quarta-feira, fevereiro 11, 2009
Você é substituível?
Será mesmo que você é substituível?
Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E o Beethoven?
- Como? - encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven?
Silêncio.
Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.
Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Albert Einstein? Picasso? Zico?
Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar 'seus gaps'.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis obsessivo... O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas´ de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Quando o Zacarias dos Trapalhões faleceu, ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:
"Estamos todos muitos tristes com a partida de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.. Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível"
Portanto nunca esqueça: Você é um talento único....com toda certeza ninguém te substituirá.
Colaboração E.B.
Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E o Beethoven?
- Como? - encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven?
Silêncio.
Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.
Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Albert Einstein? Picasso? Zico?
Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar 'seus gaps'.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis obsessivo... O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas´ de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Quando o Zacarias dos Trapalhões faleceu, ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:
"Estamos todos muitos tristes com a partida de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.. Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível"
Portanto nunca esqueça: Você é um talento único....com toda certeza ninguém te substituirá.
Colaboração E.B.
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
E.C. XV de Novembro de Piracicaba
DR. LUIZ ROBERTO LORDELLO BELTRAME
PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS JOÃO UMBERTO NASSIF Jornalista e Radialista joaonassif@gmail.com
Sábado, 07 de fevereiro de 2009
Entrevista: Publicada aos sábados no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
http://www.tribunatp.com.br/
http://www.teleresponde.com.br/ http://blognassif.blogspot.com/
O E.C. XV de Novembro de Piracicaba tem sua diretoria constituída com a seguinte composição: Presidente: Luis Roberto Lordello Beltrame; Vice-Presidente: João Carlos Maiolo; 1º Diretor Secretário: Roberto Jaoude; 2º Diretor Secretário: Ledy Anderson Nascimento; 1º Diretor Tesoureiro: Antonio César de Pádua; 2º Diretor Tesoureiro: Luiz Antonio Lopes; Diretor de Futebol: Renato Bonfiglio; Diretores Adjuntos de Futebol: Valmir Aparecido Benedito de Freitas (Profissional); Mário José Brunelli (Base); Vicente Antonio Naval (Base); Diretor do Departamento Jurídico: João Carmelo Alonso; Diretor de Patrimônio: Celso Norberto Christofoletti; Diretor de Relações. Públicas e Marketing: Francisco Carlos Malosá Junior; Diretor Social: Rafael Brunelli; Diretor do Departamento Médico: Edison José Aparecido Angeli; Diretores Adjuntos do Departamento Médico: José Roberto Ferraciu Alleoni, Francisco Carlos Malosá, Paulo Henrique Paes, Gerente Administrativo: Antonio Carlos Fernandes; Assessor de Imprensa: Alaor Antonio Menegalle. O XV de Novembro de Piracicaba foi fundado no dia 15 de novembro de 1913, constituído por duas equipes da cidade o Esporte Clube Vergueirense e 12 de Outubro entraram em um acordo para se fundirem e convidaram o o cirurgião-dentista e Capitão da Guarda Nacional Carlos Wingeter para presidir o novo clube. O capitão aceitou, e sugeriu que o nome da agremiação fosse dado em homenagem à Proclamação da República Confederativa do Brasil. Seu primeiro título foi em 1914, quando conquistou uma competição amadora da cidade de Piracicaba, vencendo a Associação Esportiva Piracicaba por 3 a 2. Em 1918 o XV filiou-se a Associação Paulista de Esportes Atléticos e passou a disputar campeonatos pelo interior, onde conquistou os títulos de campeão regional em 1918 e vice-campeão em 1920. Em 1931, o clube conseguiu conquistar seu primeiro título de maior expressão: Campeão do Interior. Na década seguinte, em 1948, o XV de Piracicaba alcançou mais uma vez uma conquista. Desta vez foi campeão da Segunda Divisão do Futebol Paulista (correspondente a atual Série A2), participando, a partir de 1949, da Primeira Divisão (atual A1), junto com os times grandes do Estado. A história do XV é muito rica, reflete aspectos interessantes da cidade. Figuras quase mitológica como o Comendador Humberto D`Abronzo, Romeu Ítalo Ripoli ajudaram a divulgar a imagem do XV praticamente pelo país todo. Por muitos anos, o piracicabano ao visitar qualquer outra localidade era de imediato questionado: Como está o XV? O Mirante do Rio Piracicaba está com muito peixe? E a cachaça de Piracicaba? Eram três perguntas para as quais tinha que ter a resposta na ponta da língua. O XV de Piracicaba está entranhado de tal forma na alma do piracicabano, esportista ou não, que é praticamente uma extensão da sua identidade com Piracicaba.
Presidente o senhor é piracicabano?
Nasci em Piracicaba no dia 23 de setembro de 1963. Sou filho de Moacyr Beltrame e Maria Aparecida Lordello Beltrame. Sou advogado militante na Comarca de Piracicaba. Formei-me pela Unimep, turma de 1984. Meus estudos, eu iniciei na Escola Peixinho Vermelho, depois estudei na escola Benedito Ferreira da Costa, onde minha mãe era professora. Estudei no Dom Bosco, Sud Mennucci. O ano passado fiz especialização na área de Direito do Trabalho, que é a área onde atuo. Meu pai por muitos anos foi vogal da Justiça do Trabalho, depois passou a Juiz Classista, ele foi o segundo Juiz Classista mais antigo do Brasil. Ele permaneceu por 31 anos na Justiça do Trabalho, ele faleceu em 1993. Minha mãe graças a Deus está viva, é muito ativa junto á comunidade piracicabana, particularmente atendendo aos mais necessitados, através de entidades assistenciais. Somos três irmãos: o mais velho que é o Moacir, o Carlos e eu.
O senhor é uma pessoa de estatura avantajada, com altura ideal para a prática de basquete. Chegou a praticar esse esporte ou algum outro?
Eu apenas brincava em meus tempos de escola. Jogava basquete no Sud Mennucci no tempo do professor de educação física Mezzacapa. Tive aula de educação física com o professor Cantoni.
Quando foi a primeira vez em que o senhor entrou em um estádio de futebol?
Eu acompanhava o meu pai, ele era quinzista apaixonado pelo XV. Tenho lembraças do XV no período em que eu tinha onze ou doze anos de idade. Isso por volta de 1963, 1964, nós vínhamos ao Estádio Barão de Serra Negra.
O senhor conheceu uma das figuras mais importantes da história do esporte piracicabano, Delphin Ferreira da Rocha Netto?
Conheci. Tive a oportunidade de conversar algumas vezes com ele.
A atuação do senhor na diretoria do XV iniciou-se em que ano?
Participo da diretoria desde 2002. Vim pelas mãos do Dr. Renato Bonfiglio. Em 1985, ainda cursando a faculdade eu era assistente do Dr. Renato no Sindicato dos Metalúrgicos, quando ele assumiu a presidência do XV em 2002 ele me convidou para integrar o Conselho do XV e depois da diretoria.
O que move o cidadão a dedicar-se ao XV de Novembro?
O XV tem um significado importante para a cidade. Acaba-se envolvendo, passa a ter uma satisfação em trabalhar por ele, e o fato de desenvolver um trabalho pela instituição, procurando resgatar as glórias da equipe isso passa a ser um ideal. O clube passa a receber um tratamento especial, como se fosse um filho, nós sentimos a necessidade de tratar essa agremiação com carinho, estimular seu progresso. Quando percebemos estamos tão envolvidos que passa a ser um hábito estar sempre lutando pelo XV. A unificação processual dos processos trabalhistas, em que o XV foi pioneiro no Estado de São Paulo foi uma conquista minha.
O senhor foi eleito presidente do XV em que dia?
Como membro da diretoria executiva, assumi por um período que foi no período de maio de 2008 até novembro de 2008, que foi um mandato tampão. No dia 15 de novembro de 2008 fui eleito presidente para o biênio seguinte.
Ser presidente do XV de Piracicaba é altamente significativo junto á comunidade piracicabana, como o senhor vê essa condição?
O sentimento de responsabilidade é muito grande. O XV é um ícone da cidade de Piracicaba. Quando vemos o estádio lotado sentimos uma grande satisfação em saber que fazemos parte dessa enorme festa. Imagine mais de vinte mil pessoas no estádio, e sabermos que tudo que possa acontecer depende das decisões que tomamos no cotidiano. Em 2008 o XV foi o clube que teve o maior público do interior. Foi o quinto maior público do Estado de São Paulo. Isso ele estando na série A-3. Tivemos mais pessoas presentes aqui no Estádio Barão de Serra Negra do que no final do campeonato Paulista entre Ponte Preta e Palmeiras. Um público maior do que esteve presente quando o Guarani subiu em sua classificação.
Quantos torcedores cabem no Estádio Barão de Serra Negra?
Nesse estádio cabem umas vinte e seis mil pessoas. Porém com o advento do Estatuto do Torcedor, foi diminuída a capacidade dele. Hoje a capacidade oficial do Estádio Barão de Serra Negra é em torno de dezenove mil e quinhentos lugares.
Existe um Estatuto do Torcedor?
Existe. É como se fosse um estatuto do consumidor, do idoso, do menor. Ele é voltado para a proteção do torcedor. É uma legislação voltada para proteção do torcedor. Prevê os direitos do torcedor, os estádios são divididos em seções, cada uma delas pintada de uma cor, tem que haver um ouvidor para os reclamos do torcedor, assistência médica. Um detalhe que não é muito conhecido do público, mas pagamos em todos os jogos, uma determinada quantia que corresponde ao seguro do torcedor. Quem faz a apólice é a Federação Paulista e nós pagamos determinada quantia por torcedor.
Qual é a situação atual do XV em termos de elenco e classificação?
O elenco é extremamente competente. Foi Vice-Campeão da Copa Federação 2008. Conseguimos manter esse grupo de atletas, vieram mais alguns do mesmo nível, é um elenco forte. Quem faz a análise do Campeonato Paulista, na série A-3 indica o XV como um dos favoritos, até para a disputa do título. Só que não deixamos que esse tipo de comentário influencie no comportamento do time. Começamos agora o Campeonato Paulista, o primeiro jogo foi no sábado passado, XV e Bandeirantes de Birigui quando empatamos marcando um gol cada equipe. Estamos recebendo um novo técnico, o Emerson Alcântara, que veio do Penapolense. No próximo sábado vamos jogar contra o XV de Jaú.
O XV hoje está classificado na divisão A-3?
O campeonato Paulista está classificado em três divisões profissionais: A-1, A-2 e A-3. Abaixo disso existe a série B, que é uma série de acesso para qualquer time profissional que queira disputar e seguir as classificações seguintes. Em 2005 o XV subiu para a série A-2 em 2006 ele disputou a série A-2, não foi feliz e caiu para a série A-3 novamente. O intuito nosso é subir o XV para a série A-2 que é o caminho para voltar para a série A-1, onde está a elite do futebol.
No time profissional quantos atletas o XV possui?
É composto por 28 atletas.
E para bancar isso tudo, de onde vêm os recursos?
Contamos com os patrocinadores, hoje em número de aproximadamente oito.
Qual é faixa salarial de um atleta do XV?
Para os meninos que subiram da categoria de base a principio recebem o salário mínimo. Até atletas que recebem na ordem de quatro mil reais.
Outras agremiações ficam de olho em alguns atletas do XV?
Tivemos umas disputas no final do campeonato, no começo deste campeonato, vários clubes se interessaram por diversos jogadores nosso.
Não há interesse para o XV vender o passe desses atletas?
Não! Não, porque nós conseguimos montar esse elenco, extremamente competente, aguerrido, com espírito de luta, com vontade de subir o time. O que nos interessa é subir o XV. Dispor desses valores profissionais pode ser uma forma de fortalecer o adversário.
Os atletas ficam alojados onde?
Temos alojamentos. Quem tem família constituída, é casado, fica com sua família em apartamento. Isso tudo é acertado quando o atleta é contratado.
Piracicaba revelou grandes talentos do futebol?
Inclusive nomes da Seleção Brasileira. Chicão, recentemente falecido foi um deles. De Sordi. Mazzolla. Coutinho.
A Escolinha do São Paulo Futebol Clube é um exemplo a ser seguido?
É um exemplo. Só que temos que olhar a realidade do XV. O São Paulo deve ter uns seiscentos meninos, para custear isso são valores elevados. Existem meninos que pertencem á categoria de juniores, ainda não são profissionais, mas que recebem salários muito significativos. Qualquer menino, que seja profissionalizado mais que ainda não estão jogando no time principal ganha cinco, dez mil reais.
Piracicaba tem cerca de 350.000 quinzistas?
Em tese. Não é todo mundo que acompanha futebol, que gosta de futebol. Eu sei que o XV bate recordes sucessivos de público. Nessa primeira rodada, que começou o Campeonato Paulista, o XV foi recordista de público de todos os outros jogos. Mesmo quem não gosta de futebol tem uma simpatia pelo XV. Até o mesmo o símbolo do Nhô Quim, do caipira, acaba gerando uma simpatia. É interessante observar que não só na região de Piracicaba, mas também em regiões bem mais distantes como no Nordeste, no Sul, onde você for, quando ficam sabendo que a sua origem é Piracicaba há um grande interesse de pessoas que querem saber sobre o XV de Novembro. Tenho vários relatos de pessoas que vêm aqui na sede comprar uma camisa. Eles dizem que estavam, por exemplo, em Porto Alegre e tiveram que dar a camisa do XV para alguém que a pediu. Isso aconteceu nas mais diversas localidades do país. O XV comemorou no ano passado 95 anos, nós fizemos uma camisa comemorativa, que é uma camisa baseada no modelo que foi utilizado nas décadas de 20, 30. Vendemos mais de mil peças dessas camisas. Há pessoas das mais diversas regiões do país, inclusive do exterior, que acompanham os jogos do XV pela internet.
Como é a relação do clube com a Federação Paulista de Futebol?
Muito boa. O Presidente Marco Pólo Del Nero é uma pessoa ciente dos problemas que ocorrem com os times do interior. É uma relação extremamente saudável. No final na copa no ano passado ele e o Vice-Presidente Dr. Reinaldo Carneiro estiveram presentes aqui em Piracicaba. Eles dizem que o XV de Novembro de Piracicaba não é um time para ficar na série A-3. A estrutura, a tradição que o time tem é própria de times pertencentes á série A-1. O XV é uma equipe que conta com departamento médico, fisioterapeutas, fisiologistas, nutricionistas. O nosso fisiologista é o Professor Doutor Sérgio Camarda. Isso nem todos os times grandes possuem.
O presidente e os diretores do XV recebem algum salário do time?
Não. É um trabalho voluntário. Ás vezes nós acabamos custeando do próprio bolso algumas coisas necessárias ao time.
Qual é o site oficial do XV de Novembro de Piracicaba?
O Site oficial do Esporte Clube XV de Novembro é:
www.xvpiracicaba.com.br
PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS JOÃO UMBERTO NASSIF Jornalista e Radialista joaonassif@gmail.com
Sábado, 07 de fevereiro de 2009
Entrevista: Publicada aos sábados no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
http://www.tribunatp.com.br/
http://www.teleresponde.com.br/ http://blognassif.blogspot.com/
ENTREVISTADO: DR. LUIZ ROBERTO LORDELLO BELTRAME
PRESIDENTE DO XV DE NOVEMBRO DE PIRACICABA
Jornalista João Umberto Nassif
PRESIDENTE DO XV DE NOVEMBRO DE PIRACICABA
Jornalista João Umberto Nassif
O E.C. XV de Novembro de Piracicaba tem sua diretoria constituída com a seguinte composição: Presidente: Luis Roberto Lordello Beltrame; Vice-Presidente: João Carlos Maiolo; 1º Diretor Secretário: Roberto Jaoude; 2º Diretor Secretário: Ledy Anderson Nascimento; 1º Diretor Tesoureiro: Antonio César de Pádua; 2º Diretor Tesoureiro: Luiz Antonio Lopes; Diretor de Futebol: Renato Bonfiglio; Diretores Adjuntos de Futebol: Valmir Aparecido Benedito de Freitas (Profissional); Mário José Brunelli (Base); Vicente Antonio Naval (Base); Diretor do Departamento Jurídico: João Carmelo Alonso; Diretor de Patrimônio: Celso Norberto Christofoletti; Diretor de Relações. Públicas e Marketing: Francisco Carlos Malosá Junior; Diretor Social: Rafael Brunelli; Diretor do Departamento Médico: Edison José Aparecido Angeli; Diretores Adjuntos do Departamento Médico: José Roberto Ferraciu Alleoni, Francisco Carlos Malosá, Paulo Henrique Paes, Gerente Administrativo: Antonio Carlos Fernandes; Assessor de Imprensa: Alaor Antonio Menegalle. O XV de Novembro de Piracicaba foi fundado no dia 15 de novembro de 1913, constituído por duas equipes da cidade o Esporte Clube Vergueirense e 12 de Outubro entraram em um acordo para se fundirem e convidaram o o cirurgião-dentista e Capitão da Guarda Nacional Carlos Wingeter para presidir o novo clube. O capitão aceitou, e sugeriu que o nome da agremiação fosse dado em homenagem à Proclamação da República Confederativa do Brasil. Seu primeiro título foi em 1914, quando conquistou uma competição amadora da cidade de Piracicaba, vencendo a Associação Esportiva Piracicaba por 3 a 2. Em 1918 o XV filiou-se a Associação Paulista de Esportes Atléticos e passou a disputar campeonatos pelo interior, onde conquistou os títulos de campeão regional em 1918 e vice-campeão em 1920. Em 1931, o clube conseguiu conquistar seu primeiro título de maior expressão: Campeão do Interior. Na década seguinte, em 1948, o XV de Piracicaba alcançou mais uma vez uma conquista. Desta vez foi campeão da Segunda Divisão do Futebol Paulista (correspondente a atual Série A2), participando, a partir de 1949, da Primeira Divisão (atual A1), junto com os times grandes do Estado. A história do XV é muito rica, reflete aspectos interessantes da cidade. Figuras quase mitológica como o Comendador Humberto D`Abronzo, Romeu Ítalo Ripoli ajudaram a divulgar a imagem do XV praticamente pelo país todo. Por muitos anos, o piracicabano ao visitar qualquer outra localidade era de imediato questionado: Como está o XV? O Mirante do Rio Piracicaba está com muito peixe? E a cachaça de Piracicaba? Eram três perguntas para as quais tinha que ter a resposta na ponta da língua. O XV de Piracicaba está entranhado de tal forma na alma do piracicabano, esportista ou não, que é praticamente uma extensão da sua identidade com Piracicaba.
Presidente o senhor é piracicabano?
Nasci em Piracicaba no dia 23 de setembro de 1963. Sou filho de Moacyr Beltrame e Maria Aparecida Lordello Beltrame. Sou advogado militante na Comarca de Piracicaba. Formei-me pela Unimep, turma de 1984. Meus estudos, eu iniciei na Escola Peixinho Vermelho, depois estudei na escola Benedito Ferreira da Costa, onde minha mãe era professora. Estudei no Dom Bosco, Sud Mennucci. O ano passado fiz especialização na área de Direito do Trabalho, que é a área onde atuo. Meu pai por muitos anos foi vogal da Justiça do Trabalho, depois passou a Juiz Classista, ele foi o segundo Juiz Classista mais antigo do Brasil. Ele permaneceu por 31 anos na Justiça do Trabalho, ele faleceu em 1993. Minha mãe graças a Deus está viva, é muito ativa junto á comunidade piracicabana, particularmente atendendo aos mais necessitados, através de entidades assistenciais. Somos três irmãos: o mais velho que é o Moacir, o Carlos e eu.
O senhor é uma pessoa de estatura avantajada, com altura ideal para a prática de basquete. Chegou a praticar esse esporte ou algum outro?
Eu apenas brincava em meus tempos de escola. Jogava basquete no Sud Mennucci no tempo do professor de educação física Mezzacapa. Tive aula de educação física com o professor Cantoni.
Quando foi a primeira vez em que o senhor entrou em um estádio de futebol?
Eu acompanhava o meu pai, ele era quinzista apaixonado pelo XV. Tenho lembraças do XV no período em que eu tinha onze ou doze anos de idade. Isso por volta de 1963, 1964, nós vínhamos ao Estádio Barão de Serra Negra.
O senhor conheceu uma das figuras mais importantes da história do esporte piracicabano, Delphin Ferreira da Rocha Netto?
Conheci. Tive a oportunidade de conversar algumas vezes com ele.
A atuação do senhor na diretoria do XV iniciou-se em que ano?
Participo da diretoria desde 2002. Vim pelas mãos do Dr. Renato Bonfiglio. Em 1985, ainda cursando a faculdade eu era assistente do Dr. Renato no Sindicato dos Metalúrgicos, quando ele assumiu a presidência do XV em 2002 ele me convidou para integrar o Conselho do XV e depois da diretoria.
O que move o cidadão a dedicar-se ao XV de Novembro?
O XV tem um significado importante para a cidade. Acaba-se envolvendo, passa a ter uma satisfação em trabalhar por ele, e o fato de desenvolver um trabalho pela instituição, procurando resgatar as glórias da equipe isso passa a ser um ideal. O clube passa a receber um tratamento especial, como se fosse um filho, nós sentimos a necessidade de tratar essa agremiação com carinho, estimular seu progresso. Quando percebemos estamos tão envolvidos que passa a ser um hábito estar sempre lutando pelo XV. A unificação processual dos processos trabalhistas, em que o XV foi pioneiro no Estado de São Paulo foi uma conquista minha.
O senhor foi eleito presidente do XV em que dia?
Como membro da diretoria executiva, assumi por um período que foi no período de maio de 2008 até novembro de 2008, que foi um mandato tampão. No dia 15 de novembro de 2008 fui eleito presidente para o biênio seguinte.
Ser presidente do XV de Piracicaba é altamente significativo junto á comunidade piracicabana, como o senhor vê essa condição?
O sentimento de responsabilidade é muito grande. O XV é um ícone da cidade de Piracicaba. Quando vemos o estádio lotado sentimos uma grande satisfação em saber que fazemos parte dessa enorme festa. Imagine mais de vinte mil pessoas no estádio, e sabermos que tudo que possa acontecer depende das decisões que tomamos no cotidiano. Em 2008 o XV foi o clube que teve o maior público do interior. Foi o quinto maior público do Estado de São Paulo. Isso ele estando na série A-3. Tivemos mais pessoas presentes aqui no Estádio Barão de Serra Negra do que no final do campeonato Paulista entre Ponte Preta e Palmeiras. Um público maior do que esteve presente quando o Guarani subiu em sua classificação.
Quantos torcedores cabem no Estádio Barão de Serra Negra?
Nesse estádio cabem umas vinte e seis mil pessoas. Porém com o advento do Estatuto do Torcedor, foi diminuída a capacidade dele. Hoje a capacidade oficial do Estádio Barão de Serra Negra é em torno de dezenove mil e quinhentos lugares.
Existe um Estatuto do Torcedor?
Existe. É como se fosse um estatuto do consumidor, do idoso, do menor. Ele é voltado para a proteção do torcedor. É uma legislação voltada para proteção do torcedor. Prevê os direitos do torcedor, os estádios são divididos em seções, cada uma delas pintada de uma cor, tem que haver um ouvidor para os reclamos do torcedor, assistência médica. Um detalhe que não é muito conhecido do público, mas pagamos em todos os jogos, uma determinada quantia que corresponde ao seguro do torcedor. Quem faz a apólice é a Federação Paulista e nós pagamos determinada quantia por torcedor.
Qual é a situação atual do XV em termos de elenco e classificação?
O elenco é extremamente competente. Foi Vice-Campeão da Copa Federação 2008. Conseguimos manter esse grupo de atletas, vieram mais alguns do mesmo nível, é um elenco forte. Quem faz a análise do Campeonato Paulista, na série A-3 indica o XV como um dos favoritos, até para a disputa do título. Só que não deixamos que esse tipo de comentário influencie no comportamento do time. Começamos agora o Campeonato Paulista, o primeiro jogo foi no sábado passado, XV e Bandeirantes de Birigui quando empatamos marcando um gol cada equipe. Estamos recebendo um novo técnico, o Emerson Alcântara, que veio do Penapolense. No próximo sábado vamos jogar contra o XV de Jaú.
O XV hoje está classificado na divisão A-3?
O campeonato Paulista está classificado em três divisões profissionais: A-1, A-2 e A-3. Abaixo disso existe a série B, que é uma série de acesso para qualquer time profissional que queira disputar e seguir as classificações seguintes. Em 2005 o XV subiu para a série A-2 em 2006 ele disputou a série A-2, não foi feliz e caiu para a série A-3 novamente. O intuito nosso é subir o XV para a série A-2 que é o caminho para voltar para a série A-1, onde está a elite do futebol.
No time profissional quantos atletas o XV possui?
É composto por 28 atletas.
E para bancar isso tudo, de onde vêm os recursos?
Contamos com os patrocinadores, hoje em número de aproximadamente oito.
Qual é faixa salarial de um atleta do XV?
Para os meninos que subiram da categoria de base a principio recebem o salário mínimo. Até atletas que recebem na ordem de quatro mil reais.
Outras agremiações ficam de olho em alguns atletas do XV?
Tivemos umas disputas no final do campeonato, no começo deste campeonato, vários clubes se interessaram por diversos jogadores nosso.
Não há interesse para o XV vender o passe desses atletas?
Não! Não, porque nós conseguimos montar esse elenco, extremamente competente, aguerrido, com espírito de luta, com vontade de subir o time. O que nos interessa é subir o XV. Dispor desses valores profissionais pode ser uma forma de fortalecer o adversário.
Os atletas ficam alojados onde?
Temos alojamentos. Quem tem família constituída, é casado, fica com sua família em apartamento. Isso tudo é acertado quando o atleta é contratado.
Piracicaba revelou grandes talentos do futebol?
Inclusive nomes da Seleção Brasileira. Chicão, recentemente falecido foi um deles. De Sordi. Mazzolla. Coutinho.
A Escolinha do São Paulo Futebol Clube é um exemplo a ser seguido?
É um exemplo. Só que temos que olhar a realidade do XV. O São Paulo deve ter uns seiscentos meninos, para custear isso são valores elevados. Existem meninos que pertencem á categoria de juniores, ainda não são profissionais, mas que recebem salários muito significativos. Qualquer menino, que seja profissionalizado mais que ainda não estão jogando no time principal ganha cinco, dez mil reais.
Piracicaba tem cerca de 350.000 quinzistas?
Em tese. Não é todo mundo que acompanha futebol, que gosta de futebol. Eu sei que o XV bate recordes sucessivos de público. Nessa primeira rodada, que começou o Campeonato Paulista, o XV foi recordista de público de todos os outros jogos. Mesmo quem não gosta de futebol tem uma simpatia pelo XV. Até o mesmo o símbolo do Nhô Quim, do caipira, acaba gerando uma simpatia. É interessante observar que não só na região de Piracicaba, mas também em regiões bem mais distantes como no Nordeste, no Sul, onde você for, quando ficam sabendo que a sua origem é Piracicaba há um grande interesse de pessoas que querem saber sobre o XV de Novembro. Tenho vários relatos de pessoas que vêm aqui na sede comprar uma camisa. Eles dizem que estavam, por exemplo, em Porto Alegre e tiveram que dar a camisa do XV para alguém que a pediu. Isso aconteceu nas mais diversas localidades do país. O XV comemorou no ano passado 95 anos, nós fizemos uma camisa comemorativa, que é uma camisa baseada no modelo que foi utilizado nas décadas de 20, 30. Vendemos mais de mil peças dessas camisas. Há pessoas das mais diversas regiões do país, inclusive do exterior, que acompanham os jogos do XV pela internet.
Como é a relação do clube com a Federação Paulista de Futebol?
Muito boa. O Presidente Marco Pólo Del Nero é uma pessoa ciente dos problemas que ocorrem com os times do interior. É uma relação extremamente saudável. No final na copa no ano passado ele e o Vice-Presidente Dr. Reinaldo Carneiro estiveram presentes aqui em Piracicaba. Eles dizem que o XV de Novembro de Piracicaba não é um time para ficar na série A-3. A estrutura, a tradição que o time tem é própria de times pertencentes á série A-1. O XV é uma equipe que conta com departamento médico, fisioterapeutas, fisiologistas, nutricionistas. O nosso fisiologista é o Professor Doutor Sérgio Camarda. Isso nem todos os times grandes possuem.
O presidente e os diretores do XV recebem algum salário do time?
Não. É um trabalho voluntário. Ás vezes nós acabamos custeando do próprio bolso algumas coisas necessárias ao time.
Qual é o site oficial do XV de Novembro de Piracicaba?
O Site oficial do Esporte Clube XV de Novembro é:
www.xvpiracicaba.com.br
domingo, fevereiro 08, 2009
Como funciona a caixa preta dos aviões?
A caixa preta é constituída de sistemas eletrônicos de gravação que registram automaticamente todos os dados relativos ao vôo, bem como os últimos 30 minutos de conversação na cabine de comando.
Essas informações são de vital importância para os peritos que investigam as causas de um acidente aéreo.
Apesar do nome, a caixa preta é, na verdade, vermelha ou alaranjada, caso caia no mar ou em florestas esta cor a diferenciaria do ambiente, ela possui ainda um transmissor de sinais justamente para facilitar a localização nesses casos.
Para resistir aos choques e a grandes impactos, as caixas ficam na cauda da aeronave e são fabricadas com materiais ultra-resistentes como titânio e/ou fibra de carbono, podendo suportar temperaturas de até 1000 graus Celsius.
Ela tem ainda uma bateria que garante seu funcionamento independentemente do avião. A conexão da caixa preta à aeronave é feita por cabos semelhantes aos usados para ligar aparelhos portáteis como impressoras, câmeras fotográficas e celulares ao computador.
O aparelho que revolucionou o setor aéreo foi idealizado pelo cientista aeronáutico australiano David Warren em 1957. No começo a invenção não foi bem recebida porque os pilotos se sentiam vigiados durante o vôo, mas logo os ingleses e norte-americanos perceberiam a importância da caixa preta de Warren, que foi incorporada às aeronaves destes dois países um ano depois.Bruna Bernardi.
Essas informações são de vital importância para os peritos que investigam as causas de um acidente aéreo.
Apesar do nome, a caixa preta é, na verdade, vermelha ou alaranjada, caso caia no mar ou em florestas esta cor a diferenciaria do ambiente, ela possui ainda um transmissor de sinais justamente para facilitar a localização nesses casos.
Para resistir aos choques e a grandes impactos, as caixas ficam na cauda da aeronave e são fabricadas com materiais ultra-resistentes como titânio e/ou fibra de carbono, podendo suportar temperaturas de até 1000 graus Celsius.
Ela tem ainda uma bateria que garante seu funcionamento independentemente do avião. A conexão da caixa preta à aeronave é feita por cabos semelhantes aos usados para ligar aparelhos portáteis como impressoras, câmeras fotográficas e celulares ao computador.
O aparelho que revolucionou o setor aéreo foi idealizado pelo cientista aeronáutico australiano David Warren em 1957. No começo a invenção não foi bem recebida porque os pilotos se sentiam vigiados durante o vôo, mas logo os ingleses e norte-americanos perceberiam a importância da caixa preta de Warren, que foi incorporada às aeronaves destes dois países um ano depois.Bruna Bernardi.