PROGRAMA PIRACICABA HISTÓRIAS E
MEMÓRIAS
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 09 de junho de 2018.
JOÃO UMBERTO NASSIF
Jornalista e Radialista
joaonassif@gmail.com
Sábado 09 de junho de 2018.
Entrevista: Publicada aos sábados
no caderno de domingo da Tribuna Piracicabana
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
As entrevistas também podem ser acessadas através dos seguintes endereços eletrônicos:
http://blognassif.blogspot.com/
ENTREVISTADO:JOSÉ FRANCISCO CARRARO
José Francisco Carraro é
Engenheiro Civil, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Técnico em Química, tem
Licenciatura em Física, Ciências e Matemática e é Consultor em Ergonomia.
Didático, expressivo, acumula inúmeros aparelhos básicos, de baixo custo, onde
os princípios da física, química, matemática são apresentados de forma
concreta. Suas aulas parecem apresentações de um mágico! Os fenômenos descritos
em livros de ensino básico, que parecem tão distantes, em suas mãos mostram
como estão presentes no cotidiano. Em seu pequeno laboratório abarrotado de
experimentos, seu entusiasmo transborda, contagia. Amor ao que faz, esse é o
seu segredo. José Francisco Carraro nasceu em
Piracicaba, no Bairro Alto a 14 de julho de 1956, filho de Mário Carraro Filho
e Ivone Maria Furlan Carraro que tiveram os filhos: Mário, Luiz, José, Ivone,
João Marcos e Paulo Sérgio. Seu avô era alfaiate, o famoso Ângelo Carraro,
tinha a Alfaiataria Carraro na Rua Moraes Barros. Tempos em que um bom alfaiate
era muito considerado. O seu pai era representante comercial.
Seus primeiros estudos foram
aonde?
O primeiro ano eu estudei no
Colégio Salesiano Dom Bosco. No ano seguinte estudei no Grupo Escolar Dr.
Alfredo Cardoso. Voltei a estudar no Dom Bosco até completar a quarta série do
ginásio. O meu modelo foi o Padre Doutor João Modesti. Inclusive em sua
homenagem, ainda em vida, foi dado o seu nome a Praça Pública de Araras. Era um
cientista, a aula de ciências dele era fantástica, hoje sou professor motivado
por ele. Terminei a quarta série do ginásio e fui fazer o Curso Técnico em
Química que era no Colégio Industrial Dom Bosco, funcionava dentro do Colégio
Dom Bosco.
Naquela época estava em moda o
curso de química.
A área de química é uma área
muito boa. Até hoje. Em 1974 me formei na Primeira Turma do Colégio Técnico Dom
Bosco. Isso foi em 1974. Ai eu fui fazer o cursinho CLQ para prestar o
vestibular, funcionava onde foi o antigo Jardim da Cerveja, na esquina da
Avenida Independência com Carlos Martins Sodero. Lá eu fiz o MAPOFEI, quem
prestava engenharia fazia para entrar nas escolas Mauá, Politécnica e FEI,
exame escrito apenas. Prestei vestibular na EEP – Escola de Engenharia de
Piracicaba, naquela época só tinha engenharia civil. Ali tive aula com os
professores Justino Castilho, Oswaldo, Furlan, Otávio, Sadi Previtale, entre
tantos outros mestres.
Você só estudava?
Nesse período comecei a dar aula
em paralelo, no curso noturno de química do qual eu tinha saído. Tive uma
grande ajuda do Professor Cícero de Moura, professor da ESALQ, ele me auxiliou
muito no começo com relação a didática. Fiz o teste no próprio colégio técnico
de onde tinha saído e comecei a lecionar Física em 1979. A noite. Durante o dia
fazia engenharia. Formei-me engenheiro civil em 1980.
Formado em engenharia, seu
objetivo era entrar na área?
Exatamente! Montei um escritório
na Rua Moraes Barros, foi quando vi que as dificuldades de mercado eram
grandes, principalmente pelo fato de não ser proprietário de uma construtora. Fiz
um teste no CLQ para lecionar de manhã.
O profissional liberal para
começar sozinho, sem estrutura, é difícil?
É muito difícil. Foi um período
de inflação alta. Os investimentos financeiros eram mais atraentes do que
imobilizar o capital. O número de construtoras em Piracicaba era reduzido.
Foi um período em que
profissionais de engenharia atuavam em outras atividades.
Para formar um engenheiro leva-se
17 anos, joga-se fora do mercado de trabalho um profissional que estudou 17
anos. Ficamos com uma lacuna muito grande nessa área.
Você chegou a usar régua de
calculo?
Usei! Tenho ainda uma! Falo para
os alunos que usei régua de cálculo ninguém sabe o que é isso! Na época quem
tinha posses comprava a calculadora HP, quem tinha orçamento mais apertado
comprava a Texas. Eu comprei a Texas, em 18 prestações!
A engenharia é uma área
apaixonante, você sente a materialidade do que está fazendo?
Houve uma evolução muito grande,
melhorou bastante. O mercado está procurando engenheiro civil por ter mais
obras. Eu aconselho meus alunos a fazer engenharia, pelo menos tem um leque de
opções. A engenharia é uma área que renova, tem um raciocínio, você consegue
colocar em prática e funcionar.
Você casou-se?
Casei na época em que me formei,
com Maria Helena Sabbag Esteves Carraro, fisioterapeuta, trabalhou muito tempo
na área, hoje está na Administração Hospitalar. Trabalha no Hospital dos
Fornecedores de Cana. Nesse intervalo já tinha feito teste no CLQ e consegui
também aulas de manhã. Tivemos o Ricardo, engenheiro de Computação e a Tatiana professora
de ginástica acrobática. Temos duas netas: Valentina e Isadora. Meu genro e
minha nora foram meus alunos no Colégio Koelle de Rio Claro
No CLQ quem fez o teste com você?
Naquela época era o auge! Quem
assistiu às minhas aulas foram: Torigoi, Gonçalves, Turcão, Newman, todos os
professores da elite. Eu, recém formado, fazendo teste! E graças a Deus tive
sucesso. Primeira dávamos aulas para o primeiro e segundo colegial. Após dois
anos se tivesse capacidade entrava como professor no cursinho. No CLÇ cheguei a
dar aulas para a turma de revisão.
E fazia aquelas “gracinhas” de
professor de cursinho?
Com certeza! Umas musiquinhas de
física que cantamos para a memorização. Quando fazia aulas de ótica, com meu
laboratório que sempre tenho em mãos, fazia uma experiência tinha que ter
conhecimento: um raio de luz que viesse paralelo refletia no espelho e passava
pelo foco. Então se eu gritasse: “Paralelo” o pessoal respondia: “Pelo foco”!
Até hoje quando encontro um ex-aluno pelas ruas ele me diz: “O senhor me fez
uma lavagem cerebral eu olho para o senhor penso “Paralelo” e respondo “Pelo
Foco”! As formas de memorização faziam parte do cursinho. Eu consegui gravar
uma Tabela Periódica. Eu fazia isso brincando com eles. O que fazemos é com
eles estimulem o cérebro.
Você pratica esporte?
Pratico
futebol,
fui da equipe do Oratório do Pe. Luiz Ignácio Bordignon Fernandes, seleção
“A” fazíamos a preliminar do jogo do XV de Novembro. Esse padre era um santo, o
que ele fazia por aquele Oratório que na época tinha mais de 300 crianças era
impressionante. O que me deixava impressionado era quando íamos jogar a camisa
estava perfeita, impecável. Passados muitos anos fui até Araras, onde estava o
Pe. Bordignon junto com o Pe. Modesti.
Um dia perguntei ao Pe. Bordignon como ele conseguia aqueles uniformes bonitos.
Ele disse-me: “Tinha alguém que gostava do colégio e sempre dava de
presente”. A partir daquele ano passei a
levar todo ano um jogo de uniforme ao Pe. Bordignon. Na área de matemática era
o Pe. Julio Bersano ele me deu uma prova, na época fui o único que acerteu uma
questão, errei a outra, ele considerou a questão inteira e a outra dizendo:me
“Você foi o único que acertou essa questão, por isso vou te dar 9,5. Guardei
essa prova, encontrei um dia esse padre em Campos do Jordão, disse-lhe que
tinha a prova guardada, e ele tinha sido a causa de eu estudar matemática!
Você
jogou futebol profissionalmente?
Quase cheguei ao profissional do XV de
Novembro, na época o treinador me disse : “Ou joga futebol ou estuda!” Olhei
para ele, devolvi a camisa e disse-lhe: “Vou estudar!”. Comecei a dar aula no
CLQ e no cursinho. Em 1984 montamos o Anglo, o Dorival
Sudário Bistaco passou o Colégio Industrial Dom Bosco para Anglo. A Rosangela
Camolesi dava aulas também. O Colégio é exatamente aonde começou, foi
ampliando. Permaneci por quase 30 anos lá.
Você tem um cálculo
aproximado de quantos estudantes foram seus alunos?
Chegamos a
ter na época 5 classes de primeiro colegial, 250 alunos, mais 4 segundo
colegial são mais 200, três terceiros colegiais.150, cursinho 300 alunos cada
sala, depois eu dava aulas em Santa Barbara D`Oeste no curso de Engenharia de
Segurança da UNIMEP e dava aula no Colégio Koelle de Rio Claro também. Cheguei a ter a média de 1200 a 1500
alunos por ano. Multiplicando por 30 anos de 36.000 a 45.000 alunos. Os médicos
com quem faço exames foram todos meus alunos.
A seu ver, o ensino
melhorou ou piorou?
Tivemos uma época, no auge no
colégio, tínhamos o livro, material didático e tínhamos laboratório. O
professor conseguia mostrar na prática, desenvolver o raciocínio. Havia a
reprovação, o aluno sabia que tinha que
estudar.
Isso no ensino estadual?
Isso de forma geral. Após
alguns anos surgiu essa aprovação automática. Isso estimula o aluno a não
estudar. Os alunos usam a regra do jogo, não estudo e vou passar.
Que tipo de individuo
estamos formando?
Eu falo para os meus alunos que
temos que nos transformamos em um ser pensante, e isso não estamos
formando. Aquele cubo, chamado internet,
fiz uma estatística, fiquei assustado, eles ficam de 6 a 7 horas por dia, na
internet!
E televisão?
A televisão não atrai os
jovens. Ela atrai mais a classe D, E. Estamos diminuindo o número de pessoas
que pensam e isso a televisão fez muito bem.
Uma questão intrigante é
que os livros passavam de geração em geração, sempre o mesmo, atualmente
material em pacotes lacrados são descartados.
Uma das coisas que nos deixam
preocupados são os livros-textos, feitos só para completar. Isso gera no aluno
uma instabilidade, se ele falta uns dias na semana, não vai a aula, o seu livro
texto fica incompleto. Esse livro-texto não é guardado, é descartável. Fora a
didática, o livro-texto é muito grosso, espiral, você não consegue escrever
nele por ergonomia. O braço da criança fica muito torto. A régua não corre.
Eles não sabem mais usar a geometria, não se usa mais régua. Como é que você
quer que um jovem pense se ele está com tudo para completar? Existe uma
proposta, o aluno completa, a mãe vê e a escola fiscaliza você. O que salvaria
um pouco as escolas seria material de laboratório, o ensino prático. Hoje em
uma feira de ciências faz-se caixas de isopor ou papelão, fica artisticamente
bonito, mas não para a área de ciências. Com uma caixinha de isopor uma criança
pode fazer uma hidroelétrica, usando um dínamo. Faço minha aula prática sobre
sistema solar dessa forma. Faço a água ferver com a energia solar. Lembro-me
muito bem, de que estacionei o carro, fazendo um percurso mais longo,
obedecendo a sinalização interna da faculdade. Outro carro fez o percurso mais
curto, na contramão. Um aluno disse-me: “ Professor, o senhor é agente
modificador de idéias! Só assisti a aula do senhor porque o senhor entrou de
forma correta no estacionamento!”. Quando comecei a dar aulas de Segurança do
Trabalho levava profissionais de cada área, levei o Sargento Penedo, Dr. Cassio
Negri, Dr.Orlando Meneghini, a aula era dinâmica, real. Vinham alunos de outras
classes, lotavam a sala, Treinamento de Brigada de Incêndio, fazíamos simulações
de incêndio na Universidade. Foram anos dourados que tive na Universidade.
Tem que ter amor ao que
faz?
Tem que ter amor ao trabalho,
digo sempre aos alunos, quem inventou a válvula do coração? Foi um engenheiro.
Quem inventou a válvula para dizimar com gás os condenados do holocausto na
Segunda Guerra? Foi um engenheiro. É uma questão de ética. Quais são seus
modelos? Assistiram ao programa “ZZZ” na televisão, ótimo, muito bom. Vão
lembrar o nome de todos os artistas. Só que você esqueceu-se do nome de Zilda Arns, médica sanitarista,
trabalhando voluntariamente morreu no Haiti. Esqueceu de Piracicaba, nosso
querido Walter Radamés Accorsi, esses são nossos modelos. Infelizmente os
jovens não selecionam seus modelos de vida. Eu tenho uma resenha do Dr. Isaias
Raw, professor emérito da Faculdade de Medicina da USP, foi presidente do Instituto
Butantan. Ele tem uma análise muito importante, quando os EUA perderam a
iniciativa espacial para a Russia, a resposta foi: “Temos que inovar o ensino
nas ciências”. Foram chamados os cientistas da época para analisarem como
poderiam mudar as atividades das escolas. Foi quando introduziram os
laboratórios. No Brasil, nos anos 70, tivemos através da FUNBEC, do Cescem,
formando equipes para os laboratórios, preparar os professores para introduzir
nas escolas. Infelizmente isso se perdeu no tempo. As escolas perderam um
grande trunfo, poderiam continuar com os laboratórios, voltou-se ao sistema
apostilado, que é incompleto, o Brasil esta retrocedendo aos anos 50, temos que
voltar para a tecnologia, devemos estimular, hoje vemos um garoto de 14 anos,
que conhece profundamente tecnologia da informática e vem com um material
didático que não consegue introduzir a motivação para ele.
Qual é o papel da internet hoje?
Hoje eles buscam na internet somente a informação. Tem
ferramentas fantásticas na internet, temos que adaptá-la sem perder o livro
texto, sem perder o professor que é o modificador de idéias. Tenho o meu laboratório próprio, adaptei
muitas aulas de segurança do trabalho dentro da área de física. Como se combate
incêndio. Como se propaga o calor. Mostro o cinto de segurança na parte de
física qual é a quantidade de impacto. Consegui nesses 15 anos de Universidade
pegar minhas 200 fitas sobre cinto de segurança e transportar isso para a sala
de aula. Fazia aula de queda livre no Colégio Koelle de Rio Claro. Saltava do trampolim
de 10 metros de altura para calcular o tempo de queda. Quando o aluno vinha na
minha aula ele tinha depois o que discutir. Eu comentava qual é o tempo de
reflexo de uma pessoa dentro de um carro. Mandava segurar uma régua entre os
dedos, mandava soltar e segurar a régua em 20 centímetros com as pontas dos
dedos polegar e indicador, a pessoa segura e solta a régua em 20
centímetros. É o mesmo tempo reflexo de
segurar uma tecla do telefone celular. Ponho a fórmula, explico o que está
fazendo e calculo 0,2 segundos cada tecla do celular que ele usar. Você digita
no mínimo 10 teclas, são 2 segundos, se você estiver a 10 metros por segundo
são 36 quilômetros por hora, se for 30 metros por segundo são 108 quilômetros
por hora. Se ligar o celular nessas condições você gastou 60 metros! Sem ver
nada! Fora o tempo de percepção! Se estiver desatento o seu tempo varia de 0,4
a 2 segundos para frear o veículo. Dessa forma começo a mostrar ao aluno o que
é o tempo. Se gastar mais 1 segundo para parar o veiculo, são 3 segundos, ou 90
metros. A cada aula que dou, procuro tirar exemplos práticos, o aluno
transporta para a realidade. Quando o aluno vê para que serve o ensino da
física, eles ficam motivados. Esse é o maior prazer da minha vida!
Se um adulto quiser ter aulas
particulares de física com você é possível?
Sim, claro, já tive casos assim.
Assim como alunos que necessitam de um curso mais avançado para prestar exames
específicos.
Você leciona em um cursinho
voltado à comunidade?
É um
cursinho voltado à rede pública, são 150 vagas, no ano passado tivemos 1.150
alunos inscritos. Funciona na Escola Estadual Professor Elias de Mello Ayres é um cursinho
pré-vestibular. É um trabalho muito bonito da Prefeitura Municipal de
Piracicaba, instituído no mandato anterior do Prefeito Barjas Negri. Para o
aluno o curso, o material são gratuitos. Funciona das 19:00 às 22:30 horas. A
duração é de um ano, a inscrição é feita no inicio de janeiro, presta o exame,
sendo selecionado já tem a vaga garantida. Os professores são renomados,
lecionam em outros locais, ali são voluntários. Se você gosta de alguém,
estimule. Meu primeiro projeto de engenharia foi para o Seu Francisco. Ele
perguntou-me: “Seu Doutor, o senhor faz um projeto para mim?”. Era a primeira
vez que me chamavam de doutor na minha vida. Fui ver o local, era em um bairro
modesto, terreno caído. Perguntei o que ele fazia, disse-me que era aposentado,
tinha problema de coração. Fiz o projeto, aprovei, paguei as despesas. Ele
perguntou-me: “-Quanto é doutor?”. Disse-lhe: “Vai ficar caro!”. Ele retrucou:
“ Mas o senhor não falou quanto vai ficar!”. Disse-lhe: “ Cada vez que o senhor
entrar nesta casa faça uma oração para a minha família!” Tinha um aluno na sala
de aula que disse-me: “O primeiro trabalho que fiz como advogado, fiz igual ao
senhor!”. Acho que isso é a semente que o professor planta. Essa semana teve
uma aluna aprovada em um curso de medicina, através do cursinho dado pela
prefeitura. Disse-lhe que a primeira consulta que ela fizesse não deveria
cobrar nada. Ela recebeu um ano de aula sem pagar nada. A meu ver, ser
professor é a profissão mais nobre do ser humano. Cada vez que dou aula me
renovo!
Você
acredita que a nossa geração causou danos que os jovens irão consertar no
futuro?
A
nossa geração estragou algumas coisas, sendo a principal delas a noção de
valores, principalmente de ter uma família. Atualmente a família está delegando
poderes, não assume mais a responsabilidade.
Diversas vezes já ouvi mães dizendo: “Graças a Deus que as aulas começaram”. Não em tom de brincadeira, mas sim de alivio.
Diversas vezes já ouvi mães dizendo: “Graças a Deus que as aulas começaram”. Não em tom de brincadeira, mas sim de alivio.
Exatamente! Eu digo brincando que existe mãe-torista e
pai-trocínio! Eu tive caso em que o pai perguntou como estava indo o filho
dele. Eu perguntei em que sala ele estava, o pai disse: “Bom, ele tem 14 anos,
deve estar fazendo o primeiro ou segundo colegial!”Isso é muito triste. Você
percebe que a família deixou o poder para a escola, como se falasse: “Estou
pagando...então se vire com o meu filho!” Em contrapartida, quando você vê um
pai que participa, está junto, o aluno rende mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário