ”. E na época
eu queria estudar na cidade de Piracicaba, para preparar-me com o objetivo de
cursar o SENAI. Ártemis é um distrito de Piracicaba, na minha época tinha cerca
de 5.000 habitantes. Atualmente deve ter um número maior de habitantes.
O senhor
soube que o cantor Roberto Carlos tinha um “rancho” em Ártemis?
Ele tinha uma chácara, que recebe a denominação de rancho por estar na
beira do Rio Piracicaba, com 15 a 17 anos eu ia jogar bola lá. A família de um
amigo nosso comprou essa chácara. Era o Salvador Cortezzi eles compraram essa
chácara. Ela de fato tinha sido do Roberto Carlos. Eu ia jogar bola com o
Murilo, que é neto do Salvador. Existia nas proximidades a chácara do Mario
Dedini, nós íamos a pé até lá, Era tudo de terra, pulávamos a cerca, atravessávamos
um bom pedaço de terra e íamos até a Chácara do Mario Dedini. Dizíamos que era
a “Chácara da Dona Norma”. Mas não tinha como entrar lá, não tinha acesso. Ia
só até o portão!
Foi uma
infância e adolescência feliz!
Foi muito feliz! Em Ártemis tinha de tudo! Futebol, brincar na rua,
andar de bicicleta, jogar taco, era uma vida bem de interior, fora quando
dávamos nossas escapadas e íamos nadar no Rio Piracicaba escondidos, ou íamos
nadar na lagoa; Ali em Artêmis tem uma lagoa, no Bairro Itaiçaba. Íamos escondidos,
a mãe não podia nem saber, quando ela ficava sabendo era puxão de orelhas por
todos os lados!
Antigamente,
para não serem desmascarados pela roupa molhada, era comum os meninos deixarem
as roupas nas margens do rio.
Nós tínhamos uma estratégia, levávamos uma cueca, ou tirávamos a cueca
lá, isso porque a cueca ficava vermelha de barro. Nadávamos com um short,
quando saia lavava o short, colocava a cueca, punha o short por cima e ia
embora, ficava andando pelas ruas até o short secar. As vezes não dava certo! A
mãe sabia quando íamos nadar, não tem jeito! Ela chamava a nossa atenção, hoje
entendemos a sua preocupação.
Você ouviu
falar de um piloto de avião que passou com um avião debaixo da ponte de ferro?
Ouvi falar. Mas acho que pode ser folclore.
(Esse fato foi narrado pelo próprio japonês, Kazuo Miyazaky mais conhecido como
Mário do Líder Bar, ou Mário do Pastelão.) Nós íamos nadar ali na ponte de
ferro, e o desafio era pular no rio de cima da ponte de ferro.
Qual era altura da ponte com relação ao rio?
Cerca de 10 metros. Quando o
rio estava muito cheio dava menos.
O senhor fez o SENAI em
Piracicaba?
No ano de 1990 fiz a prova do
SENAI. Na época não era tão simples ingressar no SENAI. Consegui uma carta da
Metalúrgica Santin, para entrar no SENAI além dos exames e provas, a indicação
de uma empresa era muito importante. Quando entrei no SENAI entrei como
ajustador mecânico e já entrei estagiando na Santin. Em 1991, com 15 anos, já
tinha a carteira de trabalho assinada, conta no Banco Nacional. Na época
recebíamos meio salário mínimo. Eu agradeço demais ao SENAI, pelo menos na
minha época, o sistema era muito rígido. O diretor administrativo da Unidade
Bairro Alto do SENAI Mário Dedini era o Seu Bernardino. Meu instrutor era o Seu
Pires. Usava um bigode, era um apreciador de paçoca. Mantinha um pequeno
estoque de paçoca em seu armário. O Diretor Geral era Orlando Cristofoletti.
Havia prática de esporte
no SENAI?
Tinha! O Nosso professor de
educação física era Wilson Renzi. Deu muita física forçada. O pessoal
aprontava, ele corrigia com exercícios físicos. Eram coisas de adolescentes. Há
um contraste muito grande entre o comportamento dos jovens daquela época e os
de hoje. Nossas aprontadas eram pode se dizer inocentes. Esconder uma chave de
vestiário. Até que a mesma surgia milagrosamente. Só que o Seu Wilson não
admitia nenhum tipo de indisciplina. Nós almoçávamos no SENAI, era período
integral, se você era daTurma “M” ia para as aulas teóricas na parte da manhã,
almoçava e ia para as oficinas no período da tarde. E a turma “T” ao contrário:
ia para as oficinas pela manhã, almoçava e depois ia para a teoria a tarde.
Havia um revezamento entre as turmas. Encontrávamo-nos todos no intervalo.
Almoçávamos juntos, tinha uma hora e meia de intervalo, tirávamos um cochilo,
dentro da quadra, ao lado do vestiário. Um dia percebemos que um dos
inspetores, esqueceu a chave do vestiário de Educação Física, na porta.
Trancamos a porta e escondemos a chave. No SENAI levávamos marmita da nossa
própria casa. De manhã colocava no marmiteiro, na hora do almoço pegava a
marmita, almoçava, lavávamos ela direitinho, colocava na bolsa e íamos para a
aula.
Eles não davam a
refeição?
De manhã chegávamos as sete horas
da manhã, íamos para o marmiteiro, Dentro do refeitório tínhamos pão com
manteiga em cima da mesa, e uma caneca com café com leite. Quem quisesse se
servia. Deixava a marmita ali e uns iam para a oficina outros para a teoria,
conforme a turma. Em teoria tínhamos aulas de matemática, desenho, ciências,
metrologia. Entre a nossa entrada e o
almoço tínhamos um intervalinho, geralmente tinha uma sopa, um sagu, era sempre
um tipo de lanchinho. Depois vinha o almoço, cada um trazia o seu almoço. Ou
íamos almoçar no centro, ou em algum lugar. O almoço no centro era uma única
sexta feira por mês. Geralmente a última sexta feira do mês. Íamos um grupinho,
todos juntos, tinha um restaurante vegetariano ao lado do Colégio Piracicabano.
Gostávamos de almoçar lá. A comida era barata e boa. Na volta para o SENAI
ficava no nosso trajeto, um deposito de doces, do Bertoncelli, Fazíamos a
festa! Ele vendia doces em pacotes fechados, Era muito gostoso! Em uma hora e
meia fazíamos isso tudo! Voltámos para o SENAI. Lembro-me de que pegava um
ônibus as 06h10 em Ártemis, chegava as 06:40 ou 06h45 no terminal, subia até o
SENAI. As 16h30 saiamos, descíamos correndo, pegávamos o ônibus as 16h45 para
voltar para Artêmis, para depois voltar para a escola em Piracicaba, a noite.
Naquele tempo em Ártemis não tinha colégio a noite. Eu conseguia chegar em casa
as 17h15 saía as 18h00 para pegar o ônibus das 18h10 para voltar para
Piracicaba. A oitava série estudei na escola Prudente de Moraes. O colegial fiz
na Escola Estadual Sud Mennucci. Lembro-me de que no andar térreo ficavam os
meros mortais e no andar superior os estudantes do magistério. Lá estudei os
três anos de Curso Colegial, era uma escola modelo. Em 1997 fui estudar Análise
de Sistema na UNIMEP. De 1994 até 1997 fui morar em São Pedro, meu cunhado
trabalhava na Secretaria de Saúde, fui trabalhar com ele. O prefeito era José
Franzini.
O senhor permaneceu em São Pedro?
Voltei para Piracicaba, no ramo
de metalúrgica. Já trabalhando na parte administrativa, trabalhava com desenho
mecânico. Trabalhava com Autocad, Mega-Cad, Fui trabalhar em Ártemis,
chamava-se Ártemis Engenharia e Caldeiraria. Essa empresa mudou-se para Rio das
Pedras, passou a se chamar CUME. Fui transferido para lá. O meu setor era de
corte de chapas através de plasma. Comecei como desenhista, fui promovido para
programador e fiquei encarregado do setor de corte da empresa. Eu morava em São
Pedro e trabalhava em Rio das Pedras. Eu pegava o ônibus as 05:30 da manhã em
São Pedro, As 06:45 chegava em Piracicaba, descia na Motocana, pegava o ônibus
da empresa CUME. Ia para Rio das Pedras onde iniciava o trabalho as 07:30
horas. Após ter morado por quatro anos em São Pedro, voltei para Piracicaba,
fui morar no Jardim Elite. Permaneci nessa empresa até ela fechar em 2007.
Como foi o seu ingresso na
política?
Comecei a trabalhar em campanha
política desde 2004. A primeira campanha do Barjas em Piracicaba. Sempre na
coordenação de equipe, de grupo. Trabalhamos na coordenação no meio evangélico.
Sou Pastor Evangélico da Igreja Assembleia de Deus. A minha trajetória política
começou com um trabalho político no meio evangélico através da Igreja,
trabalhamos na campanha política do Barjas em 2004, depois em 2006 trabalhamos
na campanha de um deputado estadual, o deputado José Domingos Bittencourt, em 2006 ajudamos o Thame, era a
dobradinha Bittencourt
e Thame, eleição estadual, em 2008 nós ajudamos o Barjas de novo na eleição, em
2010 eu mudei para São Paulo, fui trabalhar na campanha de um deputado
estadual, Dilmo dos Santos, organizei a campanha dele na capital, fizemos para
ele 21.000 votos na capital, dos 70.000 votos que ele teve. Ajudamos a eleger
alguns deputados federais que acabaram dobrando com ele e foram eleitos.
O senhor é
casado?
Sou casado, minha esposa chama-se
Elaine e nosso filho Matheus. Ele já tem 17 anos. Nascido em Piracicaba,
A família do senhor está em São
Paulo ou Piracicaba?
Minha família está toda em
Piracicaba. Meus pais moram em Ártemis ainda. Na mesma casa, no mesmo lugar.
Minhas irmãs moram em Piracicaba. Vou todo final de semana para Piracicaba. Sei
onde estão todos os radares e todos os buracos da estrada. Nessa última
campanha, de 2018, eu andei o Estado de São Paulo todo, umas duas vezes. Embora
tenha motorista, muitas vezes viajamos 600 quilômetros para ir e mais 600 quilômetros
para voltar, é natural o motorista estar cansado. Eu falo: “Zelão! Pare no
próximo posto ali, vamos usar o banheiro. ” Na hora que vamos sair, falo:
“Deixa eu dirigir um pouquinho. ” Dirijo 200, 300 quilômetros, e vamos embora.
O senhor foi eleito em que ano?
Fui eleito em 2018. Em 2012
trabalhei em campanhas de vereadores em São Paulo. Ajudamos três vereadores. Em
2014, passamos a fazer a campanha estadual, de novo, de outro deputado
estadual, o Césinha, ele foi eleito com 105.000 votos, não era mais o Dilmo, o
Dilmo saiu e entrou o Césinha. Em 2016 fizemos de novo a campanha em São Paulo,
para vereadores, ajudamos de novo a eleger três vereadores em São Paulo: Noemi Nonato, Sandra Tadeu e João Jorge. Ajudamos a organizar a campanha
deles aqui em São Paulo, os três são evangélicos. Em 2018 veio a minha vez. Me
chamaram e disseram: “-Alex, chegou a sua vez! ”. O Césinha que era deputado
estadual passou a ser candidatado a deputado federal e eu como candidato a
deputado estadual. O Césinha foi eleito com 119.000 votos e eu fui eleito com
118.000 votos.
Qual foi a sua primeira impressão ao
entrar na Assembleia Legislativa de São Paulo?
Quando cheguei e me vi sentado na cadeira,
no dia 15 de março de 2019, foi quando iniciou o meu mandato. Eu achei que iria
mudar o mundo! Rapidamente percebi que não dá para mudar o mundo sozinho.
Dentro da Assembleia Legislativa eu sou um no meio de 94! O total são 94
Deputados Estadual. Mas também percebi muito rápido que eu posso ajudar muita
gente. Que eu posso fazer a minha parte, É o que estou fazendo desde então,
estou tentando ajudar o máximo de pessoas que eu posso, estou tentando fazer a
diferença do meu jeito, naquilo que eu acredito, naquilo que eu acho que é
certo, sei que vou acertar, vou errar, mas acredito que ninguém erra de
propósito.
O que vemos, muitas vezes, é que após a pessoa estar eleita, ocupar uma cadeira, ela fica muito envolvida, e torna-se difícil passar algum projeto de lei de sua autoria.
Fica difícil! Hoje para você cravar um projeto de um deputado aqui estamos conseguindo por acordo. De uma lista de projeto de um deputado, cada deputado escolhe um projeto seu, é o que estamos fazendo hoje. Isso toma uma expectativa, em quatro anos de mandato eu sei que vou ter no mínimo um projeto aprovado! Para mim está sendo um mandato muito bom, principalmente no primeiro ano, uma surpresa para mim aqui na Assembleia, consegui fazer parte das comissões mais importantes, hoje sou Vice-Presidente da Comissão de Saúde, Comissão de Finanças, sou Vice-Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, isso no primeiro ano de mandato. Além de ser relator de uma CPI, acabei sendo relator da LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias e Relator do Orçamento do Estado. As comissões funcionam por tamanho de bancada. As maiores bancadas têm o direito de escolher as comissões da qual querem participar. Porém a nossa bancada aqui, sou eu e uma outra deputada. Mas mesmo assim consegui escolher a Comissão de Finanças, que eu queria participar e a Comissão de Saúde. Para nós é muito importante, as demandas de saúde são muitas. Ainda faço parte da Comissão de Relações Internacionais. Na Comissão de Finanças, em primeiro ano de mandato, pela primeira vez na história da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, um deputado no primeiro ano do seu primeiro mandato foi relator da LDO e do Orçamento. Para mim foi uma surpresa muito grande e uma experiência muito boa. Esse orçamento que estamos executando em 2020 foi do relatório que eu produzi no ano passado.
O senhor exerce a função ministerial na Igreja Assembleia
de Deus?
Eu sou pastor, estou no cargo, mas não exerço função
pastoral. Eu nunca dirigi Igreja. Nunca fui pastor de uma Igreja. Sempre
trabalhei como pastor, mas na parte administrativa da Igreja. Apesar de ter
feito casamentos, velórios, batizados, que nós chamamos de batismos. Todo mundo
que eu casei está casado até hoje!
Isso significa que quem almeja um casamento sólido deve
ter o senhor como celebrante!
Isso! Se eu celebrar o casamento as pessoas permanecerão
casadas!
Quem carrega essa fama também é o Padre Jorge, na Igreja
Católica Imaculada Conceição, da Vila Rezende!
O Padre Jorge! Ele casou as minhas duas irmãs! Elas estão
casadas ainda!
Voltando ao ambiente político, é complicado conviver
nesse meio?
Não é complicado não! São 94 deputados que tiveram votos
no Estado inteiro, assim como eu também tive. Tento não ver ninguém aqui como
adversário. Muito pelo contrário, quando a gente chega aqui tem que pensar que
os outros deputados são companheiros. Claro que temos divergências de ideias,
divergências de pensamentos. É natural e vejo isso como saudável. Tem que
existir! Senão não teria o porquê de ter um parlamento! Se fosse para todos
pensarem da mesma forma bastaria colocar um único indivíduo! Considero essa
divergência de ideias muito importante, não acredito que alguém seja dono da
verdade absoluta, a discussão, o debate, são sempre importantes. Sou favorável
ao debate! Cada um irá puxar para um lado, costumo brincar afirmando que a
política é a arte do convencimento. Quem tiver os melhores argumentos irá
convencer o outro.
O povo anda meio ressabiado, isso porque teve muita gente
que fez coisas erradas na política?
Muita gente! E continua tendo, também acho que diminuiu
muito, imagino que as pessoas estão com medo de fazer coisa errada, apesar de
que ainda existem uns doidos que persistem; Eu vejo que a política está
mudando, acredito que a política é necessária, é através dela que está a
representatividade da população. Não tem como você pegar 45 milhões de
paulistas e colocar aqui dentro da Assembleia Legislativa para decidir a vida
de todo mundo!
O senhor já foi filiado a quais partidos?
Já fui filiado ao PV, em 2010, em 2014 me filiei no DEM
Democratas e em 2917 me filiei ao PSD.
Como é a sua convivência com o Governador?
Muito boa, tenho um bom relacionamento com o Governador,
apesar de não concordar em tudo que ele faz, Estou na base do governo. Mas
tenho tido a liberdade de expor as minhas ideias.
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