sábado, dezembro 27, 2014

MARIA LAURA COSTA AGGIO


PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E MEMÓRIAS
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 20 dezembro de 2014.
Entrevista: Publicada aos sábados no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
http://blognassif.blogspot.com/

ENTREVISTADA: MARIA LAURA COSTA AGGIO

 

 Maria Laura Costa Aggio nasceu a 1 de junho de 1946, na cidade de Pirassununga,  é filha de João Aggio Neto e Hermínia Costa Aggio, que tiveram também os filhos João Carlos e Carlos Alberto.  Seu pai era desenhista do hoje IBAMA, antes denominado Superintendência de Pesca (Sudepe), ele ilustrava livros técnicos de piscicultura. Era um verdadeiro artista, reproduzia com perfeição todas as espécies e evoluções de peixes existentes no Brasil. Eram ilustrações feitas a “bico de pena”, que permite aos artistas usufruir facilmente do chamado "efeito fino-grosso" do traço.  A letra existente na famosa “Caninha Pirassununga” é obra dele, foi ele quem fez o primeiro rótulo da famosa aguardente “51”. Além de excelente artista era também advogado, concluiu a faculdade com 59 anos. Maria Laura casou-se com Paulo Hyppolito de Oliveira em 1 de novembro de 2007.

Em que escola você estudou em Pirassununga?

Estudei no Instituto de Educação Pirassununga, desde o grupo escolar até o Curso Normal, o hoje denominado magistério. Formei-me como professora.

Pirassununga na época era uma cidade relativamente pequena?

Era uma cidade relativamente pequena, mas dotada de instituições reconhecidas não só no Brasil como no exterior. Em 1971 a Academia da Força Aérea (AFA) foi transferida para suas novas instalações em Pirassununga, município que reunia as melhores condições de clima e temperatura de todo o país para a prática de atividades de instrução aérea. da Força Aérea (AFA). Em Pirassununga está o 13º Regimento de Cavalaria Mecanizada ou Esquadrão Anhangüera, aprendi a nadar no quartel, não havia outra piscina na cidade. O meu pai tinha excelentes relações de amizade com os oficiais que nos convidavam para nadar. Aos dois anos de idade aprendi a nadar nessa piscina. Papai e mamãe gostavam muito de natação, fizeram a travessia de São Paulo a Nado, na época da Maria Lenk (Maria Emma Hulga Lenk Zigler principal nadadora brasileira, a única mulher do país a ser introduzida no Swimming Hall of Fame, em Fort Lauderdale, Flórida). Meus pais eram amigos da Maria Lenk.

Como era essa Travessia de São Paulo a Nado?

Era no Rio Tietê. Eles nadavam em uma piscina de madeira dentro do Rio Tietê. A Travessia de São Paulo a Nado era o mais badalado evento esportivo do rio e chegou a reunir 1.900 atletas. O Clube não tinha piscina. Para treinar seus nadadores e jogadores de pólo aquático, o clube, mandou fazer uma 'piscina' de 25 metros de cumprimento por uns 10 de largura. A 'piscina' consistia em dois pontões de ripas de madeira ( mais  ou  menos de 10 cm de largura e 10 metros de cumprimento, formando um retângulo). Em baixo desse pontão eram colocados tambores vazios de óleo de 200 litros. Com isso, os pontões flutuavam à beira do rio, em uma distância entre eles de 25 metros. Entre os pontões eram colocadas raias dando a impressão perfeita de uma piscina de concreto. Ali treinavam seus nadadores e jogadores de pólo aquático.
Para os sócios havia duas 'piscinas' que eram feitas da seguinte maneira: construíram uma espécie de gaiola com 1,20 de profundidade com beiradas que formavam uma espécie de corredor.  Era um retângulo de 15 metros de cumprimento, 10 de largura e 1,20 metros (uma) e 1,80 metros (a outra) de profundidade com ripas que tinham cerca de 10 centímetros de largura e deixaram um espaço entre elas para que a água entrasse. Os corredores eram feitos de tábuas que ficavam juntas umas às outras, formando um passadiço (abaixo desses passadiços eram colocados tambores vazios).
O fundo da 'piscina' era também de ripa. Essa piscina era feita de ripas de madeira e tábuas nas beiradas formando corredores em volta. Duas dessas 'caixas de sapatos' enormes eram colocadas à margem do rio e nelas, os sócios nadavam e brincavam.

Você chegou a nadar no Rio Tietê?

No Tietê não, competi em natação por uns cinco anos. Medalhas de ouro devo ter umas trinta. Minha mãe tinha muitas medalhas que conquistou na natação, ela e papai nadaram muito com Maria Lenk. Eles eram sócios do Clube Tietê moravam em São Paulo. Meu pai nessa época trabalhava no bairro Água Branca. Depois foram morar no Rio de Janeiro, em 1941 eles estava morando lá, na Praia de Icaraí, em Niterói, meu pai trabalhava junto ao entreposto de pesca. Após permanecer um tempo no Rio de Janeiro meu pai foi transferido para Pirassununga que foi quando nasci.

Até que idade você morou em Pirassununga?

Até uns 22 anos. A diversão dos jovens era “quadrar o jardim”, a rua do comércio era a Rua Duque de Caxias, Rua XV de Novembro.

Como eram os desfiles comemorativos a 7 de Setembro em Pirassununga?

Meu irmão Carlos Alberto era o instrutor da fanfarra. Eu era baliza. Isso no Instituto de Educação Pirassununga. Nessa época eu estudava balé com a Dona Muni, uma alemã. Como baliza eu dava salto mortal no quarteirão inteiro, durante o trajeto, a luva branca em pouco tempo já estava negra. Nos aniversários de cidades vizinhas como Leme, Araras, Porto Ferreira, nós íamos desfilar. Era uma fanfarra grande, muito bonita, toda uniformizada. Eu usava um tênis branco e uma polainazinha. Desfilei dos onze aos quinze anos.

Você participava dos bailes de carnaval?

Sempre ganhava premio, na maioria das vezes prêmio de originalidade. Minha mãe entrava no “quarto dos milagres”, aquele quarto onde guardamos um pouco de tudo, aos oito meses eu já estava fantasiada de Carmem Miranda, com tamanquinho de cortiça. Outro dia fui de coelhinha. Fui premiada! Ia no colo da minha mãe. Naquela época não havia carros alegóricos, tínhamos o chamado corso. Isso tudo ocorria dentro do Clube Pirassununga, onde inclusive papai foi presidente por duas vezes. Depois fui fantasiada de Marilyn Monroe, minha mãe desfiou fez a tanga, o bustiê, tudo com saco de estopa. Ganhei em primeiro lugar na categoria originalidade. Eu tinha uns sete anos, era loirinha. Outra ocasião fui fantasiada de Nega Maluca. Ganhava sempre na categoria originalidade. Eu gostava muito de dançar nos bailes de carnaval. A última fantasia que usei foi de múmia, meu pai tinha um mosqueteiro que usava quando viajava para o Mato Grosso, cortei em tiras largas, fui para o clube, toda enfaixada, tive que ir em pé, a sorte é que sou baixinha, o carro que me levou era um fusca! Por baixo eu estava com um pijama, era um calor insuportável, tomava líquido (água, refrigerante) através de um canudinho. Foi uma fantasia bem original, ganhei em primeiro lugar!

Os jornais publicavam?

Acho que nem tinha jornais em Pirassununga ainda, as fotografias ficavam expostas no próprio clube. Participei de bailes de carnaval até os meus 18 anos.

Para externar essa animação e alegria toda, você ingeria algum tipo de bebida alcoólica?

Nunca bebi nada de álcool. Na época era permitido o uso de lança-perfume, nunca utilizei esse tipo de estimulante. Alguns inalavam propositadamente e tinham paradas cardíacas. A minha alegria era espontânea! Eu acho que é uma injuria muito forte à Deus o uso de estimulantes, ele já nos deu o dom de sermos alegres. Se sentir-se constrangido em pular carnaval então não vá! Antigamente havia um grande respeito em bailes de carnaval, as famílias acompanhavam os filhos. Com o passar do tempo as coisas foram mudando. Perdi o entusiasmo em participar de bailes de carnaval.

Você tinha alguma atividade artística além do balé?

Pintei várias telas, cheguei a expor aqui no Clube Cristóvão Colombo, em Piracicaba,  onde sou sócia remida. Toquei piano por uns dez anos, hoje toco teclado. Tive aula coma a Cecília Belatto. Quando morei em Campo Grande quando íamos aos restaurantes almoçar ou jantar tinha aqueles conjuntos com artistas tocando harpa paraguaia, dois violões, contrabaixo. Havia também o Baile do Grito e o Baile do Fazendeiro. No meio do baile aquela harpa paraguaia! Davam uns gritos melódicos. Aquilo é típico de Campo Grande!  Dançava-se muito. Aqueles fazendeiros de terno, com a mão calejada da lide no campo. Tinha um deles que era conhecido como Zé do Boi, diziam que vendia boi por hora.

O que é vender boi por hora?

Diziam que abria a porteira e passava boi marcando o tempo e não número de animais, é o chamado “boi por hora”. 

Até que idade você permaneceu em Pirassununga?

Até meus 22 anos. Meu pai foi transferido para Campo Grande e mudamos para lá. Isso foi em 1968. Era uma cidade muito boa, tinha 70 anos de fundação. Eu tinha concluído o Curso Normal, após dois anos prestei o vestibular e entrei em medicina e odontologia de Campo Grande.

Como surgiu essa vocação para odontologia?

Fiz o vestibular para medicina e odontologia e entrei na Universidade Estadual de Mato Grosso. Eu tinha o dom de esculpir, me identifiquei mais com a odontologia. Eu estava cursando a faculdade, meu pai aposentou-se, e quis voltar a morar em São Paulo novamente.

Quanto tempo você morou em Campo Grande?

Foram quatro anos. Lecionei em uma escola particular: “O Reizinho”. Quando mudamos para Piracicaba fiz quatro provas para poder transferir-me para a Faculdade de Odontologia de Piracicaba, tirei dez em todas as provas. Isso foi em 1972. Sempre fui boa aluna, em Campo Grande era primeira aluna. No vestibular eu tinha passado em terceiro lugar. Aqui em Piracicaba havia cinco candidatos e eu consegui a vaga. Tive que fazer prova escrita, oral e teórica. Um dos componentes da banca examinadora foi o professor doutor Mauro Antonio de Arruda Nóbilo. Aqui tive aulas de ortodontia com o  professor e ortodontista Darcy Flávio Nouer, Dr. Miguel Morano Júnior, Dra. Clotildes Peters. O diretor era o Dr. Plínio Alves de Moraes. O primeiro consultório em que trabalhei foi no da Clotildes. Ela foi muito bacana comigo, eu não tinha ainda como montar meu consultório.

Você formou-se em que ano?

Foi em 1973. Trabalhei no consultório da Dra. Clotildes e trabalhei também no SOM – Serviço Odontológico da Prefeitura. Com o Dr. Gentil Calil Chain. Trabalhei na unidade de Tanquinho, no Centro Social Caritas. Trabalhei em diversas unidades da zona rural. Após dois anos montei meu consultório na Rua Benjamin Constant, em frente a antiga agência Ford. O dentista se não tiver um consultório montado, que custa o preço de um veículo, ele não tem como trabalhar. No início adquiri um consultório da marca Odontobrás, trabalhei um bom tempo com ele, depois é que adquiri um Dabi Atlante. Doei para o Lar Franciscano de Menores o consultório Odontobrás. Quando parei de trabalhar doei o Dabi Atlante para o Centro Social Caritas.

Quantos anos você trabalhou como dentista?

Foram 26 anos. A minha mãe era a minha enfermeira, ela trabalhou comigo por 23 anos. Ela aprendeu tudo, instrumentava. Tinha um banquinho para mim e outro para ela, trabalhávamos a quatro mãos. Minha especialidade era dentistica estética e reabilitação oral. Fiz uns dois anos de endodontia.

Em média quantos pacientes você atendia por dia?

Eu sempre trabalhei em pé, odontologia em si é um trabalho muito cansativo. A coluna sente muitas conseqüências. Isso porque não sou uma pessoa alta. A postura em que o dentista trabalha é sacrificante. Em média atendia um paciente por hora, quatro pela manhã e quatro a tarde. Quando trabalhei na prefeitura começava a trabalhar às sete horas da manhã e depois ia para a zona rural, Tanquinho, quem me levava era o motorista da prefeitura, o Seu Vitório. Eu voltava, almoçava, atendia meus clientes no consultório e ficava às vezes até as onze horas da noite. Depois mudei da Rua Benjamin Constant e adquiri minha sala no Racz Center e fiquei lá até 2000.

A seu ver qual é o maior problema da saúde bucal do brasileiro?

Em minha opinião, eu acho que a saúde bucal do brasileiro é conseqüência da própria educação. Se o Estado tivesse mais cuidado com a saúde do brasileiro a primeira medida seria instituir postos de odontologia. Educação básica de higiene bucal.

Nós temos na Faculdade de Odontologia de Piracicaba um “escovódromo” onde são dadas noções básicas.

Nós temos aqui, mas tem cidades que nem pensam nisso! De uns dez anos para cá estão se preocupando mais. É uma questão cultural. A boca é a entrada da saúde do ser humano.

A saúde bucal pode afetar inclusive a saúde cardiológica?

Pode afetar. Se tiver uma periodontite, muito pús. Pode dar uma endocardite.

Qual é a idade em que a criança deve aprender a escovar os dentes?

A partir dos dois anos, a criança quando começa a andar, a entender um pouco as coisas, nem que ela morda um pouco a escova, mas já educar, a ensinar.

Qual é a forma de escovação correta dos dentes?

Deve-se usar uma escova sempre macia, colocar pasta sem excesso, a escova tem que ser macia porque escova também a gengiva. Que entre nos espaços inter dentais. Na arcada dentária inferior, escovar de baixo para cima, levantando sempre a gengiva no dente. Massageando a gengiva para o dente. E na arcada dentaria superior massageando a gengiva para baixo.

Deve-se escovar o céu da boca?

O céu da boca deve ser escovado assim como a língua. Temos milhares de bactérias na boca. Não adianta escovar os dentes e não escovar o céu da boca e a língua. Sobrou bactéria lá!

Existe uma gama enorme de produtos utilizados como anticépticos bucais, qual é o mais indicado e acessível à população?

É o mais antiácido.

Algum produto “caseiro” pode ser utilizado?

Por muito tempo foi muito utilizado o bochecho de meio copo de água com uma colherinha de bicarbonato de sódio. Funciona. Só que não se deve esfregar o bicarbonato no dente porque ele é corrosivo, tira o esmalte.

Há uma história que afirma que algumas poucas gotas de água oxigenada diluídas em água pode ser eficiente, é lenda?

É bom quando se tem gengivite. Bochechos com Malvona é eficiente e tem um custo  acessível. A água oxigenada só pode ser utilizada se for 10 volumes, não pode usar aquela que se usa em cabelo. Não colocar mais do que quatro gotas em meio copo de água. Fazer o bochecho e cuspir, jamais engolir.

Há dentistas que acordam, tomam um belo café da manhã, escutam pássaros cantando, vão ao seu consultório, ao atender o primeiro paciente quando o mesmo abre a boca parece abrir uma boca de lobo, já aconteceu isso com você?

A gente passa até a não sentir mais o cheiro. A rinite ataca tanto com o cheiro de resina que neutraliza. Na realidade a gente sente, usa-se a mascara. O mau hálito pode ser tanto dos dentes, do estomago como até intestino. Às vezes tem pessoas que não tem nem cárie. Quando detectamos esse tipo de situação aconselhamos que consulte um médico gastroenterologista.

Quem tem mais problemas odontológicos o homem ou a mulher?

A mulher tem mais problemas em ortodontia. Posicionamento dos dentes. Isso é transmitido aos filhos mais pela mãe. Pelo menos na minha época estudávamos isso, que a hereditariedade maior é da mãe para o filho. Carie é uma incidência com hereditariedade maior transmitida pelo pai.  

Você chegou a pegar a fase em que o paciente pedia para extrair todos os dentes?

Tive um caso em que um médico neurologista, já falecido, mandou-me uma solicitação de extração de todos os dentes de um jovem de 19 anos. O rapaz não tinha uma cárie, mas estava com uma gengivite terrível, uma periodontite avançada. Examinei, mandei uma carta para o médico, comunicando que ele não tinha nenhum problema nos dentes, e sim na gengiva em decorrência do medicamento que ele estava receitando ao jovem. Quase todos os psicotrópicos causam gengivite. Eu tinha o Cavitron (ultrassom), tirei todo o tártaro, deixei linda a gengiva dele.

O que é psicotrópico?

São remédios que vão para o sistema nervoso central.

Hoje o Brasil é o país que consome a maior tonelagem de um determinado medicamento antidepressivo.

É mania! Às vezes não é necessário! Um medicamento mais suave pode resolver.

Porque o brasileiro tem tanto medo de ir ao dentista?

Porque antigamente o tratamento era sem anestesia, esse sentimento passou de pai para filho. Normalmente o local de trabalho eram as barbearias onde havia os barbeiros ou tiradentes. Não se tratava, tiravam o dente, na época não havia anestesia. Hoje isso mudou muito, as crianças estão indo ao dentista e gostando de tratar dos dentes. Muitos são exemplos para os próprios pais. Cuidam mais, tem um poder aquisitivo melhor. O dentista tem que usar um bom material para poder fazer uma boa odontologia.

Há alguns dentistas que durante o procedimento sem perceber acabam criando uma situação inusitada. O paciente com a boca imobilizada, com algodão, não tem como dialogar, mesmo assim cria-se um monologo.

Realmente, em alguns casos cria-se um monologo, o dentista pergunta e ele mesmo responde aquilo que o paciente iria responder. Tem uma passagem, verídica, quando eu estava na faculdade, tinha um colega fazendo uma cirurgia e nós estávamos assistindo, ele estava extraindo um molar, são três raízes, uma é a raiz palatina, se na extração quebra a pontinha dessa raiz tem que ser feita uma cirurgia maior, ao extrair, quebrou e foi no seio maxilar. A pontinha da raiz estava em comunicação com o seio maxilar. O professor tirou a radiografia. A paciente era uma senhora, de seios fartos, um decote acentuado em seu vestido. O professor examinando a radiografia disse ao aluno: “-A raiz caiu no seio”. (Ele queria afirmar que tinha caído no seio maxilar). Imediatamente a senhora prestativa disse: “Pode deixar, eu a pego e dirigiu sua mão ao decote”.

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