segunda-feira, fevereiro 25, 2008

E O SAMBA DEU O TROCO ( by Jayme )

... E o samba deu o troco

Acusada de ser uma cópia do jazz, a bossa nova acabou salvando-o da extinção
por ROBERTO MUGGIATI*




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Antônio Nery/ Divulgação









“Santíssima Trindade”: Vinicius de Moraes, Tom Jobim e João Gilberto, no auge do movimento bossa-novístico


Um acentuado sentimento de inferioridade em relação aos Estados Unidos marcava a cultura brasileira em meados do século vinte. Na literatura, ainda éramos colonizados pela Europa, mas, de repente, com o rolo compressor das indústrias fonográfica e cinematográfica, passamos a viver sob a influência direta de sons e sonhos fabricados pelas gravadoras americanas e por Hollywood.

A “política da boa vizinhança” do governo Franklin Roosevelt nos deu uma caricatura do brasileiro por Walt Disney, o papagaio Zé Carioca, e a explosão de Carmen Miranda, a Brazilian Bombshell. Em troca, cedemos aos americanos a base aérea de Natal, o “Trampolim da Vitória”, e nossos pracinhas serviram de bucha de canhão para os Aliados na sangrenta frente italiana. Mas saímos da guerra com uma reserva monetária que daria para antecipar em uma década os “50 anos em 5” de JK. Nosso desenvolvimento perdeu-se na política econômica do governo Dutra, que privilegiou as empresas estrangeiras e facilitou a importação de quinquilharias. O Brasil entrou na Era do Plástico e viveu aqueles anos sob o signo cultural do ioiô.

A incômoda influência americana foi exorcizada através da música. Já em 1940, Carmen Miranda se defendia em “Disseram que Eu Voltei Americanizada” (Luís Peixoto-Vicente Paiva):

“E disseram que eu voltei
americanizada
Que não suporto mais o
breque de um pandeiro
E fico arrepiada ouvindo
uma cuíca
Que já não tenho molho,
ritmo, nem nada...”

Em 1948, numa letra mais bem humorada, “Adeus América” (Haroldo Barbosa, Geraldo Jacques, Janet de Almeida) batia na mesma tecla:

“Eu digo adeus ao
boogie-woogie, ao woogie-boogie
E ao swing também,
Chega de hot, fox-trotes e
pinotes
Que isso não me convém.
Eu vou voltar pra cuíca,
bater na barrica, tocar tamborim,
Chega de lights e all rights e
de fights, good nights,
Isso não dá mais pra mim.
Eu quero um samba feito
só pra mim.”

Quando surgiu a bossa nova, o grande debate foi determinar até que ponto os brasileiros estavam “copiando” a música americana. Para os críticos mais ferrenhos, tudo beirava o plágio. A precursora “Copacabana” lembrava a melodia de “I’ll Remember April”; “Este Seu Olhar” era calcado na frase inicial de “Love Walked In”, do álbum Chet Baker with Strings; uma frase de “A Ballad”, de Gerry Mulligan, fora enxertada no “Desafinado”; o “Samba de Uma Nota Só” nada mais era do que a introdução do “Night and Day” de Cole Porter; o próprio Carlos Lyra, em seu mea culpa famoso, brincava com duas conhecidas canções americanas: “Indian Love Call” (do musical Rose Marie) e “You Were Meant For Me” (do filme Cantando na Chuva).
A protofonia do Guarani
“Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim,” rezava a letra, mas o clima no estúdio era de “brigas sempre mais” que marcava a relação yin/ yang entre João e Tom. Foram várias sessões tumultuadas e a data que entrou para a História foi a do take definitivo de “Chega de Saudade/Bim-bom”, 10 de julho de 1958. Um dos focos da confusão foi a exigência de João de ter quatro homens na percussão: Milton Banana (bateria), Rubens Bassini (bongôs), Juquinha (triângulo) e Guarany (caixeta). Tudo isto para uma música que durava nada além de dois minutos. E usava ainda uma orquestra completa. A inclusão de Guarany Nogueira (1928 - 1980) na gravação seminal da bossa nova revela a grandeza do seu talento. Principalmente se levarmos em conta o fato de que o curitibano, vítima da paralisia infantil, usava aparelho e só tinha movimento numa perna, um handicap terrível para um baterista. Em sua temporada carioca, além de brilhar nos círculos da bossa nova, Guarany freqüentou o circuito clássico e o maestro Eleazar de Carvalho o queria preparar para timpanista da Sinfônica do Rio. Hélcio Milito, do Tamba Trio, disse dele: “É um grande percussionista, talvez um dos melhores do Brasil. Se assim não fosse, João Gilberto não teria exigido sua presença para gravar várias faixas do seu primeiro LP.” A pesquisadora musical Marília Giller, em trabalho de 2007, O Jazz Curitibano dos Anos 1950, cita o pianista Gebran Sabbag, com quem Guarany tocou muitos anos no Ludus Tertius, completado por Norton Morozowicz ao baixo: “O Guarany merece muita consideração. Apesar de não poder dispor do pé esquerdo, ele tocava a melhor bateria de jazz de todos os tempos nesta cidade, e até fora dela, com muito suingue, muito balanço.” (RM)
Na verdade, ninguém copiava nada: o velho samba e o samba-canção começavam a se inserir no irreversível processo de modernidade do pós-guerra. O próprio jazz se cansara da fórmula repetitiva do swing e fazia a revolução do bebop — a improvisação sobre os acordes modificados de conhecidos standards e do blues. Atenta para a novidade, a rapaziada da bossa introduziu no velho samba as blue notes e passou a criar seus temas sobre a grade harmônica de canções conhecidas, tornando-as irreconhecíveis.

O que Jobim fez com o samba, Piazzolla fez com o tango e Michel Legrand fez com a chanson francesa; e outros menos conhecidos fizeram o mesmo mundo afora — lembrando que Brasil e Estados Unidos contavam ainda com o reforço da consangüinidade afro-americana. Os detratores da bossa puxaram do fundo da cartola um último trunfo: a bossa nova fora fabricada num estúdio de Los Angeles em 1953, e lançada no álbum Brazilliance, com o violonista brasileiro Laurindo Almeida e o saxofonista americano Bud Shank. Aquele híbrido, alegavam, era o protótipo da bossa nova. Brazilliance – Laurindo e Shank gravaram um segundo volume em 1958 – era um crossover brasileiro-americano, mas não chegava a ser bossa nova. A diferença principal era de natureza rítmica: e aí é que entra a contribuição notável da bossa, a sua “batida”. Na bateria elástica de Milton Banana, no violão minimalista de João Gilberto, nas notas respingadas do piano de Jobim — aquela era a grande viagem do balanço que nenhum gringo conseguiria jamais copiar.

Começa aí a segunda parte da história e participei dela no melhor estilo Forrest Gump. Inicialmente em Curitiba, meados dos anos 1950, na redação da Gazeta do Povo, ponto de encontro das almas perdidas da cidade, saindo para noite com Raul de Souza — o Raulzinho da banda da Base Aérea do Bacacheri, com seu trombone de pisto, dando canja pelos dancings e boates; adorando o piano de Gebran Sabbag, com seus ecos de Tatum, Cole e Garner; ouvindo o vibrafonista e acordeonista gaúcho Breno Sauer no La Vie en Rose; e um estranho cantor de boleros de Itaiópolis (SC), chamado Airto Guimorvan Moreira. Raul, Breno e Airto em pouco tempo seriam jazzistas famosos nos EUA. Nas minhas incursões cariocas ouvi certa noite num apartamento de Copacabana um garoto de Niterói que era uma fera do piano: Sérgio Mendes em pouco tempo ficaria milionário nos EUA. Nas jam sessions dominicais na boate do Hotel Plaza, ouvia os irmãos Castro Neves. Em São Paulo, na boate do Hotel Comodoro, curtia o bop esperto dos irmãos Peixoto, Moacyr (piano) e Araken (trompete); na Baiúca, ficava colado ao piano de Dick Farney; havia ainda o João Sebastião Bar, sucursal paulista do Beco das Garrafas.

Pouco depois, em Londres, eu vivia a emoção de comprar em primeira mão os álbuns Quiet Nights, de 1962, com Miles Davis e a orquestra de Gil Evans, que incluía “Corcovado” e o velho samba-canção “Aos Pés da Cruz”; e Getz/Gilberto, de 1963 (que fez de “Garota da Ipanema” um hit internacional e de Astrud Gilberto uma nova diva do cool jazz). Eram tantos lançamentos que produzi um programa semanal no Serviço Brasileiro da BBC chamado Jazz-Samba, o nome que os americanos deram à sua apropriação da bossa. Na onda de discos, destacavam-se o do flautista Herbie Mann e o do veterano saxofonista Coleman Hawkins; ambos estiveram no Brasil em 1961, na temporada do American Jazz Festival, um grupo itinerante patrocinado pelo Departamento de Estado dos EUA, que viu no jazz um arma de propaganda anticomunista nos anos da Guerra Fria. Os brasileiros retribuíram com o concerto do Carnegie Hall de Nova Iorque em 1962, que, apesar das intrigas da oposição, ajudou a consolidar a penetração da bossa nos Estados Unidos.

Àquela altura, o jazz vivia uma crise de identidade e de mercado, por conta da explosão do rock e da beatlemania. Na bossa, muitos jazzistas encontraram uma nova linguagem e um novo filão comercial. Muitos daqueles que insistiram no discurso radical do free jazz ficaram sem ouvinte e sem emprego. Moral da história: a bossa nova salvou da extinção o jazz, de que era acusada de ser uma cópia. Caberia até uma paródia da letra de Carlos Lyra: “Pobre do meu jazz/ Volta pro Harlem e pede socorro onde nasceu (...) Vai ter que se virar pra poder se livrar/ Da influência do samba.”

* Curitibano, Roberto Muggiati começou na Gazeta do Povo em 1954, estudou Jornalismo em Paris, trabalhou na BBC de Londres, foi editor das revistas Manchete, Veja e Fatos e Fotos. É autor dos livros Mao e a China (1968) e Improvisando Soluções: o Jazz como Estratégia para o Sucesso (a sair em 2008), entre outros títulos.

domingo, fevereiro 17, 2008

Paredes de vidro

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Se os matadouros tivessem paredes de vidro todos seriam vegetarianos."
(Paul e Linda Mc Cartney) by Ivana Maria

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

"Há dois caminhos na vida : um é limitado e o outro imenso ; um morre onde o outro começa ; o primeiro é o da paciência e o outro da ambição."
A. de Musset

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

MATRÍCULA E RECEPÇÃO DE 390 INGRESSANTES NA ESALQ

MATRÍCULA E RECEPÇÃO DE 390 INGRESSANTES NA ESALQ

A Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) realiza, nos próximos dias 11 e 12, matrícula de 390 novos alunos, aprovados pelo vestibular da Fuvest 2007. Eles preencherão as vagas dos cursos de Engenharia Agronômica (200), Engenharia Florestal (40), Ciências Econômicas (40), Ciências dos Alimentos (40), Ciências Biológicas (30) e Gestão Ambiental (40).
Com o objetivo de promover uma boa interação, uma equipe especialmente preparada receberá pais e filhos no 1º andar do Edifício Central da Escola. Enquanto os filhos efetuam a matrícula na sala do CTA., os pais poderão se dirigir ao Salão Nobre, local onde encontrarão um atendimento personalizado que consta de informações e orientações sobre os serviços disponíveis na Escola, como alternativas de moradia, alimentação, além de atividades acadêmicas, esportivas e culturais.
No domingo anterior ao início das aulas, 24 de fevereiro os alunos serão recebidos pelo diretor, Antonio Roque Dechen, pelo prefeito do Campus, José Otávio Brito, pelo presidente da Comissão de Graduação, Quirino Augusto C. Carmello e pelos coordenadores de cursos, para uma apresentação da Escola e dos cursos existentes.

O TEMPO PASSA O TEMPO VOA E DONA LAURA CONTINUA NUMA BOA...

by F.Buelo



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quinta-feira, fevereiro 07, 2008

"(...) Cinco vezes
abriu a bolsa, e numerou a prata !
fez diversas porções, que num momento
tornou a confundir; não d'outra sorte.
o menino impaciente e cobiçoso,
quando alcança o que há muito lhe negavam,
repara, volta, move, ajunta, espalha,
e nesse giro o seu prazer sustenta. "
Silva Alvarenga
, in "O Desertor"

CARRO FORTE


terça-feira, fevereiro 05, 2008

S.FERRAZ ENTROU PARA A HISTÓRIA DE PIRACICABA

Foto by J.U.Nassif
Homenagem dos valorosos bombeiros á S.Ferraz
Faleceu no dia 01 de fevereiro o jornalista Sebastião Ferraz, que assinava S.Ferraz. Inovador, sempre buscou investir em tecnologia voltada ao benefício do homem. Nasceu em Araras a 7 de outubro de 1916, veio para Piracicaba na década de 50. Inovou o parque gráfico de “O Diário”. Homem de espírito inovador atuou em campanhas para modernizar a cidade. Uma das suas lutas mais aguerridas foi para trazer á Piracicaba o Corpo de Bombeiros, inexistente na cidade até então. Ferraz com seu inseparável cachimbo, tinha um porte britânico. Até atuou como ator em peça teatral! Possuía humor refinado, espírito arguto, foi um homem á frente do seu tempo. Se muitos o esqueceram, com certeza a Corporação dos Bombeiros de Piracicaba, soube reconhecer o seu valor. Por ordem do seu comandante fez a sua última homenagem no momento do sepultamento. Pode-se dizer que a velha e conhecida frase “Deixou a vida para entrar na história” é mais do que válida para S.Ferraz.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

REI MOMO "SARADO"

Após provocar a ira dos gordinhos e de ter o título de Rei Momo de Salvador/BA cassado pela Justiça, o comerciante Clarindo Silva, 65, de 1,70 m e 58 kg, deve voltar a reinar no Carnaval deste ano.
A escolha de Silva foi contestada por quatro candidatos de mais de 120 kg que haviam feito um regime de engorda. Para o Ministério Público, a eleição do comerciante quebrou "uma tradição secular".
O advogado da Federação das Entidades Carnavalescas da Bahia, Alano Frank, diz : "Essa história de que Rei Momo tem de ser gordo está no inconsciente coletivo. No Rio, por exemplo, esta tradição foi quebrada há seis anos."
Segundo ele, Silva vai trazer "notoriedade" ao Carnaval de Salvador. "Ele é muito conhecido porque representa o negro, o compositor, o sambista, o Pelourinho. As pessoas vão querer vê-lo como Rei Momo."

SANTA CEIA

Nosso presidente mais uma vez lançou mão de uma metáfora pra lá de exagerada ao comparar reunião ministerial com a Santa Ceia. O verdadeiro protagonista dessa história, ameaçador ou pouco compreendido, acabou do jeito que todo mundo já sabe. Martelos e pregos existem em abundância. Além de ter sentado-se á mesa o apóstolo Judas Iscariotes que o traiu por 30 moedas de prata. Segundo alguns estudiosos este seria não um traidor, e sim o apóstolo privilegiado que teria a missão de entregar o Mestre a fim de libertá-lo do corpo que o revestia e liberar a divindade que o habitava. (É melhor trocar a metáfora!!!)

domingo, janeiro 27, 2008

GUSTAVO JACQUES DIAS ALVIM

PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS
Rádio Educadora de Piracicaba AM 1060 Khertz A Tribuna Piracicabana
Sábado das 10 ás 11 Horas da Manhã Publicada ás Terças-Feiras

JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com

Entrevistado: Gustavo Jacques Dias Alvim




A primeira impressão que algumas pessoas têm ao conhecer o Dr. Gustavo Jacques Dias Alvim é de ser uma pessoa rígida, reservada, de poucas falas. Após algum tempo, descobre-se tratar-se de um daqueles seres humanos com raras qualidades, dos que nascem em pequeno número a cada século. A sua humildade, sua fé inabalável aos seus princípios religiosos, complementados pelo conhecimento acadêmico e experiência de vida, faz com que o piracicabano nascido em Vera Cruz, seja sempre muito respeitado, e estimado pelos que o conhecem. Graduado em Sociologia e Política, Direito, Administração e Jornalismo, além de Mestrado em Educação, Doutorado em Comunicação e Semiótica e Especialização em Administração Universitária. Advogado, jornalista, esportista, escritor. Ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba. Em maio de 1972, Gustavo Jacques Dias Alvim, assumiu a presidência do XV de Novembro de Piracicaba. Recebeu o título de Cidadão Piracicabano.Vice-presidente do Panathlon Clube de Piracicaba, Vice-diretor Geral do IEP de 1991 a 2006, Vice-reitor administrativo da Unimep de 1991 a 2002 Foi reitor da Universidade Metodista de Piracicaba de 2003 a 2006. É também membro da Academia Piracicabana de Letras, do Instituto Histórico Geográfico de Piracicaba e do Clube dos Escritores de Piracicaba.
Ao ouvir Dr. Gustavo cumprimentando o ouvinte foi impossível deixar de perguntar se ele tinha sido radialista.
Em um pequeno período da minha vida fiz comentários esportivos em jogos do XV de Novembro na Rádio Difusora de Piracicaba.
A sua aparência física é divergente da sua idade cronológica, o senhor não aparenta a idade que possui. Ao que o senhor atribui sua boa condição física?
Eu nasci em 27 de setembro de 1936, em uma querida e pequena cidade na Alta Paulista, próxima a Marília, chamada Vera Cruz. Meu pai Candido de Faria Alvim era médico e minha mãe Nair Dias Alvim foi professora. Acho muito difícil estabelecer uma fórmula única para que se tenha uma condição de vida saudável. Cada um tem a sua. A pessoa que tem uma vida regrada consegue controlar seu stress nas horas difíceis, mantém uma atividade física regular, e também entra como fator a questão genética que acaba influindo. É importante ter uma tranqüilidade de espírito.
Recentemente o senhor participou de um torneio de basquete?
Existe há mais de vinte anos no país um campeonato de veteranos! Reúne um grande número de equipes, nesta última tinha 89 equipes, mais de 800 atletas, que são divididos em faixas etárias: a partir de 35 a 40 anos, até os chamados “mais de setenta” que é a ultima categoria. Piracicaba tem uma forte tradição de basquete, existe um grupo que até hoje pratica o esporte apesar da idade. Tenho comparecido a esses torneios, em 2006 estivemos em Natal, jogando pelo Estado de São Paulo, na oportunidade voltamos campões! No ano passado o campeonato foi realizado em Caxias do Sul, dessa vez fomos classificados como terceiro colocado. Não conseguimos voltar com o bi-campeonato!
Seus estudos básicos foram feitos em Vera Cruz?
Foram realizados no Grupo Escolar Castro Alves. A minha primeira professora foi a minha mãe! A relação era de professora e aluno na sala de aula. E não de mãe e filho. Eu vim para Piracicaba para fazer o ginásio, Vera Cruz era uma cidade pequena, para prosseguir nos estudos ou viajava de trem para Marília, uma viagem que oferecia algum risco, de acordo com o pensamento dos pais. Colocaram-me no Colégio Piracicabano como aluno interno. Morei no internato que ficava no único prédio que restou de toda aquela área que pertencia ao Colégio Piracicabano. É um prédio que foi reformado recentemente e fica exatamente aonde termina Rua D.Pedro II, na Rua do Rosário. Ali naquele prédio ficavam os meninos mais novos. Na época eu tinha 11 anos de idade. Aquela área toda tinha sido um clube, era uma praça de esportes, tinha piscina, quadra de basquete, campo de futebol, havia locais para a prática de vários esportes. Eu sempre gostei de esporte, desde criança, portanto achei o local muito interessante. Permaneci morando no internato por um período de um semestre. Em julho de 1948 os meus pais realizaram a sua mudança para Piracicaba. Consolidou-se a realização de um sonho antigo da minha mãe, porque a família da minha mãe, meus avós maternos residiam em Piracicaba. Eu continuei estudando no Colégio Piracicabano, só que na condição de aluno externo. Ao final desse período, acabei transferindo-me para o “Sud Mennucci” aonde completei o ginásio e o curso científico. Eu precisava fazer uma faculdade. Na época Piracicaba oferecia como opção o curso de agronomia, uma carreira fora do meu interesse. Assim fui para São Paulo.
Em São Paulo o senhor foi morar aonde?
A denominação “república de estudantes” era muito comum em Piracicaba. Em São Paulo a denominação era pensão! Era muito parecida com uma república porque morávamos sem que o proprietário residisse no local. Fui buscar um local próximo onde estava estudando: a Escola de Sociologia e Política de São Paulo era uma fundação complementar á USP, criada na década de 30. Existe até hoje a Fespsp (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo) é uma escola de renome. Ela nasceu quando uma liderança paulista pensava em preparar pessoas com capacidade para administrar o país. Tive aulas com professores de renome. Destaco a oportunidade inesquecível de ter sido examinado por professores como Sérgio Buarque de Holanda e tantos outros expoentes da intelectualidade brasileira. Residi sempre na região. Em um período de tempo morei na Rua Nestor Pestana quando a Associação Cristã de Moços inaugurou o prédio e alugou apartamentos. Fui um dos primeiros a mudar para lá, eu tinha um interesse muito grande em esportes. Curiosamente, enquanto morei lá por alguns meses, nunca pratiquei esporte! Pouco depois comecei o curso de direito no Mackenzie. Nessa época eu era funcionário do Banco do Brasil na Lapa, em São Paulo.
Na agência da Lapa o senhor teve uma grande idéia?
Naquela época a indústria automobilística brasileira estava se desenvolvendo. O sonho de todo mundo era ter carro. Mas era difícil. Ninguém tinha dinheiro para comprar um carro a vista. Não havia as facilidades que existem hoje. Fui uma das pessoas que participou da criação dessa idéia e acabei sendo o primeiro gerente desse grupo formado, a primeira pessoa que liderou esse processo. Na hora do nosso intervalo de trabalho estávamos sempre discutindo idéias. Como será que a gente consegue comprar um carro? O que nos inspirou foi o sistema de cooperativas habitacionais que existiam em Rio Claro e em Santos. A partir daquilo é que começamos a trabalhar a idéia do consórcio. Em um determinado dia anunciamos a possibilidade de iniciarmos o consórcio. Quando anunciamos, um grande grupo se entusiasmou com a idéia, mas na hora efetiva, apenas 21 assinaram. Com isso não havia sorteio todo mês! Chamava-se Cooperativa Lapa. Quando começaram a aparecer os primeiros carros o pessoal se entusiasmou com a idéia e passou a querer formar novos grupos. Formamos outros grupos. Juntamo-nos com os funcionários da agência do Bairro Luz e formamos o Laluz. Na época havia fila para adquirir um carro popular. O primeiro grupo foi de Volkswagen. O segundo grupo foi de Gordini.
O senhor transferiu-se para Piracicaba como funcionário do Banco do Brasil?
Vim transferido para a agência do Banco do Brasil em Piracicaba. Eu tinha o objetivo de advogar. Não pensava em continuar trabalhando no banco. Em Piracicaba, já formado como advogado eu fiz uma espécie de estágio com o Dr. João Ribas Fleury, a quem devo uma gratidão muito grande, foi ele quem me deu uma mão nesse momento. Nessa época eu tinha uns 27 anos de idade, casei-me com Vera Baggio Dias Alvim. Na época o escritório do Dr. Fleury era um escritório muito conceituado. E ali as portas foram se abrindo para mim. O escritório trabalhava com o Grupo Dedini, e lá eu passei a me envolver também com questões administrativas, resolvi voltar á escola e fazer a graduação em administração.
O senhor a essa altura dos fatos ainda estava no Banco do Brasil?
Aqui em Piracicaba eu trabalhei por um curto período de tempo. Eu tinha um sonho e a determinação de chegar lá. Eu queria advogar! Ninguém concordava comigo. O pessoal achava que eu estava delirando, mas era isso que eu queria. Minha esposa me deu apoio, eu acreditei que ia dar certo. Nessa altura surge algo que me ajudou muito. A organização do primeiro curso superior em Piracicaba do que vem a ser hoje a Unimep. Fui convidado para lecionar sociologia. Quase concomitantemente passei a ser diretor da faculdade! Tive o privilégio de ser o primeiro diretor da primeira faculdade criada em Piracicaba pelo Instituto Educacional Piracicabano. Era um curso á noite, era uma atividade paralela, isso ao mesmo tempo em que me ajudava, também exigia um esforço muito grande. Trabalhava de manhã, á tarde, á noite, tinha que preparar as aulas, corrigir as provas.
O senhor permaneceu trabalhando como advogado por quanto tempo?
Na Dedini trabalhei por 17 anos, quando saí da Dedini montei escritório de advocacia. Depois disso fui trabalhar na Romi. Voltei depois a trabalhar mais 16 anos na universidade.
Como o senhor se envolveu com futebol?
Eu sempre gostei muito de esporte. E futebol é o esporte do brasileiro. Embora futebol eu jogue muito pouco, joguei mais vôlei e basquete. O cidadão tem que dar alguma coisa para as instituições da sua cidade, é necessário doar-se. Deve escolher a área que se julgue capaz, que se identifique mais, enfim tem que fazer uma escolha. Quando voltei á Piracicaba, fui parar no conselho do XV, na direção do conselho, e em uma crise muito forte que o XV teve, acabou deixando o time sem presidente. Ninguém queria ser presidente! Achei que deveria assumir a presidência do time, tendo como vice-presidente o professor Rubens Braga. A situação era calamitosa. Até os cabides do time estavam penhorados!
Mito, lenda, ou verdade, tinha um pessoal do time que gostava de assar papel?
(risos) Quando assumi a presidência, passado um pouco tempo, um dia um apareceu um rapaz no XV querendo falar comigo. Eu atendi. Ele me disse: “Vim aqui para perguntar se o senhor vai continuar usando o forno da padaria?” Eu perguntei: “O que o XV faz no forno da padaria?” Ele respondeu: “É que o pessoal costuma levar de tempo em tempo uns papéis para serem queimados no forno!”. Respondi que não teria necessidade. Na minha gestão os documentos foram preservados.
O senhor é uma pessoa de espírito irrequieto, deixando o cargo de Magnífico Reitor da Unimep, está se lançando em uma nova empreitada?
Depois de já maduro, fiz o bacharelado de jornalismo por prazer. Estabeleci uma empresa com impressão digital e uma editora. A grande novidade é que essa empresa tem a possibilidade de fazer pequenas edições. Uma pessoa que queira publicar um livro pode determinar a quantidade que desejar, nem que seja apenas um exemplar! A vantagem principal é que o escritor não imobiliza capital. A impressão digital é muito veloz, a máquina colorida faz 55 impressões por minuto, e a preto e branco, 110 impressões por minuto. É muito ágil.

sábado, janeiro 19, 2008

CERTIDÕES/INTERNET

CERTIDÕES/INTERNET Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, ou outras, com firmas reconhecidas, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila. O cartório eletrônico, já está no ar! Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbito, de imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela Internet. Para pagar, é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex. O endereço é: http://www.cartorio24horas.com.br

sexta-feira, janeiro 11, 2008

RANDALL JULIANO

F. Skilnik has left a new comment on your post "RANDALL JULIANO ": É a primeira vez que escrevo para um blog... decidi também deixar registrada a minha homenagem ao Sr. Randall Juliano. Entrei no Google e digitei "Quem sabe, sabe" no desejo (sem sucesso) de encontrar algum site saudosista sobre este programa, que foi (creio) um dos poucos entreterimentos televisivos realmente inteligentes da história da TV brasileira. (E imaginar quantas daquelas perguntas poderiam ser hoje respondidas pelos fãs do Big Brother é de deixar qualquer um revoltado...) Experimentei então "Randall Juliano" e cheguei aqui. Lamento pelo falecimento, lamento pelas informações tristes dadas pelo Sr. Nassif e sou solidário ao sentimento do astro lembrando a célebre frase de outro admirável professor e homem de inteligência incomum:"Only two things are infinite, the universe and human stupidity, and I'm not sure about the former." Albert Einstein (1879 - 1955)

CARO F. SKILNIK:
Agradeço sua visita ao blog.
Tive o privilégio de conviver com o Professor Randall Juliano por um período de tempo. Concordo plenamente com sua observação sobre "Quem sabe, sabe" O rádio foi criado com a função de educar.
Lee De Forest, foi o cientista que inventou o triodo, a válvula sem a qual o rádio não existiria e a televisão também não existiria! É considerado o “pai do rádio e avô da televisão”. Ele viveu de 1873 a 1961. Recebeu uma homenagem muito bonita em que literalmente todas as organizações de rádio, todas as empresas de televisão, resolveram fazer uma homenagem monumental para ele. Nesse dia De Forest disse: “O que vocês fizeram com meu filho? Criei um veículo eletrônico para uma forma superior de ensino e entretenimento, para tornar melhores, mais cultas, mais sensíveis e mais responsáveis as pessoas... E vocês, no entanto, o converteram nisso que aí esta, um instrumento degradante, nauseabundo, de envilecimento humano desde a mais tenra idade!”.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

FLAGRANTE

Foto by J.U.Nassif

OBS.: NINGUÉM SE FERIU NESSE ACIDENTE! DURMA TRANQUILO(A).
"Estamos condenados à civilização. Ou progredimos ou desaparecemos."
Euclides da Cunha (1868-1909),
"Os Sertões"

terça-feira, janeiro 01, 2008

O CORPO DO PRESIDENTE ESTÁ EM PIRACICABA

Fotos by João Umberto Nassif


ERROS ACONTECEM. GERALMENTE A TEMPERATURA DAS REDAÇÕES É ELEVADA.


"Almanaque http://almanaque.folha.uol.com.br/bairros.htm é o site do Banco de Dados da Folha de S.Paulo, empresa do Grupo Folha da Manhã". Ele informa:

" O Cemitério Público da Consolação começou a ser construído em 1854 e foi aberto no dia 3 de julho de 1858, por ocasião de uma epidemia de varíola que afligia a capital.Alguns anos depois, o cemitério se tornou símbolo de ostentação e acompanhou a falência de famílias tradicionais da região que crescia. Prova disso é a riqueza dos túmulos, com esculturas diversas, inclusive com obras de Victor Brecheret.Lá estão enterrados a marquesa de Santos, Domitila de Castro, a mais famosa amante do imperador Dom Pedro 1º, os ex-presidentes Prudente de Morais e Campos Sales, a família Matarazzo, e grandes escritores, como Mário de Andrade e Monteiro Lobato." ("Almanaque da Folha
Almanaque é o site do Banco de Dados da Folha de S.Paulo, empresa do Grupo Folha da Manhã. ... Confira o Especial dos 450 anos de São Paulo do Almanaque ...almanaque.folha.uol.com.br/").


A REALIDADE:
Prudente José de Morais Barros nasceu no dia 4 de outubro de 1841 em Itu (São Paulo) e era filho de um negociante de animais. Com dois anos de idade, perdeu o pai, que foi assassinado por um escravo. Ainda na infância, mudou-se com a família para a cidade de Constituição, atual Piracicaba, no interior de São Paulo. Em 1863 formou-se em direito na capital paulista, e voltou em seguida para Piracicaba, onde começou a carreira política. Foi eleito vereador em 1865 e presidiu a Câmara Municipal. Em 1868, foi eleito deputado provincial pelo Partido Liberal. Aderiu ao PRP (Partido Republicano Paulista) em 1876. Foi três vezes deputado da agremiação na Assembléia Provincial e uma vez na Assembléia-Geral do Império (1885-1886). Votou a favor da libertação dos escravos com mais de 65 anos. Retornou a Piracicaba, onde faleceu no dia 3 de dezembro de 1902.
Prudente de Moraes - terceiro presidente do Brasil e primeiro civil a assumir o poder, em 1894. O corpo está enterrado no Cemitério da Saudade em Piracicaba. Fotografei o mausoléu em granito marrom, ocupando uma área respeitável, e com a herma(busto) do presidente coroando o monumento. Profissionais que cuidam do tumulo, revelaram que o processo de conservação do corpo foi muito bem feito, e perdura até hoje.

segunda-feira, dezembro 31, 2007

- O casamento é o preço que os homens pagam pelo sexo;
O sexo é o preço que as mulheres pagam pelo casamento.
(Anônimo)
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- Não confio em produto local. Sempre que viajo,
Levo meu uísque e minha mulher.
(Fernando Sabino)
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- É graças a Deus que o Brasil tem saído de situações difíceis.
Mas, graças ao diabo, é que se mete em outras.
(Mário Quintana)
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- Só acredito naquilo que posso tocar.
Não acredito, por exemplo, em Luiza Brunet.
(Luis Fernando Veríssimo)
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- Política tem esta desvantagem:
De vez em quando o sujeito vai preso em nome da liberdade.
(Stanislaw Ponte Preta)
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- Muitas mulheres consideram os homens perfeitamente
dispensáveis no mundo, a não ser naquelas
profissões reconhecidamente masculinas,
Como as de costureiro, cozinheiro, cabeleireiro,
Decorador de interiores e estivador.
(Luís Fernando Veríssimo)
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- Ninguém faz tudo bonito sempre. Até Deus.
Ele fez o cavalo e também o rinoceronte
(Vinicius de Moraes)
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- O primeiro economista do mundo
Foi Cristóvão Colombo:
Quando saiu, não sabia para onde ia;
Quando chegou, não sabia onde estava.
E tudo por conta do governo.
(Ronaldo Costa Couto)
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- Democracia neste país é relativa,
Mas corrupção é absoluta.
(Paulo Brossard)
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- A corrupção não é uma invenção brasileira,
Mas a impunidade é uma coisa muito nossa.
(Jô Soares)
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- Nunca se ache demais, pois tudo o que é demais sobra,
Tudo o que sobra é resto e
Tudo o que é resto vai para o lixo.
(Anônimo)
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- Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo:
Nem ele me persegue, nem eu fujo dele.
Um dia a gente se encontra.
(Mário Lago)
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- Fuja das tentações, mas devagar,
Para que elas possam te alcançar...
(Anônimo)

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- O homem é um ser tão dependente
Que até pra ser corno precisa da ajuda da mulher.
(Anônimo)
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- O isopor é meu pastor e a
Cerveja não faltará.
(Anônimo)
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- Existem três tipos de mulher: as bonitas,
As inteligentes e a maioria.
(Anônimo)
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- Época triste a nossa... Mais fácil quebrar
Um átomo do que o preconceito!
(A. Einstein)
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- Uma mentira pode dar a volta ao mundo..
Enquanto a verdade ainda calça seus sapatos.
(Mark Twain)
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- A família é como a varíola: a gente tem quando
criança e fica marcado para o resto da vida.
(Jean Paul Sartre)
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- Nunca se explique. Seus amigos não precisam,
E seus inimigos não vão acreditar.
(Anônimo
)
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- Se meus inimigos pararem de dizer mentiras a meu respeito,
Eu paro de dizer verdades a respeito deles.
(A. Stevenson)
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- Não se ache horrível pela manhã:
Acorde ao meio dia!!!
(Anônimo)
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- Em dia de tempestades e trovoadas o local mais seguro
é perto da sogra, pois não há raio que a parta.
(Anônimo)
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- Se um dia, a pessoa que você ama lhe trair,
E você pensar em se jogar de um prédio, lembre-se:
Você tem chifres, não asas...
(Anônimo)
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- A mulher deve sempre sonhar com um homem fiel e obediente...
Só não deve querer transformar o sonho em realidade.
(Anônimo)
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- Não gosto de enterros. Se eu for no meu,
Vou a contra gosto.
(Frangonildo Barbosa)
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- Errar é humano, persistir no erro é americano,
Acertar no alvo é muçulmano.
(Autor anônimo)
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- Crianças nós somos, a vida toda.
O que muda são os preços dos brinquedos.
(Autor Anônimo)

- Roubar idéias de uma pessoa é plágio.
Roubar de várias, é pesquisa.
(Autor Anônimo)
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- Por maior que seja o buraco em que você se encontra,
Sorria, porque, por enquanto, ainda não há terra em cima.
(Autor desconhecido)
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- Só o Ctrl+S salva!
(Autor Anônimo)
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- Aquele que, ao longo de todo o dia: é ativo como uma abelha,
Forte como um touro,
Trabalha que nem um cavalo,
E que ao fim da tarde se sente cansado que nem um cão...
Deveria consultar um veterinário.
É bem provável que seja um grande burro.
(Autor Anônimo)

segunda-feira, dezembro 17, 2007

PÉROLAS DA MÍDIA

A apresentadora entrevistando uma psicóloga sobre leitura de livros e perguntou:" (...) mas isso não se torna um BICHO DE SETE PAPÃO (...) ?"

"Biblioteca terá livro gravado em fita K-7 para surdos"(Será que os surdos conseguem ouvir fitas K-7?)

"A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano." (Viva a ressurreição!)

"Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem intensamente."

"Os sete artistas compõem um trio de talento."

"A vítima foi estrangulada a golpes de facão."

"No corredor do hospital psiquiátrico, os doentes corriam como loucos."

"Ela contraiu a doença na época em que ainda estava viva."

"O presidente de honra é um jovem septuagenário de 81 anos."

"O cadáver foi encontrado morto dentro do carro."

sábado, dezembro 08, 2007

O MOTORISTA QUE VIROU JUIZ

A história do motorista que virou juiz
Ele veio passear, estudou e hoje é o orgulho da família


Reinaldo Moura de Souza não veio de família abastada, nunca estudou em universidade ou colégio caro nem se matriculou naqueles famosos cursinhos preparatórios para concurso na carreira jurídica.
Ex-motorista do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo – cargo que ocupou por seis anos e meio –, ele trilhou um caminho incomum até o cargo de juiz de Direito da maior e mais importante corte estadual do País. “É exemplo de alguém que venceu na vida”, resume o desembargador Ruy Pereira Camilo.
Natural de Boquim (SE), a 80 quilômetros de Aracaju, Souza tinha 22 anos quando veio pela primeira vez a São Paulo. “Meu tio foi nos visitar como fazia todo ano e pediu autorização a meu pai para eu voltar dirigindo”, lembra o agora juiz substituto de Ribeirão Preto, no interior. A viagem deveria durar poucos dias. Mas, por sugestão de um compadre do tio, ele resolveu ficar por mais uma semana e prestar concurso para motorista do tribunal.
Até então, Souza, que hoje tem 33 anos, nunca cogitara entrar para a magistratura. Caçula entre os três homens de uma família de seis irmãos, pretendia formar-se em agronomia para ajudar o pai, um pequeno produtor de laranjas.
Chegou a prestar vestibular na Universidade Federal de Sergipe, mas não foi aprovado. Por um ano, trabalhou na lavoura e estudou nos horários de folga. Foi justamente nessa época que surgiu o passeio a São Paulo.
Já que havia decidido ficar na metrópole, ele achou por bem conseguir emprego fixo. “Já namorava há quatro anos e pensava em me casar, construir família.” No mesmo dia em que prestou concurso para motorista do TJ, fez prova para a Companhia de Engenharia de Tráfego e para investigador da Polícia Civil.
Aprovado pelo tribunal, voltou dias depois à cidade natal e pediu em noivado a garota que conhecera na 5ª série. A convivência com juízes e o dia-a-dia dos tribunais o encantaram.
Seis meses depois de entrar no TJ, estava decidido a estudar direito. Para conseguir sustentar a casa e pagar a mensalidade, teve de pedir bolsa à faculdade. Mas esse não era o únicoempecilho. Um dos pré-requisitos do concurso era ter experiência de três anos em atividades jurídicas.
A solução foi prestar novo concurso, para oficial de Justiça. “Como motorista eu tinha muito tempo ocioso. Enquanto esperava um magistrado, aproveitava para estudar.”
Num só dia, conta, passava até quatro horas lendo. Só no último semestre da faculdade, foi convocado a assumir o posto de oficial de Justiça. No fim daquele ano, prestou concurso como treineiro. “Consegui boa pontuação, mas não o suficiente para chegar à segunda fase.” No ano seguinte, sem dinheiro, tirou cópia do exame e fez o simulado em casa. “Percebi que estava no caminho certo porque a nota já era suficiente para ser aprovado.” Em dezembro do ano passado, após acumular a experiência exigida, prestou o primeiro concurso “para valer”.
Foram quatro fases eliminatórias, incluindo provas escrita e oral, além de entrevistas com desembargadores e exame psicológico. Souza obteve a 36ª posição, entre 86. “O que mais me chamou atenção nesse rapaz foi o português impecável”, lembra o desembargador Camilo, que presidiu o 179º concurso para juiz do TJ.
A posse de Souza ocorreu em agosto, diante dos pais e de alguns irmãos, que vieram de Boquim especialmente para assistir à cerimônia. Agora, ele quer mais é trabalhar. Afinal, ainda restam 24 prestações da faculdade. Mas está satisfeito. “Realizei meu sonho”, resume.
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Frases

"Muitas vezes a humildade de um regato vale todas as glórias de um oceano."
Luiz Edmundo da Costa


Jamais dois homens julgaram igualmente a mesma coisa; é impossível verem-se duas opiniões exatamente iguais, não somente em homens diferentes mas no mesmo homem em horas diferentes."
Michael Montaigne


"As traduções parecem-se com as mulheres : se são fiéis não são belas e se são belas não são fiéis."
Karl Bertrand,
escritor alemão

segunda-feira, novembro 19, 2007


BANCO QUILOMBOLA

Banco quilombola


O primeiro banco exclusivamente quilombola do País começa a operar amanhã em Alcântara/MA. Ele funcionará a partir de parcerias com instituições que organizam as comunidades quilombolas locais. Sua moeda corrente será o guará, com o mesmo valor do real e usada apenas naquela comunidade.

sábado, outubro 20, 2007

Em se plantando, tudo dá

Foto by João Umberto Nassif
Em se plantando, tudo dá > Frase atribuída a Pero Vaz de Caminha (1450-1500), em sua famosa Carta, comentando as excelências da nova terra recém-descoberta. O minucioso escrivão tinha, porém, um estilo menos sintético e emitiu o mesmo juízo em outras palavras: Querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo.

terça-feira, outubro 02, 2007

"As decisões atrevidas e ousadas parecem, à primeira vista, felizes, mas tornam-se de difícil execução quando postas em prática, e geralmente acabam mal."
Tito Lívio (59 a. C.)

sexta-feira, setembro 21, 2007

O mês de setembro é um mês muito importante para a história dos gaúchos. É tempo de ver os tradicionalistas, as escolas ensinando e entoando o hino do Rio Grande do Sul, que por sinal, é lindo, e nos faz estufar o peito cada vez que cantamos. 20 de setembro, é o dia mais importante do mês, pois é o Dia do Gaúcho.
"L'art du politique est de faire en sorte qu'il soit de l'intérêt de chacun d'être vertueux."
(A arte do político consiste em fazer com que cada um tenha interesse em ser virtuoso.)
Helvétius (1715-1771)

sábado, setembro 15, 2007

Trabalhei os cinco anos da São Francisco com o Professor Theotonio Negrão e Paulo Fernando Lopes Franco. Formado fui trabalhar com os professores José Frederico Marques, Manuel Alceu Affonso Ferreira, Helena Frascino de Mingo e Priscila M. P. Correia da Fonseca. Ao todo, somei oito anos de experiência advocatícia privilegiada. Quis ser juiz porque queria ser juiz, mas mantendo presente o presente de Theotonio Negrão: Os dez Mandamentos do Advogado, de Eduardo Couture, assim como guardo na memória o presente de José Frederico Marques: abra o Código e decida. Quarenta anos se passaram e eu que não sabia nada do tempo. Sinto-me mais ou menos, muito menos do que mais, como o poeta que à janela contempla a Tabacaria. Vejo juiz agindo como advogado e advogado agindo como juiz; promotor público (era assim que se chamava) agindo como juiz e juiz agindo como promotor público e promotor público agindo como advogado e advogado agindo como promotor público. Mas o pior, o mais nefasto e decadente estou vendo: todos os três agindo e sendo políticos. E aí fecho a janela para ficar cismando sobre o que escreveu Fernando Pessoa: 'A decadência é a perda total da inconsciência'."
Augusto Francisco Mota Ferraz de Arruda - desembargador do Tribunal de Justiça de S. Paulo
"Os interesses particulares fazem com que facilmente se esqueçam os que são públicos."
Montesquieu (1689-1755)

sexta-feira, setembro 14, 2007

Itaú
O gigante relógio luminoso instalado no início dos anos de 1960 no alto do Conjunto Nacional, quase no fim da avenida Paulista, vai sobreviver à lei Cidade Limpa, mas não intacto. A Comissão de Proteção à Paisagem Urbana decidiu, ontem, que a logomarca do Banco Itaú, instalada em 1975, terá que sair. O argumento de que o equipamento, depois de tombado em 2005, passou a ser um bem de valor cultural não foi aceito. O relógio, estrategicamente colocado sobre o espigão da Paulista, pode ser visto de muitos lugares da capital.

quinta-feira, setembro 13, 2007

"Eu peço a luz e os nobres senadores querem as trevas ; eu peço a justiça e os nobres senadores querem a dúvida; eu peço a verificação da verdade e os nobres senadores querem a confusão."
Rui Barbosa

quarta-feira, setembro 12, 2007

EDUCAÇÃO

Conferência na Esalq, 10.9.2007 Samuel Pfromm Netto
Psicólogo e pedagogo. Professor aposentado do
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo

Aprendi nos anos 40, na Sud Mennucci, com José Rodrigues de Arruda, Jethro Vaz de Toledo, Antônio Martins Belmudes de Toledo e Laudelina Cotrim de Castro, que educar significa ensinar e aprender. Que educação é a passagem da herança cultural de uma sociedade à sua geração jovem pela geração adulta. Desde então, o mundo deu muitas voltas, mas esse significado essencial da educação não mudou. Educar, educação: reverberam na minha alma, hoje e sempre, os versos singelos do Adeus, escola que Honorato Faustino compôs e Benedito Dutra Teixeira nos ensinou a cantar: versos que falam da velha escola “onde aprendemos sábias lições e ensinamentos. Onde solícitos colhemos a flor de puros sentimentos”... Mas é evidente que quem nos educa não são apenas os professores incumbidos da nossa educação formal. São, primeiro, os nossos pais. Os nossos familiares. Os vizinhos, parentes e amigos. São os companheiros de folguedos na infância. É a mídia sob a forma de livros, jornais e revistas, rádio e televisão, e agora a Internet. Crescemos respirando educação nesta nossa espaçonave chamada mundo, e respirando o ar puro (ou viciado) do que todos esses agentes nos ensinam, formal ou informalmente, de modo intencional, deliberado, ou sem que nos apercebamos que estamos aprendendo e que os outros estão ensinando. Geralmente associamos à palavra educação um sentindo positivo de aprendizagem do que é bom, belo e verdadeiro, que nos ajude a compreender os demais, o mundo, a ciência e as técnicas, as artes, a prática da profissão e os valores morais e espirituais. Tendemos a esquecer que, infelizmente, o roubo, o crime, o ódio, o cinismo, o desrespeito, a velhacaria, o despudor, a desfaçatez, o opróbrio são igualmente passíveis de aprendizagem e ensino, intencionais ou não. Ao longo da minha vida de pesquisador em psicologia e educação, de mais de meio século das minhas pesquisas científicas nesses domínios –, tenho continuamente repetido as palavras amargas de Lee De Forest, o inventor do triodo que resultou no rádio e na televisão, em uma homenande aprendemos sTeixeira nos ensinou a cantar: versos que falam da velha escola " ensinar e aprender. gem que lhe prestaram nos anos cinqüenta, quase ao fim da sua vida: “O que vocês fizeram com meu filho? Criei um veículo eletrônico para uma forma superior de ensino e entretenimento, para tornar melhores, mais cultas, mais sensíveis e mais responsáveis as pessoas... E vocês, no entanto, o converteram nisso que aí esta, um instrumento degradante, nauseabundo, de envilecimento humano desde a mais tenra idade!” Mal podia imaginar o inventor e cientista De Forest, “pai do rádio e avô da televisão”, que igualmente desempenhou papel pioneiro na sonorização dos filmes cinematográficos, e que viveu de 1873 a 1961, mal podia ele supor que chegaríamos neste início do novo milênio a essa espécie de dejetos impressos, falados, cantados e mostrados na mídia de agora. Um lixo imenso, que penetra com toda a desfaçatez nos lares e nas mentes e corações das pessoas – notadamente nas mentes e nos corações da faixa mais frágil da espécie humana, a que se compõe de crianças e adolescentes.
Recorro à massuda Penguin Encyclopedia publicada pelos ingleses – são cerca de 1700 páginas na edição que tenho, datada de 2004 –, recorro a ela, em busca de uma boa definição contemporânea de educação. Diz a enciclopédia que “educação é o que ocorre quando seres humanos aprendem algo a partir dos outros, mas às vezes a partir de si próprios. Isto pode se dar durante o dia em prédios especialmente construídos para tal finalidade, com professores qualificados, em consonância com cursos estruturados e aprovados, baseados em livros, equipamentos e atividades; ou, mais informalmente, longe de instituições específicas, nos lares, ruas e locais nos quais as pessoas se reúnem. Não é confinada às matérias escolares tradicionais, como matemática ou história, muito embora estas igualmente constituam uma parte importante dela. Não é oferecida somente por professores remunerados para isso, já que pais e irmãos e irmãs mais velhos podem igualmente desempenhar um papel central nesse sentido. Cada vez mais a educação é encarada como algo que deve desenvolver a pessoa como um todo, e não apenas como um preparo acadêmico estrito. Dessa forma, em ampla variedade de locais, no mundo inteiro, desde edifícios ricamente equipados com os mais recentes equipamentos de laboratório até simples cabanas nas regiões mais pobres, crianças e adultos estão aprendendo as habilidades básicas de leitura, escrita e aritmética, estão desenvolvendo qualidades valiosas para a vida adulta no lar ou no trabalho, e em muitos casos submetendo-se a programas de retreinamento por causa das transformações ocorridas no trabalho para o qual foram originalmente preparadas”. A descomunal amplitude de tudo quanto se acha compreendido neste vocábulo de oito letras originário do latim condena, de partida, ao malogro qualquer tentativa de abranger em menos de uma hora tamanha riqueza de significados. Educação formal ou informal? Educação entendida como tarefa de que se incumbem os pais e notadamente as mães das crianças, ou entendida como ensino e aprendizagem nas escolas? Em classes de educação infantil ou no ensino fundamental, no ensino médio, ou no ensino superior? Em cursos formativos gerais ou em cursos especializados, ligados a diferentes áreas de atuação profissional? Se nos limitarmos apenas à educação de nível superior, trata-se de graduação ou se trata de cursos pós-graduados? Mestrado, doutorado ou pós-doutorado? E em que área? Agronomia, direito, medicina, teologia, música, astronomia, ciência da computação? Estás e tantas outras – são muitas e muitas dezenas de domínios do conhecimento e da prática profissional que se escondem por trás do rótulo do ensino superior, cada um deles com as suas singularidades, seus distintos enfoques metodológicos e conceituais, suas exigências específicas. Mais e mais estou desconfiado de que, nesse genérico e pomposo ensino superior, o que temos é uma verdadeira arca de Noé, e que já é tempo de levar muito mais a sério o que singulariza cada um desses domínios, o que os faz diferentes um do outro, opondo-nos, assim, a uma uniformização que encara a formação de médicos, advogados, agrônomos, músicos, teólogos, técnicos esportivos etc. enquadrando-os a todos no mesmo figurino, nas mesmas normas, no mesmo formato de preparo em nível superior. Não é isso o que ocorre nos países onde o ensino superior se acha mais avançado. Estes não são obviamente o lugar nem o momento adequados para trabalhar a problemática de uma educação superior básica ou geral e a sua articulação com cursos específicos em cada uma das múltiplas áreas de cultura e atuação profissional diferenciadas. Passemos, pois, a outros planetas desta galáxia que é a educação. Por exemplo, o da formação de professores para o ensino elementar, que se fazia em escolas normais com seus cursos básicos e de especialização até 1970, e que de um momento para outro foram extintos – as normais e seus cursos –, incumbindo-se, desde então, as universidades e faculdades dessa formação. Com resultados, nesses quase quarenta anos, que considero verdadeiramente catastróficos. Para reparar o mal feito, foram criados a trouxe-mouxe os cursos normais superiores. Há três anos atrás, existiam 1373 cursos superiores de pedagogia e 765 cursos normais superiores no país, mas uns e outros não parecem dar conta do recado, se considerarmos os recentes indicadores de que qualitativamente não vai nada bem o ensino elementar no Brasil. Além disso, desabaram sobre o nosso ensino esses incríveis parâmetros curriculares concebidos por certos luminares caboclos ou importados, que não têm a mínima idéia do que é uma sala de aula do ensino elementar ou médio, do que é ensinar de fato e aprender de fato. A calamidade é tamanha que, quando surgiram, apelidei-os de “burrâmetros curriculares nacionais”... E o preparo dos professores para o nosso ensino médio? Os indicadores aqui também são alarmantes. No nº. 1224 da revista Educação, correspondente ao mês de agosto, lê-se que, em relatório recente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, esta se refere a um “apagão do ensino médio” e pede “providências urgentes”. Em anos recentes, de acordo com a mesma revista, havia uma demanda estimada de cinqüenta e cinco mil e duzentos professores de física para o ensino médio, mas só se licenciaram efetivamente em física pouco mais de 7 mil professores, que correspondem apenas a mais ou menos uns 13% do total necessário de professores de física no país.
Há uma boa porção de outras facetas ou modalidades de educação que não foram mencionadas até aqui, como a educação de adultos, herdeira do ensino supletivo do passado, os cursos de cunho técnico, a educação a distância, os cursos como os do Senai e Senac, os programas para a terceira idade, a educação do excepcionais, a miríade de cursos de idiomas, cursos de computação, cursos das escolas de enfermagem, cursos de cabeleireiros, corte e costura e assim por diante. Tentar juntar num só saco essa miríade de modalidades, instituições e desafios acobertados pelo rótulo genérico de educação é algo, de partida, fadado ao fracasso, algo desalentador. Temos, além disso, que considerar tanto a educação de que se incumbem as escolas públicas como a das escolas particulares, em todos os níveis e modalidades de ensino.
Frente a essa desnorteadora multiplicidade de instituições, aspectos, problemas e perspectivas, centremo-nos em algo que talvez nos ajude a trilhar uma clareira na floresta da educação. Recorramos a uma imagem singela que talvez facilite essa caminhada. Somos nós, seres humanos, dotados de duas pernas e é graças a ambas que permanecemos de pé, andamos, corremos, pulamos, dançamos, praticamos inúmeros esportes. Que tal pensarmos nas duas pernas da educação? Uma delas é a perna do passado. Assim como não precisamos inventar novamente a roda nem o avião, educar crianças, jovens e adultos está sodidamente alicerçado em tradição, em passado, em conquistas que a nossa espécie fez desde o início da aventura humana sobre a face da terra, que, diga-se de passagem, teve início no solo africano. À luz das evidências que dispomos, tal como assevera a inscrição nos portais do museu da Smithsonian Institution nos Estados Unidos, dentro de cada um de nós, seres humanos, sem exceção, corre o sangue africano herdado dos nossos mais remotos ancestrais. Acho tão bonito esse reconhecimento, e a lição de tolerância, de congraçamento, de fraternidade que encerra – o reconhecimento de que, afinal de contas, geneticamente somos todos africanos! Tradição, passado, herança cultural, tesouros acumulados de conhecimento, sensibilidade, valores, habilidades etc. vêm sendo, ao longo de todo esse passado envolto nas brumas dos tempos pré-históricos e históricos, uma das pernas de sustentação da nossa espécie – e uma das pernas da educação. Parte disso integra o patrimônio comum dos seres humanos. Outras partes dizem respeito ao nosso patrimônio mais específico da cultura ocidental, e da tradição dos povos lusíadas que nos une aos nossos avós portugueses no idioma, na religião, nos costumes, na arquitetura e assim por diante. Faz igualmente parte dessa nossa perna de passado na educação o que nos singulariza como brasileiros, como paulistas, como piracicabanos. Incomoda-me um bocado e me entristece sobremaneira ver como essa fabulosa, essa riquíssima herança vem sendo mal cultivada nas nossas crianças e nos nossos jovens brasileiros, paulistas, piracicabanos. É necessário, com urgência e de modo competente, cultivar na meninada de hoje e de amanhã essa riquíssima fortuna cultural que existe no nosso idioma, na matemática, nas ciências, nas técnicas, nas festas tradicionais, nos nossos modos de pensar, de fazer, de sentir e de ser.
Como não somos sacis capengando em uma perna só, mas temos duas pernas, passo agora ao segundo apêndice que, tal como a perna anatômica, nos serve de suporte e deslocamento no âmbito da educação. Essa segunda perna da humanidade é o futuro. Não como o tempo em si, mas como as coisas que virão, como as “novas realidades” de que falava Peter Drucker. O tempo dos futurólogos, da proação, da evolução, da prospectiva. Uma educação verdadeiramente digna desse nome faz uso competente das suas duas pernas: a da tradição e a das possibilidades, riscos, desdobramentos e responsabilidades, individualmente e como espécie humana, a perna do futuro, levando em conta indícios, tendências e perplexidades que se manifestam no presente. Se no quadro genérico da educação brasileira não vai nada bem a perna da tradição – referindo-me, é claro, não a um razoável percentual de brasileiros que se mostram destros no emprego dessa perna, mas à maior parte da população e mais particularmente ao seu segmento infanto-juvenil e de jovens adultos – se essa perna da tradição não está dando conta do recado e corre o risco de gangrenar pelo mau uso ou pelos abusos, o estado da outra, da perna do nosso preparo para o amanhã, não é menos inquietador. Creio que está faltando em boa parte do que se faz, do que se diz, do que se pensa e sente nestes brasis, essa presença efetiva de um preocupar-se com o amanhã, um sintonizar-se com esse amanhã a partir das dicas e constatações que nos ajudam a ver, a entender e a lidar com o amanhã a curto e médio prazo. Mais uma vez, não estou me referindo aos “happy few”, à pequena parcela dos que, previdentes e proativos, se preparam para viver e conviver bem neste mundo em transformação nos próximos 2010, 2015, 2020, 2025 – para nos limitarmos aos dezoito anos que virão e que se esboçam, que sinalizam esperanças e medos, promessas e desafios. Refiro-me não a esses felizardos, mas aos brasileiros de todos os quadrantes, ai de nós, armados de estilingue ou de espingarda tico-tico na melhor das hipóteses, para penetrar na “jungle” do amanhã, para se ajustarem a mudanças que, queiramos ou não, vão acontecer e poderão pegar em cheio milhões de cidadãos despreparados, desprevenidos, fragilizados nas suas convicções ingênuas de que “o futuro a Deus pertence”. Há aqui lugar, aliás, para distinguir entre, de um lado, tolices e charlatanismos de bolas-de-cristal, tarôs, quiromancia e assemelhados, e de outro, antecipações inteligentes, bem fundamentadas e com apoio em metodologia sólida, do que nos espera e do que precisamos fazer, ao longo dos próximos anos. Uma bela contribuição brasileira nesse sentido é o livro de Ethevaldo Siqueira intitulado 2015. Se ainda não o leram, comecem logo a leitura desse livro notável. Tenho certeza de que irão até as páginas derradeiras, nessa incursão bem urdida, bem instigante e bem norteadora da nossa caminhada num amanhã que precisamos trilhar de modo competente, bem informado e responsável.
Preocupam, e muito, a miopia, a superficialidade, a lerdeza e a irresponsabilidade que pesam tanto, e tanto, na educação brasileira de agora, da pré-escola à pós-graduação, nas escolas, nos lares, na sociedade, na mídia eletrônica. Uma educação brasileira de qualidade não é compatível com professores mal preparados, mal selecionados, mal conduzidos e pessimamente remunerados. Nem com essa enxurrada de literatura pedagógica, psicológica e sociológica que só serve para iludir e confundir, com sua superficialidade, suas propostas de rebeldia romântica e seus blá-blá-blás intermináveis e estéreis. Uma educação de qualidade demanda pessoal, instalações, equipamentos e recursos que não existem, na maioria das nossas escolas. Demanda uma reengenharia urgente de organismos que, nos âmbitos federal, estadual e municipal, têm a ver diretamente com o ensino e as escolas. Requer gestores atualizados em administração de organizações, que dominem muito bem as idéias e as práticas da B.A. das empresas de hoje. Requer computadores em larguíssima escala, disponíveis para todos os alunos, docentes e pessoal administrativo e auxiliar. E deve combater sem tréguas os analfabetismos e semi-analfabetismos múltiplos que estão desgraçando o Brasil. Analfabetismo e semi-analfabetismo em leitura, escrita e cálculo, em conhecimentos e gerais, em economia e política. Analfabetismo e semi-analfabetismo em ciência e tecnologia. Analfabetismo e semi-analfabetismo em civismo, em ética, em cultura, em artes, no domínio de pelo menos um idioma estrangeiro – como o inglês, o francês, o italiano, o alemão. Analfabetismo e semi-analfabetismo em matéria de higiene, saúde e prevenção de doenças. Já é o tempo de termos uma educação que acabe, de uma vez por todas, com essa tragédia de três quartos de analfabetos e semi-analfabetos nessas e em outras áreas, no Brasil dos nossos dias. Buckminster Fuller advertia-nos, há tempos, de que nesta nossa gigantesca espaçonave Terra, não somos passageiros, somos tripulantes, todos igualmente responsáveis.
Não vão nada bem, no seu conjunto, as nossas pré-escolas e as escolas de ensino fundamental e médio. No ensino superior, amargamos a classificação humilhante de país com um percentual muito baixo de jovens em idades de freqüentá-lo que efetivamente o fazem. Segundo o Book of the year da Enciclopédia Britânica de 2007, nossos magros 21% contrastam terrivelmente com os 74% da Argentina, os 42% do Chile, os 40% da Venezuela, os 37% do Uruguai. Até o Paraguai nos supera, com 27%. Temos só 21%. A Finlândia tem 88% e a Coréia 85%. Tanto os Estados Unidos como a Suécia tem 83%. Na Austrália e também na Nova Zelândia são 74%. No Reino Unido, 64%. Em Portugal 56%. E nós brasileiros amargamos esses esquálidos 21%: apenas um em cada cinco jovens com cerca de 18 a 21 anos de idade estuda em curso superior no Brasil. Uma espécie de tsunami cultural e educacional brasileiro parece cada vez mais ameaçador, gerando bem fundadas apreensões sobre o nosso futuro como povo, como nação e como pessoas responsáveis, cultas, sensíveis, preocupadas com o bem comum e desejosas de viver uma vida verdadeiramente civilizada e sadia – física, mental e moralmente sadia. Sou, contudo, incuravelmente adepto de uma crença na nossa capacidade de resolver problemas, de engendrar soluções criativas, de buscar caminhos novos, de enfrentar desafios – com as bênçãos de Deus. Prova disso é o Brasil-nação de hoje, quando comparado com o Brasil dos séculos 16 a 19, um país que amadureceu em meio às suas incontáveis vicissitudes, às turbulências da sua história nestes 507 anos. Nossos avós diziam que não há bem que não se acabe, mas diziam igualmente que não há mal que sempre dure. Que lateje em cada um de nós essa parte final da frase. Dêem-me um ponto de apoio e uma alavanca e moverei o mundo. O ponto de apoio é a gente brasileira, em sua maioria: essa gente batuta, generosa e simples que vive seu dia-a-dia de trabalho, família, criação de filhos, religiosidade, convívio sadio, companheirismo solidário, que cultiva alegrias antigas e ingênuas de cururus, rodas de samba, futebol, cantigas bonitas, peixadas, festas do Divino, pamonha e pipoca. O ponto de apoio é, pois, esse nosso povo bom e sofrido. A alavanca? A educação. Uma educação bem concebida, bem conduzida, vigorosa e responsável, liberta de figurinos e cantos de sereia políticos e ideológicos. Centrada em excelência. Em competência. Em ensino-aprendizagem de fato, às crianças e aos jovens, de conhecimentos, idéias, habilidades, práticas, sentimentos, valores e atitudes que os façam verdadeiramente humanos.



LEITURAS SUGERIDAS

Bransford JD, Brown AL, Cocking RR, org. 2007. Como as pessoas aprendem: cérebro, mente, experiência e escola. São Paulo: Senac
Castro CM. 2005. Crônicas de uma educação vacilante. Rio de Janeiro: Rocco
Delors J. 1999. Educação: um tesouro a descobrir. 3ª ed. São Paulo/Brasília: Cortez/Mec-Unesco
Gross ML. 1999. The conspiracy of ignorance: the failure of American public schools. New York: HarperCollins
Heinich R e col. 1999. Instructional media and technologies for learning. Upper Saddle River: Prentice Hall
Morin E. 2000. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2ª ed. São Paulo/Brasília: Cortez/Unesco
Morrison GR, Ross SM, Kemp JE. 2004. Designing effective instruction. 4ª ed. Hoboken: Wiley
Niskier A, Nathanael P. 2006. Educação, estágio e trabalho. São Paulo: Integrare
Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos/Ball C, Kelly AE, org. 2003. Compreendendo o cérebro – Rumo a uma nova ciência da aprendizagem. São Paulo: Senac
Pfromm Netto S. 1987. Psicologia da aprendizagem e do ensino. São Paulo: Epu/Edusp
Pfromm Netto S. 2001. Telas que ensinam. 2ª ed. Campinas: Alínea
Siqueira E. 2005. 2015 – Como viveremos. São Paulo: Saraiva
Terry WS. 2003. Learning and memory. Boston: Allyn and Beacon
Zuffo JA. 2003-4. A sociedade e a economia no novo milênio. 3 vol. São Paulo: Manole

segunda-feira, setembro 10, 2007

"J'ai rarement ouvert une porte par mégarde sans découvrir un spectacle qui me fît prendre l'humanité en pitié, en dégoût ou en horreur."
(Raramente tenho aberto uma porta por engano sem ter deparado com um espetáculo que me fez sentir pela humanidade compaixão, nojo ou horror.)
Anatole France (1844-1924)

REFLEXÕES

Entre a brutalidade para com o animal e a crueldade para com o homem, há uma só diferença: a vítima.
Lamartine
Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem de vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade.
Albert Einstein
Quanto mais o homem simplifica a sua alimentação e se afasta do regime carnívoro, mais sábia é a sua mente.
George Bernard Shaw
Os animais são meus amigos...e eu não como meus amigos.
George Bernard Shaw (Nobel 1925)
A proteção dos animais faz parte da moral e da cultura dos povos.

Victor Hugo

Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor.
Pitágoras
Se experiências em animais fossem abandonadas, a humanidade teria tido um avanço fundamental.
Richard Wagner

Sinto que o progresso espiritual requer, em uma determinada etapa, que paremos de matar nossos companheiros, os animais, para a satisfação de nossos desejos corpóreos.
GandhiEu não tenho dúvidas que é parte do destino da raça humana, na sua evolução gradual, parar de comer animais.

Henry David Thoreau

O destino dos animais é muito mais importante para mim do que o medo de parecer ridículo.
Émile Zola

A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana.
Charles Darwin

A civilização de um povo se avalia pela forma que seus animais são tratados.
Humboldt

Muito pouco da grande crueldade mostrada pelos homens pode ser atribuída realmente a um instinto cruel. A maior parte dela é resultado da falta de reflexão ou de hábitos herdados.
Albert Schweitzer

Tempo virá em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente como hoje se julga o assassínio de um homem.
Leonardo da Vinci

Se o homem aspira sinceramente viver uma vida real, sua primeira decisão deve ser abster-se de comer carne e não matar nenhum animal para comer.
Leon Tolstoy

Há muito de verdade no dito de que o homem se torna aquilo que come. Quanto mais grosseiro o alimento tanto mais grosseiro o corpo.
Ghandi
A carne é o alimento de certos animais. Todavia, nem todos, pois os cavalos, os bois e os elefantes se alimentam de ervas. Só os que têm índole bravia e feroz, os tigres, os leões etc. podem saciar-se em sangue. Que horror é engordar um corpo com outro corpo, viver da morte de seres vivos.
Pitágoras
O destino dos animais tem muito maior importância para mim do que o medo de parecer ridículo: está indissoluvelmente ligado ao destino do homem.
Emile Zola

Se quisermos nos libertar do sofrimento, não devemos viver do sofrimento e do assassínio infligidos a outros animais.
Paul Carton

Sempre que alguém diz 'não devemos ser sentimentais', entenda-se que está prestes a fazer algo cruel. E se acrescentar: 'temos que ser realistas', significa que vai ganhar dinheiro com isso.
Brigid Brophy

O homem implora a misericórdia de Deus mas não tem piedade dos animais, para os quais ele é um deus. Os animais que sacrificais já vos deram o doce tributo de seu leite, a maciez de sua lã e depositaram confiança nas mãos criminosas que os degolam. Ninguém purifica seu espírito com sangue. Na inocente cabeça do animal não é possível colocar o peso de um fio de cabelo das maldades e erros pelos quais cada um terá de responder.
Gautama Buda

A estrutura do homem, externa e interna, comparada com a de outros animais, mostra-nos que as frutas e os vegetais suculentos constituem sua alimentação natural.
Lineu

Que luta pela existência ou que terrível loucura vos levou a sujar vossas mãos com sangue — vós, repito, que sois nutridos por todas as benesses e confortos da vida? Por que ultrajais a face da boa terra, como se ela não fosse capaz de vos nutrir e satisfazer?
Plutarco

Os vegetais constituem alimentação suficiente para o estômago e, no entanto, recheamo-lo de vidas valiosas.
Sêneca

A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados.
Mahatma Gandhi

Se eu tivesse outra vida, dedicá-la-ia inteiramente à luta contra a vivissecção.
Bismark(Vivissecção = operação feita em animais vivos para estudo de fenômenos fisiológicos).

Se fôssemos capazes de imaginar o que se passa, constantemente, nos laboratórios de vivissecção, não poderíamos dormir em paz e em nenhum dia estaríamos felizes e tranqüilos.
Dr. Ralph Bircher

Ninguém pode se queixar da falta de um amigo, podendo ter um cão.
Marquês de Maricá
Falai aos animais, em lugar de lhes bater.

Tolstoi
Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhorem nem levem em consideração as condições dos animais.
Abraham Lincoln
O erro da ética até o momento tem sido a crença de que só se deva aplicá-la em relação aos homens.
Dr. Albert Schweitzer
São Francisco de Assis os chamava de nossos irmãos inferiores, porém, inferiores somos nós quando não os estimamos.
Clóvis Hugues
Por que é que o sofrimento dos animais me comove tanto? Porque fazem parte da mesma comunidade a que pertenço, da mesma forma que meus próprios semelhantes.
Émile Zola

Virá o dia em que a matança de um animal será considerada crime tanto quanto o assassinato de um homem.
Leonardo da Vinci
Enquanto estivermos matando e torturando animais, vamos continuar a torturar e a matar seres humanos - vamos ter guerra. Matar precisa ser ensaiado e aprendido em pequena escala.
Edgar Kupfer-Koberwitz

Enquanto prendermos animais em gaiolas, teremos prisões, porque o ato de prender precisa ser aprendido em pequena escala.
Edgar Kupfer-Koberwitz

Enquanto escravizarmos os animais, teremos escravos humanos, porque escravizar precisa ser aprendido em pequena escala.
Edgar Kupfer-Koberwitz
Atrocidades não deixam de ser atrocidades quando cometidas em laboratórios e chamadas de pesquisa médica.
George Bernard Shaw (Nobel 1925)
Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais...os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento.
Charles Darwin
A não- violência leva-nos aos mais altos conceitos de ética, o objetivo de toda evolução. Até pararmos de prejudicar todos os outros seres do planeta, nós continuaremos selvagens.
Thomas Edison
Como zeladores do planeta, é nossa responsabilidade lidar com todas as espécies com carinho, amor e compaixão. As crueldades que os animais sofrem pelas mãos dos homens está além do nossa compreensão. Por favor, ajude a parar com esta loucura.
Richard Gere

Se você pudesse ver ou sentir o sofrimento, certamente não pensaria duas vezes. Preserve a vida. Não coma carne.
Kim Basinger

Os animais dividem conosco o privilégio de terem uma alma.
Pitágoras

Não haverá justiça enquanto o homem empunhar uma faca ou uma arma e destruir aqueles que são mais fracos que ele.
Isaac Bashevis Singer (Nobel - 1978)
Os cães amam seus amigos e mordem seus inimigos, bem diferente das pessoas, que são incapazes de sentir amor puro e têm sempre que misturar amor e ódio em suas relações.
Sigmund Freud
Se os matadouros tivessem paredes de vidro, todos seriam vegetarianos. Nós nos sentimos melhores com nós mesmos e melhores com os animais, sabendo que nós não estamos contribuindo para o sofrimento deles.
Paul e Linda McCartney
Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante.
Albert Schwweitzer (Nobel da Paz - 1952)
Nada beneficiará mais a saúde da humanidade e aumentará as chances de sobrevivência da vida na Terra quanto a dieta vegetariana.
Albert Einstein (Nobel - 1921)
Matar um animal para fazer um casaco é um pecado. Nós não temos esse direito. Uma mulher realmente tem classe quando rejeita que um animal seja morto para ser colocado sobre os seus ombros. Só assim ela será verdadeiramente bela.
Doris Day
Primeiro foi necessário civilizar o homem em relação ao próprio homem. Agora é necessário civilizar o homem em relação a natureza e aos animais.
Victor Hugo

Minha doutrina é esta: se nós vemos coisas erradas ou crueldades, as quais temos o poder de evitar e nada fazemos, nós somos coniventes.
Anna Sewell

Eu temo pela minha espécie quando penso que Deus é justo.
Thomas Jefferson

A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem.
Arthur Schopenhauer

Por trás da bela pele há uma história. Uma história sangrenta e bárbara.
Mary Tyler Moore

Em termos de evolução, bem maior é o débito da Humanidade para com os animais do que o crédito que lhes temos dispensado para seu bem-estar e progresso.
Eurípedes Kühl

Quando me tornei vegetariano, poupei dois seres, o outro e eu .
Prof. Hermógenes

Quando o homem aprender a respeitar até o menor amor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante.
Albert Schweitzer - Nobel da Paz de 1952

Não comer carne significa muito mais para mim que uma simples defesa do meu organismo; é um gesto simbólico da minha vontade de viver em harmonia com a natureza. O homem precisa de um novo tipo de relação com a natureza, uma relação que seja de integração em vez de domínio, uma relação de ser dentro dela e vez de possuí-la. Não comer carne simboliza respeito à vida universal.
Pierre Weil
Não creia que os animais sofrem menos do que os seres humanos. A dor é a mesma para eles e para nós. Talvez pior, pois eles não podem ajudar a si mesmos.
Dr. Louis J. Camuti
O que não concebo é degolar um cabrito, asfixiar uma pomba, cortar a nuca de uma galinha, ou dar punhaladas em um porco para que eu coma seus restos. Não é por uma questão de química biológica o motivo de eu ter me passado para as fileiras do ovo-lacto-vegetarianismo, mas pelo imperativo moral de que minha vida não seja mantida às custas da vida de outros seres.
Dr.Eduardo Alfonso, médico naturista espanhol

Os animais do mundo existem para seus próprios propósitos. Não foram feitos para os seres humanos, do mesmo modo que os negros não foram feitos para os brancos, nem as mulheres para os homens.
Alice Walker
Aquele que matou um boi é como aquele que matou um humano.
Isaías, profeta bíblico
Os animais que você come não são aqueles que devoram outros, você não come as bestas carnívoras, você as toma como padrão. Você só sente fome pelas criaturas doces e gentis que não ferem ninguém, que o seguem, o servem, e que são devoradas por você como recompensa de seus serviços.
Jean-Jacques Rousseau em "Emile"

É somente pelo amaciamento e disfarce da carne morta através do preparo culinário, que ela é tornada suscetível de mastigação ou digestão e que a visão de seus sucos sangrentos e horror puro não criam um desgosto e abominação intoleráveis.
Percy Bysshe Shelley
Um homem é verdadeiramente ético apenas quando obedece sua compulsão para ajudar toda a vida que ele é capaz de assistir, e evita ferir toda a coisa que vive.
Albert Schweitzer
Incêndios propositais e crueldade com animais são 2 dos 3 sinais na infância que sinalizam o potencial de um assassino serial.
John Douglas, analista do FBI que estuda o perfil de assassinos

quinta-feira, setembro 06, 2007

WINSTON CHURHILL

"Politics are almost as exciting as war, and quite as dangerous. In war you can only be killed once, but in politics many times."

(A política é quase tão excitante como a guerra, e não menos perigosa. Na guerra a gente só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes.)


Winston Churchill (1874 - 1965)

sábado, agosto 18, 2007

Ao desconcerto do Mundo

Ao desconcerto do Mundo
Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim, que só para mim,
Anda o Mundo concertado.
Luís de Camões

terça-feira, agosto 07, 2007

IDADE MÍNIMA

"A matrícula nos cursos jurídicos exigia a idade mínima de quinze anos completos, e aprovação em língua francesa, gramática latina, retórica, filosofia racional e moral, e geometria."
Spencer Vampré
(in "Memórias para a Histórica da Academia de São Paulo",
SP, 1924, Vol. I, Saraiva e Cia Editores)

quarta-feira, agosto 01, 2007

MARCO ABREU


MARCO ABREU
A MÚSICA QUE EMBALA NOSSOS SONHOS...

PARA DEPRESSÃO LEVE OU PROFUNDA,
PARA DORES EM GERAL
DE CABEÇA, DE CALO, DE BOLSO, MALES DA CORCUNDA
UM TÔNICO FENOMENAL

SEM CONTRA INDICAÇÕES
MUITO INDICADO SE ESTIVER ACOMPANHADO
DE UMA SAUDADE QUALQUER
OU DE UMA LINDA MULHER

NÃO SE ACANHE, OUÇA POR DIA UMA HORA
DESSA MUSICA MARAVILHOSA
QUE SÓ O CORAÇÃO TOCA
SÓ A ALMA SENTE
ESSE REMÉDIO EFICIENTE DE MARCO DE ABREU!




EU VOU BEM, OBRIGADO...

Fazer um cd com choros do Abel Ferreira, sempre foi um sonho...
A clarineta, meu primeiro instrumento, me fez ouvir e admirar muito o Abel.
Conheço quase todos os seus discos, e esses choros foram escolhidos por uma afinidade com os solos, além de um que de nostálgico.
Me fez relembrar meus tempos de república em Tatuí, onde graças á dois amigos que dividiam comigo um quarto, fiquei ainda mais apaixonado pelo som do Abel.
Com certeza, não me atreveria a fazer um cd cover dele, mas sempre procuro fazer uma leitura próxima.
Dele gravei os ótimos, Haroldo no Choro, Chorinho do Bruno, Chorando Baixinho, Chorinho do Norte.
Poderia gravar outras também, já que gosto de toda a sua obra, mas gravei algumas sonoridades que tenho na cabeça, como o Pedacinhos de Céu (Waldir Azevedo), com Clarineta e Clarone, em duo com o meu afilhado e ” irmão Richard”.
Esse solo já tocamos há anos, e foi um arranjo do violonista Alessandro Penezzi.
O “Choro chorado pra Paulinho Nogueira” (Toquinho/P.Nogueira/V.Moraes) é outro clássico do choro moderno, e que eu pude explorar Clarone, Violoncelo, Clarineta/Sax-Alto, e a cozinha que sempre me acompanha Samuel G. Neto, André Grelha (piano), Marcos Vinicius de Moraes (violão/cavaco), Marcos Godoy (violão de 7 cordas), Rafael de Barros (cavaco/bandolim), Tito (pandeiro) e a participação especial de Lello Bittencourt (bateria). Violoncelo participação do meu amigo professor Raul Gobeth, e contrabaixo acústico Álvaro Damazzo, Luis Fernando Dutra, Andréia Maria de Almeida (Chorando Baixinho), Jacqueline de Oliveira (violinos em faixas alternadas), a flauta fica a encargo do flautista e professor Rafael Gobeth.
Tive a honra de ter a participação especial de: Cláudio Borici (piano), Fabiano Nunes e Silva (contrabaixo acústico), João Paulo Martins (violão), Eliezer Roberto da Silva (trompete e flugel horn), Elóy Porto Neto (trombone), no choro Ponto de Partida.
Procurei fazer alguns arranjos camerísticos (sem perder o balanço), procurando valorizar as canções escolhidas, e unir duas linguagens que costuma criar celeumas, o erudito e o popular.
Ouvindo os arranjos, cheguei a seguinte conclusão: bem vinda as diferenças, se é que as tem...
Elas se completam de tal forma, que o resultado só poderia ser esse.... (excelente).
Composições minhas: Eu vou bem, obrigado..., Quando a saudade aperta, Pisando Macio, Vera’s Bossa, Mais uma Bossa e Ponto de Partida (único arranjo com quinteto de metais).
Sou avesso á rótulos, pois isso limita a atuação do artista...
O choro eu vejo como um irmão do jazz, cada qual com seu sotaque, unindo duas Américas antagônicas.
As interpretações e intenções contidas neste cd, vem da minha influência e admiração por Benny Goodman, Art Pepper, Coleman Hawkins,Charlie Parker, Joe Lovano, Paquito D’Rivera, Phill Woods, John Coltrane, que por sua vez influenciaram meus favoritos brasileiros Severino Araújo, Luis Americano, K.Ximbinho Paulo Moura, Zé Bodega, Proveta, Paulo Sérgio Santos, Vinicius Dorim, Marcelo Martins...
Agradecimentos especiais aos meus amigos: João Paulo Martins (Estúdio Mr. Onda, que produziu, mixou e vestiu a camisa de 4 músicas que complementaram o cd), e ao meu amigo Arnóbio Costa (ASK Gravadora), que cedeu tempo e vontade, para que pudessem finalizar este trabalho.
Dedico este cd, ao meu amigo Bandória, clarinetista e também aos companheiros músicos do Clube do Choro de Piracicaba, e meus companheiros de Cd.
O título do Cd, é uma homenagem ao meu avô, que quando estava mal humorado, e as pessoas lhe perguntavam como vai, ele respondia: eu vou muito bem, ás minhas custas.
Como homem bem criado, eu respondo...
EU VOU BEM, OBRIGADO...

MARCO ABREU TALENTO RARO


"There's no social differences - till women come in."
(Não há diferenças sociais - enquanto as mulheres não entram em cena.)
H. G. Wells (1866-1946)

quinta-feira, julho 26, 2007

Hoje, 26 de julho, é comemorado o dia dos avós. É a devoção aos pais de Nossa Senhora, Sant'Ana e São Joaquim. Com efeito, o culto de Sant'Ana, mãe da Virgem Maria e avó de Jesus Cristo, remonta ao século VIII. Na Idade Média, seu culto se tornou popular. Em 1584, o Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant'Ana em 26 de Julho, tendo o Papa Leão XIII, em 1879, estendendo-o para toda a Igreja. Por fim, como São Joaquim era comemorado, inicialmente, em dia diverso ao de Sant'Ana, o Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria Santíssima. É, assim, o Dia dos Avós.

"Vater werden ist nicht schwer, Vater sein dagegen sehr."
(Tornar-se pai não é difícil, difícil é sê-lo.)
Wilhelm Busch (1832-1908)

Postagem em destaque

  WALTER JOSÉ RODRIGUES                            Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg , mais conhecido como   Johannes Gutenbe...