PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E
MEMÓRIAS
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 09 de janeiro de 2016.
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 09 de janeiro de 2016.
Entrevista: Publicada aos sábados
no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
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http://blognassif.blogspot.com/
http://www.teleresponde.com.br/
ENTREVISTADO: ALBERTO DIAS PEDROSO DO CARMO
ENTREVISTADO: ALBERTO DIAS PEDROSO DO CARMO
Alberto
Dias Pedroso do Carmo nasceu a 21 de novembro de 1952 em São Paulo no bairro da Bela Vista também conhecido como Bexiga. É filho
de Alice das Dores Dias Carmo e Roque Pedroso do Carmo, tem um irmão chamado
José Antonio Pedroso do Carmo. Alberto é pai de três filhos: Aline, Alessandra
e Cássio. É avô de duas netas piracicabanas Valentina e Mikaela. Hoje Alberto
reside em Piracicaba. Formado em Administração de Empresas com especialização
em Comércio Exterior. Músico de talento expressivo. É
tradutor muito respeitado, traduziu livros, sendo muito procurado por empresas
pelo seu talento em traduzir e conseguir transmitir a mensagem original de
forma objetiva.
Inicialmente seus estudos foram feitos em
qual escola?
O jardim de infância,
pré-primário e primário até o segundo ano, estudei no Colégio Santa Monica, na
Rua Augusta, próximo havia o Colégio Santo Agostinho. Do terceiro ano até me
formar no colegial estudei no Colégio Imaculada Conceição, ficava na Rua
Cincinato Braga, onde hoje existe um supermercado. Ficava próximo a Igreja
Imaculada Conceição, os padres da Igreja participavam do colégio. O dono do
colégio era o Professor Carramenha de Goes. Trabalhei quando tinha uns 14 a 15
anos, em um escritório de engenharia situado na Rua Rocha, onde nós morávamos.
Ali eu ficava escrevendo com nanquim nas plantas de construções. Em 1970, aos
18 anos prestei o vestibular chamado MAPOFEI – sigla das escolas Mauá,
Politécnica e FEI. Entrei na FEI- Faculdade de Engenharia Industrial. Era paga
e ficava no ABC. Não tinha como eu ir para lá, nós éramos uma família simples.
Prestei também no Mackenzie e entrei em Engenharia Civil no Mackenzie. Nessa
época eu já falava inglês por causa dos Beatles, desde os doze anos eu era fã
deles. Essa minha facilidade em falar inglês permitiu que entrasse no
departamento de reservas da VARIG, em Congonhas. Era um trabalho de meio
período, nós trabalhávamos um sábado e um domingo por mês. Lá só trabalhavam
jovens universitários, tinha que saber falar inglês. Eu trabalhava das sete
horas da noite até a uma hora da manhã. Estudava engenharia no Mackenzie, as
aulas iam das oito horas da manhã até as seis horas da tarde. Minha mãe me
levava uma marmita às seis horas da tarde, lá no Mackenzie, subia as escadarias
da Rua Avanhandava e ia lá para o Mackenzie. Eu tomava o ônibus Jardim Miriam e
ia para o aeroporto, pegava o ônibus lotado. Ao chegar à VARIG ia a uma espécie
de cozinha, comia minha marmita, descansava um pouco e ia trabalhar.
E para voltar do Aeroporto de
Congonhas até a sua casa?
Eu pegava o último ônibus Jardim
Miriam, às vezes um amigo ia me buscar, nós já tocávamos juntos em uma banda
desde os treze ou quatorze anos.
Como você aprendeu a tocar?
Começou quando eu tinha 3 a 4
anos de idade, meu pai tocava cavaquinho, ele tinha os discos de 78 rotações,
colocavam os discos para tocar, eram com agulhas de metal, tocava um disco e já
tinha que trocar de agulha. Era uma agulha por disco! Lembro-me da música “IV
Centenário”, com Mario Zan na sanfona e de Luiz Gonzaga "Qui nem Jiló”. Eu pegava o
cavaquinho do meu pai e ficava brincando, até que chegou uma época em que pela
manhã ele afinava o cavaquinho e deixava para que eu tocasse. A primeira musica
que aprendi a tocar foi “Toque de Silêncio”. Ficava o dia inteiro tocando essa
musica. Por volta de 1962 a 1963. Andando com a minha mãe ela disse-me: Você
viu que surgiu um conjunto de cabeludos? Disse-lhe que não sabia. Ela estava
falando dos Beatles. Com os amigos acabei conhecendo os Beatles, com os quais
ficamos maravilhados.
Naquela época o habito entre os jovens
era usar o cabelo curto?
Todos usavam cabelos curtos. Lá pelos 13 ou 14 anos já começamos a ficar com os cabelos compridos. Era um choque um rapaz usar cabelo comprido, diziam palavras chulas a quem usasse. Começamos a ouvir Beatles. Os discos em vinil, dos Beatles saiam defasados aqui. Fui a um aniversário na casa de um amigo onde estava realizando uma festa de comemoração, esse meu amigo pegou um violão e tocou Twist and Shout. Foi lá que conheci um violão, fiquei fascinado e comecei a aborrecer meu pai, eu também queria ter um violão. Com muito sacrifício meu pai e minha mãe compraram um violão, pagaram em parcelas. Era um violão da marca Rei, Comecei a aprender e aprendi muito rápido. Já formamos um conjunto musical: “Os Nobres”. Era eu tocando um violão, meu irmão que ganhou de uma prima mais abastada um violão em que colocamos só quatro cordas, para ele tocar contrabaixo, o baterista era vizinho nosso, é um grande baterista que toca até hoje em um conjunto chamado Rockover, na época ele colocava uns pedaços de plásticos, como se fosse bateria, o prato da bateria eram aquelas caixas aramadas de transportar garrafas de leite, e o Cecílio que já tocava violão. Começamos a tocar e a fazer música também, versões das musicas dos Beatles. Nessa época eu ainda não falava inglês. Com os discos dos Beatles tentávamos imitar o som do inglês, nós falávamos sem saber o que queria dizer, aos poucos íamos conseguindo uma letra, não era como agora que você entra no Google e pega a letra! As vezes em alguma revista saia uma reportagem, pegávamos a letra e saiamos cantando, com isso começamos a treinar inglês. Isso foi até eu me casar aos 27 anos. Tivemos conjunto, tocamos na TV Excelsior, tocamos no Restaurante Bierhalle, em Moema. Tocávamos em troca do almoço, que era salsicha com maionese e pela sobremesa que podíamos pedir o que quiséssemos, pedíamos Banana split. Minha mãe costurou o uniforme do conjunto. Tocávamos música dos Beatles e algumas músicas compostas por nós. Usávamos uma calça listada, camisas com gola muito alta, um chapeuzinho de veludo vermelho. Eu fiz mais de 50 versões de músicas dos Beatles. Tocamos na TV Cultura, eles nos deram para cada integrante uma caixa de biscoito e pastilhas supra sumo.
Quando você menciona versão o que significa?
Você pega a música “Got To Get You Into My Life” , é uma música do LP Revolver, de 1966, eu fiz a versão dizendo: “Quero você em minha vida” . Não era tradução, às vezes não tinha nada a ver com a letra da música. Aliás, a maioria das vezes! Pegava uma música e inventava uma letra romântica. Fazíamos isso por diversão, estudava antes de almoçar, o resto do dia tocava. Eu morava na Rua Rocha e o baterista morava na Rua Silvia, onde muitas vezes ensaiávamos. O avô dele era o proprietário da casa onde morávamos. Aos poucos arrumamos uma forma de tocar no Canal 9, há uma foto conosco tocando, éramos pequenos, pegamos as guitarras do conjunto que estava tocando lá. Quando tinha o “Salão da Criança” tinha música ao vivo, fomos tocar e acabamos conhecendo um pessoal da TV Bandeirantes, passamos a participar do programa “Mini Guarda” do Ed Carlos. Acompanhamos o Ed Carlos em muitas musicas. Lembro-me que uma das músicas que mais fazia sucesso quando tocávamos no programa era a música “Israel” que o Moacyr Franco gravou, o baterista Robertinho, um virtuoso, dava um show na bateria. Íamos e voltávamos de taxi com os instrumentos, até a Rua Brigadeiro Luiz Antonio nas imediações da Rua Pedroso. Tocávamos de ouvido, sem partitura. Nós acompanhávamos as crianças que iam cantar. Aparecia um catatau, perguntávamos o que ele iria cantar, ele dizia, por exemplo: “- Vou cantar “Quando” de Roberto Carlos.” Ele começava a cantar nós acompanhávamos, íamos até chegar ao tom de voz dele. Isso me ajudou muito em percepção musical. Quando passamos a estudar no curso científico, passamos a compor muita música. Músicas de Bossa Nova, acordes de Bossa Nova, mais sofisticadas. Em 1976 ou 1977 eu já trabalhava na Goodyear conseguimos um estúdio de gravação Gravamos uma fita, mas não gerou disco nenhum. Lembro-me que quando ainda estudava no Objetivo tinha o FICO Festival Interno do Colégio Objetivo nós participamos do segundo ou terceiro festival. Nessa época tínhamos umas cinco pessoas que tocavam conosco. Fiz uma música “Concerto em Flá Maior”, fiz essa musica para uma namorada chamada Flávia, Esse festival para participar tinha que ser aluno, só o baterista era aluno, arrumamos várias pessoas e colocamos sete músicas, todas entraram nas semifinais, com orquestra do Maestro Zaccaro, e a música “Concerto em Flá Maior” foi para a final. Um fato interessante é que a música estava em nome de um dos alunos do Objetivo: o Roger do Ultraje a Rigor. Na época pegamos em terceiro lugar. E por ai foi, continuamos tocando, estudando música, quando tinha festas de pessoas conhecidas nos convidavam, íamos com a turma toda. Eram cinco violões de doze cordas. Fazíamos três, quatro vozes nas músicas. Tocávamos Beatles, Bossa Nova e músicas nossas. Fazíamos vocal até no Hino Nacional. Começou a época dos namoros mais firmes, com isso houve gradativamente a dissolução do conjunto. Alguns de nós continuamos a nos encontrarmos. Eu, Tarcísio, meu imrão, outro amigo, o Bruno que infelizmente já faleceu, no ano 2000 ou 2001 conversando com o baterista, o Robertinho, que tem o conjunto Rockover disse-nos: ”Vamos nos reunirmos!”. Começamos a ensaiar, na minha casa no Alto da Lapa, fizemos um show em uma festa de final de ano em uma firma de informática, eles queriam só música dos Beatles, Rock anos 60, ficamos uns seis meses ensaiando aos domingos na minha casa, combinei com o Tarcísio e a última musica que tocamos foi What a Wonderful World, era uma festa de comemoração de Natal. Foi o momento mais emocionante do show. O Robertinho conseguiu a terça-feira para tocarmos no Café Piu Piu. O ensaio era na casa do Robertinho aos domingos, começamos a fazer o repertório, com músicas nossas e musicas MPB.
Você voltou a tocar na noite?
Eu estava morando com os meus pais, tinha me separado, ficava a noite em casa, meus amigos me convidaram para ir tocar em uma boate chamada “Azul da Meia Noite” na Rua Franz_Schubert. Nessa época eu trabalhava no Banco de Boston. Fiquei tocando na boate “Azul da Meia Noite” e em uma boate chamada “House”, em uma travessa da Avenida Jardim.
Você trabalhou na VARIG até que idade?
Eu tinha entrado no Mackenzie em 1972, sai porque o meu salário era todo para pagar a mensalidade. Eu não conseguia estudar, e engenharia civil você tem que estudar muito. Um dia peguei o meu salário, fui até a Del Vecchio na Rua Aurora e comprei um violão de 12 cordas. Esperei, fiz vestibular na faculdade de música na Faculdade Paulista de Música era em um prédio que parecia um castelo, ficava na rua atrás do MASP e comecei a dar aulas no FISK e aulas particulares de inglês. Fiz isso uns dois anos, fiz a opção por composição nosso professor era Edmundo Milani, toda sala tinha um piano, quando ele dava aula executava a musica explicando a composição, nós olhávamos extasiados. Um dia ele estava na lousa e percebi que ele estava com a calça rasgada, aquilo me chamou a atenção. Ao terminar a aula, convidei-o para tomar café, fomos até a Rua Frei Caneca. Perguntei-lhe como era a vida de musico. Ele disse-me que trabalhava no Programa do Chacrinha, tocava em boate até as quatro horas da manhã, vi a vida que um gênio da música levava. Naquele mesmo dia deixei a faculdade. Por coincidência um vizinho que trabalhava na Goodyear ia sair de férias e eles estavam precisando de um funcionário no departamento de marketing por um mês. Fui lá, fiquei um mês, o meu chefe era um americano que morava com a família no hotel Caesar Park. Um dia ele disse-me que tinha nascido um terceiro filho e os outros dois estavam no Caesar Park, eles só sabiam falar inglês, ele precisava de alguém que ficasse com seus filhos enquanto ele dava atenção a sua esposa que estava no hospital, fora uma gravidez complicada. Fui, sob a maior gozação do pessoal da Goodyear, chamavam-me de babá! Fiquei vários dias cuidando dos dois meninos até sua esposa sair do hospital. Nessa época a Goodyear estava formando o departamento de exportação, eles chamaram um senhor de nome Nakagima, chefe de exportação da Goodyear do Japão, maior exportadora da empresa. Fui contratado, começamos com três ou quatro funcionários, quando sai da empresa eram quarenta. Ali veio a minha profissão de comércio exterior. Fiz a faculdade de Comércio Exterior na FAASP. Entrei na Goodyear em 1977. No Banco de Boston trabalhei na Divisão Internacional, na Área de Controle. Foi a época em que começaram os computadores, eu trabalhava com um HP-41C, entraram os Personal Computers, comecei a colocar o meu trabalho todo em computadores. Fiz um banco de dados em Lotus, passei a fazer serviços para o departamento, automatizei a maior parte do serviço de câmbio em rede com o Clipper. No Banco de Boston entrei em 1981 e saí em 1990. Alguns amigos foram trabalhar em um banco chamado Exxcel, na Rua Augusta quase esquina com a Avenida Paulista. Permaneci algum tempo e decidi sair. Meu amigo Tarcisio sugeriu que eu trabalhasse com tradução. Anunciei na revista Veja São Paulo. No inicio apareceram muitas pessoas físicas, querendo traduzir currículo. Eu e minha parceira Leila, trabalhávamos juntos e adquirimos um computador 286. Adquirimos um programa em DOS, começamos a trabalhar com uma empresa de assessoria de marketing, até que surgiu a internet, com uma novidade o e-mail! Trabalhei com essa empresa de 1992 até 2015.
Você faz tradução técnica e coloquial?
Faço ambas. Principalmente na área de informática e muito em comunicação de empresas. Marketing. Propaganda. Aconteceu um fenômeno no mercado de tradução, começaram a aparecer agenciadores de tradutores, são grupos de tradução na internet. Eles abrem uma agencia de tradução. Há o Sintra -Sindicato Nacional dos Tradutores, são eles que recomendam o preço a ser praticado pelos tradutores. Há sites com mais de 2.000 tradutores, até mandarim eles traduzem. O preço eles espremem, é quem paga menos, se você olhar textos de press-release de muitas empresas o vocabulário está mesmificando, nivelado por baixo.
Quando você traduz algo sigiloso é assinado algum termo de responsabilidade?
Normalmente não
assinava, traduzi textos de grandes corporações e extremamente confidenciais,
mas o que eu traduzo nem os meus filhos olham. Existe empresa que tem por norma
assinar um termo de confiabilidade. Nunca precisei assinar. Trabalhei por
dezessete anos com uma empresa, muitas vezes eu dava a minha opinião a respeito
da eficácia do texto com relação ao objetivo a ser atingido. Fui tradutor para
muitas empresas como Gartner, HP, Texas Instruments, Embratel/Olimpíadas,
Dassault Systems, Polaroid, AMD, D-Link, EMC, Verint, Hamburg Süd, Roland
Berger, DHL,Schneider Electric, Canon. Traduzi três livros técnicos do inglês
para o português. Uma empresa que deseja fazer um anuncio em inglês para
colocar no exterior eu sou uma pessoa capacitada para fazer isso. Há muitas
empresas que recebem muita correspondência comercial da matriz, tem que colocar
para o português, seja algo para ser publicado, um plano que a matriz queira
que seja elaborado, textos corporativos, eu traduzia para um bom português para
ser publicado. Cheguei a colocar “nota do tradutor” em vermelho quando
começaram a vulgarizar demais o vocabulário. Por exemplo, “a nível de”,
“focado” “obstaculizar”, cansei de ver escrito repetidamente no mesmo texto.
Gosto dos textos do Veríssimo, quando ele é irônico com a americanização que
estão fazendo com a nossa língua. Porque “50% off” põe “50% de desconto”, “sale” escreva
“venda”.
Qual é o seu facebook?
É Alberto Carmo (existe um homônimo), o meu
email é: lennon@netpoint.com.br . Um dos motivos que credito ao meu
sucesso como tradutor é que eu estava sempre disponível. Lembro-me de uma
pessoa que estava o exterior e ligou-me pedindo um texto para que ela usasse
dali a algumas horas em uma reunião importante. Segundo ela me disse o texto
que elaborei e enviei salvou a conta com um cliente dela. Conheço bem o
linguajar do pessoal de propaganda e marketing para escrever de forma bem feita
com uma conversa que venda o produto ou serviço. Esse sempre foi o meu
diferencial, não era traduzir literalmente, mas sim traduzir de forma que
atingisse o objetivo final. Eu opinava, dizia que não achava bom aquilo, que
tal escrever desta forma. Nunca usei o que chamam de “motores de tradução” que
são programas que traduzem. Vou traduzir de acordo com a realidade do momento,
a tradução tem que ficar cada vez melhor. Por exemplo, no Brasil há muitas
cidades que buscam investimentos de empresas do exterior. Só que tem que saber
falar a linguagem das possíveis empresas interessadas. Simplesmente fazer um
site pode funcionar de forma inversa, passa uma impressão errada da cidade,
temos que saber que nem sempre a linguagem compreensível para nós é entendida
da mesma forma por povos de outra cultura. Um ótimo site para nós pode suscitar
duvidas e ate inviabilizar o investimento se não for dito na linguagem que o
pretenso interessado entenda.
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