PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E
MEMÓRIAS
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 25 outubro de 2014.
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 25 outubro de 2014.
Entrevista: Publicada aos sábados
no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
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http://blognassif.blogspot.com/
Cyrillo Balestero nasceu a 9 de
setembro de 1929, no Bairro Monte Alegre, filho de Miguel Balestero e Alzira Della Valle Balestero que tiveram
quatro filhos: Inês, Pedro, Cyrillo e
Ernesto.
A atividade do pai do senhor qual era?
Ele trabalhava na seção de mecânica , na Usina Monte
Alegre, na época de propriedade de Pedro Morganti.
O senhor estudou inicialmente em que escola?
Estudei no Grupo Escolar Marquês de Monte Alegre.Lá
estudei do primeiro ao quarto ano, minha primeira professora foi Da. Lavínia
Tricânico, com ela estudei o primeiro ano os outros três anos tive como
professora Dona Rafaelina. No Bairro Monte Alegre tinha vários núcleos de
moradores, o nome do lugar em que eu morava era Córrego da Onça, era uma
colônia, com umas dez casas, existe até hoje só que com o nome de Colônia Marco
Ometto. Terminei o quarto ano de grupo escolar com onze anos. Naquele tempo não
era como hoje que é proibido trabalhar com
essa idade. Tinha que trabalhar para conseguir comer. Os pais eram pobres. Com
11 anos fui cortar cana-de-açucar, era um ganho irrisório mas ajudava, nesse
serviço trabalhei até os quatorze anos, idade em que entrei na seção de
mecânica.
A que horas começava o corte de cana?
Lá pelas sete horas da manhã,
levava o almoço em uma marmita, ia sempre a pé, eu ia cortar sempre por perto,
quando era muito distante o proprietário da cana levava-nos na carroça. Naquela
época usava-se muito a alpargatas roda, um calçado feito de lona com solado em
corda. A minha mãe costurava todas as nossas roupas, ela era costureira de mão
cheia, dava aulas de costura em casa. Voltava lá pelas quatro e meia, cinco
horas da tarde. Tomava um banho, na época não havia chuveiro, era banho de
bacia, colocava a bacia no quarto e tomava banho lá. A água nós íamos buscar em um tanque que
ficava em frente de casa, distante uns cinqüenta metros, tinha uma lagoa, ia
buscar água lá. Bebíamos aquela água só que antes era filtrada em um pote de
barro. As brincadeiras de criança na época era jogar pião, jogava bola, com uma
bola feita de meia. A noite ficava embaixo do poste brincando de
esconde-esconde, eram brincadeiras inocentes.
ALPARGATAS RODA
12 MILHÕES DE PARES EM 1951
O senhor lembra-se quantas
pessoas trabalhavam na usina?
Não posso afirmar com absoluta
certeza, mas ouvia dizer que era de 400 a 450 pessoas.
A Usina Monte Alegre tinha uma
linha de trem própria?
O trenzinho da usina puxava cana,
trazia das fazendas onde era plantada. Naquele tempo era Fazenda Santa Rita,
hoje Bairro Santa Rita, Fazenda Taquaral, que é o atual Bairro Taquaral,
Fazenda Varginha, onde hoje é a UNIMEP, Fazenda Santa Isabel, na estrada velha
de quem vai para Tupi. Todas essas áreas
eram onde se plantava cana-de-açúcar. O transporte era feito pelo trenzinho.
A missa era realizada na capela?
Todos os domingos havia missa às
oito horas da manhã, eu fui coroinha. Batia o sino da Capela São Pedro, Alfredo
Volpi já tinha pintado o interior da capela. O pároco da Igreja Bom Jesus,
Monsenhor Martinho Salgot ia celebrar as missas. Quando ele não podia ir era
substituído por um dos três frades que geralmente iam. A missa era em latim, o
celebrante e os coroinhas ficavam de costas para o povo, olhando para o altar
que ficava em frente. Como coroinha usava batina de cor cinza em dias normais e
em dias de festa era usada batina vermelha, sempre com roquete branco. No dia
de São Pedro, nosso patrono, tinha festa o dia todo. A tarde havia procissão.
A missa era celebrada com o celebrante e os coroinhas dando as costas para os fiéis.
Havia a pratica de esportes?
Cheguei a jogar no União Monte Alegre
Futebol Clube, eu não era titular, tempo do Baltazar que depois jogou pelo
Jabaquara e pelo Corinthians.
Qual sua função ao entrar no
setor de mecânica?
Completei 14 anos dia 9 de
setembro, no dia 13 de setembro entrei na mecânica com carteira de trabalho
assinada. Minha função era ajudante de torneiro. Limpava o torno para o
oficial, varria o chão, arrumava as peças, de vez em quando dava uma mexidinha
na máquina, era um torno alemão. O torneiro com quem eu trabalhava era um
senhor muito bom, chamava-se Bernardo Trevisor, mais tarde ele foi chefe da
mecânica da Mausa. Ele fazia questão que eu aprendesse, com isso aprendi mesmo!
Na oficina era feita a manutenção da usina. Tinha muito serviço. O chefe da
oficina era João Bottene, era um
“crânio”, muito inteligente. Foi pioneiro do uso do álcool
combustível no Brasil.
Em 1945 nem se falava em motor a alcool, João Bottene transformou lá no Monte
Alegre, três ou quatro motores da gasolina para o alcool. Do caminhão que
regava as ruas, e no trilho tinha uma peruinha que inspecionava as linhas, o
motor era a gasolina ele transformou para usar alcool. O João Bottene morava no
Monte Alegre na época.
Ele que construía as locomotivas
utilizadas pela usina?
Uma das que ele construiu eu
trabalhei junto, na fabricação da locomotiva. No dia em que foi colocada em uso
a máquina, todo pessoal da oficina ficou em frente, em cima, da locomotiva. Tenho
até hoje a fotografia desse momento histórico. Era a locomotiva número 5, foi
batizada de “Joaninha Morganti”. Meu irmão, mais velho do que eu, gostava muito
de locomotiva, ele viu essa locomotiva em Perus, localidade próxima a São
Paulo, isso foi a uns 7 ou 8 anos, ela estava puxando cimento.
Locomotiva a vapor número 5, "Joaninha Morganti", construída por João Bottene, na fotografia estão todos os funcionários da oficina em cima e em volta dela
Qual era a bitola dela?
A distância entre os dois trilhos
era de 60 centímetros. Era movida a vapor e alimentada por lenha.
Após iniciar como ajudante na
oficina, quantos anos o senhor permaneceu na Usina Monte Alegre?
Fiquei quatro anos, com 18 anos
me aventurei em São Paulo. Minha irmã já morava lá. Um amigo que tinha
trabalhado comigo na oficina já tinha ido para lá. Uma das vezes em que ele
esteve em Monte Alegre, visitando a família, perguntou-me se eu queria ir para
lá. E explicou-me como eram as coisas por lá. Ele acertou tudo para mim,
fui trabalhar na Vila Leopoldina, era na
manutenção de uma tecelagem. Passei a morar na Vila Leopoldina, em um prédio em
que tinha um restaurante embaixo e alugava quartos na parte superior. Quando eu
vinha para Piracicaba vinha de trem pela Companhia Paulista. Após algum tempo,
minha irmã e meu cunhado insistiram para ir morar com eles, tinha serviço bem
próximo ao local onde eles moravam, nos Campos Elíseos, ao lado do convento
Coração de Jesus, na Alameda Dino Bueno. Meu cunhado trabalhava em uma retífica
que ficava embaixo do sobrado em que ele morava. Eu passei a trabalhar em outra
retífica que se situava mais ou menos a uns seis quarteirões dali, era a
Retífica Delgado. Naquele tempo ali havia uma estação de bondes, na Rua
Vitorino Camilo.
Quais motores eram retificados na
época?
Retificavam-se muito motores de
automóveis Dodge, Ford, Chevrolet. Todos de carros importados. Motores de ferro
fundido e pistão de alumínio. Lá também eram fabricadas algumas peças para
diferencial, que eram as peças mais difíceis de serem encontradas. Era uma
retífica com 50 a 60 funcionários. No Monte Alegre eu ganhava dois mil réis por
hora, lá entrei ganhando seis mil réis por hora. Eu não estava acostumado a
ganhar tanto dinheiro assim, cada vez que vinha para casa deixava um
dinheirinho com meus pais. Passado um tempo, um irmão veio trabalhar em
Piracicaba, perguntou-me por que eu não voltava agora a cidade já tinha locais
que ofereciam emprego. Acabei vindo à Piracicaba. Fui trabalhar na Mecânica
Irval, era uma oficina de recuperação de tratores, situava-se na Rua Alferes
José Caetano, a meia quadra abaixo da Estação da Paulista. Não trabalhei ali
por muito tempo, fui trabalhar na Mausa situada na Rua Santa Cruz, junto com
João Bottene, o Bernardo que era o meu professor lá no Monte Alegre era o chefe
da oficina na Mausa. Os proprietários da Mausa eram João Bottene e Dr. Rubens
de Souza Carvalho. Quando entrei ali existia só o barracão do lado debaixo da
Rua Santa Cruz, depois foi aumentando, compraram na frente, ao lado.
Piracicaba era bem menor nessa
época.
As indústrias daqui aram muito
limitadas, havia uma restrição de funcionários de uma empresa não ser bem
aceito em outra empresa, em termo vulgar, as famosas “panelinhas”, grupos
fechados. Quem trabalhava na Mausa não podia entrar no Dedini, quem trabalhava
no Dedini não podia entra na Mausa. Quem trabalhava no Monte Alegre não podia
trabalhar na Mausa. Tinha que trabalhar em outro lugar para depois ser aceito
em uma dessas empresas. Com a expansão das indústrias isso tudo acabou.
Na Mausa em que setor o senhor
trabalhava?
Trabalhava em torno mecânico. A
Mausa fabricava maquinas e peças para usina de açúcar. Turbinas, filtros
rotativos, João Bottene projetava tudo. Ele residia na Rua D.Pedro II a 50
metros da Mausa. Eu entrei na Mausa em 1950 e permaneci lá até 1962. Em 1955 eu
me casei com Oralda Orlandim, naquela época havia o costume de quadrar o
jardim, lá que nos conhecemos, casamos no dia 8 de maio de 1955, na Catedral de
Santo Antônio, estava ainda em construção a catedral nova, mas já estava
funcionando. O padre celebrante foi um primo da minha esposa, Padre Otales
Schimidt, era de Rio Claro, pertencia a ordem dos claretianos.
O senhor sempre foi religioso?
Sempre. Fui vicentino a partir de
1966 quando passei a trabalhar na Paróquia do Bom Jesus. O trabalho do
vicentino é um trabalho no anonimato, fazemos o trabalho, as campanhas, distribui
gêneros alimentícios para as famílias necessitadas. Antes de a família receber
ajuda é feita uma sindicância. Trabalhávamos para elevar o nível da família
necessitada, mas exigia que estivessem trabalhando. Não era para receber a
cesta de alimentos e ficar em casa sem fazer nada. No inicio distribuíamos um
vale íamos a um armazém, uma venda, próxima a casa da família assistida,
acertava com o proprietário, o socorrido iria com o nosso vale, e ele fornecia
as mercadorias até o limite daquele vale. E dava só gêneros de primeira
necessidade.
Quantos socorridos eram
atendidos?
Os vicentinos formam grupos, cada
grupo é chamado de conferência. Na Paróquia do Bom Jesus tinha seis
conferências, seis grupos de vicentinos. Cada conferência recebia o nome de um
santo. A minha era a Conferência São Francisco de Sales. Chegamos a ter 11
membros, assistindo 8 famílias.
De onde surgiam os recursos para
essa ação?
Colaborávamos na medida do
possível. Também pedíamos. No natal fazíamos uma lista e pedíamos dinheiro
mesmo para comprar uma cesta de natal para os pobres. Depois acabou essa ação
de fazer lista e pedíamos os alimentos mesmo.
Quantas unidades de vicentinos
havia em Piracicaba?
Até quando eu estava na ativa
eram 33 conferências. Até hoje em todas as paróquias os vicentinos atuam
ativamente. Ainda na Paróquia Bom Jesus fui Ministro da Eucaristia, por onze
anos, o padre Reinaldo Zaniboni era o pároco. No inicio éramos onze ministros,
depois passamos para quatorze. Isso foi
de 1995 até 2005.
Até 1962 o senhor trabalhou na
Mausa, de lá o senhor foi trabalhar onde?
No SENAI. Prestei concurso no fim
de 1961, fiz os exames teóricos e práticos em São Paulo. Chamaram-me para
trabalhar em São Paulo, eu já era casado, tinha três filhos: Rosany, Miguel e
Maria do Carmo. Depois que veio o André. Não aceitei ir para São Paulo, iria
modificar muito a vida da minha família. Aí ofereceram para trabalhar em Santa
Bárbara D`Oeste. Naquele tempo era Fundação Romi-SENAI. Os funcionários eram do
SENAI e as instalações do Romi. Aceitei. Ia às segundas feiras e voltava as
sexta feiras a noite. Lá eu fazia minhas refeições no Restaurante do Bacchim e
morava em uma espécie de república, tinha mais uns três ou quatro funcionários
que eram de Piracicaba e trabalhavam lá no SENAI de Santa Bárbara. Conheci os
filhos do Comendador Emílio Romi. Isso foi de 1962 a 1965.
Foi na época em que a Romi
fabricava a Romisetta?
Eu vi lá! Não cheguei a dirigir.
Eu trabalhava no prédio onde até hoje é a Fundação Romi, a fábrica da Romisetta
era abaixo, atrás da estação de trem. Um funcionário da Romi fazia o contato
Romi-Escola, ele usava uma Romisetta.
Romisetta
Qual era a função do senhor no
SENAI?
Fui instrutor de torneiro
mecânico. Em maio de 1965 fui transferido para o SENAI de Piracicaba. O Jordão
era o diretor. Conheci João Pires da Rosa, Luiz Alberto Gonçalves Rosa,
Clemente Nelson. Mesmo após ter saído do SENAI dei uns cursos extras lá.
O SENAI era motivo de orgulho
para os piracicabanos?
Era uma escola diferenciada. O
aluno entrava para aprender a trabalhar. O curso durava um ano e meio. Tinha
aulas teóricas e práticas. Naquele tempo o aluno não pagava nada. As indústrias
é que mandavam os alunos para lá, ele já ia empregado.
Em média uma turma tinha quantos
alunos?
Na oficina, na minha seção, tinha
dez tornos cada um com um aluno.
No SENAI só havia alunos do sexo
masculino?
Em Santa Bárbara D`Oeste eu vi
uma aluna, no curso noturno. Ela fez um semestre comigo. Foi a única que vi até
hoje. E era uma boa aluna.
Qual era a carga horária do
aluno?
Entrava as sete e meia, saia as
onze e meia, voltava a uma hora da tarde até as cinco horas. De manhã ficava na
sala de aula, a tarde na oficina. Passava o dia inteiro na escola. No começo
não havia cantina, o aluno trazia o almoço de casa, ou ia almoçar na sua casa.
Depois colocaram cantina.
Quantos professores lecionavam no
SENAI em Piracicaba?
Na seção de torno éramos três, na
seção de ajustagem eram quatro, na seção de mecânica de auto eram dois. Depois
tinha os professores que lecionavam matemática, português, ciência. desenho.
O senhor chegou a projetar
diversos produtos, um deles é uma chocadeira?
A história da chocadeira é
interessante. O professor Salatti um dia apareceu na escola com uma caixinha,
ele sabia que eu era muito interessado no assunto. Antes de entrar no SENAI,
ainda trabalhava na Mausa, conheci o instrutor do SENAI, Seu Ozias, ele morava
perto de casa. Sempre tive uma queda para criação. Ele me disse: “-Cyrillo!
Quer fazer uma chocadeira? Eu ensino!”. Fiz, uma até grande, cabia 220 ovos. O
Salatti devia saber do caso, quando apareceu com aquela chocadeirinha me
chamou. Conversamos. Fiz uma idêntica. Era para 30 ovos.
Como funciona uma chocadeira?
Os ovos são colocados em
bandejas, tem que serem virados três vezes ao do dia, tem que estar com a
temperatura de 38 a 39 graus, umidade controlada de 70 a 80 por cento. Para
chocar um ovo é o mesmo tempo que leva a galinha, 21 dias. Eles nascem
sozinhos, são colocados em uma caixinha com água e ração eles se viram
sozinhos. Naquele tempo meu pai era vivo, ele fazia a caixa, eu fazia a
instalação. Já fiz mais de 200 chocadeiras. Até hoje faço, mais para me
distrair. Já fiz chocadeira para 480 ovos. Já levaram chocadeiras que fabriquei
para o Paraná, Minas Gerais, até em Tocantins.
O senhor aposentou-se quando?
Em 1 de fevereiro de 1978, aos 49
anos. Tinha 35 anos de carteira de trabalho assinada. Meu irmão e eu abrimos
uma oficina, “Retifica de Carcaças Pedrinho”, carcaças são os blocos do motor.
A empresa existe até hoje, meu filho que assumiu. Trabalhei 20 anos junto com
meu irmão. Trabalhávamos para as retificas Consentino, Rezende, São Cristóvão.
Em 2007 eu fiz cirurgias nos joelhos, parei de trabalhar na retífica.
Qual é o segredo de estar com tão
boa disposição como o senhor têm?
Não consigo ficar parado. Tenho
que fazer alguma coisa. Entrei na Conferência Vicentina em 1966, parei no ano
passado. Fiz parte do Conselho da Creche dos Vicentinos, na Rua D.Pedro com a
Rua Visconde de Rio Branco. Fiz parte do grupo que cozinhava nas promoções.
Fazíamos feijoada para 600 marmitex, puchero e de vez em quando jantares.
Quando fazia bingo era galinhada. Eu fiz o cursilho em 1970, em 1978 fui
trabalhar no cursilho. Em dois cursilhos eu trabalhei na sala de aula. Depois
fui para a cozinha. Comecei como ajudante, lavava pratos. Depois passei para
fazer o café, já estava no fogão junto com os cozinheiros. Passei para ajudante
de cozinheiro, em seguida cozinheiro, fui coordenador da cozinha, fazia o
cardápio, calculava quantidades, fazia as compras. Tudo na chácara da diocese
no bairro Nova Suissa. Trabalhei no cursilho por 27 anos. No cursilho tinha o
Hércio Cortozi e o Elpídio Roberti, formamos uma equipe e fomos trabalhar na
Festa das Nações, na barraca italiana. Desde a primeira festa, que foi
realizada no Lar Franciscano de Menores, e lá permaneceu até a décima segunda.
Trabalhei até a décima quarta Festa das Nações. No Engenho trabalhei apenas em
duas festas. Trabalhava para a Creche São Vicente de Paula e para a Creche Ada
Dedini Ometto. Alguns cozinheiros da creche Ada Dedini Ometto assumiram e nós
paramos. Era gostoso, cansativo, mas gostoso.