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domingo, fevereiro 17, 2008
Paredes de vidro
Free Counter
Se os matadouros tivessem paredes de vidro todos seriam vegetarianos."
(Paul e Linda Mc Cartney) by Ivana Maria
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
MATRÍCULA E RECEPÇÃO DE 390 INGRESSANTES NA ESALQ
MATRÍCULA E RECEPÇÃO DE 390 INGRESSANTES NA ESALQ
A Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) realiza, nos próximos dias 11 e 12, matrícula de 390 novos alunos, aprovados pelo vestibular da Fuvest 2007. Eles preencherão as vagas dos cursos de Engenharia Agronômica (200), Engenharia Florestal (40), Ciências Econômicas (40), Ciências dos Alimentos (40), Ciências Biológicas (30) e Gestão Ambiental (40).
Com o objetivo de promover uma boa interação, uma equipe especialmente preparada receberá pais e filhos no 1º andar do Edifício Central da Escola. Enquanto os filhos efetuam a matrícula na sala do CTA., os pais poderão se dirigir ao Salão Nobre, local onde encontrarão um atendimento personalizado que consta de informações e orientações sobre os serviços disponíveis na Escola, como alternativas de moradia, alimentação, além de atividades acadêmicas, esportivas e culturais.
No domingo anterior ao início das aulas, 24 de fevereiro os alunos serão recebidos pelo diretor, Antonio Roque Dechen, pelo prefeito do Campus, José Otávio Brito, pelo presidente da Comissão de Graduação, Quirino Augusto C. Carmello e pelos coordenadores de cursos, para uma apresentação da Escola e dos cursos existentes.
A Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) realiza, nos próximos dias 11 e 12, matrícula de 390 novos alunos, aprovados pelo vestibular da Fuvest 2007. Eles preencherão as vagas dos cursos de Engenharia Agronômica (200), Engenharia Florestal (40), Ciências Econômicas (40), Ciências dos Alimentos (40), Ciências Biológicas (30) e Gestão Ambiental (40).
Com o objetivo de promover uma boa interação, uma equipe especialmente preparada receberá pais e filhos no 1º andar do Edifício Central da Escola. Enquanto os filhos efetuam a matrícula na sala do CTA., os pais poderão se dirigir ao Salão Nobre, local onde encontrarão um atendimento personalizado que consta de informações e orientações sobre os serviços disponíveis na Escola, como alternativas de moradia, alimentação, além de atividades acadêmicas, esportivas e culturais.
No domingo anterior ao início das aulas, 24 de fevereiro os alunos serão recebidos pelo diretor, Antonio Roque Dechen, pelo prefeito do Campus, José Otávio Brito, pelo presidente da Comissão de Graduação, Quirino Augusto C. Carmello e pelos coordenadores de cursos, para uma apresentação da Escola e dos cursos existentes.
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
"(...) Cinco vezes
abriu a bolsa, e numerou a prata !
fez diversas porções, que num momento
tornou a confundir; não d'outra sorte.
o menino impaciente e cobiçoso,
quando alcança o que há muito lhe negavam,
repara, volta, move, ajunta, espalha,
e nesse giro o seu prazer sustenta. "
Silva Alvarenga
, in "O Desertor"
abriu a bolsa, e numerou a prata !
fez diversas porções, que num momento
tornou a confundir; não d'outra sorte.
o menino impaciente e cobiçoso,
quando alcança o que há muito lhe negavam,
repara, volta, move, ajunta, espalha,
e nesse giro o seu prazer sustenta. "
Silva Alvarenga
, in "O Desertor"
terça-feira, fevereiro 05, 2008
S.FERRAZ ENTROU PARA A HISTÓRIA DE PIRACICABA
Foto by J.U.Nassif
Homenagem dos valorosos bombeiros á S.Ferraz
Faleceu no dia 01 de fevereiro o jornalista Sebastião Ferraz, que assinava S.Ferraz. Inovador, sempre buscou investir em tecnologia voltada ao benefício do homem. Nasceu em Araras a 7 de outubro de 1916, veio para Piracicaba na década de 50. Inovou o parque gráfico de “O Diário”. Homem de espírito inovador atuou em campanhas para modernizar a cidade. Uma das suas lutas mais aguerridas foi para trazer á Piracicaba o Corpo de Bombeiros, inexistente na cidade até então. Ferraz com seu inseparável cachimbo, tinha um porte britânico. Até atuou como ator em peça teatral! Possuía humor refinado, espírito arguto, foi um homem á frente do seu tempo. Se muitos o esqueceram, com certeza a Corporação dos Bombeiros de Piracicaba, soube reconhecer o seu valor. Por ordem do seu comandante fez a sua última homenagem no momento do sepultamento. Pode-se dizer que a velha e conhecida frase “Deixou a vida para entrar na história” é mais do que válida para S.Ferraz.
quarta-feira, janeiro 30, 2008
REI MOMO "SARADO"
Após provocar a ira dos gordinhos e de ter o título de Rei Momo de Salvador/BA cassado pela Justiça, o comerciante Clarindo Silva, 65, de 1,70 m e 58 kg, deve voltar a reinar no Carnaval deste ano.
A escolha de Silva foi contestada por quatro candidatos de mais de 120 kg que haviam feito um regime de engorda. Para o Ministério Público, a eleição do comerciante quebrou "uma tradição secular".
O advogado da Federação das Entidades Carnavalescas da Bahia, Alano Frank, diz : "Essa história de que Rei Momo tem de ser gordo está no inconsciente coletivo. No Rio, por exemplo, esta tradição foi quebrada há seis anos."
Segundo ele, Silva vai trazer "notoriedade" ao Carnaval de Salvador. "Ele é muito conhecido porque representa o negro, o compositor, o sambista, o Pelourinho. As pessoas vão querer vê-lo como Rei Momo."
A escolha de Silva foi contestada por quatro candidatos de mais de 120 kg que haviam feito um regime de engorda. Para o Ministério Público, a eleição do comerciante quebrou "uma tradição secular".
O advogado da Federação das Entidades Carnavalescas da Bahia, Alano Frank, diz : "Essa história de que Rei Momo tem de ser gordo está no inconsciente coletivo. No Rio, por exemplo, esta tradição foi quebrada há seis anos."
Segundo ele, Silva vai trazer "notoriedade" ao Carnaval de Salvador. "Ele é muito conhecido porque representa o negro, o compositor, o sambista, o Pelourinho. As pessoas vão querer vê-lo como Rei Momo."
SANTA CEIA
Nosso presidente mais uma vez lançou mão de uma metáfora pra lá de exagerada ao comparar reunião ministerial com a Santa Ceia. O verdadeiro protagonista dessa história, ameaçador ou pouco compreendido, acabou do jeito que todo mundo já sabe. Martelos e pregos existem em abundância. Além de ter sentado-se á mesa o apóstolo Judas Iscariotes que o traiu por 30 moedas de prata. Segundo alguns estudiosos este seria não um traidor, e sim o apóstolo privilegiado que teria a missão de entregar o Mestre a fim de libertá-lo do corpo que o revestia e liberar a divindade que o habitava. (É melhor trocar a metáfora!!!)
terça-feira, janeiro 29, 2008
domingo, janeiro 27, 2008
GUSTAVO JACQUES DIAS ALVIM
PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS
Rádio Educadora de Piracicaba AM 1060 Khertz A Tribuna Piracicabana
Sábado das 10 ás 11 Horas da Manhã Publicada ás Terças-Feiras
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Entrevistado: Gustavo Jacques Dias Alvim
A primeira impressão que algumas pessoas têm ao conhecer o Dr. Gustavo Jacques Dias Alvim é de ser uma pessoa rígida, reservada, de poucas falas. Após algum tempo, descobre-se tratar-se de um daqueles seres humanos com raras qualidades, dos que nascem em pequeno número a cada século. A sua humildade, sua fé inabalável aos seus princípios religiosos, complementados pelo conhecimento acadêmico e experiência de vida, faz com que o piracicabano nascido em Vera Cruz, seja sempre muito respeitado, e estimado pelos que o conhecem. Graduado em Sociologia e Política, Direito, Administração e Jornalismo, além de Mestrado em Educação, Doutorado em Comunicação e Semiótica e Especialização em Administração Universitária. Advogado, jornalista, esportista, escritor. Ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba. Em maio de 1972, Gustavo Jacques Dias Alvim, assumiu a presidência do XV de Novembro de Piracicaba. Recebeu o título de Cidadão Piracicabano.Vice-presidente do Panathlon Clube de Piracicaba, Vice-diretor Geral do IEP de 1991 a 2006, Vice-reitor administrativo da Unimep de 1991 a 2002 Foi reitor da Universidade Metodista de Piracicaba de 2003 a 2006. É também membro da Academia Piracicabana de Letras, do Instituto Histórico Geográfico de Piracicaba e do Clube dos Escritores de Piracicaba.
Ao ouvir Dr. Gustavo cumprimentando o ouvinte foi impossível deixar de perguntar se ele tinha sido radialista.
Em um pequeno período da minha vida fiz comentários esportivos em jogos do XV de Novembro na Rádio Difusora de Piracicaba.
A sua aparência física é divergente da sua idade cronológica, o senhor não aparenta a idade que possui. Ao que o senhor atribui sua boa condição física?
Eu nasci em 27 de setembro de 1936, em uma querida e pequena cidade na Alta Paulista, próxima a Marília, chamada Vera Cruz. Meu pai Candido de Faria Alvim era médico e minha mãe Nair Dias Alvim foi professora. Acho muito difícil estabelecer uma fórmula única para que se tenha uma condição de vida saudável. Cada um tem a sua. A pessoa que tem uma vida regrada consegue controlar seu stress nas horas difíceis, mantém uma atividade física regular, e também entra como fator a questão genética que acaba influindo. É importante ter uma tranqüilidade de espírito.
Recentemente o senhor participou de um torneio de basquete?
Existe há mais de vinte anos no país um campeonato de veteranos! Reúne um grande número de equipes, nesta última tinha 89 equipes, mais de 800 atletas, que são divididos em faixas etárias: a partir de 35 a 40 anos, até os chamados “mais de setenta” que é a ultima categoria. Piracicaba tem uma forte tradição de basquete, existe um grupo que até hoje pratica o esporte apesar da idade. Tenho comparecido a esses torneios, em 2006 estivemos em Natal, jogando pelo Estado de São Paulo, na oportunidade voltamos campões! No ano passado o campeonato foi realizado em Caxias do Sul, dessa vez fomos classificados como terceiro colocado. Não conseguimos voltar com o bi-campeonato!
Seus estudos básicos foram feitos em Vera Cruz?
Foram realizados no Grupo Escolar Castro Alves. A minha primeira professora foi a minha mãe! A relação era de professora e aluno na sala de aula. E não de mãe e filho. Eu vim para Piracicaba para fazer o ginásio, Vera Cruz era uma cidade pequena, para prosseguir nos estudos ou viajava de trem para Marília, uma viagem que oferecia algum risco, de acordo com o pensamento dos pais. Colocaram-me no Colégio Piracicabano como aluno interno. Morei no internato que ficava no único prédio que restou de toda aquela área que pertencia ao Colégio Piracicabano. É um prédio que foi reformado recentemente e fica exatamente aonde termina Rua D.Pedro II, na Rua do Rosário. Ali naquele prédio ficavam os meninos mais novos. Na época eu tinha 11 anos de idade. Aquela área toda tinha sido um clube, era uma praça de esportes, tinha piscina, quadra de basquete, campo de futebol, havia locais para a prática de vários esportes. Eu sempre gostei de esporte, desde criança, portanto achei o local muito interessante. Permaneci morando no internato por um período de um semestre. Em julho de 1948 os meus pais realizaram a sua mudança para Piracicaba. Consolidou-se a realização de um sonho antigo da minha mãe, porque a família da minha mãe, meus avós maternos residiam em Piracicaba. Eu continuei estudando no Colégio Piracicabano, só que na condição de aluno externo. Ao final desse período, acabei transferindo-me para o “Sud Mennucci” aonde completei o ginásio e o curso científico. Eu precisava fazer uma faculdade. Na época Piracicaba oferecia como opção o curso de agronomia, uma carreira fora do meu interesse. Assim fui para São Paulo.
Em São Paulo o senhor foi morar aonde?
A denominação “república de estudantes” era muito comum em Piracicaba. Em São Paulo a denominação era pensão! Era muito parecida com uma república porque morávamos sem que o proprietário residisse no local. Fui buscar um local próximo onde estava estudando: a Escola de Sociologia e Política de São Paulo era uma fundação complementar á USP, criada na década de 30. Existe até hoje a Fespsp (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo) é uma escola de renome. Ela nasceu quando uma liderança paulista pensava em preparar pessoas com capacidade para administrar o país. Tive aulas com professores de renome. Destaco a oportunidade inesquecível de ter sido examinado por professores como Sérgio Buarque de Holanda e tantos outros expoentes da intelectualidade brasileira. Residi sempre na região. Em um período de tempo morei na Rua Nestor Pestana quando a Associação Cristã de Moços inaugurou o prédio e alugou apartamentos. Fui um dos primeiros a mudar para lá, eu tinha um interesse muito grande em esportes. Curiosamente, enquanto morei lá por alguns meses, nunca pratiquei esporte! Pouco depois comecei o curso de direito no Mackenzie. Nessa época eu era funcionário do Banco do Brasil na Lapa, em São Paulo.
Na agência da Lapa o senhor teve uma grande idéia?
Naquela época a indústria automobilística brasileira estava se desenvolvendo. O sonho de todo mundo era ter carro. Mas era difícil. Ninguém tinha dinheiro para comprar um carro a vista. Não havia as facilidades que existem hoje. Fui uma das pessoas que participou da criação dessa idéia e acabei sendo o primeiro gerente desse grupo formado, a primeira pessoa que liderou esse processo. Na hora do nosso intervalo de trabalho estávamos sempre discutindo idéias. Como será que a gente consegue comprar um carro? O que nos inspirou foi o sistema de cooperativas habitacionais que existiam em Rio Claro e em Santos. A partir daquilo é que começamos a trabalhar a idéia do consórcio. Em um determinado dia anunciamos a possibilidade de iniciarmos o consórcio. Quando anunciamos, um grande grupo se entusiasmou com a idéia, mas na hora efetiva, apenas 21 assinaram. Com isso não havia sorteio todo mês! Chamava-se Cooperativa Lapa. Quando começaram a aparecer os primeiros carros o pessoal se entusiasmou com a idéia e passou a querer formar novos grupos. Formamos outros grupos. Juntamo-nos com os funcionários da agência do Bairro Luz e formamos o Laluz. Na época havia fila para adquirir um carro popular. O primeiro grupo foi de Volkswagen. O segundo grupo foi de Gordini.
O senhor transferiu-se para Piracicaba como funcionário do Banco do Brasil?
Vim transferido para a agência do Banco do Brasil em Piracicaba. Eu tinha o objetivo de advogar. Não pensava em continuar trabalhando no banco. Em Piracicaba, já formado como advogado eu fiz uma espécie de estágio com o Dr. João Ribas Fleury, a quem devo uma gratidão muito grande, foi ele quem me deu uma mão nesse momento. Nessa época eu tinha uns 27 anos de idade, casei-me com Vera Baggio Dias Alvim. Na época o escritório do Dr. Fleury era um escritório muito conceituado. E ali as portas foram se abrindo para mim. O escritório trabalhava com o Grupo Dedini, e lá eu passei a me envolver também com questões administrativas, resolvi voltar á escola e fazer a graduação em administração.
O senhor a essa altura dos fatos ainda estava no Banco do Brasil?
Aqui em Piracicaba eu trabalhei por um curto período de tempo. Eu tinha um sonho e a determinação de chegar lá. Eu queria advogar! Ninguém concordava comigo. O pessoal achava que eu estava delirando, mas era isso que eu queria. Minha esposa me deu apoio, eu acreditei que ia dar certo. Nessa altura surge algo que me ajudou muito. A organização do primeiro curso superior em Piracicaba do que vem a ser hoje a Unimep. Fui convidado para lecionar sociologia. Quase concomitantemente passei a ser diretor da faculdade! Tive o privilégio de ser o primeiro diretor da primeira faculdade criada em Piracicaba pelo Instituto Educacional Piracicabano. Era um curso á noite, era uma atividade paralela, isso ao mesmo tempo em que me ajudava, também exigia um esforço muito grande. Trabalhava de manhã, á tarde, á noite, tinha que preparar as aulas, corrigir as provas.
O senhor permaneceu trabalhando como advogado por quanto tempo?
Na Dedini trabalhei por 17 anos, quando saí da Dedini montei escritório de advocacia. Depois disso fui trabalhar na Romi. Voltei depois a trabalhar mais 16 anos na universidade.
Como o senhor se envolveu com futebol?
Eu sempre gostei muito de esporte. E futebol é o esporte do brasileiro. Embora futebol eu jogue muito pouco, joguei mais vôlei e basquete. O cidadão tem que dar alguma coisa para as instituições da sua cidade, é necessário doar-se. Deve escolher a área que se julgue capaz, que se identifique mais, enfim tem que fazer uma escolha. Quando voltei á Piracicaba, fui parar no conselho do XV, na direção do conselho, e em uma crise muito forte que o XV teve, acabou deixando o time sem presidente. Ninguém queria ser presidente! Achei que deveria assumir a presidência do time, tendo como vice-presidente o professor Rubens Braga. A situação era calamitosa. Até os cabides do time estavam penhorados!
Mito, lenda, ou verdade, tinha um pessoal do time que gostava de assar papel?
(risos) Quando assumi a presidência, passado um pouco tempo, um dia um apareceu um rapaz no XV querendo falar comigo. Eu atendi. Ele me disse: “Vim aqui para perguntar se o senhor vai continuar usando o forno da padaria?” Eu perguntei: “O que o XV faz no forno da padaria?” Ele respondeu: “É que o pessoal costuma levar de tempo em tempo uns papéis para serem queimados no forno!”. Respondi que não teria necessidade. Na minha gestão os documentos foram preservados.
O senhor é uma pessoa de espírito irrequieto, deixando o cargo de Magnífico Reitor da Unimep, está se lançando em uma nova empreitada?
Depois de já maduro, fiz o bacharelado de jornalismo por prazer. Estabeleci uma empresa com impressão digital e uma editora. A grande novidade é que essa empresa tem a possibilidade de fazer pequenas edições. Uma pessoa que queira publicar um livro pode determinar a quantidade que desejar, nem que seja apenas um exemplar! A vantagem principal é que o escritor não imobiliza capital. A impressão digital é muito veloz, a máquina colorida faz 55 impressões por minuto, e a preto e branco, 110 impressões por minuto. É muito ágil.
Rádio Educadora de Piracicaba AM 1060 Khertz A Tribuna Piracicabana
Sábado das 10 ás 11 Horas da Manhã Publicada ás Terças-Feiras
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Entrevistado: Gustavo Jacques Dias Alvim
A primeira impressão que algumas pessoas têm ao conhecer o Dr. Gustavo Jacques Dias Alvim é de ser uma pessoa rígida, reservada, de poucas falas. Após algum tempo, descobre-se tratar-se de um daqueles seres humanos com raras qualidades, dos que nascem em pequeno número a cada século. A sua humildade, sua fé inabalável aos seus princípios religiosos, complementados pelo conhecimento acadêmico e experiência de vida, faz com que o piracicabano nascido em Vera Cruz, seja sempre muito respeitado, e estimado pelos que o conhecem. Graduado em Sociologia e Política, Direito, Administração e Jornalismo, além de Mestrado em Educação, Doutorado em Comunicação e Semiótica e Especialização em Administração Universitária. Advogado, jornalista, esportista, escritor. Ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba. Em maio de 1972, Gustavo Jacques Dias Alvim, assumiu a presidência do XV de Novembro de Piracicaba. Recebeu o título de Cidadão Piracicabano.Vice-presidente do Panathlon Clube de Piracicaba, Vice-diretor Geral do IEP de 1991 a 2006, Vice-reitor administrativo da Unimep de 1991 a 2002 Foi reitor da Universidade Metodista de Piracicaba de 2003 a 2006. É também membro da Academia Piracicabana de Letras, do Instituto Histórico Geográfico de Piracicaba e do Clube dos Escritores de Piracicaba.
Ao ouvir Dr. Gustavo cumprimentando o ouvinte foi impossível deixar de perguntar se ele tinha sido radialista.
Em um pequeno período da minha vida fiz comentários esportivos em jogos do XV de Novembro na Rádio Difusora de Piracicaba.
A sua aparência física é divergente da sua idade cronológica, o senhor não aparenta a idade que possui. Ao que o senhor atribui sua boa condição física?
Eu nasci em 27 de setembro de 1936, em uma querida e pequena cidade na Alta Paulista, próxima a Marília, chamada Vera Cruz. Meu pai Candido de Faria Alvim era médico e minha mãe Nair Dias Alvim foi professora. Acho muito difícil estabelecer uma fórmula única para que se tenha uma condição de vida saudável. Cada um tem a sua. A pessoa que tem uma vida regrada consegue controlar seu stress nas horas difíceis, mantém uma atividade física regular, e também entra como fator a questão genética que acaba influindo. É importante ter uma tranqüilidade de espírito.
Recentemente o senhor participou de um torneio de basquete?
Existe há mais de vinte anos no país um campeonato de veteranos! Reúne um grande número de equipes, nesta última tinha 89 equipes, mais de 800 atletas, que são divididos em faixas etárias: a partir de 35 a 40 anos, até os chamados “mais de setenta” que é a ultima categoria. Piracicaba tem uma forte tradição de basquete, existe um grupo que até hoje pratica o esporte apesar da idade. Tenho comparecido a esses torneios, em 2006 estivemos em Natal, jogando pelo Estado de São Paulo, na oportunidade voltamos campões! No ano passado o campeonato foi realizado em Caxias do Sul, dessa vez fomos classificados como terceiro colocado. Não conseguimos voltar com o bi-campeonato!
Seus estudos básicos foram feitos em Vera Cruz?
Foram realizados no Grupo Escolar Castro Alves. A minha primeira professora foi a minha mãe! A relação era de professora e aluno na sala de aula. E não de mãe e filho. Eu vim para Piracicaba para fazer o ginásio, Vera Cruz era uma cidade pequena, para prosseguir nos estudos ou viajava de trem para Marília, uma viagem que oferecia algum risco, de acordo com o pensamento dos pais. Colocaram-me no Colégio Piracicabano como aluno interno. Morei no internato que ficava no único prédio que restou de toda aquela área que pertencia ao Colégio Piracicabano. É um prédio que foi reformado recentemente e fica exatamente aonde termina Rua D.Pedro II, na Rua do Rosário. Ali naquele prédio ficavam os meninos mais novos. Na época eu tinha 11 anos de idade. Aquela área toda tinha sido um clube, era uma praça de esportes, tinha piscina, quadra de basquete, campo de futebol, havia locais para a prática de vários esportes. Eu sempre gostei de esporte, desde criança, portanto achei o local muito interessante. Permaneci morando no internato por um período de um semestre. Em julho de 1948 os meus pais realizaram a sua mudança para Piracicaba. Consolidou-se a realização de um sonho antigo da minha mãe, porque a família da minha mãe, meus avós maternos residiam em Piracicaba. Eu continuei estudando no Colégio Piracicabano, só que na condição de aluno externo. Ao final desse período, acabei transferindo-me para o “Sud Mennucci” aonde completei o ginásio e o curso científico. Eu precisava fazer uma faculdade. Na época Piracicaba oferecia como opção o curso de agronomia, uma carreira fora do meu interesse. Assim fui para São Paulo.
Em São Paulo o senhor foi morar aonde?
A denominação “república de estudantes” era muito comum em Piracicaba. Em São Paulo a denominação era pensão! Era muito parecida com uma república porque morávamos sem que o proprietário residisse no local. Fui buscar um local próximo onde estava estudando: a Escola de Sociologia e Política de São Paulo era uma fundação complementar á USP, criada na década de 30. Existe até hoje a Fespsp (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo) é uma escola de renome. Ela nasceu quando uma liderança paulista pensava em preparar pessoas com capacidade para administrar o país. Tive aulas com professores de renome. Destaco a oportunidade inesquecível de ter sido examinado por professores como Sérgio Buarque de Holanda e tantos outros expoentes da intelectualidade brasileira. Residi sempre na região. Em um período de tempo morei na Rua Nestor Pestana quando a Associação Cristã de Moços inaugurou o prédio e alugou apartamentos. Fui um dos primeiros a mudar para lá, eu tinha um interesse muito grande em esportes. Curiosamente, enquanto morei lá por alguns meses, nunca pratiquei esporte! Pouco depois comecei o curso de direito no Mackenzie. Nessa época eu era funcionário do Banco do Brasil na Lapa, em São Paulo.
Na agência da Lapa o senhor teve uma grande idéia?
Naquela época a indústria automobilística brasileira estava se desenvolvendo. O sonho de todo mundo era ter carro. Mas era difícil. Ninguém tinha dinheiro para comprar um carro a vista. Não havia as facilidades que existem hoje. Fui uma das pessoas que participou da criação dessa idéia e acabei sendo o primeiro gerente desse grupo formado, a primeira pessoa que liderou esse processo. Na hora do nosso intervalo de trabalho estávamos sempre discutindo idéias. Como será que a gente consegue comprar um carro? O que nos inspirou foi o sistema de cooperativas habitacionais que existiam em Rio Claro e em Santos. A partir daquilo é que começamos a trabalhar a idéia do consórcio. Em um determinado dia anunciamos a possibilidade de iniciarmos o consórcio. Quando anunciamos, um grande grupo se entusiasmou com a idéia, mas na hora efetiva, apenas 21 assinaram. Com isso não havia sorteio todo mês! Chamava-se Cooperativa Lapa. Quando começaram a aparecer os primeiros carros o pessoal se entusiasmou com a idéia e passou a querer formar novos grupos. Formamos outros grupos. Juntamo-nos com os funcionários da agência do Bairro Luz e formamos o Laluz. Na época havia fila para adquirir um carro popular. O primeiro grupo foi de Volkswagen. O segundo grupo foi de Gordini.
O senhor transferiu-se para Piracicaba como funcionário do Banco do Brasil?
Vim transferido para a agência do Banco do Brasil em Piracicaba. Eu tinha o objetivo de advogar. Não pensava em continuar trabalhando no banco. Em Piracicaba, já formado como advogado eu fiz uma espécie de estágio com o Dr. João Ribas Fleury, a quem devo uma gratidão muito grande, foi ele quem me deu uma mão nesse momento. Nessa época eu tinha uns 27 anos de idade, casei-me com Vera Baggio Dias Alvim. Na época o escritório do Dr. Fleury era um escritório muito conceituado. E ali as portas foram se abrindo para mim. O escritório trabalhava com o Grupo Dedini, e lá eu passei a me envolver também com questões administrativas, resolvi voltar á escola e fazer a graduação em administração.
O senhor a essa altura dos fatos ainda estava no Banco do Brasil?
Aqui em Piracicaba eu trabalhei por um curto período de tempo. Eu tinha um sonho e a determinação de chegar lá. Eu queria advogar! Ninguém concordava comigo. O pessoal achava que eu estava delirando, mas era isso que eu queria. Minha esposa me deu apoio, eu acreditei que ia dar certo. Nessa altura surge algo que me ajudou muito. A organização do primeiro curso superior em Piracicaba do que vem a ser hoje a Unimep. Fui convidado para lecionar sociologia. Quase concomitantemente passei a ser diretor da faculdade! Tive o privilégio de ser o primeiro diretor da primeira faculdade criada em Piracicaba pelo Instituto Educacional Piracicabano. Era um curso á noite, era uma atividade paralela, isso ao mesmo tempo em que me ajudava, também exigia um esforço muito grande. Trabalhava de manhã, á tarde, á noite, tinha que preparar as aulas, corrigir as provas.
O senhor permaneceu trabalhando como advogado por quanto tempo?
Na Dedini trabalhei por 17 anos, quando saí da Dedini montei escritório de advocacia. Depois disso fui trabalhar na Romi. Voltei depois a trabalhar mais 16 anos na universidade.
Como o senhor se envolveu com futebol?
Eu sempre gostei muito de esporte. E futebol é o esporte do brasileiro. Embora futebol eu jogue muito pouco, joguei mais vôlei e basquete. O cidadão tem que dar alguma coisa para as instituições da sua cidade, é necessário doar-se. Deve escolher a área que se julgue capaz, que se identifique mais, enfim tem que fazer uma escolha. Quando voltei á Piracicaba, fui parar no conselho do XV, na direção do conselho, e em uma crise muito forte que o XV teve, acabou deixando o time sem presidente. Ninguém queria ser presidente! Achei que deveria assumir a presidência do time, tendo como vice-presidente o professor Rubens Braga. A situação era calamitosa. Até os cabides do time estavam penhorados!
Mito, lenda, ou verdade, tinha um pessoal do time que gostava de assar papel?
(risos) Quando assumi a presidência, passado um pouco tempo, um dia um apareceu um rapaz no XV querendo falar comigo. Eu atendi. Ele me disse: “Vim aqui para perguntar se o senhor vai continuar usando o forno da padaria?” Eu perguntei: “O que o XV faz no forno da padaria?” Ele respondeu: “É que o pessoal costuma levar de tempo em tempo uns papéis para serem queimados no forno!”. Respondi que não teria necessidade. Na minha gestão os documentos foram preservados.
O senhor é uma pessoa de espírito irrequieto, deixando o cargo de Magnífico Reitor da Unimep, está se lançando em uma nova empreitada?
Depois de já maduro, fiz o bacharelado de jornalismo por prazer. Estabeleci uma empresa com impressão digital e uma editora. A grande novidade é que essa empresa tem a possibilidade de fazer pequenas edições. Uma pessoa que queira publicar um livro pode determinar a quantidade que desejar, nem que seja apenas um exemplar! A vantagem principal é que o escritor não imobiliza capital. A impressão digital é muito veloz, a máquina colorida faz 55 impressões por minuto, e a preto e branco, 110 impressões por minuto. É muito ágil.
sábado, janeiro 19, 2008
CERTIDÕES/INTERNET
CERTIDÕES/INTERNET Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, ou outras, com firmas reconhecidas, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila. O cartório eletrônico, já está no ar! Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbito, de imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela Internet. Para pagar, é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex. O endereço é: http://www.cartorio24horas.com.br
sexta-feira, janeiro 11, 2008
RANDALL JULIANO
F. Skilnik has left a new comment on your post "RANDALL JULIANO ": É a primeira vez que escrevo para um blog... decidi também deixar registrada a minha homenagem ao Sr. Randall Juliano. Entrei no Google e digitei "Quem sabe, sabe" no desejo (sem sucesso) de encontrar algum site saudosista sobre este programa, que foi (creio) um dos poucos entreterimentos televisivos realmente inteligentes da história da TV brasileira. (E imaginar quantas daquelas perguntas poderiam ser hoje respondidas pelos fãs do Big Brother é de deixar qualquer um revoltado...) Experimentei então "Randall Juliano" e cheguei aqui. Lamento pelo falecimento, lamento pelas informações tristes dadas pelo Sr. Nassif e sou solidário ao sentimento do astro lembrando a célebre frase de outro admirável professor e homem de inteligência incomum:"Only two things are infinite, the universe and human stupidity, and I'm not sure about the former." Albert Einstein (1879 - 1955)
CARO F. SKILNIK:
Agradeço sua visita ao blog.
Tive o privilégio de conviver com o Professor Randall Juliano por um período de tempo. Concordo plenamente com sua observação sobre "Quem sabe, sabe" O rádio foi criado com a função de educar.
Lee De Forest, foi o cientista que inventou o triodo, a válvula sem a qual o rádio não existiria e a televisão também não existiria! É considerado o “pai do rádio e avô da televisão”. Ele viveu de 1873 a 1961. Recebeu uma homenagem muito bonita em que literalmente todas as organizações de rádio, todas as empresas de televisão, resolveram fazer uma homenagem monumental para ele. Nesse dia De Forest disse: “O que vocês fizeram com meu filho? Criei um veículo eletrônico para uma forma superior de ensino e entretenimento, para tornar melhores, mais cultas, mais sensíveis e mais responsáveis as pessoas... E vocês, no entanto, o converteram nisso que aí esta, um instrumento degradante, nauseabundo, de envilecimento humano desde a mais tenra idade!”.
CARO F. SKILNIK:
Agradeço sua visita ao blog.
Tive o privilégio de conviver com o Professor Randall Juliano por um período de tempo. Concordo plenamente com sua observação sobre "Quem sabe, sabe" O rádio foi criado com a função de educar.
Lee De Forest, foi o cientista que inventou o triodo, a válvula sem a qual o rádio não existiria e a televisão também não existiria! É considerado o “pai do rádio e avô da televisão”. Ele viveu de 1873 a 1961. Recebeu uma homenagem muito bonita em que literalmente todas as organizações de rádio, todas as empresas de televisão, resolveram fazer uma homenagem monumental para ele. Nesse dia De Forest disse: “O que vocês fizeram com meu filho? Criei um veículo eletrônico para uma forma superior de ensino e entretenimento, para tornar melhores, mais cultas, mais sensíveis e mais responsáveis as pessoas... E vocês, no entanto, o converteram nisso que aí esta, um instrumento degradante, nauseabundo, de envilecimento humano desde a mais tenra idade!”.
segunda-feira, janeiro 07, 2008
terça-feira, janeiro 01, 2008
O CORPO DO PRESIDENTE ESTÁ EM PIRACICABA
Fotos by João Umberto Nassif
ERROS ACONTECEM. GERALMENTE A TEMPERATURA DAS REDAÇÕES É ELEVADA.
"Almanaque http://almanaque.folha.uol.com.br/bairros.htm é o site do Banco de Dados da Folha de S.Paulo, empresa do Grupo Folha da Manhã". Ele informa:
" O Cemitério Público da Consolação começou a ser construído em 1854 e foi aberto no dia 3 de julho de 1858, por ocasião de uma epidemia de varíola que afligia a capital.Alguns anos depois, o cemitério se tornou símbolo de ostentação e acompanhou a falência de famílias tradicionais da região que crescia. Prova disso é a riqueza dos túmulos, com esculturas diversas, inclusive com obras de Victor Brecheret.Lá estão enterrados a marquesa de Santos, Domitila de Castro, a mais famosa amante do imperador Dom Pedro 1º, os ex-presidentes Prudente de Morais e Campos Sales, a família Matarazzo, e grandes escritores, como Mário de Andrade e Monteiro Lobato." ("Almanaque da Folha
Almanaque é o site do Banco de Dados da Folha de S.Paulo, empresa do Grupo Folha da Manhã. ... Confira o Especial dos 450 anos de São Paulo do Almanaque ...almanaque.folha.uol.com.br/").
A REALIDADE:
Prudente José de Morais Barros nasceu no dia 4 de outubro de 1841 em Itu (São Paulo) e era filho de um negociante de animais. Com dois anos de idade, perdeu o pai, que foi assassinado por um escravo. Ainda na infância, mudou-se com a família para a cidade de Constituição, atual Piracicaba, no interior de São Paulo. Em 1863 formou-se em direito na capital paulista, e voltou em seguida para Piracicaba, onde começou a carreira política. Foi eleito vereador em 1865 e presidiu a Câmara Municipal. Em 1868, foi eleito deputado provincial pelo Partido Liberal. Aderiu ao PRP (Partido Republicano Paulista) em 1876. Foi três vezes deputado da agremiação na Assembléia Provincial e uma vez na Assembléia-Geral do Império (1885-1886). Votou a favor da libertação dos escravos com mais de 65 anos. Retornou a Piracicaba, onde faleceu no dia 3 de dezembro de 1902.
Prudente de Moraes - terceiro presidente do Brasil e primeiro civil a assumir o poder, em 1894. O corpo está enterrado no Cemitério da Saudade em Piracicaba. Fotografei o mausoléu em granito marrom, ocupando uma área respeitável, e com a herma(busto) do presidente coroando o monumento. Profissionais que cuidam do tumulo, revelaram que o processo de conservação do corpo foi muito bem feito, e perdura até hoje.
"Almanaque http://almanaque.folha.uol.com.br/bairros.htm é o site do Banco de Dados da Folha de S.Paulo, empresa do Grupo Folha da Manhã". Ele informa:
" O Cemitério Público da Consolação começou a ser construído em 1854 e foi aberto no dia 3 de julho de 1858, por ocasião de uma epidemia de varíola que afligia a capital.Alguns anos depois, o cemitério se tornou símbolo de ostentação e acompanhou a falência de famílias tradicionais da região que crescia. Prova disso é a riqueza dos túmulos, com esculturas diversas, inclusive com obras de Victor Brecheret.Lá estão enterrados a marquesa de Santos, Domitila de Castro, a mais famosa amante do imperador Dom Pedro 1º, os ex-presidentes Prudente de Morais e Campos Sales, a família Matarazzo, e grandes escritores, como Mário de Andrade e Monteiro Lobato." ("Almanaque da Folha
Almanaque é o site do Banco de Dados da Folha de S.Paulo, empresa do Grupo Folha da Manhã. ... Confira o Especial dos 450 anos de São Paulo do Almanaque ...almanaque.folha.uol.com.br/").
A REALIDADE:
Prudente José de Morais Barros nasceu no dia 4 de outubro de 1841 em Itu (São Paulo) e era filho de um negociante de animais. Com dois anos de idade, perdeu o pai, que foi assassinado por um escravo. Ainda na infância, mudou-se com a família para a cidade de Constituição, atual Piracicaba, no interior de São Paulo. Em 1863 formou-se em direito na capital paulista, e voltou em seguida para Piracicaba, onde começou a carreira política. Foi eleito vereador em 1865 e presidiu a Câmara Municipal. Em 1868, foi eleito deputado provincial pelo Partido Liberal. Aderiu ao PRP (Partido Republicano Paulista) em 1876. Foi três vezes deputado da agremiação na Assembléia Provincial e uma vez na Assembléia-Geral do Império (1885-1886). Votou a favor da libertação dos escravos com mais de 65 anos. Retornou a Piracicaba, onde faleceu no dia 3 de dezembro de 1902.
Prudente de Moraes - terceiro presidente do Brasil e primeiro civil a assumir o poder, em 1894. O corpo está enterrado no Cemitério da Saudade em Piracicaba. Fotografei o mausoléu em granito marrom, ocupando uma área respeitável, e com a herma(busto) do presidente coroando o monumento. Profissionais que cuidam do tumulo, revelaram que o processo de conservação do corpo foi muito bem feito, e perdura até hoje.
segunda-feira, dezembro 31, 2007
- O casamento é o preço que os homens pagam pelo sexo;
O sexo é o preço que as mulheres pagam pelo casamento.
(Anônimo)
---
- Não confio em produto local. Sempre que viajo,
Levo meu uísque e minha mulher.
(Fernando Sabino)
---
- É graças a Deus que o Brasil tem saído de situações difíceis.
Mas, graças ao diabo, é que se mete em outras.
(Mário Quintana)
---
- Só acredito naquilo que posso tocar.
Não acredito, por exemplo, em Luiza Brunet.
(Luis Fernando Veríssimo)
---
- Política tem esta desvantagem:
De vez em quando o sujeito vai preso em nome da liberdade.
(Stanislaw Ponte Preta)
---
- Muitas mulheres consideram os homens perfeitamente
dispensáveis no mundo, a não ser naquelas
profissões reconhecidamente masculinas,
Como as de costureiro, cozinheiro, cabeleireiro,
Decorador de interiores e estivador.
(Luís Fernando Veríssimo)
---
- Ninguém faz tudo bonito sempre. Até Deus.
Ele fez o cavalo e também o rinoceronte
(Vinicius de Moraes)
---
- O primeiro economista do mundo
Foi Cristóvão Colombo:
Quando saiu, não sabia para onde ia;
Quando chegou, não sabia onde estava.
E tudo por conta do governo.
(Ronaldo Costa Couto)
---
- Democracia neste país é relativa,
Mas corrupção é absoluta.
(Paulo Brossard)
---
- A corrupção não é uma invenção brasileira,
Mas a impunidade é uma coisa muito nossa.
(Jô Soares)
---
- Nunca se ache demais, pois tudo o que é demais sobra,
Tudo o que sobra é resto e
Tudo o que é resto vai para o lixo.
(Anônimo)
---
- Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo:
Nem ele me persegue, nem eu fujo dele.
Um dia a gente se encontra.
(Mário Lago)
---
- Fuja das tentações, mas devagar,
Para que elas possam te alcançar...
(Anônimo)
---
- O homem é um ser tão dependente
Que até pra ser corno precisa da ajuda da mulher.
(Anônimo)
---
- O isopor é meu pastor e a
Cerveja não faltará.
(Anônimo)
---
- Existem três tipos de mulher: as bonitas,
As inteligentes e a maioria.
(Anônimo)
---
- Época triste a nossa... Mais fácil quebrar
Um átomo do que o preconceito!
(A. Einstein)
---
- Uma mentira pode dar a volta ao mundo..
Enquanto a verdade ainda calça seus sapatos.
(Mark Twain)
---
- A família é como a varíola: a gente tem quando
criança e fica marcado para o resto da vida.
(Jean Paul Sartre)
---
- Nunca se explique. Seus amigos não precisam,
E seus inimigos não vão acreditar.
(Anônimo)
---
- Se meus inimigos pararem de dizer mentiras a meu respeito,
Eu paro de dizer verdades a respeito deles.
(A. Stevenson)
---
- Não se ache horrível pela manhã:
Acorde ao meio dia!!!
(Anônimo)
---
- Em dia de tempestades e trovoadas o local mais seguro
é perto da sogra, pois não há raio que a parta.
(Anônimo)
---
- Se um dia, a pessoa que você ama lhe trair,
E você pensar em se jogar de um prédio, lembre-se:
Você tem chifres, não asas...
(Anônimo)
---
- A mulher deve sempre sonhar com um homem fiel e obediente...
Só não deve querer transformar o sonho em realidade.
(Anônimo)
---
- Não gosto de enterros. Se eu for no meu,
Vou a contra gosto.
(Frangonildo Barbosa)
---
- Errar é humano, persistir no erro é americano,
Acertar no alvo é muçulmano.
(Autor anônimo)
---
- Crianças nós somos, a vida toda.
O que muda são os preços dos brinquedos.
(Autor Anônimo)
- Roubar idéias de uma pessoa é plágio.
Roubar de várias, é pesquisa.
(Autor Anônimo)
---
- Por maior que seja o buraco em que você se encontra,
Sorria, porque, por enquanto, ainda não há terra em cima.
(Autor desconhecido)
---
- Só o Ctrl+S salva!
(Autor Anônimo)
---
- Aquele que, ao longo de todo o dia: é ativo como uma abelha,
Forte como um touro,
Trabalha que nem um cavalo,
E que ao fim da tarde se sente cansado que nem um cão...
Deveria consultar um veterinário.
É bem provável que seja um grande burro.
(Autor Anônimo)
O sexo é o preço que as mulheres pagam pelo casamento.
(Anônimo)
---
- Não confio em produto local. Sempre que viajo,
Levo meu uísque e minha mulher.
(Fernando Sabino)
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- É graças a Deus que o Brasil tem saído de situações difíceis.
Mas, graças ao diabo, é que se mete em outras.
(Mário Quintana)
---
- Só acredito naquilo que posso tocar.
Não acredito, por exemplo, em Luiza Brunet.
(Luis Fernando Veríssimo)
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- Política tem esta desvantagem:
De vez em quando o sujeito vai preso em nome da liberdade.
(Stanislaw Ponte Preta)
---
- Muitas mulheres consideram os homens perfeitamente
dispensáveis no mundo, a não ser naquelas
profissões reconhecidamente masculinas,
Como as de costureiro, cozinheiro, cabeleireiro,
Decorador de interiores e estivador.
(Luís Fernando Veríssimo)
---
- Ninguém faz tudo bonito sempre. Até Deus.
Ele fez o cavalo e também o rinoceronte
(Vinicius de Moraes)
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- O primeiro economista do mundo
Foi Cristóvão Colombo:
Quando saiu, não sabia para onde ia;
Quando chegou, não sabia onde estava.
E tudo por conta do governo.
(Ronaldo Costa Couto)
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- Democracia neste país é relativa,
Mas corrupção é absoluta.
(Paulo Brossard)
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- A corrupção não é uma invenção brasileira,
Mas a impunidade é uma coisa muito nossa.
(Jô Soares)
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- Nunca se ache demais, pois tudo o que é demais sobra,
Tudo o que sobra é resto e
Tudo o que é resto vai para o lixo.
(Anônimo)
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- Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo:
Nem ele me persegue, nem eu fujo dele.
Um dia a gente se encontra.
(Mário Lago)
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- Fuja das tentações, mas devagar,
Para que elas possam te alcançar...
(Anônimo)
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- O homem é um ser tão dependente
Que até pra ser corno precisa da ajuda da mulher.
(Anônimo)
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- O isopor é meu pastor e a
Cerveja não faltará.
(Anônimo)
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- Existem três tipos de mulher: as bonitas,
As inteligentes e a maioria.
(Anônimo)
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- Época triste a nossa... Mais fácil quebrar
Um átomo do que o preconceito!
(A. Einstein)
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- Uma mentira pode dar a volta ao mundo..
Enquanto a verdade ainda calça seus sapatos.
(Mark Twain)
---
- A família é como a varíola: a gente tem quando
criança e fica marcado para o resto da vida.
(Jean Paul Sartre)
---
- Nunca se explique. Seus amigos não precisam,
E seus inimigos não vão acreditar.
(Anônimo)
---
- Se meus inimigos pararem de dizer mentiras a meu respeito,
Eu paro de dizer verdades a respeito deles.
(A. Stevenson)
---
- Não se ache horrível pela manhã:
Acorde ao meio dia!!!
(Anônimo)
---
- Em dia de tempestades e trovoadas o local mais seguro
é perto da sogra, pois não há raio que a parta.
(Anônimo)
---
- Se um dia, a pessoa que você ama lhe trair,
E você pensar em se jogar de um prédio, lembre-se:
Você tem chifres, não asas...
(Anônimo)
---
- A mulher deve sempre sonhar com um homem fiel e obediente...
Só não deve querer transformar o sonho em realidade.
(Anônimo)
---
- Não gosto de enterros. Se eu for no meu,
Vou a contra gosto.
(Frangonildo Barbosa)
---
- Errar é humano, persistir no erro é americano,
Acertar no alvo é muçulmano.
(Autor anônimo)
---
- Crianças nós somos, a vida toda.
O que muda são os preços dos brinquedos.
(Autor Anônimo)
- Roubar idéias de uma pessoa é plágio.
Roubar de várias, é pesquisa.
(Autor Anônimo)
---
- Por maior que seja o buraco em que você se encontra,
Sorria, porque, por enquanto, ainda não há terra em cima.
(Autor desconhecido)
---
- Só o Ctrl+S salva!
(Autor Anônimo)
---
- Aquele que, ao longo de todo o dia: é ativo como uma abelha,
Forte como um touro,
Trabalha que nem um cavalo,
E que ao fim da tarde se sente cansado que nem um cão...
Deveria consultar um veterinário.
É bem provável que seja um grande burro.
(Autor Anônimo)
segunda-feira, dezembro 17, 2007
PÉROLAS DA MÍDIA
A apresentadora entrevistando uma psicóloga sobre leitura de livros e perguntou:" (...) mas isso não se torna um BICHO DE SETE PAPÃO (...) ?"
"Biblioteca terá livro gravado em fita K-7 para surdos"(Será que os surdos conseguem ouvir fitas K-7?)
"A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano." (Viva a ressurreição!)
"Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem intensamente."
"Os sete artistas compõem um trio de talento."
"A vítima foi estrangulada a golpes de facão."
"No corredor do hospital psiquiátrico, os doentes corriam como loucos."
"Ela contraiu a doença na época em que ainda estava viva."
"O presidente de honra é um jovem septuagenário de 81 anos."
"O cadáver foi encontrado morto dentro do carro."
"Biblioteca terá livro gravado em fita K-7 para surdos"(Será que os surdos conseguem ouvir fitas K-7?)
"A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano." (Viva a ressurreição!)
"Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem intensamente."
"Os sete artistas compõem um trio de talento."
"A vítima foi estrangulada a golpes de facão."
"No corredor do hospital psiquiátrico, os doentes corriam como loucos."
"Ela contraiu a doença na época em que ainda estava viva."
"O presidente de honra é um jovem septuagenário de 81 anos."
"O cadáver foi encontrado morto dentro do carro."
sábado, dezembro 08, 2007
O MOTORISTA QUE VIROU JUIZ
A história do motorista que virou juiz
Ele veio passear, estudou e hoje é o orgulho da família
Reinaldo Moura de Souza não veio de família abastada, nunca estudou em universidade ou colégio caro nem se matriculou naqueles famosos cursinhos preparatórios para concurso na carreira jurídica.
Ex-motorista do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo – cargo que ocupou por seis anos e meio –, ele trilhou um caminho incomum até o cargo de juiz de Direito da maior e mais importante corte estadual do País. “É exemplo de alguém que venceu na vida”, resume o desembargador Ruy Pereira Camilo.
Natural de Boquim (SE), a 80 quilômetros de Aracaju, Souza tinha 22 anos quando veio pela primeira vez a São Paulo. “Meu tio foi nos visitar como fazia todo ano e pediu autorização a meu pai para eu voltar dirigindo”, lembra o agora juiz substituto de Ribeirão Preto, no interior. A viagem deveria durar poucos dias. Mas, por sugestão de um compadre do tio, ele resolveu ficar por mais uma semana e prestar concurso para motorista do tribunal.
Até então, Souza, que hoje tem 33 anos, nunca cogitara entrar para a magistratura. Caçula entre os três homens de uma família de seis irmãos, pretendia formar-se em agronomia para ajudar o pai, um pequeno produtor de laranjas.
Chegou a prestar vestibular na Universidade Federal de Sergipe, mas não foi aprovado. Por um ano, trabalhou na lavoura e estudou nos horários de folga. Foi justamente nessa época que surgiu o passeio a São Paulo.
Já que havia decidido ficar na metrópole, ele achou por bem conseguir emprego fixo. “Já namorava há quatro anos e pensava em me casar, construir família.” No mesmo dia em que prestou concurso para motorista do TJ, fez prova para a Companhia de Engenharia de Tráfego e para investigador da Polícia Civil.
Aprovado pelo tribunal, voltou dias depois à cidade natal e pediu em noivado a garota que conhecera na 5ª série. A convivência com juízes e o dia-a-dia dos tribunais o encantaram.
Seis meses depois de entrar no TJ, estava decidido a estudar direito. Para conseguir sustentar a casa e pagar a mensalidade, teve de pedir bolsa à faculdade. Mas esse não era o únicoempecilho. Um dos pré-requisitos do concurso era ter experiência de três anos em atividades jurídicas.
A solução foi prestar novo concurso, para oficial de Justiça. “Como motorista eu tinha muito tempo ocioso. Enquanto esperava um magistrado, aproveitava para estudar.”
Num só dia, conta, passava até quatro horas lendo. Só no último semestre da faculdade, foi convocado a assumir o posto de oficial de Justiça. No fim daquele ano, prestou concurso como treineiro. “Consegui boa pontuação, mas não o suficiente para chegar à segunda fase.” No ano seguinte, sem dinheiro, tirou cópia do exame e fez o simulado em casa. “Percebi que estava no caminho certo porque a nota já era suficiente para ser aprovado.” Em dezembro do ano passado, após acumular a experiência exigida, prestou o primeiro concurso “para valer”.
Foram quatro fases eliminatórias, incluindo provas escrita e oral, além de entrevistas com desembargadores e exame psicológico. Souza obteve a 36ª posição, entre 86. “O que mais me chamou atenção nesse rapaz foi o português impecável”, lembra o desembargador Camilo, que presidiu o 179º concurso para juiz do TJ.
A posse de Souza ocorreu em agosto, diante dos pais e de alguns irmãos, que vieram de Boquim especialmente para assistir à cerimônia. Agora, ele quer mais é trabalhar. Afinal, ainda restam 24 prestações da faculdade. Mas está satisfeito. “Realizei meu sonho”, resume.
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Ele veio passear, estudou e hoje é o orgulho da família
Reinaldo Moura de Souza não veio de família abastada, nunca estudou em universidade ou colégio caro nem se matriculou naqueles famosos cursinhos preparatórios para concurso na carreira jurídica.
Ex-motorista do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo – cargo que ocupou por seis anos e meio –, ele trilhou um caminho incomum até o cargo de juiz de Direito da maior e mais importante corte estadual do País. “É exemplo de alguém que venceu na vida”, resume o desembargador Ruy Pereira Camilo.
Natural de Boquim (SE), a 80 quilômetros de Aracaju, Souza tinha 22 anos quando veio pela primeira vez a São Paulo. “Meu tio foi nos visitar como fazia todo ano e pediu autorização a meu pai para eu voltar dirigindo”, lembra o agora juiz substituto de Ribeirão Preto, no interior. A viagem deveria durar poucos dias. Mas, por sugestão de um compadre do tio, ele resolveu ficar por mais uma semana e prestar concurso para motorista do tribunal.
Até então, Souza, que hoje tem 33 anos, nunca cogitara entrar para a magistratura. Caçula entre os três homens de uma família de seis irmãos, pretendia formar-se em agronomia para ajudar o pai, um pequeno produtor de laranjas.
Chegou a prestar vestibular na Universidade Federal de Sergipe, mas não foi aprovado. Por um ano, trabalhou na lavoura e estudou nos horários de folga. Foi justamente nessa época que surgiu o passeio a São Paulo.
Já que havia decidido ficar na metrópole, ele achou por bem conseguir emprego fixo. “Já namorava há quatro anos e pensava em me casar, construir família.” No mesmo dia em que prestou concurso para motorista do TJ, fez prova para a Companhia de Engenharia de Tráfego e para investigador da Polícia Civil.
Aprovado pelo tribunal, voltou dias depois à cidade natal e pediu em noivado a garota que conhecera na 5ª série. A convivência com juízes e o dia-a-dia dos tribunais o encantaram.
Seis meses depois de entrar no TJ, estava decidido a estudar direito. Para conseguir sustentar a casa e pagar a mensalidade, teve de pedir bolsa à faculdade. Mas esse não era o únicoempecilho. Um dos pré-requisitos do concurso era ter experiência de três anos em atividades jurídicas.
A solução foi prestar novo concurso, para oficial de Justiça. “Como motorista eu tinha muito tempo ocioso. Enquanto esperava um magistrado, aproveitava para estudar.”
Num só dia, conta, passava até quatro horas lendo. Só no último semestre da faculdade, foi convocado a assumir o posto de oficial de Justiça. No fim daquele ano, prestou concurso como treineiro. “Consegui boa pontuação, mas não o suficiente para chegar à segunda fase.” No ano seguinte, sem dinheiro, tirou cópia do exame e fez o simulado em casa. “Percebi que estava no caminho certo porque a nota já era suficiente para ser aprovado.” Em dezembro do ano passado, após acumular a experiência exigida, prestou o primeiro concurso “para valer”.
Foram quatro fases eliminatórias, incluindo provas escrita e oral, além de entrevistas com desembargadores e exame psicológico. Souza obteve a 36ª posição, entre 86. “O que mais me chamou atenção nesse rapaz foi o português impecável”, lembra o desembargador Camilo, que presidiu o 179º concurso para juiz do TJ.
A posse de Souza ocorreu em agosto, diante dos pais e de alguns irmãos, que vieram de Boquim especialmente para assistir à cerimônia. Agora, ele quer mais é trabalhar. Afinal, ainda restam 24 prestações da faculdade. Mas está satisfeito. “Realizei meu sonho”, resume.
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